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ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA 
http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac 
Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000 | e-mail: cesuca@cesuca.edu.br 
 ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 6 (2012) 
67 
CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
 
Franciele Duarte 1 
Julie Barbosa2 
Paula Cardoso Santos 3 
Robson Souza 4 
Guilherme Pressi5 
Luciano Severo6 
 
RESUMO 
Neste artigo abordaremos o método custeio por absorção, que considera todos 
os custos diretos e indiretos incorridos na produção para apurar o seu custo 
final. Demonstrando exemplos para melhor entendimento do assunto na 
distribuição entre custos e despesas, de forma que o torne mais explicativo. 
Com o objetivo de esclarecer que este é o método mais tradicional de 
custeio e é o critério legal exigido no Brasil. 
 
Palavras-chave: Custeio por Absorção, custos diretos e indiretos de operação, 
apurações, princípios contábeis. 
 
INTRODUÇÃO 
 
O cenário mundial de instabilidade político-econômico obrigou as 
organizações a passarem por transformações na sua forma de gestão, e a 
estratégia de negócios tem sido o grande diferencial para obter resultados 
significativos. 
Na elaboração das estratégias, a contabilidade tem um papel de suma 
importância, ela fornece dados confiáveis através de demonstrativos contábeis. 
É a partir destes, que os gestores tomam as decisões estratégicas das 
corporações. 
Nos dias atuais, para que as empresas se tornem cada vez mais 
competitivas e suas estratégias correspondam as suas expectativas, é 
fundamental que os gestores atentem para um fator importantíssimo que são 
os custos, principalmente os de produção, pois ele implicará diretamente no 
 
1
 Acadêmico de Administração do Cesuca Faculdade Inedi. 
2
 Acadêmico de Administração do Cesuca Faculdade Inedi. 
3
 Acadêmico de Administração do Cesuca Faculdade Inedi. 
4
 Acadêmico de Administração do Cesuca Faculdade Inedi. 
5
 Professor e Orientador 
6
 Professor da disciplina de Custos 
ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA 
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 ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 6 (2012) 
68 
preço final do produto e terá um papel decisivo nas transações comerciais, 
além de elevar os lucros da corporação. 
Martins ( 2009, p. 37) conceitua, custeio como “apropriação de custos” . 
O Custeio por absorção, também chamado custeio integral, é aquele que faz 
debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam 
esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de 
estrutura ou operacionais. 
 Custos diretos de operação - matérias primas, materiais 
secundários, mão de obra direta, etc. 
 Custos indiretos da operação - manutenção de 
equipamentos, custos de suprimentos, planejamento e controle da 
operação, controle de qualidade, etc . 
Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos 
(rateados) para todos os produtos feitos. 
 
METODOLOGIA 
 
Para esta pesquisa, utilizou-se o método indutivo, que segundo Marconi 
e Lakatos (2004), apresenta os objetivos dos argumentos, levando a 
conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas 
quais se basearam. 
A pesquisa é do tipo bibliográfico. Esse tipo de pesquisa busca 
informações e conhecimento em toda a literatura que provém de uma fonte ou 
a respeito de determinado assunto, sendo uma união das produções escritas 
esclarecendo as fontes, a fim de divulgá-las, analisá-las ou estabelece - las. 
As fontes segundo Ruiz (2011), podem ser livros, revistas, periódicos, 
artigos, capítulos de livros e Internet. 
Este tipo de pesquisa, gera uma literatura mais ampla, com 
levantamento e análise de tudo que já foi produzido sobre determinado 
assunto. 
 
 
 
 
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69 
DESENVOLVIMENTO 
 
Os custos fixos, independente de serem diretos ou indiretos de 
operação, são rateados de acordo com os critérios estabelecidos pela 
empresa. 
A principal distinção existente no uso do custeio por absorção é entre 
custos e despesas. A separação é importante porque as despesas são jogadas 
imediatamente contra o resultado do período, enquanto que apenas os custos 
relativos aos produtos vendidos terão o mesmo tratamento. Já os custos 
relativos aos produtos em elaboração e aos produtos acabados que não 
tenham sido vendidos são ativados nos estoques destes produtos. 
 
