Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de São João Del Rei – UFSJ Campus Alto Paraopeba Curso de Engenharia Química Caio Víctor Silva Rodrigues- 194550017 Janaine Catarina Gomes- 194550033 Luiza Karoliny Aparecida Moutinho de Souza- 194550037 Pedro Henrique Basilio Morais- 194550021 Sabrina Cristiane Freitas e Souza- 194550015 Thaís de Sousa Gonzaga- 194550035 ENGENHARIA DE MATERIAIS Ouro Branco 1 12 de novembro de 2019 Universidade Federal de São João Del Rei – UFSJ Campus Alto Paraopeba Curso de Engenharia Química ENGENHARIA DE MATERIAIS Trabalho entregue ao professor Thiago Oliveira Cabral como parte das exigências da disciplina Introdução à Engenharia de Materiais. Ouro Branco 12 de novembro de 2019 2 Sumário 1. Introdução.........................................................................................................................4 2. Fundamentos Básicos…………………………………………………………………...5 3. Exemplos na Indústria………………………………………………..….…………......7 3.1. Alumínio………………………………………………..….…………..........................7 3.1.1. Onde é encontrado?.....................................................................................................8 3.1.2. Utilização....................................................................................................................8 3.2. Vidro..............................................................................................................................8 3.2.1 Principais Características.............................................................................................8 3.2.2. Resistência Mecânica..................................................................................................8 3.2.3 Tipos de Vidro e Suas Utilizações...............................................................................9 3.3. Zinco.............................................................................................................................10 3.3.1. Aplicação na Construção Civil..................................................................................10 3.3.2. Aplicação em Transportes.........................................................................................10 3.3.3. Aplicação em Infraestrutura......................................................................................11 3.3.4. Aplicação em Bens de Consumo..............................................................................11 3.3.5. Aplicação em Eletrodomésticos...............................................................................11 3.3.6. Reciclagem do Zinco................................................................................................11 3.4. Carbono.......................................................................................................................11 3.4.1. Onde é encontrado?..................................................................................................12 3.4.2. Utilização.................................................................................................................12 3.5. Urânio......................................................................................................................... 12 3.5.1. Características do Urânio.........................................................................................12 3.5.2. Onde o Urânio é Encontrado?..................................................................................13 3.5.3. Utilização.................................................................................................................13 4. Problema e Desafio......................................................................................................13 4.1. Conceito de Corrosão.................................................................................................13 4.2. Corrosão na Indústria Petrolífera................................................................................14 4.3. Técnicas ou Métodos de Proteção Corrosiva..............................................................15 4.3.1. Revestimentos..........................................................................................................15 4.3.2. Proteção Catódica e