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Teórico III - Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas SVVIE

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Tecnologia da 
Construção Civil
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Ernesto Silva Fortes
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
• Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas;
• Tipos de Alvenarias;
• Materiais Utilizados;
• Projeto das Alvenarias de Vedação;
• Ligações entre Alvenarias e Pilares;
• Reforços Metálicos, Vergas, Contravergas e Cintas de Amarração;
• Etapas de Execução;
• Considerações Finais.
• Apresentar as especifi cações de execução, controle e caracterização dos Sistemas de 
Vedações Verticais Internas e Externas, seguindo as especifi cações da Literatura e 
das normalizações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Sistemas de Vedações Verticais 
Internas e Externas – SVVIE
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
Sistemas de Vedações 
Verticais Internas e Externas
Os Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE, também cha-
mados de alvenarias, podem ter função estrutural ou apenas de vedação, devendo 
atender aos requisitos da norma ABNT NBR 15575, Parte 4.
A norma define os Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas, como 
partes da edificação habitacional que limitam verticalmente a edificação e seus am-
bientes, como as fachadas e as paredes ou divisórias internas.
A execução e a fiscalização de alvenaria sem função estrutural de componentes 
cerâmicos devem seguir os procedimentos da ABNT NBR 8545:1984 e Normas 
Complementares. 
Quanto às alvenarias com função estrutural de componentes de concreto e cerâ-
micos, devem seguir as especificações da ANBT NBR 15961-2:2011 e Da ABNT 
NBR 15812:2:2010, respectivamente e complementares.
Para as alvenarias de vedação com blocos de gesso, deve-se seguir as especifica-
ções de inspeção, de controle e de execução da ABNT NBR 16657:2017.
De forma geral, as alvenarias devem proporcionar estanqueidade à água, isola-
ção térmica e acústica, capacidade de fixação de peças suspensas, capacidade de 
suporte a esforços de uso, compartimentação em casos de incêndio etc. Podem, 
também, interagir com os demais componentes, elementos e sistemas da edifica-
ção, como caixilhos, esquadrias, estruturas, coberturas, pisos e instalações (ABNT 
NBR 15575-4, 2013).
Tipos de Alvenarias
Os Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas podem ser classificados, 
conforme apresentado por Lordsleem Jr. e Franco (2007) da seguinte maneira:
1. Quanto à técnica de execução:
a) Por conformação: obtidos por moldagem no local; para isso, emprega 
materiais com plasticidade obtida pela adição de água a argamassa;
b) Por acoplamento a seco: vedações obtidas por montagem por meio 
de dispositivos (pregos, parafusos, rebites, cunhas etc.), uma técnica 
construtiva conhecida como, Dry Construction, e que não emprega 
materiais obtidos com adição de água;
2. Quanto à estruturação:
8
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a) Autossuporte (ou Autoportante): não possui estrutura complementar. 
Por exemplo, alvenaria convencional;
b) Estruturada: possui uma estrutura reticular para suporte dos compo-
nentes do vedo. Por exemplo, gesso acartonado;
3. Quanto à densidade:
a) Leve: baixa densidade – O limite é entre 60 kg/m2 a 100 kg/m2 (NBR 
11.685); não tem função estrutural;
b) Pesada: vedação com densidade superior ao limite convencionado; pode 
ou não ter função estrutural.
Segundo a ANBT NBR 15575:2013, os Sistemas de Vedações Verticais Inter-
nas e Externas – SVVIE se dividem em paredes e divisórias, sendo:
a) Parede – O tipo de vedação mais comum, que se autossuporta, mono-
lítico, moldado no local e defi nitivo. As paredes podem ser uma alvena-
ria: Bloco de concreto; Bloco cerâmico; Bloco sílico-calcário; Bloco de 
solo-cimento; Bloco de concreto celular e Bloco de gesso;
b) Divisória – Interna ao edifício, com função de dividir os ambientes, 
geralmente, leve, e pode ser removida com mais facilidade. Por exem-
plo, Gesso acartonado; Sistema Convencional com Chapas de HDF ou 
MDF. Observação: compensado, lascas de madeira ou vidro.
Os Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE são constituí-
dos pelos seguintes elementos:
a) Vedo: elemento que caracteriza a vedação vertical;
b) Esquadria: elemento que permite o controle de acesso aos ambientes;
c) Revestimento: elemento que possibilita o acabamento decorativo da 
vedação (pode incluir o sistema de pintura).
As vedações verticais devem ser projetadas com o intuito principal de criar con-
dições de habitabilidade para o edifício, ou seja, proteger ambientes internos con-
tra a ação dos diversos agentes atuantes, tais como calor, frio, sol, chuva, vento, 
unidade, ruídos, e de intrusos, sendo que devem, ainda, servir de suporte para os 
Sistemas Prediais e servir de proteção quando eles são embutidos. 
Com base na função dos sistemas verticais internas e externas, podem ser clas-
sificadas em alvenaria de vedação ou alvenaria estrutural.
Alvenaria de vedação
A alvenaria de vedação é definida como uma parede constituída pelo assenta-
mento de tijolos maciços ou blocos vazados com argamassa, com a função de su-
portar apenas seu peso próprio e cargas de ocupação, como armários, prateleiras, 
redes de dormir etc.
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UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
De acordo com Lordsleem Jr. (2009), a alvenaria constitui um componente 
construído em obra por meio da união entre tijolos ou blocos por juntas de arga-
massa, formando um conjunto rígido e coeso, sendo o autor a alvenaria, pode ser 
dívida em alvenaria tradicional e alvenaria racionalizada.
Alvenaria de vedação tradicional
A alvenaria de vedação tradicional, Figura 1, é caracterizada por elevados des-
perdícios, adoção de soluções construtivas no próprio canteiro de obras (no mo-
mento da realização do serviço), ausência de fiscalização dos serviços, deficiente 
padronizaçãodo processo de produção e ausência de planejamento (LORDSLEEM 
JÚNIOR, 2009).
Figura 1 – Ilustração de uma alvenaria tradicional
Fonte: Wikimedia Commons
Alvenaria de vedação racionalizada
A alvenaria de vedação racionalizada (Figura 2) é caracterizada pelo uso de 
blocos de melhor qualidade; Projeto e Planejamento da produção; treinamento da 
mão-de-obra; uso de blocos compensadores (evitar quebra); redução do desperdício 
de materiais e melhoria nas condições de organização do canteiro (LORDSLEEM 
JÚNIOR, 2009).