 
Figura 1: Esquema de Custeio por Absorção sem departamentalização – 
Fonte: Martins (2000, p.62) 
 
 
Exemplo: O método de Custeio por Absorção 
 
Suponha que uma empresa industrial manufature e comercialize um 
único produto cujo custo de matéria prima seja R$ 20,00 por unidade 
produzida. Suponha ainda que, nessa empresa, a soma dos custos diretos e 
indiretos de fabricação montem a R$ 1.000,00. Se um determinado mês a 
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 ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 6 (2012) 
70 
empresa produzir 500 unidades deste produto, pelo método de custeio por 
absorção, seu custo unitário será igual a R$: 22,00 conforme o quadro abaixo: 
 
Matéria prima por unidade R$ 20,00 
Rateio dos custos fixos pela unidades 
produzidas 
R$ 1.000,00/500 unid. = R$ 2,00 
Total R$ 22,00 
Fonte: autores 
 
Se no mês seguinte a empresa fabricasse 600 unidades deste mesmo 
produto, seu custo unitário para efeito da apuração do custo dos produtos 
vendidos seria R$ 21,67, conforme quadro abaixo: 
 
Matéria prima por unidade R$ 20,00 
Rateio dos custos fixos pela unidades 
produzidas 
R$ 1.000,00/500 unid. = R$ 1,67 
Total R$ 21,67 
 
 
QUANTO À LEGISLAÇÃO E AOS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS 
 
O Custeio por Absorção deve ser usado quando a empresa busca o uso 
do sistema de custos integrado à contabilidade. Outros critérios diferentes têm 
surgido através do tempo, mas este é ainda o adotado pela Contabilidade 
Financeira; portanto, válido tanto para fins de Balanço Patrimonial e 
Demonstração de Resultados como também, na maioria dos países, para 
Balanço e Lucro Fiscais. 
 É o único aceito pelo Imposto de Renda do Brasil e pela Auditoria 
Externa, por atender aos seguintes princípios contábeis: 
• Princípio da Realização da Receita: Ocorre a realização da receita 
quando da transferência do bem vendido para terceiros; 
• Princípio da Confrontação: As despesas devem ser reconhecidas à 
medida que são realizadas as receitas que ajudam a gerar (direta ou 
indiretamente); 
• Princípio da Competência: As despesas e receitas devem ser 
reconhecidas nos períodos de sua competência, ou seja, no período em que 
ocorrer o seu fato gerador. 
 
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71 
Vantagens do custeio por absorção 
 
• Atende á legislação fiscal, permitido pela legislação brasileira; 
• Permite a apuração do custo por centro de custos, visto que sua 
aplicação exige a organização contábil nesse sentido; tal recurso, quando os 
custos forem alocados aos departamentos de forma adequada, possibilita o 
acompanhamento do desempenho de cada área; 
• Ao absorver todos os custos de produção, permite a apuração do custo 
total de cada produto. 
• Os resultados são aceitos para a preparação de demonstrações 
contábeis de uso externo e para obtenção de soluções de longo prazo, onde 
este método é recomendado. 
 
 
Desvantagens do custeio por absorção 
 
Segundo Wernke (2004, p. 21) A principal desvantagem do custeio por 
absorção consiste na utilização dos rateios para distribuir os custos entre os 
departamentos e/ou produtos. Como nem sempre tais critérios são objetivos, 
podem distorcer os resultados, penalizando alguns produtos e beneficiando 
outros. 
Martins (2003, p. 24) destaca como principal desvantagem desse 
método, a falha como instrumento gerencial de tomada de decisão, pois tem 
como premissa básica os rateios dos custos indiretos, que apesar de 
aparentarem uma lógica, poderão levar a alocações arbitrárias e até 
enganosas. 
Também Martins (2003, p. 25) cita como desvantagem a distorção que 
ocorre caso um custo seja lançado como despesa ou uma despesa lançada 
como custo. 
 
