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11 - Abertura da sucessão e transmissão da herança

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ABERTURA DA SUCESSÃO E TRANSMISSÃO DA HERANÇA
OBJETIVOS DA AULA
1. Reconhecer o momento da abertura da sucessão;
2. Identificar a transmissão da posse e da propriedade aos herdeiros 	
3. Demonstrar a vocação hereditária; 
4. Herdeiros necessários. 
5. Reconhecer as formas e efeitos da aceitação e renúncia da herança 	
	
ABERTURA DA SUCESSÃO E TRANSMISSÃO DA HERANÇA
1. CONCEITO DE SUCESSÃO
Suceder é substituir alguém no campo dos fenômenos jurídicos, receber os direitos e obrigações que pertenciam ao titular anterior
2. FORMAS DE SUCEDER 
2.1. Inter vivos 
Compra e venda ou doação 
2.2. Causa mortis 
Em função do recebimento de herança: ITCD (de 3% até 6% sobre o valor)
3. MOMENTO DA ABERTURA DA SUCESSÃO 
A sucessão é aberta no momento da morte
A morte é a condição jurídica para a abertura da sucessão é a morte
ABERTURA DA SUCESSÃO E TRANSMISSÃO DA HERANÇA
4. TRANSMISSÃO DA POSSE E DA PROPRIEDADE
SISTEMA DA SAISINE (art. 1784, CC)
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários
Herdeiros legítimos e testamentários recebem imediatamente a posse e a propriedade dos bens
Exceção: legatários (recebem somente a propriedade do bem, mas não a posse direta do legado – art. 1.923, §1º CC)
O registro dessa transferência em nome dos herderios/legatários ocorre somente após a conclusão do inventário, expedição e registro dos formais de partilha
O recebimento da herança não é obrigatório, depende da aceitação dos herdeiros
ABERTURA DA SUCESSÃO E TRANSMISSÃO DA HERANÇA
5. O LUGAR E O TEMPO NO DIREITO DAS SUCESSÕES
5.1. Lei aplicável à sucessão (art. 1.787, CC)
Aquela vigente no momento da morte do autor da herança
5.2. Foro competente (art. 1.785, CC e art. 48, CPC)
O do último domicílio do falecido
Sendo desconhecido o domicílio, o foro de situação dos bens imóveis
Havendo mais de um bem imóvel, qualquer foro de situação desses
Não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens
Bens situados no Brasil, somente Juiz brasileiro pode definir a partilha
Bens situados no exterior dependerá da lei do país
ABERTURA DA SUCESSÃO E TRANSMISSÃO DA HERANÇA
6. LEGITIMAÇÃO PARA SUCEDER (art. 1.786 a 1.787, CC)
6.1. Pessoas nascidas ou já concebidas (princípio da coexistência - art. 1.798, CC)
Sucedem somente aqueles existentes ou já concebidos (nascituro) no momento da abertura da sucessão 
Sucedem por sucessão legítima e/ou testamentária 
O sucessor deve sobreviver o sucedido 
6.2. Prole eventual (art. 1.799, I c/c art. 1.800, §4º, CC)
Filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão
Somente por testamento
O beneficiado tem até 2 anos da data da morte do testador para ser concebido
6.3. Pessoa jurídica
Somente por testamento 
ABERTURA DA SUCESSÃO E TRANSMISSÃO DA HERANÇA
7. COMORIÊNCIA (art. 8, CC)
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
A condição para suceder é coexistir, estar vivo no momento do falecimento do autor da herança 
Exemplo: Ronaldo e Rosana, casados, sofrem um acidente de carro. Ele morre no local e ela no hospital horas depois. Ela possui um filho do casamento anterior e ele apenas um irmão.
a) Nesse caso, quem receberia a herança de Ronaldo e Rosana?
Rosana herdará a integralidade da herança de Ronaldo, pois não concorre com os colaterais.
A herança de Rosana, acrescida dos bens recebidos da herança de Ronaldo, caberá ao seu filho
b) Se houvesse a comoriência, quem receberia a herança de Ronaldo e Rosana?
A herança de Ronaldo iria integralmente para o seu irmão
A herança de Rosana iria integralmente para o seu filho
SUCESSÃO HEREDITÁRIA E TRANSMISSÃO DA HERANÇA
8. TIPOS DE SUCESSÃO 
8.1. Sucessão legítima ou ab intestato 
É a vontade presumida do autor da herança e ocorre quando ele falece sem deixar testamento
A Lei estabelece a ordem de vocação hereditária (art. 1.829, CC)
8.2. Sucessão testamentária
É a vontade real do autor da herança que dispõe da integralidade do seus bens em testamento
Possível apenas quando não existirem herdeiros necessários (ausência da parte indisponível/legítima) 
8.3. Sucessão mista
Legítima e testamentária (herdeiros legítimos, instituídos e legatários)
É a vontade presumida e real do autor da herança 
ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
1. ACEITAÇÃO DA HERANÇA (art. 1.804 a 1.813, CC)
É o ato pelo qual o herdeiro ou legatário confirma seu direito hereditário
1.1. Características
Ato unilateral, indivisível e Irrevogável 
1.2. Formas
1.2.1. Expressa (art. 1.805, CC – primeira parte)
Por declaração escrita em documento autêntico 
1.2.2. Tácita (art. 1.805, CC – segunda parte)
Ocorre quando há a prática de atos próprios da qualidade de herdeiro 
Exceções: atos oficiosos ou conservatórios (art. 1.805, §1º e §2º, CC)
1.2.3. Presumida (art. 1.807, CC)
Quando o herdeiro é intimado pelo Juiz do inventário para, dizer se aceita ou não a herança. No silêncio, a aceitação será presumida 
ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
2. RENÚNCIA DA HERANÇA (art. 1.804 a 1.813, CC)
É o ato pelo qual o herdeiro renuncia seu direito hereditário
2.1. Características
Ato negativo de direito e irrevogável 
2.2. Formas 
Deve ser feita de forma expressa e total (art. 1.806, CC)
2.3. Concordância do cônjuge
É necessária a concordância do cônjuge sobre a renúncia, pois a sucessão aberta é considerada um bem imóvel (art. 80, II, CC)
Exceção: regime da separação total de bens
2.4. Aceitação pelo credor (art. 1.813, CC)
Diante da renúncia do herdeiro, seu credor pode aceitar a herança em nome dele
ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
2.5. Ausência do direito de representação (art. 1.811, CC)
Ninguém pode suceder representando herdeiro renunciante
Com a renúncia, é como se o herdeiro renunciante nunca tivesse existido
É possível que o filho renuncie à herança do pai e, depois, represente-o na sucessão do avô.
Exceção: se o herdeiro renunciante for o único legítimo da mesma classe ou se todos os demais também tiverem renunciado. Nesse caso, os filhos do renunciante herdam por direito próprio e partilham por cabeça
Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça.
ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
Atividade de Metodologia Ativa
Atividade prática – Situação problema
Situação 1: Alberto, solteiro, morreu e seu patrimônio era de R$ 400.000,00. Ele tinha 3 filhos, Augusto, Maria e José. Augusto renunciou à herança por instrumento público e tinha dois filhos: Manoel e João Pedro. 
Perguntas: Quem recebe? Quanto recebe? 
José; R$ 200.000,00; 
Maria; R$ 200.000,00;

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