Hemograma e Células Sanguíneas

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
NATALÍ DEL GAUDIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HEMOGRAMA E AS CÉLULAS SANGUÍNEAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUIZ DE FORA 
2019 
Resumo 
 O hemograma é um exame laboratorial que avalia as células sanguíneas 
(hemácias, leucócitos e plaquetas) de um indivíduo, ou seja, as da série branca 
e vermelha, índices hematológicos, contagem de plaquetas e reticulócitos a fim 
de diagnosticar ou retardar a evolução de alguma doença. Ele se divide em 
eritrograma, leucograma e plaquetograma. 
 As doenças do sangue possuem particularidades, podendo ser adquiridas 
de forma genética, causa desconhecida ou a partir da diminuição de 
componentes básicos do sangue. Algumas doenças não possuem cura, apenas 
um controle. Sendo assim é necessário avaliar todos esses componentes em 
sua totalidade para um diagnóstico mais preciso. 
 
1 – Introdução 
 O presente trabalho irá abordar o hemograma e suas células, 
aprofundando o que cada uma significa, suas disfunções e doenças que podem 
ocasionar as variáveis do exame. Ao realizar um hemograma, que é um exame 
de sangue, algumas taxas ali são medidas, como as plaquetas, glóbulos brancos 
e vermelhos a fim de verificar possíveis doenças. 
 Cada célula do sangue é responsável por alguma condicionante do corpo 
humano e do corpo animal, de modo que a falta de uma dessas células pode 
ocasionar doenças, até mesmo gravíssimas. 
 
2 – Desenvolvimento 
 
 A interpretação do hemograma, que é um dos exames mais solicitados 
pela clínica medica, devido a sua capacidade de auxiliar no diagnóstico e 
monitoramento de diversas doenças, é de extrema importância. O eritrograma 
consiste no estudo das series vermelhas, o leucograma das series brancas e o 
plaquetograma das plaquetas. 
 
Figura 1: Hemograma completo 
 
 O eritrograma é o estudo das series vermelhas logo é composto pela 
contagem de hemácias. 
- HCT (hematócrito) é a porcentagem do número total de hemácias em relação 
ao número total de sangue. 
- HBG (hemoglobina) é um parâmetro importante já que as hemácias são 
constituídas por 95% dessa. 
- VCM (volume corpuscular média) analisa o tamanho das hemácias. 
- HCM (hemoglobina corpuscular média), CHCM (hemoglobina corpuscular) 
analisam a cor da hemácia. 
- RDW (Índice geral de ansiocitose) Analisa o tamanho e os formatos diferentes 
da hemácia. 
 Em doenças como anemia ferropriva o VCM e HCM ficam diminuídos, o 
CHCM diminuído ou normal e o RDW aumentado diferente da anemia 
megaloblástica, por exemplo que essas taxas aumentam com a exceção do 
CHCM que segue normal. 
O Leucograma estuda os leucócitos que se dividem em: 
- WBC: número total de leucócitos 
- neurófilos segmentados (40 a 70%) 
- Neurófilos bastões (0 a 4 ou 5%) 
- Linfócitos (20% a 40%) 
- Monócitos (2% a 8%) 
- Eosinófilos (1% a 5%) 
- Basófilos (0 a 1%) 
 Em casos de infecções bacterianas o WBC, o número de neutrófilos e 
número de bastões são aumentados, o número de linfócitos é diminuído, os 
monócitos aumentam e ocorre a ausência de eosinófilos. 
O plaquetograma consiste na contagem de plaquetas e outros parâmetros: 
-VPM (volume plaquetário médio) 
- PCT (plaquetrócito) 
- PDW (amplitude de distribuição de plaquetas) 
 A plaquetopenia, ou seja, baixo número de plaquetas ocorre geralmente 
em casos de quimioterapia e radioterapia (falha na síntese de agentes 
citotóxicos); em casos de leucemia, plaquetopenias hereditárias, hiperplenismo, 
entre outros. 
 O sangue é uma mistura heterógena perceptível a partir de um processo 
de centrifugação deste com o auxílio de um anticoagulante as partes mais 
densas ficam na parte inferior como as hemácias que compõem 45% deste, os 
leucócitos no meio representando 1% e as menos densas em cima como o 
plasma (parte líquida) que compõe os outros 65% e sua composição é de 95% 
de água e sais, glicose, vitaminas, aminoácidos e proteínas dissolvidas nela. 
 Os eritrócitos, também são conhecidos como glóbulos vermelhos, este 
circula de forma pura pelo sangue. Os glóbulos vermelhos são produzidos na 
medula óssea e liberados, quando maduros, caso sejam liberados ainda sem 
uma maturidade suficiente, são armazenados no baço, que possui a função de 
armazenamento. 
 