Figura 2 – Ilustração de uma alvenaria r acionalizada
Fonte: Wikimedia Commons
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Alvenaria estrutural
Processo construtivo que se caracteriza pelo uso de paredes como principal 
estrutura de suporte do edifício, dimensionadas por meio de cálculo racional. Na 
alvenaria estrutural, a parede desempenha duplo papel: vedação vertical e suporte 
estrutural (PARSEKIAN et al., 2014) (Figura 3).
Figu ra 3 – Ilustração de uma Alvenaria estrutural
Fonte: Wikimedia Commons
Materiais Utilizados
Quanto aos materiais, as alvenarias podem ser executadas com os tipos relacio-
nados a seguir.
Pedras naturais
• Pedras irregulares: usando pedras em estado natural, simplesmente encaixa-
das entre si ou assentadas com argamassa;
• Pedras regulares: usando pedras naturais trabalhadas, com formas regulares 
ou não, assentadas com juntas secas ou juntas argamassadas, alinhadas ou 
desencontradas (travadas).
Pedras artifi ciais
As alvenarias de as pedras artificiais podem ser:
1. Blocos de concreto ou cerâmicos
São elementos produzidos com dimensões de 14 x 19 x 39cm e 14 x 19 x 
29cm, de furo vertical, vazados com resistência a compressão de até 30MPa,
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UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
assentados com argamassa, e que podem ser utilizados em sistemas de construção 
em alvenaria armada ou não armada, com ou sem função estrutural (Figuras 4 e 5).
Figura 4 – Ilustração de um bloco cerâmico sem e com função estrutural, respectivamente
Fonte: Divulgação
Figura 5 – Ilustração de um bloco de concreto sem e com função estrutural, respectivamente 
Fonte: Divulgação
2. Blocos sílico-calcário
São elementos produzidos com areia e cal viva endurecidas ao vapor, sob pres-
são elevada, com as mesmas características dos blocos de concreto (Figura 6).
Figura 6 – Ilustração de um silico-calcário
Fonte: UFSC, 2007
3. Blocos de concreto leve
São elementos de concreto leve, fabricados a partir de uma mistura de cimento, 
cal, areia e pó de alumínio, autoclavados (Figura 7), que permitem a formação de 
um produto de elevada porosidade, leve, resistente e estável. 
O produto é apresentado em blocos ou painéis, com dimensões e espessuras 
variadas, que permitem a execução de paredes de vedação e lajes.
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Figura 7 – Ilustração de um bloco de Concreto Celular Autoclavado (CCA)
Fonte: Divulgação
4. Tijolos cerâmicos
Elementos fabricados por prensagem ou extrusão da argila (Figura 8) que, após 
um processo de pré-secagem natural, passa pelo processo de queima controlada 
sob alta temperatura, produzindo blocos maciços ou furados, com dimensões pa-
dronizadas e normatizadas. São tradicionalmente utilizados nas alvenarias de veda-
ção nas construções.
Figura 8 – Ilustração de tijolos cerâmicos
Fonte: Divulgação
5. Blocos de solo-cimento
São elementos fabricados a partir da massa de solos argilosos ou areno-argilosos 
mais cimento Portland, com baixo teor de umidade, em prensa hidráulica, forman-
do tijolos maciços ou vazados (Figura 9). 
Podem ser construídas, também, paredes monolíticas, pelo apiloamento da 
massa em formas deslizantes, entre pilares-guia.
Figura 9 – I lustração de blocos de solo-cimento
Fonte: Divulgação
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UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
Projeto das Alvenarias de Vedação
De acordo com Silva (2004), o projeto para produção de alvenaria de vedação 
é utilizado para as atividades de produção em obra e, preferencialmente, deve ser 
desenvolvido de forma simultânea ao detalhamento do projeto executivo, momen-
to com maior potencial de racionalização.
O projeto das alvenarias de vedação deve ser compatível com os projetos 
de fundações, estruturas, impermeabilizações e outros (previsão dos recalques 
diferenciados e dos deslocamentos de vigas e lajes, rigidez e prazos de retirada 
de cimbramentos e escoramentos residuais, plano/sequência de elevação das 
alvenarias); sempre que necessário, devem ser previstas ligações flexíveis ou outros 
detalhes construtivos que assegurem comportamento harmônico entre as partes 
(SABBATINI; BARROS, 2002).
Segundo os autores, o projeto deve apresentar especificação de todos os mate-
riais de construção necessários, incluindo:
• Traços indicativos das argamassas de assentamento e fixação/“encunhamento”;
• Memorial descritivo da construção (forma de locação das paredes, execução 
dos cantos, escoramentos provisórios frente à ação do vento, prazos entre 
execução da estrutura/elevação das paredes/“encunhamentos”, forma de fi-
xação de marcos e contramarcos). 
O projeto deve apresentar, ainda, todos os elementos gráficos necessários (Figu-
ras 10 e Figura 11), incluindo:
a) Planta da 1a e 2a fiadas, coordenação dimensional com a estrutura; 
coordenação dimensional com esquadrias, caixas de ar condicionado, 
caixas de entrada de energia elétrica e outros; 
b) Coordenação/estudos das interferências com os projetos de estruturas, 
sistemas prediais, impermeabilização e outros;
c) Necessidade de cintas ou pilaretes de reforço (paredes altas ou longas);
d) Paginação das paredes, indicando forma e espessura das juntas de 
assentamento, posições e dimensões dos vãos, instalações, juntas 
de controle;
e) Detalhes construtivos em geral (ligações com pilares, encontros entre 
paredes, fixações – “encunhamentos”, vergas, contravergas, cintas de 
amarração, presença de peitoris, fixação de esquadrias, embutimento 
de tubulações).
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Figura 10 – E xemplifi cação de um projeto de alvenaria de vedação, planta baixa
Fonte: Lordsleem Jr., 2000
Figura 11 – Ex emplifi cação de um Projeto de alvenaria de vedação – Elevação
Fonte: Lordsleem Jr., 2000
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UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
Ligações entre Alvenarias e Pilares
De acordo com Thomaz et al. (2009) e Lordsleem Júnior (2008), nas ligações 
das alvenarias com a estrutura devem ser considerados:
1. Os gradientes térmicos nas fachadas;
2. As dimensões dos panos e a flexibilidade da estrutura;
3. Para estruturas muito flexíveis (por exemplo, estruturas pré-moldadas isos-
táticas, estruturas reticuladas de grandes vãos etc.), deve-se adotar detalhes 
construtivos especiais.
Os reforços metálicos da ligação de pilares com a alvenaria devem ser efetuados 
com emprego de armaduras, telas eletrosoldadas ou telas extrudadas galvanizadas, 
com comprimento mínimo de um bloco ou tijolo, engastadas no pilar e na alvenaria.