Apuração 
 
Os seguintes passos devem ser seguidos para a apuração do resultado 
do exercício: 
• Separação de custos e despesas; 
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• Apropriação dos custos diretos e indiretos à produção realizada no 
período; 
• Apuração do custo dos produtos em elaboração; 
• Apuração do custo da produção acabada; 
• Apuração do custo dos produtos vendidos 
• Apuração do resultado. 
Exemplo: A empresa Alfa apurou, em determinado período, os 
seguintes Custos de Produção: 
Material Direto 
Matéria-Prima R$ 75.000 
Embalagem R$ 10.000 
Mão-de-Obra Direta 
Mão-de-Obra Direta R$ 50.000 
Custos Indiretos de Fabricação 
(CIF) 
 
Materiais Indiretos R$ 24.750 
Mão-de-Obra Indireta R$ 24.000 
Energia Elétrica-fábrica R$ 10.000 
Combustíveis R$ 1.350 
Manutenção de Máquinas R$ 2.500 
Telefone da Fábrica R$ 4.550 
Depreciação e Seguros (fábrica) R$ 4.250 
IPTU R$ 2.250 
TOTAL R$ 210.000 
Fonte: http://arquivos.unama.br/nead/3semestre/CCO/aula05/verprint.htm 
 
Como a empresa produziu 7.000 unidades de seu único produto, temos 
que: 
Custo Unitário Produção = R$ 210.000/7.000 unidades = R$ 
30,00/unidade. 
Como a empresa vendeu 5.000 dessas unidades, temos que: 
Custo dos Produtos Vendidos = 5.000 unidades x R$ 30,00 = R$ 
150.000. 
 
 
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Despesas no mesmo mês: 
 
Despesas Administrativas R$ 35.000 
Despesas de Marketing R$ 22.000 
Despesas de Vendas R$ 28.000 
Outras Despesas Operacionais R$ 25.000 
Total R$ 110.000 
Fonte: http://arquivos.unama.br/nead/3semestre/CCO/aula05/verprint.htm 
 
Como o preço de venda de cada unidade foi de R$ 75,00, temos que: 
Receita de Vendas = 5.000 unidades x R$ 75,00 = R$ 375.000,00. 
Com base nesses dados, podemos montar a DRE da empresa: 
 
 
Demonstração do Resultado do Exercício 
 
Receita Líquida de Vendas R$ 375.000 
(-) Custo dos Produtos Vendidos (R$ 150.000) 
(=) Lucro Bruto R$ 225.000 
(-) Despesas Operacionais (R$ 110.000) 
(=) Lucro Líquido R$ 115.000 
Fonte: http://arquivos.unama.br/nead/3semestre/CCO/aula05/verprint.htm 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Através desta pesquisa pode-se observar que, o método de absorção, é 
o critério mais utilizado no Brasil, este é o único método aceito pelo Imposto de 
Renda do Brasil e por este motivo tem sido o mais utilizado na contabilidade 
financeira e usado pela Auditoria Externa, por atender aos princípios contábeis. 
Através das pesquisas, descobrimos que este método também é 
conhecido como custo total, custo integral ou custeio pleno, conforme sites 
acessados. Nesse método de custeio, todos os custos da produção são 
apropriados aos produtos do período, e nele todos os custos de produção fixos 
e variáveis são incluídos no custo do produto para fins de custeio dos estoques 
e por sua vez todas as despesas fixas e variáveis são incluídas. 
Notamos também, que é necessário fazer a distinção de custos e 
despesas, pois caso não seja feito este procedimento, ocorre diferenças de 
valores nos resultados. 
 