Figura 2: Glóbulos vermelhos 
 Os eritrócitos possuem uma membrana lipoproteica, o que significa que é 
composta por 48% de proteína, 44% lipídios e 8% de carboidratos. Um terço do 
eritrócito é constituído por hemoglobina, que é uma molécula. Os glóbulos 
vermelhos, possuem em sua principal função de transportar o oxigênio dos 
pulmões para os tecidos. 
 Os leucócitos ou glóbulos brancos são responsáveis pela defesa do 
organismo para que defenda o organismo de vírus e bactérias, para isso é 
necessária uma quantidade certa no corpo para que consiga ter sua função bem 
realizada. Sua produção também é na medula óssea. Os cinco principais tipos 
de glóbulos brancos são, linfócitos, basófilos, monócitos, eosinófilos e 
neutrófilos. 
 
Figura 3: Glóbulos brancos 
 As plaquetas nos mamíferos, são fragmentos celulares anucleados que 
se origina na medula. Um terço das plaquetas disponíveis para circulação são 
armazenadas no baço e duram de 8 a 11 dias na circulação do sangue, tendo 
sua principal função a coagulação do sangue a fim de evitar hemorragias. 
 A partir do hemograma podemos checar os índices de diversos fatores ali 
presentes, desta forma a diminuição ou a falta de algum componente deve ser 
rapidamente diagnosticado para um tratamento eficaz do problema. 
2.1 – Doenças 
 As doenças no sangue, diagnosticadas a partir do hemograma são, por 
exemplo, a leucemia, anemia, hemofilia e a síndrome mielodisplásica. A 
leucemia é o surgimento de cancros na medula óssea fazendo com que ocorra 
um elevado número de glóbulos brancos, o que é anormal, pois esses glóbulos 
são liberados ainda sem estarem totalmente desenvolvidos. Os sintomas da 
leucemia são a fadiga, febre, risco maior de infecções, contusões e hemorragias. 
Para diagnosticar deve-se realizar um exame de sangue ou até mesmo um 
exame na medula. Existem quatro tipos principais de leucemia, a linfóblástica 
aguda, mieloide aguda, linfocítica crônica e a mieloide crônica. 
 Segundo o Inca, 
Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade 
sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula 
cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, 
multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. 
Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão 
sendo substituídas por células anormais cancerosas. (INCA, 2018.) 
 
 Outra doença, é a anemia, que é a diminuição da quantidade de glóbulos 
vermelhos no sangue, desta forma o sangue perde a capacidade de transportar 
oxigênio, ocasionando fadiga, cansaço e falta de ar. Com a falta de transporte 
de oxigênio adequado para as células o organismo não fica bem nutrido, fazendo 
com que o indivíduo se sinta mais fraco. 
 A hemofilia é uma doença genético-hereditária que ocorre exclusivamente 
no sexo masculino. As mulheres não desenvolvem essa doença, apenas são 
portadoras. São hemorragias espontâneas que ocorrem intramusculares e intra-
articulares que desgastam as cartilagens e posteriormente lesões ósseas. As 
articulações ficam comprometidas com essa doença. O tratamento ajuda, porém, 
essa doença não tem cura. 
 A síndrome mielodisplásica ocorre em sua maioria em idosos com mais 
de 70 anos. Basicamente é uma doença que faz com que células imaturas sejam 
liberadaspara o organismo, causando assim uma leucemia mieloide aguda. 
Todas as células sanguíneas podem estar envolvidas nessa doença. 
3 – Considerações finais 
 Desta forma podemos entender que a partir do hemograma 
diagnosticamos inúmeras doenças que podemos tratar quando o diagnóstico é 
rápido. A partir do índice de células no sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos 
brancos e plaquetas) podemos diagnosticar algumas doenças como verificamos 
neste trabalho. Algumas delas sem cura e originadas a partir da genética, como 
a hemofilia e doenças mais conhecidas do povo, como anemia e leucemia. 
 Cada célula sanguínea possui características próprias e funções que as 
diferem, assim fazendo com que fique claro cada uma delas. Assim, podemos 
afirmar a importância do exame a fim de saber como está nossos índices, para 
um controle maior por parte do nosso organismo. 
 
 
 
4 – Referências bibliográficas 
AMEO. Quais são as células do sangue. [S. l.], 201-. Disponível em: 
https://ameo.org.br/quais-sao-as-celulas-do-sangue/. Acesso em: 17 nov. 2019. 
Hemograma: manual de interpretação [recurso eletrônico] / Renato Failace, 
Flavo Fernandes. – 6. Ed. – Porto Alegre : Artmed, 2015. E-PUB. 
INCA. Tipos de câncer. [S. l.], 2018. Disponível em: 
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/leucemia. Acesso em: 17 nov. 2019. 
VARELLA, Drauzio. Anemia. [S. l.], 201-. Disponível em: 
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/anemia/. Acesso em: 17 
nov. 2019. 
________________. Hemofilia. [S. l.], 201-. Disponível em: 
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hemofilia/. Acesso em: 17 
nov. 2019.