Anódica...................................................................................15 3 4.3.3. Técnicas de modificação do meio corrosivo............................................................15 4.3.4. Inibidores de corrosão..............................................................................................16 5. Conclusão......................................................................................................................17 5. Referências Bibliográficas…………………………………………………………...18 4 1. Introdução Engenharia de Materiais é uma área que estuda e pesquisa sobre os diversos tipos de materiais. Esses materiais são substâncias com propriedades que as tornam úteis na construção de máquinas, estruturas, dispositivos e produtos. Em outras palavras, os materiais do universo que o homem utiliza para “fazer coisas”. Sendo assim, o engenheiro destinado nesse ramo seleciona, detalha e atua na criação de novos materiais como ligas metálicas, plásticos e resinas, tudo isso de acordo com a demanda ou necessidade industrial. Conforme um produto é elaborado por uma fábrica é necessário verificar aspectos como resistência a impactos, manuseio, alterações de acordo com o clima, espessura entre outros. Todos esses fatores influenciam na fabricação do produto envolvendo vários processos químicos. [1] A Engenharia de materiais pode ser baseada como mostra na figura 1: Figura 1- Modelo Tetraédrico (MARTENDAL, 2016) A ideia do modelo tetraédrico é mostrar como todos os fatores que atuam na fabricação são interdependentes, ou seja, na composição de um produto todas essas características devem ser analisadas e respeitadas em conjunto. (MARTENDAL, 2016) Um engenheiro de materiais pode se especializar em diversas áreas, entre elas se encontram: ● Cerâmica: criar materiais cerâmicos, avaliar suas propriedades e estudar novas utilizações para os já existentes. Controlar a qualidade da produção das peças em indústrias de materiais refratários e revestimentos cerâmicos. (ASSIS, 2017) 5 ● Metais: desenvolver ligas metálicas e gerenciar sua produção, para garantir a qualidade do material, conforme suas propriedades e seu destino. (ASSIS, 2017) ● Polímeros: criar compostos de borracha, resinas, plásticos e acrílicos para serem empregados nos mais diversos tipos de indústria, controlando a aplicação do material de acordo com suas propriedades e o uso a que se destina. (ASSIS, 2017) Há muitos engenheiros de materiais em empresas que desenvolvem polímeros, cerâmicas, ligas metálicas, aperfeiçoando esses materiais, tornando-os mais baratos e sustentáveis, atuando em seu controle de qualidade, entre outros. No cenário brasileiro atual as duas indústrias que mais contratam profissionais da área são a siderúrgica e a petroquímica. A siderúrgica está muito relacionada com as montadoras de carros presentes no Brasil, que buscam cada vez mais diminuir o peso dos componentes dos veículos com o intuito de aumentar a eficiência energética.Um exemplo de aço que foi desenvolvido através da engenharia de materiais são os aços TRIP, muito resistentes e com elevada conformabilidade do material. Já na indústria de petróleo e gás um dos principais desafios é o desenvolvimento de um material muito resistente à corrosão marítima e também resistente à pressão que será exercida abaixo d’água. (MARTENDAL, 2016) Nos meios sociais, ambientais e econômicos, o engenheiro de materiais trabalha com a função de desenvolver materiais mais otimizados para uma determinada aplicação ou na seleção de materiais já existentes para aquela aplicação. No ambiente da Engenharia Química ambos atuam aperfeiçoando diversos materiais, sem comprometer a disponibilidade de recursos para as gerações futuras desenvolvendo produtos eficientes e sustentáveis, os quais não causam um impacto ambiental desde sua produção até o seu descarte, atuando em seu controle de qualidade. Como exemplo, atualmente na construção civil já é possível construir uma casa sustentável, através da reciclagem, utilizando blocos de entulho (feitos a partir de entulhos moídos) e madeira manufaturada (tábuas de madeira feitas a partir de serragem), ambos produzidos pelo reaproveitamento de restos de construções demolidas ou de reformas. [2] 2. Fundamentos Básicos 6 Os materiais