Thomaz et al. (2009) e Lordsleem Júnior (2008) especificam que, no caso de 
ligações convencionais, com materiais rígidos e estruturas de concreto armado, 
independentemente do dispositivo de fixação a ser utilizado, deve-se:
1. Proceder inicialmente à vigorosa limpeza das faces do pilar, com completa 
remoção do desmoldante;
2. Após a limpeza, as faces de arranque das alvenarias devem receber cama-
da de chapisco rolado ou com chapisco industrializado; 
3. No assentamento, os blocos devem ser fortemente pressionados contra o 
pilar, resultando refluxo de argamassa e total compacidade da junta.
Ainda de acordo com os autores, o Projeto da alvenaria deve definir a forma de 
ligação das paredes com pilares, a fim de prevenir futuros destacamentos;
Como regra geral, as ligações com os pilares podem ser executadas, segundo 
Thomaz et al. (2009)e Lordsleem Júnior (2008), com telas metálicas ou com bar-
ras de aço:
1. Com telas metálicas
A utilização de telas metálicas para ligação entre alvenaria e pilar, especificadas 
de acordo com ABNT NBR 10119, deve ser aplicada a cada duas fiadas e fixada 
no concreto com pinos metálicos (“tiros” aplicados com finca-pinos), ilustrada na 
Figura 12 e de acordo com os seguintes procedimentos:
a) A tela deve ser dobrada exatamente a 90º, conforme ilustrado na Fi-
gura 12, aplicando os pinos e as respectivas arruelas o mais próximo 
possível da dobra da tela;
b) Pode-se aplicar apenas um tiro nas paredes, com espessura de 9cm, 
recomendando-se dois tiros em cada uma das telas no caso de paredes 
mais espessas, estruturas mais deformáveis etc.; 
c) As ligações com telas podem ser reforçadas mediante emprego de can-
toneira metálica entre a tela e a arruela/cabeça do pino;
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d) Para evitar risco de corrosão, as telas devem ser recortadas com largura 
de 1 ou 2cm menor que a largura dos blocos.
Figura 12 – Fix ação entre alvenarias e pilares com o emprego de tela metálica galvanizada
Fonte: THOMAZ, E. et al., 2009
2. Ferros-cabelo ou Armações de Espera
Conforme apresentado por Thomaz et al. (2009) e Lordsleem Júnior (2008), 
ligações mais fortes podem ser obtidas com ferros-cabelo ou armações de espera, 
ilustradas na Figura 13, de acordo com os seguintes procedimentos de execução:
a) Armações de espera introduzidas na armadura do pilar (ferros dobra-
dos, faceando a fôrma internamente);
b) Ferros-cabelo, posteriormente colados em furos executados com brocas 
de vídeaϕ 8mm (colagem com resina epóxi); 
c) Nos casos correntes, recomenda-se introduzir um ferro de ϕ 6mm a 
cada 40 ou 50cm, com transpasse em torno de 50cm para o interior 
da alvenaria e com penetração de 6 a 8cm no pilar. 
Canaletas assentadas na posição dos ferros-cabelo, posteriormente preenchidas 
com graute, produzem ligações ainda mais fortes e absorvem diferenças no posi-
cionamento das armações em relação às fiadas. 
A ligação pode ser executada, ainda, com gancho/estribo de dois ramos, situa-
ções ilustradas na Figura 13.
Figura 13 – Ligaç ões entre alvenarias e pilares com gancho de aço de dois
ramos ou com auxílio de blocos tipo canaleta e ferro-cabelo
Fonte: THOMAZ, E. et al., 2009
17
UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
Reforços Metálicos, Vergas, Contravergas 
e Cintas de Amarração
As aberturas da alvenaria, preponderantemente janelas e portas, devem receber 
um reforço por meio da adoção de vergas e/ou contravergas com o objetivo de 
distribuir as tensões que se concentram nos vértices dos vãos, principal causa da 
ocorrência de fissuras nessas regiões.
Vergas e contravergas
Segundo Thomaz et al. (2009), devem ser previstas vergas e contravergas, deta-
lhadas conforme exemplificado nas Figura 14, 15, e 16, com transpasse em torno 
de 20% da largura do vão, avançando no mínimo 20cm para cada lado do vão, 
com a finalidade de absorver tensões que se concentram nos contornos dos vãos, 
oriundas de deformações impostas.
Figura 14 – Vergas e contravergas no contorno das aberturas
Fonte: THOMAZ, E. et al., 2009
Para vergas e contravergas de vãos de até 1,0m, pode-se executar o reforço no 
próprio local, conforme mostra a Figura 15.
Figura 15 – Detalhe de verga para vãos de até 1,00m
Fonte: UEPG, 2002
18
19
Para vãos de 1,0 a 2,0m, as vergas podem ser executadas in loco ou pré-
-moldadas. No caso de a opção ficar em pré-moldadas, haverá ganho em termos 
de produtividade. 
As dimensões mínimas estão mostradas na Figura 16.
Figura 16 – Detalhe de uma verga com vão de 1,0 a 2,0m
Fonte: UEPG, 2002
Conforme ilustrado na Figura 17, no caso de vãos sucessivos, os autores reco-
mendam que as vergas e as contravergas sejam contínuas; em casos especiais (ja-
nelas ou portas de grandes dimensões, paredes muito altas), vergas e contravergas 
devem ser dimensionadas como vigas.
Figura 17 – Vergas e contravergas contínuas em alvenaria, com aberturas sucessivas
Fonte: THOMAZ, E. et al., 2009
Na Tabela 1, estão apresentadas as geometrias das vedações com paredes com 
alturas relativamente elevadas, para as quais devem ser previstas cintas de amarração 
intermediárias, respeitando os limites da Tabela, introduzida, sobretudo para minimi-
zar o risco de formação de fissuras e também para absorver a ação de cargas laterais. 
Acima dos limites de altura especificados na Tabela 2, as paredes devem ser 
dimensionadas como alvenarias estruturais.
Tabela 1 – Alturas e distâncias máximas entre elementos contraventantes de paredes de vedação
Largura
do Bloco (cm)
Paredes Internas Paredes Externas
Altura
máxima (cm)
Comprimento 
máximo (cm)
Altura
máxima (cm)
Comprimento 
máximo (cm)
9 260 400 * *
11,5 340 500 300 400
14 400 600 340 480
19 460 700 380 560
Fonte: Thomaz et al., 2009
19
UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
Recomendações para uso da Tabela 2, conforme apresentado por Thomaz 
et al. (2009):
• (*) Não se recomenda o uso de blocos de 9cm em paredes de fachadas.