estão inteiramente ligados à existência e a evolução da espécie humana. Desde o início da civilização, os materiais e a energia são usados com o objetivo de melhorar o nível de vida do ser humano. Dentre os materiais mais comuns, pode-se citar: madeira, cimento, pedra, aço, plástico, vidro, borracha, alumínio, cobre e papel. Existem muitos outros tipos de materiais e, para se notar tal fato, basta observar a constituição dos objetos ao nosso redor. A produção e transformação de materiais em bens acabados, constitui uma das mais importantes atividades de uma economia moderna. Um produto, para ser manufaturado, requer uma etapa de planejamento de seu processo de produção. Nesta etapa, são selecionados diversos materiais de acordo com custos e, principalmente, com as necessidades técnicas exigidas. A elaboração desta etapa exige que o responsável pela mesma tenha noção das estruturas internas dos materiais, pois o conhecimento das mesmas aos níveis submicroscópicos, permite prever o comportamento do material em serviço, bem como possibilita programar e controlar suas propriedades e características. (UNICAMP) Os materiais são analisados e desenvolvidos dentro do ramo do conhecimento denominado “ciência e engenharia de materiais “, o qual tem, como meta principal a geração e emprego de conceitos envolvendo composição química, arranjo, atômico e processamento dos materiais com suas características e empregos. A ciência dos materiais está associada a geração de conhecimento básico sobre a estrutura interna, propriedades e processamento de materiais. Ela tem ainda como objetivo compreender a natureza dos materiais, estabelecendo conceitos e teorias que permitem relacionar a estrutura dos materiais com suas propriedades e comportamento. A engenharia dos materiais está principalmente ligada ao emprego de conceitos fundamentais e empíricos dos materiais, na conversão dos mesmos em produtos finais. (UNICAMP) O estudo da grande variedade de materiais existentes na natureza e também dos que são produzidos pelo Homem conduziu à criação da Ciência dos Materiais e da Engenharia dos Materiais, áreas do conhecimento que têm por objetivo estudar e conhecer profundamente os materiais mediante um exame das relações entre a sua estrutura, as suas propriedades e o seu processamento, de forma a permitir desenvolver produtos que apresentem, nas condições de serviço, um correto desempenho, com funcionalidade e durabilidade adequadas, a um preço que possa ser o justo reflexo da sua qualidade global. (CAETANO, 2010) Ao engenheiro de materiais compete estudar a estrutura, propriedades, aplicações e as tecnologias de processamento de todos os materiais atrás referidos, o que exige profundos 7 conhecimentos das ciências básicas, tais como a Química (Inorgânica e Orgânica), Física, Mecânica, Geologia, Bioquímica, Biofísica e, mais recentemente, as Nanotecnologias. Na Figura 2 esquematiza-se estas relações de conhecimentos. Figura 2 - Conceito da Engenharia dos Materiais. (CAETANO, 2010) O conjunto desses conhecimentos deve permitir-lhe decidir-se, na fase de projeto, pela seleção de um determinado material (ou materiais) para a execução de um determinado produto, de forma que este satisfaça todos os requisitos de qualidade, para um determinado preço. (CAETANO, 2010) Pode-se afirmar, que a história da tecnologia dos materiais é quase tão velha quanto a história da humanidade, e se desenvolveu, em várias fases, a partir do momento em que os seres humanos começaram a usar ferramentas de caça e de proteção. As tecnologias pré- históricas converteram os recursos naturais em ferramentas simples (primeiro a pedra, a madeira e mais tarde o barro e os metais). É dito também que a descoberta consequente uso e domínio do fogo foi um ponto chave na evolução tecnológica do Homem, permitindo-lhe um melhor aproveitamento dos alimentos e também o aproveitamento dos recursos naturais que dele necessitam para serem úteis (primeiramente os produtos cerâmicos e depois os metais). Assim, a madeira e o carvão vegetal estão entre os primeiros materiais usados pelo Homem como combustível. Na verdade, as suas primeiras fontes naturais de energia. (CAETANO, 2010) 3. Exemplos na Indústria 3.1. Alumínio 8 O alumínio é um metal que possui ponto de fusão de 660°C, o que é relativamente baixo comparado ao do aço, que é da ordem de 1570°C, além disso este material possui uma fina e invisível camada de óxido, a qual protege o metal de oxidações posteriores. Essa característica de auto-proteção dá ao alumínio uma elevada resistência à corrosão. Ser leve, bom condutor térmico e elétrico é uma de suas características principais também. [3] 3.1.1. Onde é encontrado? O alumínio não ocorre puro na natureza. Ele geralmente se combina com outros elementos, como o silício, o oxigênio e o hidrogênio, formando compostos. Esses compostos estão presentes, em maior ou menor grau, em quase todas as rochas, plantas e animais. As rochas que contêm os compostos são chamadas de minérios de alumínio. A bauxita é o minério de alumínio mais comum. No século XIX, os cientistas aprenderam a separar o alumínio dos outros elementos para obtê-lo puro. [3] 3.1.2. Utilização Devido a suas propriedades, as ligas de alumínio são ideais para a fabricação de peças para aviões e outros veículos. Além disso, é utilizado para fazer certos materiais de construção, geladeiras, condicionadores de ar e latas de refrigerante. Por ser um bom condutor de calor, esse metal é usado na fabricação de panelas e frigideiras. Ele também é utilizado para fazer fios elétricos, pois é um bom condutor de eletricidade. [4] 3.2. Vidro O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida através do resfriamento de uma massa em fusão, tendo a transparência e a dureza como suas principais qualidades. [5] 3.2.1. Principais características: É um material que é ótimo isolador dielétrico, possui baixa condutividade térmica, transparente, ou seja, permeável a luz, possui recursos abundantes na natureza e durabilidade. [6] 3.2.2. Resistência Mecânica O vidro é um material frágil, porém não fraco. Ele tem grande resistência a ruptura, podendo mesmo ser utilizado em pisos, é duro e rígido, porém não tenaz não sendo apropriado 9 para aplicações sujeitas a impactos. Se compararmoso vidro com um material tenaz, o aço por exemplo, quando este último é submetido a cargas crescentes num ensaio de tração existe uma fase em que ele se comporta como uma mola e quando cessada a força que o deforma, retorna a forma original. Porém, chegando-se a um valor de tensão, denominado limite de resistência, ele vai se deformar plasticamente (não volta mais à forma original) e se continuar a aumentar o esforço vai se romper no valor conhecido como limite de ruptura. O vidro na região elástica se comporta como o aço. Quando a tensão cessa ele volta ao formato original. Mas o vidro não se deforma plasticamente à temperatura ambiente e ao passar seu limite de resistência se rompe catastroficamente. Em outras palavras o vidro ‘’não avisa’’ que vai se romper. Ele simplesmente se rompe. Seu limite de resistência é igual ao limite de ruptura. [7] 3.2.3. Tipos de vidro e suas utilizações Vidro Impresso O vidro impresso é um vidro plano translúcido, incolor ou colorido, que recebe a impressão de um padrão (desenho) quando está saindo do forno. É usado na construção civil, eletrodomésticos, móveis, decoração e utensílios domésticos. [8] Vidro Duplo ou Insulado É o conjunto de dois vidros separados por uma camada de ar ou gás, conferindo redução na propagação de som, na entrada de calor e uma infinidade de combinações decorativas. Largamente utilizado na construção civil dos países europeus, o vidro duplo está presente no nosso dia a dia, como por exemplo, na porta dos freezers e refrigeradores (com a função de isolação térmica). O duplo envidraçamento pode ser composto por qualquer tipo de vidro, melhorando a performance térmica e acústica. Além disso, pode ser equipado com persianas internas, que dão ao conjunto um efeito estético diferenciado. [8] Vidro Temperado O vidro temperado recebe um tratamento térmico (é aquecido e resfriado rapidamente) que o torna mais rígido e mais resistente à quebra. Em caso de quebra produz pontas e bordas menos cortantes, fragmentando-se em pequenos pedaços arredondados. [8] Vidro Autolimpante 10 Vidros autolimpantes são produzidos a partir de um vidro float que recebe uma camada ainda no seu processo de fabricação. Essa camada aproveita a força dos raios UV (Ultravioleta) e da água da chuva para combater a sujeira e os resíduos que se acumulam no exterior e desta forma, mantém a superfície do vidro limpa. Esse processo possui um caráter sustentável extremamente forte pois, além de reduzir o consumo de água, haja vista que sua limpeza é menos frequente e utiliza a própria água da chuva para isso, reduz o consumo de detergentes que, em muitos casos, afetam o ecossistema. O vidro autolimpante é visualmente idêntico aos vidros normais, ele garante uma visão nítida em todas as situações, mesmo em dias de chuva; e a camada autolimpante é integrada ao próprio vidro e por isso tem um alto nível de durabilidade, não se desgastando ao longo do tempo. Deve ser aplicado sempre na parte externa das edificações como fachadas, coberturas, janelas, portas, sacadas e outros e em áreas altamente poluídas. [8] 3.3. Zinco O Zinco é um metal branco-azulado lustroso de baixo ponto de fusão e muito reativo com ácidos, brilhante, resistente a oxidação e quebradiço em temperatura ambiente (298K), mas sendo maleável em temperaturas entre 373K e 423K. É um metal de transição, seus sais são brancos e as suas soluções são incolores, compõe o gás nobre 12 da tabela periódica, pouco abundante na crosta terrestre com aproximadamente 75 ppm. [14] 3.3.1. Aplicação na Construção Civil Utilizado na estrutura de diversas construções, o aço galvanizado tem como benefícios maior flexibilidade e resistência à corrosão. O aço é galvanizado a quente, ou seja, o metal é imerso em um banho de zinco que gera uma camada superficial protetora. Bastante usado em maçanetas, torneiras, dobradiças, porta-toalhas podem ser feitos de Zamac, liga de zinco que permite vários formatos e é muito resistente. [14] 3.3.2. Aplicação em Transportes O zinco é encontrado em diversos meios de transporte, como no avião, que tem na pintura de sua fuselagem o óxido de zinco, que o protege contra a corrosão. Nos ônibus, as carcaças também são galvanizadas, o que aumenta o tempo de vida útil dos veículos. Nos automóveis, além da carcaça em aço galvanizado, utilizada por várias montadoras, podemos 11 encontrar o zinco em seus acessórios como cintos de segurança e maçanetas. Nos pneus e mangueiras, é utilizado o óxido de zinco. [14] 3.3.3. Aplicação em Infraestrutura Cabos de aço, estruturas, vergalhões e parafusos galvanizados são constantemente utilizados em estruturas como pontes, por exemplo. A Ponte Octávio Frias de Oliveira (Ponte Estaiada), que se tornou cartão postal da cidade de São Paulo, foi construída com cabos de aço galvanizados que dão beleza, segurança e durabilidade à construção. [14] 3.3.4. Aplicação em Bens de Consumo O zinco está presente em muitos bens de consumo diários. Como exemplo, podemos citar o shampoo anticaspa e talco antisséptico para os pés, que tem o metal em sua fórmula, contribuindo para que fungos e bactérias não proliferam. No filtro solar, o zinco potencializa o efeito do protetor e previne o envelhecimento precoce. No creme para assaduras, ele desempenha função cicatrizante. [14] 3.3.5. Aplicação em Eletrodomésticos O aço galvanizado é utilizado em eletrodomésticos como fogões e geladeiras, protegendo-os e aumentando o tempo de vida útil destes produtos. [14] 3.3.6. Reciclagem do Zinco Tal meta é infinitamente reciclável a ponto de não perder suas características físicas e químicas durante todas as suas fases de produção e utilização, incluindo a sucata que surge durante a produção de chapa de aço galvanizado, sucata gerada durante os processos de fabricação e instalação e de produtos no fim da vida útil. [14] 3.4. Carbono É um dos elementos mais versáteis que encontramos na natureza, em razão de sua larga aplicação industrial e, principalmente, pela presença em composições celulares e compostos naturais. Apesar da associação negativa com o aquecimento global, o carbono é o elemento- base da Química Orgânica, sendo responsável pela maioria dos compostos existentes na natureza. [15] 12 3.4.1. Onde é encontrado? Em maior parte, em compostos orgânicos, que são compostos derivados desse elemento, sejam eles naturais (como na composição de proteínas, na estrutura do DNA, nos minerais e ainda em combustíveis fósseis e nos biocombustíveis), sejam sintéticos (por exemplo, fibras sintéticas de tecidos, fármacos, plásticos, borracha etc.). Também aparece ligado ao oxigênio na composição do gás carbônico (CO2), presente na atmosfera e dissolvido na água que apesar da associação negativa com o efeito estufa, faz parte de ciclos vitais, como da fotossíntese e da respiração celular, apresentando alótropos, que são substâncias simples diferentes formadas pelo mesmo elemento químico.