• Observação 1: em nenhuma hipótese as paredes de vedação, sem revesti-
mento, devem apresentar esbeltez (altura/espessura) maior do que 30 (deve-se 
ter h/t ≤30);
• Observação 2: as paredes com as alturas da Tabela 7 devem compreender, 
no mínimo:
 » Uma cinta de amarração a meia altura, armada com dois ferros de 8mm ou 
quatro de 6,3mm, ou de acordo com o cálculo do Projeto de vedação;
 » Acima dos correspondentes limites de altura, com e sem cintas de amarra-
ção, as paredes devem ser dimensionadas como alvenarias estruturais;
 » Comprimentos maiores podem ser adotados desde que o projetista indique 
as adequadas disposições construtivas (telas ou treliças metálicas embutidas 
nas juntas de assentamento, cinta de amarração etc.).
As vergas, as contravergas e as cintas de amarração devem ser:
• Armadas, recomendando-se pelo menos dois ferros com diâmetro de 6mm; 
• Construídas com concreto normal, ou com graute, no caso do preenchimento 
de canaletas.
A prática de se adotar coxins pré-moldados de distribuição nas laterais dos vãos, 
ao invés de contravergas contínuas, deve ser cuidadosamente estudada, já que tais 
elementos não têm poder de redistribuir tensões provocadas por movimentações 
térmicas ou distorções dos panos no plano das paredes (THOMAZ et al., 2009).
Etapas de Execução
A execução da alvenaria deve atender aos Projetos executivos em suas posições 
e espessuras e deve seguir os procedimentos de execução e controle apresentados 
na normalização da ABNT NBR:
1. ANBT NBR 15961-2:2011 (Alvenaria Estrutural com blocos de concreto);
2. NBR 15812-2: 2010 (Alvenaria Estrutural com blocos cerâmicos);
3. NBR 8545: 1984 (Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos 
e blocos cerâmicos – Procedimento);
4. ABNT NBR 15575-4:2013 (Edificações habitacionais – Desempenho – 
Parte 4: requisitos para os Sistemas de Vedações Verticais Internas e 
Externas – SVVIE).
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21
Os blocos e tijolos devem atender às especificações da ABNT:
1. NBR 15.270-1: 2005: Componentes cerâmicos; parte 1: blocos cerâmi-
cos para alvenaria de vedação, terminologia e requisitos;
2. NBR 7170: Tijolo maciço cerâmico para alvenaria;
3. NBR 6136: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – requisitos.
De acordo com o assentamento dos blocos e dos tijolos, deve ser executado com 
juntas de amarração, salvo em casos de execução de alvenaria com juntas a prumo, 
para os quais deve existir um projeto específico. 
A amarração das paredes deverá ser feita em todas as fiadas, de forma a se obter 
perfeito engastamento. Para as situações mais comuns com juntas de amarrações, 
recomendam-se as amarrações a seguir:
1. Amarração das fi adasda parede de meia vez;
2. Amarração das fi adas da parede de uma vez;
3. Amarração em canto-parede de meia vez;
4. Amarração em canto-parede de uma vez;
5. Amarração das fi adas em junções “T”, em paredes de meia vez;
6. Amarração das fi adas em cruzamento, em paredes de meia vez;
7. Amarração das fi adas em paredes de meia vez, com parede de uma vez.
A seguir, nas Figuras 18 e 19, são mostrados os tipos de amarrações mais co-
muns para tijolos maciços ou de dois furos. Os esquemas também são válidos para 
outros tipos de tijolos cerâmicos ou blocos de concreto.
F igura 18 – Tipos de amarrações mais comuns
Fonte: UEPG, 2002
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UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
Figura 19 – Tipos de amarrações mais comuns (cont.)
Fonte: UEPG, 2002
Falando de amarração das paredes, a colocação dos tijolos tem ligação direta 
com ela, e alguns exemplos são mostrados nas Figura 20 e 21 (forma de colocação 
de tijolos mais comuns).
Figura 20 – De cutelo; de meio tijolo e de um tijolo, respectivamente
Fonte: UFSC, 2011
Figura 21 – De um tijolo e meio; de dois tijolos e de parede oca, respectivamente
Fonte: UFSC, 2011
Blocos
Segundo normalização e apresentada por Thomaz et al. (2009) e Lordsleem Jr. 
(2008), os blocos e os tijolos devem ser estocados no canteiro de obras em pilhas, 
de acordo com os procedimentos a seguir:
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• Estocadas com altura máxima de 1,80m, apoiadas sobre superfície plana, 
limpa e livre de umidade ou de materiais que possam impregnar a superfície 
dos blocos;
• As pilhas não devem ser apoiadas direta-
mente sobre o terreno, sugerindo-se o api-
loamento do terreno e a execução de col-
chão de brita ou o apoio sobre paletes;
• Quando a estocagem for feita a céu aberto, 
deve-se proteger as pilhas de blocos contra as 
chuvas, por meio de uma cobertura imperme-
ável, de maneira a impedir que os blocos se-
jam assentados com excessiva umidade;
• Estocados com formação de pilha, os blocos 
devem ser sobrepostos aos blocos inferiores, 
com “juntas em amarração”, conforme ilus-
trado na Figura 22.
Figura 22 – Ilustração de empilhamento
de blocos com amarração entre eles
Fonte: THOMAZ, E. et al.
Aço
O armazenamento deve ser feito em feixes separados para cada bitola, facilitan-
do o uso, em local coberto, protegido de intempéries e afastado do solo, para que 
não fique em contato com a umidade.
Cimento, cal e argamassa industrializada
Os materiais fornecidos em sacos, como o cimento, a cal hidratada e eventuais 
argamassas industrializadas, devem ser armazenados em locais protegidos da ação 
das intempéries e da umidade do solo, devendo as pilhas ficar afastadas de paredes 
ou do teto do depósito (THOMAZ et al., 2009 e LORDSLEEM JR., 2008).
As recomendações para o armazenamento, de acordo com o autores, são:
• Pilhas com no máximo 15 sacos;
• No caso do emprego de cal virgem, recomenda-se sua extinção imediata-
mente após a chegada na obra, podendo ser armazenada em tonéis ou no 
próprio “queimador”.
Areia
A estocagem da areia deve ser feita em local limpo, de fácil drenagem, e sem 
possibilidade de contaminação por materiais estranhos que possam prejudicar sua 
qualidade. As pilhas devem ser convenientemente cobertas ou contidas lateralmen-
te, de forma que a areia não seja arrastada por enxurrada.
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Preparo das argamassas de assentamento e chapiscos
As especificações e as recomendações a respeito da argamassa de assentamen-
to e seus materiais constituintes (cimento, cal e areia) devem ser consideradas de 
acordo com ANBT NBR 13281:2005 (Argamassa de assentamento) e normas 
auxiliares, relativas à etapa de seleção dos materiais.