[15] 3.4.2. Utilização É o único entre os elementos na sua capacidade de formar cadeias fortemente ligadas, vedada por átomos de hidrogênio. Estes hidrocarbonetos, extraído naturalmente como combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), são utilizados principalmente como combustíveis. Uma fração pequena mas importante é usado como um matéria-prima para as indústrias petroquímicas produção de polímeros, fibras, tintas, solventes e plásticos etc. [15] O grafite é usado em lápis, para fazer escovas em motores elétricos e em revestimento interior de fornos, o carvão ativado é utilizado para a purificação e filtração, pode ser encontrada nos respiradores e exaustores, a fibra de carbono é usado atualmenteem raquetes de tênis, esquis, varas de pesca, foguetes e aviões. [15] 3.5. Urânio O urânio é o último elemento químico natural da tabela periódica. É o átomo com o núcleo mais pesado que existe naturalmente na Terra: contém 92 prótons e 135 a 148 nêutrons. Quando puro, é um sólido, metálico e radioativo, muito duro e denso, de aspecto cinza à branco prateado, muito semelhante a coloração do níquel. [16] 3.5.1. Características do Urânio É um elemento radioativo, contém metal denso de elevada dureza, dúctil e maleável, possui uma coloração cinza-prateada, encontrado em abundância no estado sólido com seus átomos altamente instáveis. [16] 13 3.5.2. Onde o Urânio é encontrado? Pode ser encontrado em diversas partes do mundo, sendo caracterizado como um minério comum por estar presente na maioria das rochas. Na natureza, o urânio é encontrado principalmente na forma de minérios. [16] 3.5.3. Utilização O urânio é um elemento muito importante porque nos fornece combustível nuclear usado para gerar eletricidade em centrais nucleares. O urânio é uma fonte alternativa de energia para os combustíveis existentes. A utilização desse elemento para diversificar a matriz energética se dá pelo aumento do preço do petróleo e gás, além da preocupação ambiental com o lançamento de CO2 na atmosfera e o efeito estufa. [16] 4. Problema e Desafio 4.1. Conceito de Corrosão A corrosão pode ser definida como a deterioração de um material, geralmente metálico, por ação física, química ou eletroquímica do meio ambiente. Sendo a corrosão, em geral, um processo espontâneo, está constantemente transformando os materiais metálicos de modo que a durabilidade e desempenho dos mesmos deixam de satisfazer os fins a que se destinam. A deterioração causada pela interação físico-química entre o material e o meio em que se encontra leva a alterações prejudiciais e indesejáveis, sofridas pelo material, tais como: desgaste, transformações químicas ou modificações estruturais, tornando o material inadequado para o uso. (SANTOS, 2013) A corrosão causa grandes problemas em vários setores, como por exemplo, nas indústrias química e petrolífera, nos meios de transportes aéreo, ferroviário, metroviário, marítimo, rodoviário e nos meios de comunicação, como sistemas de telecomunicações, na odontologia (restaurações metálicas, aparelhos de prótese), na medicina (ortopedia) e em obras de arte como monumentos e esculturas. (SANTOS, 2013) 14 4.2. Corrosão na Indústria Petrolífera O estudo dos processos de corrosão vem ganhando espaço, pois cerca de metade das falhas dos materiais tem sido atribuída a esse fenômeno. O conhecimento tanto dos princípios da corrosão quanto da proteção anticorrosiva se apresenta como um desafio no campo da engenharia de equipamentos e também de materiais. O fenômeno da corrosão é encarado como a destruição dos materiais metálicos e não metálicos em contato com a atmosfera, a água, o solo e também os produtos químicos. Nesse sentido, nota-se a importância acerca de mecanismos que auxiliam no controle e na redução dos processos de corrosão. (SANTOS, 2013) Dentre os diversos materiais que podem sofrer a corrosão o aço carbono é o mais usado na indústria de maneira geral e, cerca de 20% do aço produzido destina-se a reposição de partes de equipamentos, peças ou instalações corroídas. Os equipamentos em todas as etapas da produção do óleo e gás na indústria de petróleo e também no seu transporte e estocagem sofrem ataques constantes da corrosão. A indústria de petróleo contém uma grande variedade de ambientes corrosivos e, alguns destes são exclusivos para essa indústria. (SANTOS, 2013) A corrosão que mais prejudica a indústria petrolífera é a eletroquímica, devido à influência dos constituintes do fluido de perfuração e da água de produção entre outros. Esses constituintes são os sais, os gases dissolvidos e micro-organismos, aliados a temperatura e pressão. Na produção de petróleo a presença de gases como o H2S e o CO2 causam como consequência aumento da acidez e a corrosão. À medida que a concentração desses gases aumenta, o pH diminui e a taxa de corrosão aumenta. (SANTOS, 2013) Dentre os fatores que afetam a corrosão por gás ácido estão: ● Composição das fases (água, óleo e gás) presentes no sistema; ● Composição química da água produzida; ● Temperatura; ● Vazão; ● Composição e condições das hastes que estruturam o poço. A perfuração offshore (perfuração no mar) apresenta muitos problemas de corrosão. A maior parte dos equipamentos atualmente utilizados na indústria de petróleo e gás offshore se aproxima rapidamente ao final de sua vida útil, e a possibilidade de falha do equipamento, sem aviso significativo, é alta. Vazamentos de óleo e falhas de equipamentos recentemente têm 15 demonstrado esse perigo. Vários fatores contribuem para esses incidentes, incluindo erros humanos, falta de conhecimentos avançados e efeitos de corrosão. O envelhecimento é um fator dominante na vida útil de qualquer equipamento, sendo que a corrosão é uma das características mais atuam nesse envelhecimento. (SANTOS, 2013) 4.3. Técnicas ou Métodos de Proteção Anticorrosiva As técnicas ou métodos de proteção anticorrosiva, usadas em alguns materiais de extensivo uso industrial envolvem, de maneira geral, a passivação ou a polarização do material, incluem os revestimentos, os inibidores de corrosão, as técnicas de modificação do meio, a proteção catódica e anódica. Abaixo, encontra-se detalhado todos os métodos citados anteriormente: ● 4.3.1. Revestimentos: As ações protetoras dos revestimentos anticorrosivos podem ser explicadas devido a formação de películas de óxidos, hidróxidos e outros compostos pela reação de metais como alumínio, cromo, níquel e zinco com os oxidantes do meio corrosivo. Além disso, os metais também podem ser usados como revestimentos e os mais adequados apresentam valores elevados de sobretensão ou sobrevoltagem, sendo por isso mais resistentes ao ataque dos ácidos em meios não aerados como, por exemplo, o estanho, chumbo, zinco e cádmio. (SANTOS, 2013) ● 4.3.2. Proteção Catódica e Anódica: Os protetores anódicos são aqueles que atuam nas reações anódicas, ou seja, aqueles que migram para a superfície anódica, causando passivação em presença de oxigênio dissolvido.29 Este tipo de protetor reage com o produto de corrosão inicialmente formado, dando origem a um filme aderente e extremamente insolúvel em sua superfície, resultando em sua proteção. A proteção anódica é empregada com sucesso somente para os metais e ligas formadores de películas protetoras, especialmente o titânio, o cromo, ligas de ferro-cromo e ligas de ferro-cromo-níquel. (SANTOS, 2013) ● 4.3.3. Técnicas de modificação do meio corrosivo: A corrosão pode ser evitada através da alteração do meio corrosivo através do controle do pH e a desaeração. O controle de pH visa favorecer a passivação dos metais, o que ocorre com o pH ligeiramente básico. Cuidados especiais com os metais anfóteros devem ser tomados, pois estes perdem a resistência à corrosão em meios muito básicos e com a precipitação de compostos de cálcio e magnésio que se tornam insolúveis em pH elevado, podendo trazer problemas de incrustação. (SANTOS, 2013) 16 ● 4.3.4. Inibidores de corrosão: Um dos principais métodos adotados pela indústria para prevenir ou minimizar a corrosão é o uso de inibidores de corrosão específicos. Tais