Para a definição do traço da argamassa, conforme apresentado na NBR 
13281:2005 e apresentadas por Thomaz (2009) e Lordsleem Jr. (2008), ele deve 
ser estabelecido em função de:
• Diferentes exigências de aderência;
• Impermeabilidade da junta;
• Poder de retenção de água;
• Plasticidade requerida para o assentamento; 
• Módulo de deformação (propriedade muito importante nas alvenarias de veda-
ção, frente ao risco de sobrecarga pelas deformações impostas).
Ainda de acordo com os autores e da normalização específica, também devem 
ser consideradas:
• As características dos materiais a serem empregados em cada obra, incluindo-
-se aí os próprios blocos (com diferentes rugosidades, absorção de água etc.);
• Processos executivos a serem adotados (assentamento com colher de pedrei-
ro, meia desempenadeira – palheta, bisnaga, meia cana ou outras ferramen-
tas, chapisco aplicado com colher, rolo, desempenadeira de aço denteada, 
projetor ou outras ferramentas).
Em função das características dos materiais disponíveis no local da obra, o traço 
da argamassa de assentamento deve ser estabelecido por meio de estudo de dosa-
gem e ensaios laboratoriais (ABNT NBR 13281:2005).
A Tabela 2 apresenta traços indicativos de argamassa de assentamento, de fixa-
ção, de graute e de micro-concreto para processos tradicionais de construção, con-
siderando-se um módulo de finura 1,55 a 2,20, na faixa da zona utilizável inferior, 
para areia fina; módulo de finura 2,20 a 2,90, na faixa da zona ótima, para areia 
média e módulo de finura 2,90 a 3,50, na faixa da zona utilizável superior, para 
areia grossa. Outros traços podem ser especificados pelos projetistas, desde que 
atendam aos requisitos estabelecidos na norma NBR 13281:2005. Traços alter-
nativos podem ser previstos pelo projetista também para as argamassas de fixação 
(“encunhamento”), utilizando, quando for o caso, materiais resilientes, adesivos e 
outros aditivos (THOMAZ et al., 2009; LORDSLEEM JR., 2008).
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Tabela 2 – Traços indicativos de argamassas recomendados para execução de alvenarias de vedação
Material
Composição em volume - Materiais na umidade natural
Cimento Cal hidratada Areia Pedrisco
Argamassa de assentamento * 1 2 9 a 12 -
Argamassa de fixação (encunhamento) 1 3 12 a 15 -
Graute/micro-concreto 1 0,1 2,5 2
(*) para alvenarias aparentes, recomenda-se o traço de 1:1:6 a 8
Fonte: Thomaz et al., 2009
O assentamento dos blocos pode ser realizado, conforme ilustrado na Figura 23, com:
• Colher de pedreiro;
• Meia-cana, bisnaga;
• Régua de assentar ou “palheta”.
Figu ra 23 – Ilustração de ferramentas de assentamento da alvenaria
Fonte: Divulgação
Optando-se por assentamento com bisnaga (tipo bisnaga de confeiteiro), a ar-
gamassa de assentamento deve ser constituída por areia um pouco mais fina, com 
ligeiro enriquecimento do traço. Recomenda-se a utilização de produtos industria-
lizados ou mesmo de argamassa preparada na obra, para o chapisco da estrutura, 
nas posições de ligação com alvenarias de vedação (LORDSLEEM JR., 2009). 
Nesse caso, recomenda-se o emprego de:
• Areia lavada, de granulometria média/grossa; 
• Cimentos tipo I ou II, com traço indicativo de 1:3 (cimento: areia, em volume);
• No caso de chapisco rolado, o traço pode variar de 1:2 até 1:3 (cimento: areia, 
em volume), sendo essa argamassa preparada com um volume de resina acrí-
lica ou PVA e seis volumes de água.
As juntas de marcação devem ter dimensões de 1 a 3cm. Caso a junta de mar-
cação ultrapasse os 3cm, a correção do nível deve ser feita em duas etapas, até o 
limite de 6cm.
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UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
Para as juntas de assentamento, recomenda-se que as verticais sejam preenchi-
das, para a melhoria do desempenho acústico. 
As juntas de argamassa convencional na horizontal e vertical devem ter dimen-
sões de 10mm (+/- 3 mm), exceto para outros tipos de compostos ou argamassas 
em que se deve atender aos requisitos estabelecidos pela ABNT NBR 15.575-4. 
No caso de alvenaria aparente, as juntas podem serfrisadas. Recomenda-se que as 
juntas horizontais de paredes adjacentes sejam niveladas.
No caso de utilização de blocos de vedação com furo vertical, o assentamento 
da alvenaria pode ser realizado com assentamento total (argamassa nas paredes 
longitudinais e transversais) ou parcial (dois cordões de argamassa – somente nas 
paredes longitudinais), conforme Figura 24.
Figura 24 – Assentamento da alvenaria com blocos de vedação com furos verticais
Fonte: Acervo do Conteudista
Fiada de marcação (1ª fiada)
Conforme apresentado em Thomaz et al. (2009) e Silva (2004), recomenda-se 
que Projetos de alvenaria modulares sejam elaborados e em conjunto com o Proje-
to de estrutura, e devem definir:
1. A época e a sequência de execução das vedações em cada pavimento;
2. No caso de estruturas convencionais de concreto armado, recomenda-se 
iniciar os serviços de alvenaria no mínimo após 28 dias da concretagem do 
respectivo pavimento, após completa retirada das escoras desse pavimen-
to, e sem que sobre ele estejam atuando cargas do pavimento superior;
3. No caso de edifícios com estrutura de aço, não há necessidade dessa espera.
Os autores recomendam que o assentamento da primeira fiada deve ser executado:
1. Após rigorosa locação das alvenarias, feita com base na transferência de 
cota e dos eixos de referência para o andar em que estão sendo realizados 
os serviços (Figura 25); 
2. Relativamente à cota, deve ser observada aquela prevista para o piso aca-
bado de cada pavimento, valendo, em geral, para os edifícios multipolos 
pisos, a cota das soleiras das portas dos elevadores, com tolerância menor 
ou igual a 5mm.
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Figura 25 – Marcação das paredes a partir dos eixos de referência
Fonte: Thomaz et al., 2009
Levar em consideração, para o plano vertical, as cotas das soleiras de portas de 
elevador e de peitoris de janelas:
1. Após completo nivelamento do andar (com nível lazer, nível de mangueira 
ou nível alemão), sempre alinhadas em todas as fachadas, efetuando-se 
eventuais correções de nivelamento com engrossamento da camada de 
assentamento da primeira fi ada.
A Marcação das paredes, segundo Silva (2004), deve respeitar os seguintes 
procedimentos:
• As posições das paredes são marcadas com base nos eixos de referência 
e em cotas acumuladas (forma de se evitar propagação de erros), e depois 
pelas suas faces;
• Deve ser iniciada pelas paredes de fachada e pelas paredes internas principais, 
incluindo paredes de geminação entre apartamentos, paredes de elevadores, 
de caixas de escada, de separação com áreas comuns e outras, podendo ser 
feita com linhas distendidas entre blocos extremos, giz de cera ou fio traçante, 
isto é, linha impregnada com pó colorido (“vermelhão” ou equivalente);
• Após lavagem da base, devem ser inicialmente assentados os chamados “blo-
cos-chave”, ou seja, aqueles localizados nas extremidades dos panos, nos en-
contros entre paredes, em shafts ou cantos de paredes, nas laterais de vãos de 
portas e outros que identifiquem singularidades.
As alvenarias são caracterizadas influenciadas pelo assentamento dos blocos da
primeira fiada, conforme especificações da normalização e apresentado por 
Lordsleem Jr. (2008) e Thomaz et al. (2009):
• Marcação da primeira fiada;
• Modulação horizontal e vertical;
• Nivelamento das fiadas e espessura da camada de assentamento;
• Folgas para instalação de esquadrias;
• Posicionamento de ferros-cabelo ou de telas de ancoragem das paredes;
• Folga para execução da fixação (“encunhamento”) das paredes etc. 
27
UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
De acordo com os autores, o assentamento da primeira fiada deve ser realizado 
com todo o cuidado, utilizando equipamentos de precisão com:
• Teodolito ou nível lazer;
• Trena metálica;
• Prumo de face (“fio-de-prumo”);
• Régua de alumínio;
• Esquadros de braços longos;
• Prumo de face/réguas com bolhas de nível nas duas direções etc. 
Segundo Silva (2004), com relação aos Sistemas prediais, antes do assentamen-
to da primeira fiada, devem ser rigorosamente conferidas:
• A presença e o posicionamento de eletrodutos;
• As caixas de passagem;
• Os tubos de água;
• Os arranques de pilaretes grauteados e outros. 
No caso de pilaretes grauteados, deve ser assentado, na correspondente po-
sição, bloco com abertura de janela, possibilitando a posterior limpeza do furo e 
verificação do completo preenchimento do furo pelo lançamento do graute.
Caso seja necessária a abertura de sulcos na alvenaria para o embutimento das 
instalações, eles só devem ser iniciados após a execução da fixação. 
Recomenda-se que os cortes horizontais e os diagonais sejam evitados. Os cor-
tes necessários devem ser feitos com discos de corte ou equipamentos equivalentes.
Equipamentos e ferramentas
Na Figura 26, ilustram-se alguns equipamentos auxiliares para a marcação, e 
também a elevação das paredes.
Figura 26 – Equipamentos auxiliares na execução das alvenarias
Fonte: Divulgação
28
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Para a elevação das alvenarias, devem estar disponíveis todos os equipamentos 
e as ferramentas necessárias para o assentamento dos blocos, incluindo:
• Colher de pedreiro, meia-cana, bisnaga;
• Linha, esticadores de linha;
• Réguas de alumínio;
• Prumo de face;
• Escantilhões;
• Broxa;
• Nível de bolha e nível de mangueira; 
• Esquadros de braço longo;
• Furadeira elétrica;
• Pistola finca-pinos etc. 
Tomando por referência a primeira fiada, assentada com os cuidados anterior-
mente mencionados, podem ser marcadas nos próprios pilares as cotas da demais 
fiadas; é interessante, contudo o emprego de escantilhões, suportados por tripés 
ou introduzidos sob pressão no reticulado vertical da estrutura (escantilhão telescó-
pico), conforme Figura 27.
Figura 27 – Emprego de escantilhões, suportados por tripés ou introduzidos
sob pressão no reticulado vertical da estrutura (escantilhão telescópico)
Fonte: Divulgação
Elevação das alvenarias
Para o início dos serviços de elevação das alvenarias, todas as providências de 
logística, conforme a NR-18 e Complementares, e apresentadas por Thomaz et al. 
(2009), devem ter sido tomadas.
Por exemplo:
• Instalação no andar de guarda-corpos ou bandejas de proteção;
• Eventual fixação de plataforma de recepção de blocos e outros materiais;
• Disponibilidade de carrinhos porta-paletes;
• Esquema de distribuição e empilhamento dos blocos;
29
UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
• Forma de transporte e preparação da argamassa de assentamento (argamas-
sadeiras, caixotes de massa sobre suporte com altura regulável etc.);
• Disponibilidade de gabaritos para os vãos de portas e janelas;
• Disponibilidade de andaimes;
• Prévio recorte de telas para as ligações com pilares ou ligações entre paredes 
com juntas a prumo, e outras.
Os dispositivos de ligação dos pilares com as alvenarias devem ser previamente 
providenciados, isto é:
• Marcação das fiadas;
• Fixação de telas com finca-pinos;
• Introdução de ferros-cabelo ou ganchos nos pilares etc.;
• O lançamento de chapisco nos pilares, lajes e vigas deve ter sido executado há 
pelo menos três dias;
• As telas de arranque devem ser corretamente assentadas nas ligações com juntas 
a prumo, resultando totalmente embutidas em argamassa bem compactada.
Recomendações durante a elevação da alvenaria, apresentadas e discutidas por 
Thomaz (2009), Lordsleem Jr. (2008) e Sabbatini e Barros (2004), são apresenta-
das como se segue:
1. As paredes do mesmo pavimento devem ser executadas simultaneamente, 
a fim de não sobrecarregar a estrutura de forma desbalanceada; 
2. É aconselhável promover o levantamento de meia-altura da parede num 
dia e complementá-la no dia seguinte, quando a primeira metadejá ga-
nhou certa resistência;
3. É recomendável iniciar a construção pelas paredes de fachada, trecho 
inicial com 1m de altura, a fim de liberar bandejas, grades de proteção e 
outros (Figura 28);
4. Para as ligações das paredes de fachada com as respectivas paredes in-
ternas, recomenda-se que sejam simultaneamente construídos trechos das 
paredes internas na forma de “escada”, desaconselhando-se a manuten-
ção de vazios para posterior amarração dos blocos das alvenarias internas, 
conforme Figura 20;
5. Nos pavimentos mais elevados, nas paredes muito altas ou nas regiões 
com ventos fortes, deve-se tomar cuidado para que as alvenarias em fase 
de elevação não sejam derrubadas pela ação do vento, providenciando-se 
escoramentos, fixações (“encunhamentos”) provisórios ou outros disposi-
tivos adequados;
6. Recomenda-se facear os blocos pelo lado da parede, que receberá o re-
vestimento menos espesso (exemplo: gesso de um lado e revestimento 
cerâmico do lado oposto, facear pelo lado que recebe o gesso);
30
31
7. No assentamento, devem ser criteriosamente observados todos os de-
talhes previstos no Projeto da parede correspondente, considerando 
caixas de elétrica, pontos de água, luz e gás, cintas de amarração, ver-
gas e contravergas, pilaretes, blocos mais estreitos nas primeiras fi adas 
e outros detalhes;
8. Trabalhando-se sempre com as lajes bem limpas, ou o piso protegido com 
mantas de plástico, pode-se reaproveitar a argamassa que cair no chão 
durante o assentamento.