inibidores são substâncias orgânicas ou inorgânicas, que quando adicionadas ao meio corrosivo, evitam ou diminuem o desenvolvimento das reações de corrosão. Esses inibidores normalmente são adsorvidos,fazendo um filme muito fino e persistente, o qual leva a uma diminuição na taxa de corrosão, devido ao abrandamento das reações anódicas, catódicas ou ambas. (SANTOS, 2013) 17 5. Conclusão A partir dos conteúdos apresentados ao decorrer deste trabalho acerca das características a respeito da Engenharia de Materiais, pode-se concluir o quanto foi importante pesquisar sobre os diversos componentes materiais utilizados no meio industrial, permitindo com que o atual grupo pudesse adquirir ciência de temas técnicos e específicos extremamente essenciais no ramo da Engenharia. Nesse sentido de aprendizagem adquirida, pode-se afirmar que toda a teoria vista será levada adiante como forma de explicação e posteriormente, como forma de debate e prestações de dúvidas que poderão surgir em sala de aula. Desse modo, como toda e qualquer área profissional exige domínio e capacidade para a resolução de problemas, o respectivo trabalho mostrou que quanto maior a pesquisa, estudo direcionado e dedicação sobre a especificação de cada material, substância e processo químico, maior será o desempenho que Engenheiro Químico ou de Materiais possuirá no meio em que estiver atuando, como foi dado o exemplo na Indústria Petrolífera com o processo de corrosão. 18 6. Referências Bibliográficas [1]. Disponível em: <https://www.voitto.com.br/blog/artigo/engenharia-de-materiais> Acesso em: 9 de novembro de 2019. [2]. Disponível em: < http://www.engmateriais.deg.ufla.br/index.php/materiais_sustentaveis/> Acesso em: 9 de novembro de 2019. [3]. Disponível em: <http://abal.org.br/aluminio/caracteristicas-quimicas-e-fisicas/> Acesso em: 10 de novembro de 2019. [4]. Disponível em: <https://escola.britannica.com.br/artigo/alum%C3%ADnio/603327> Acesso em: 10 de novembro de 2019. [5]. Disponível em: <https://www.fazfacil.com.br/artesanato/vidro-caracteristicas/> Acesso em: 10 de novembro de 2019 [6]. Disponível em: <https://www.fazfacil.com.br/artesanato/vidro-caracteristicas/> Acesso em: 10 de novembro de 2019 [7] Disponível em: <http://www.dimensaodigital.com.br/ufpr/cf361/vidro_SaintGobain.pdf> Acesso em: 10 de novembro de 2019. [8]. Disponível em: <https://www.cebrace.com.br/#!/enciclopedia/interna/os-tipos-de-vidro> Acesso em: 10 de novembro de 2019 19 [9] ASSIS, Tati. Por dentro do curso de Engenharia de Materiais. 3 de junho de 2015. Disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/pordentrodasprofissoes/por- dentro-do-curso-de-engenharia-de-materiais/> Acesso em: 9 de novembro de 2019. [10] CAETANO, Mario A. Engenharia e Ciência dos Materiais. 26 de Dezembro de 2010. Disponível em: <https://www.ctborracha.com/materiais-de-engenharia/engenharia-e-ciencia- dos-materiais/>Acesso em: 8 de Novembro de 2019. [11] MARTENDAL, Caroline. O que afinal faz um engenheiro de materiais? 16 de fev. 2016. Disponível em: <http://engenheirodemateriais.com.br/2016/02/19/o-que-afinal-faz-um-engenheiro-de- materiais/> Acesso em 9 de novembro de 2019. [12] SANTOS, Frauches. A Corrosão e os Agentes Anticorrosivos. Revista Virtual de Química, Seropédica-RJ. V. 6. no. 2. P 293-309. Dec.2013. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5935/1984-6835.20140021> Acesso em: 10 de Novembro de 2019. [13] UNICAMP. Introdução aos estudos dos materiais. Disponível em: <http://www.fem.unicamp.br/~caram/capitulo1.pdf>Acesso em: 8 de Novembro de 2019. [14] Disponível em: < http://www.gruporeciclabr.com.br/pt/o-que- reciclamos/zinco/aplicacoes> < https://www.todamateria.com.br/zinco/> Acesso em: 10 de novembro de 2019. [15] Disponível em: < https://www.quimlab.com.br/guiadoselementos/carbono.htm> <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/carbono.htm> <https://carbonoamericana.com.br/noticia/4/carbono/aplicacoes-do-carbono-no-cotidiano> Acesso em: 10 de novembro de 2019. [16] Disponível em: < https://www.portalsaofrancisco.com.br/quimica/uranio> <https://www.tabelaperiodica.org/utilidade-do-elemento-carbono-e-onde-pode-ser- encontrado/> < https://www.todamateria.com.br/uranio/> Acesso em: 10 de novembro de 2019.
Compartilhar