Figura 28 – Execução de ligação entre alvenaria de fachada e alvenaria interna
Fonte: THOMAZ, E. et al., 2009 e Acervo do Conteudista
Para assentar os blocos, seguir as recomendações de Lordsleem Jr. (2008) e 
Thomaz (2009), como se segue:
1. Os blocos são assentados de maneira escalonada (juntas em amarração), 
nivelados e aprumados com os blocos da primeira fi ada; 
2. Para a marcação da cota de cada fi ada, são utilizadas linhas bem esticadas, 
suportadas lateralmente por esticadores ou presas em escantilhões que, 
nesse caso, garante a altura da fi ada e o prumo da parede;
3. Na ligação da alvenaria com os pilares, verifi car, inicialmente, se o chapis-
co está bem aderido ao concreto;
4. Deve-se encabeçar totalmente o bloco, pressionando-se o bloco contra 
o pilar de modo que a argamassa em excesso refl ua por toda a periferia 
do bloco;
5. A argamassa de assentamento deve ser estendida sobre a superfície hori-
zontal da fi ada anterior e na face lateral do bloco a ser assentado, em cor-
dões ou ocupando toda a superfície, mas em quantidade sufi ciente para que 
certa porção seja expelida quando o bloco é assentado sob pressão;
6. O bloco é conduzido à sua posição defi nitiva mediante forte pressão para 
baixo e para o lado (Figura 29);
7. Os ajustes de nível, prumo e espessura da junta só podem ser feitos an-
tes do início da pega da argamassa, ou seja, logo após o assentamento 
do bloco.
31
UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
Figura 29 – Encabeçamento dos blocos, pressão no assentamento, 
controle do prumo das paredes e do nível das fiadas
Fonte: Thomaz et al., 2009
1. No máximo a cada duas ou três fiadas, recomenda-se verificar o nivela-
mento e o prumo da parede, utilizando prumo de face, régua e nível de 
bolha; tais verificações, além da conferência da cota, devem ser procedidas 
com mais cuidado ainda na fiada que ficará imediatamente abaixo dos vãos 
de janela;
2. O alinhamento e o prumo devem também ser verificados com o máximo 
cuidado nas laterais dos vãos de portas e janelas (ombreiras).
Conforme especificações da ANBT NBR 15961-2:2011, da NBR 15812-
2:2010, da BR 8545 e da NBR 15575:2013 e apresentadas por Thomaz et. al 
(2009), para a execução das vergas e contravergas deve-se observar o seguinte:
1. No caso de utilização de blocos tipo canaletas, deve-se limpar e umedecer 
as canaletas antes do lançamento do graute ou do microconcreto; 
2. Para alvenarias com largura inferior a 11,5cm e vãos acima de 0,80m reco-
menda-se que as vergas e as contravergas sejam pré-moldadas ou moldadas 
com o auxílio de fôrmas, tomando toda a espessura da parede;
3. Para vãos de até 1m, podem ser moldadas contravergas com altura em 
torno de 7 a 9cm, utilizando blocos seccionáveis acima dessa medida;
4. Recomenda-se que as contravergas tomem toda a altura da fiada, confor-
me ilustrado na Figura 30.
32
33
Figura 30 – Co ntravergas com blocos seccionáveis ou blocos tipo canaleta
Fonte: THOMAZ, E. et al. (2009)
Recomenda-se um período mínimo de 28 dias para o início da elevação das al-
venarias, que só deve ser realizada após conveniente cura do concreto da estrutura. 
Em atendimento a esse prazo, e considerando os ciclos usuais de concretagem 
de 7 dias, na Figura 31, exemplificam-se as etapas de concretagem da estrutura, 
da marcação e da elevação das alvenarias (THOMAZ, 2009).
Figura 31 – Eta pas de concretagem da estrutura, marcação e elevação das alvenarias
Fonte: Thomaz et al., 2009
Fixações (“encunhamentos”)
Segundo Silva (2004), nas fixações (“encunhamentos”) com lajes ou vigas supe-
riores, após limpeza e aplicação de chapisco no componente estrutural, recomen-
da-se o assentamento inclinado de tijolos de barro cozido, empregando-se arga-
massa relativamente fraca (“massa podre”).
Cria-se, assim, uma espécie de “colchão deformável”, amortecedor das defor-
mações estruturais que seriam transmitidas à parede.
33
UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
Ainda de acordo com o autor, nos projetos modulados, em que a última fiada de 
blocos praticamente faceia a face inferior do componente estrutural, deve-se com 
muito mais razão empregar argamassa fraca em cimento.
Nessa situação, tratando-se de blocos vazados, a última fiada pode ser composta 
por meio-blocos assentados com furos na horizontal (Figura 31), facilitando sobre-
maneira a execução da fixação (“encunhamento”).
Portanto, o encunhamento da alvenaria pode ser realizado por meio da utiliza-
ção de argamassas expansivas, com espuma de poliuretano ou tijolos maciços ou 
vazados assentados a 45 graus, conforme ilustrado na Figura abaixo.
Encunhamento da alvenaria, argamassa de poliuretano, argamassas expansivas e tijolos 
maciços: https://goo.gl/yQHVUp
Ex
pl
or
Considerações sobre as fixações/encunhamentos
1. A alvenaria não pode servir de apoio direto para vigas e lajes, nem como 
forma de pilar, exceto quando térreo mais um pavimento e fundamentado 
tecnicamente por meio de verificação analítica;
2. Para obras que não exijam estrutura em concreto armado, a alvenaria 
não deve servir de apoio direto para as lajes, independentemente de ter 
uma cinta de amarração em concreto armado (ABNT NBR 15575:2013 
e NBR 8545);
3. Para que não ocorra a transmissão de carregamentos entre os sucessivos 
pavimentos, em qualquer situação, recomenda-se o máximo retardamento 
entre a elevação das alvenarias e a fixação (“encunhamento”) das paredes;
4. Transcorrido certo prazo após a elevação, pode-se adotar a fixação em 
pavimentos alternados; nessa hipótese, para abrir frentes para trabalhos 
internos (revestimentos etc.), encunham-se dois pavimentos e se pula o 
próximo, e assim sucessivamente, sendo, o pavimento térreo e o primeiro 
pavimento os últimos a serem fixados, conforme ilustrado na Figura 32 
(THOMAZ et al., 2009).
Figura 32 – Fixação (“encunhamento”) de parede com o emprego de tijolos de barro cozido ou meio-blocos
Fonte: Thomaz et al., (2009)
34
35
No caso de estruturas muito deformáveis, paredes muito extensas ou muito en-
fraquecidas pela presença de aberturas, recomenda-se a adoção de ligações ainda 
mais flexíveis, por exemplo com o emprego de poliuretano expandido ou “massa 
podre” composta com esferas de EPS (poliestireno expandido) (Figura abaixo).Nesse caso, adequações de materiais e de detalhes construtivos devem ser estu-
dadas para garantir a integridade do revestimento das paredes.
Ilustraç ão do encunhamento da alvenaria; utilização da bisnaga: https://goo.gl/5HiwZz
Ex
pl
or
 Na Figura 33, é apresentada, segun-
do Thomaz et al. (2009), a sequência de 
elevação das alvenarias versus a sequên-
cia de execução do encunhamento. 
De acordo com o autor, o ideal é que 
a fixação (“encunhamento”) seja feita de 
cima para baixo, após 14 dias da eleva-
ção da parede do último pavimento; po-
rém, caso não seja possível realizar dessa 
forma devido ao planejamento da obra, 
recomenda-se fixar (“encunhar”) em gru-
pos de três pavimentos, de cima para bai-
xo, estando três pavimentos acima com 
alvenaria já elevada. 
De qualquer forma, o pavimento térreo 
e o primeiro pavimento só podem ser 
fixados (“encunhados”) ao final do serviço 
de fixação.
Figura 33 – Sequênc ia para fi xações
(“encunhamentos”) das alvenarias de vedação
Fonte: Thomaz et al., 2009
Considerações Finais
A argamassa convencional deve ter trabalhabilidade e consistência suficientes 
para suportar o peso dos blocos e/ou dos tijolos e mantê-los no alinhamento, por 
ocasião do assentamento. Para outros tipos de compostos ou argamassas, deve-se 
atender aos requisitos estabelecidos do fabricante e da ABNT NBR 15.575:2013.
Os materiais constituintes da argamassa e seus respectivos armazenamentos, 
bem como a dosagem, a preparação e a aplicação dela devem estar de acordo com 
a ABNT NBR 13.281:2005 e a ABNT NBR 15.279:2017. 
O bloco cerâmico não pode apresentar defeitos sistemáticos, como quebras, super-
fícies irregulares ou deformações, que impeçam seu emprego na função especificada.
35
UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
Especial atenção deve ser dada à manutenção da folga entre o respaldo da al-
venaria e a base de vigas ou de lajes, conforme previsto no projeto das alvenarias. 
As quatro últimas fiadas podem ser ajustadas para garantir a espessura da junta 
de fixação (“encunhamento”) entre 1,5 e 3cm. Caso ocorram variações dimensio-
nais da estrutura ou da própria alvenaria, correções podem ser feitas com blocos 
compensadores, fornecidos com diferentes alturas (4cm, 9cm etc.).
A última fiada deve sempre constituir um espaço para a introdução do mate-
rial de fixação (“encunhamento”), devendo-se, para tanto, empregar meio-blocos, 
compensadores ou blocos tipo canaleta, com o fundo na parte superior. 
O material de fixação (“encunhamento”) deve ser bem compactado no interior 
da junta, de forma a evitar a ocorrência de destacamentos; ao projetista da alve-
naria compete definir se toda a espessura da parede será preenchida ou se serão 
constituídos apenas dois cordões laterais de argamassa de fixação. 
Em geral, principalmente, em estruturas mais flexíveis e deformáveis, não devem ser 
empregadas argamassas ricas em cimento e/ou formuladas com aditivos expansores.
Deve-se chapiscar a face da estrutura (lajes, vigas e pilares) que ficam em contato 
com a alvenaria.
As fundações que receberão as alvenarias devem ser impermeabilizadas confor-
me a ABNT NBR 9575, de forma a garantir que não ocorra ascensão capilar.
Na elevação das paredes em contato com a fundação, deve-se utilizar argamassa 
aditivada com propriedades impermeabilizantes, com altura de no mínimo 20cm.
Recomenda-se umedecer os blocos e/ou os tijolos antes do assentamento, ex-
ceto quando já saturado.
Devem ser utilizados blocos e tijolos com os vazados na direção para a qual ele 
foram projetados.
Recomenda-se utilizar o escantilhão como guia das juntas horizontais (controle 
de nível) e auxiliar no controle da prumada da parede e se deve, também, garantir 
o alinhamento vertical da alvenaria (prumada) e a horizontalidade das fiadas.
36
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Alvenaria de Vedação
https://goo.gl/rC2dfb
Paredes de Alvenaria: Marcação, Amarração e Execução
https://goo.gl/hg4RZk
 Livros
Execução e Inspeção de Alvenaria Racionalizada
LORDSLEEM, A. C. Execução e Inspeção de Alvenaria Racionalizada. 2.ed. São 
Paulo: O Nome da Rosa, 2000.
Mãos à Obra pro (coletânea)
ABCP. Mãos à Obra pro (coletânea). São Paulo: ABCP/ Alaúde, 2013.
 Leitura
Curso Técnicas de Execução em Alvenarias
https://goo.gl/AKQ4DF
Alvenarias
https://goo.gl/nNLBLe
Alvenaria
https://goo.gl/X3Tvif
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UNIDADE Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas – SVVIE
Referências
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________. NBR 13281: argamassa para assentamento e revestimento de paredes 
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________. NBR 15270-1: componentes cerâmicos; parte 1: blocos cerâmicos 
para alvenaria de vedação, terminologia e requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
________. NBR 15575-4: desempenho de edifícios habitacionais de até 5 pavi-
mentos; parte 4: sistemas de vedações verticais externas e internas. Rio de Janeiro: 
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________. NBR 6460: tijolo maciço cerâmico para alvenaria, verificação da re-
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________. NBR 7170: tijolo maciço cerâmico para alvenaria. Rio de Janeiro: 
ABNT, 1983.
________. NBR 8545: execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e 
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