 
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74 
REFERÊNCIAS 
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATUS, Eva Maria. Metodologia Científica, 
Métodos Científicos, teoria, hipóteses e variáveis, metodologia jurídica. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 2004. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos - 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos, - 9. ed. São Paulo. Atlas: 2000. 
RUIZ, João Álvaro. Metodologia cientifica - Guia para eficiência nos estudos. 6. ed. 
São Paulo: Atlas, 2011. 
WERNKE, Rodney. Gestão de custos: uma abordagem prática. 2. Ed. São 
Paulo: Atlas, 2004. 
 
Custeio por absorção. Unama. Disponível em: 
http://arquivos.unama.br/nead/3semestre/CCO/aula05/verprint.htm> Acesso em 
14 de outubro 2012. 
 
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75 
OS IMPACTOS DA SUSTENTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES E A 
RELAÇÃO COM A GESTÃO DE PESSOAS 
 
Antônio da Silva Brittes1 
Carina Marteletti2 
Leandro Pivatto da Silva3 
Renata Silveira4 
Ricardo Felipe Müller5 
Tatiana da Silveira Pain6 
Prof. Evaldo Reis Furtado Júnior7 
 
 
RESUMO 
Neste artigo, será abordado o tema da sustentabilidade dentro das empresas e 
como é recebido pela sua equipe de colaboradores. Uma vez que o 
consumidor está buscando produtos sustentáveis no mercado, as empresas 
precisam investir em treinamento e capacitação da sua equipe de 
colaboradores para implantação políticas ambientais. Com isso, será discutida 
a importância da gestão de pessoas e também a importância do colaborador 
para o desenvolvimento dos produtos sustentáveis. Serão relatados os 
impactos da gestão ambiental nas organizações, os aspectos financeiros, 
adaptação às mudanças e a economia que este processo pode gerar para as 
empresas. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Gestão de Pessoas, Gestão Ambiental e 
Sustentabilidade. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este artigo visa atentar para o papel da gestão de pessoas no 
desenvolvimento de produtos sustentáveis em uma organização, abordando 
 
1
 Acadêmico do Curso de Administração de Empresasdo Cesuca Faculdade Inedi, disciplina 
de Gestão de Pessoas II, Prof. Evaldo Reis Furtado Júnior – 2012/2. 
2
 Acadêmico do Curso de Administração de Empresas do Cesuca Faculdade Inedi, disciplina 
de Gestão de Pessoas II, Prof. Evaldo Reis Furtado Júnior – 2012/2. 
3
 Acadêmico do Curso de Administração de Empresas do Cesuca Faculdade Inedi, disciplina 
de Gestão de Pessoas II, Prof. Evaldo Reis Furtado Júnior – 2012/2. 
4
 Acadêmico do Curso de Administração de Empresas do Cesuca Faculdade Inedi, disciplina 
de Gestão de Pessoas II, Prof. Evaldo Reis Furtado Júnior – 2012/2. 
5
 Acadêmico do Curso de Administração de Empresas do Cesuca Faculdade Inedi, disciplina 
de Gestão de Pessoas II, Prof. Evaldo Reis Furtado Júnior – 2012/2. 
6
 Acadêmico do Curso de Administração de Empresas do Cesuca Faculdade Inedi, disciplina 
de Gestão de Pessoas II, Prof. Evaldo Reis Furtado Júnior – 2012/2. 
7
 Professor Orientador 
ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA 
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 ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 6 (2012) 
76 
algumas das práticas aplicadas pela Gestão de Pessoas, que por sua vez está 
sendo cada vez mais valorizada nas organizações e desta forma ampliando 
cada vez mais sua influência sobre os colaboradores. 
As profundas mudanças econômicas fazem com que as empresas 
busquem constantemente pela redução de custos e a própria sociedade cobra 
cada dia mais para que as empresas tenham um maior comprometimento com 
as questões sócio-ambientais. Estas questões fazem com que os gestores 
busquem constantemente formas para satisfazer ao mesmo tempo estes dois 
pontos – economia e satisfação dos clientes. Portanto, como a gestão de 
pessoas pode contribuir para o desenvolvimento de produtos sustentáveis em 
uma organização? 
O objetivo desta pesquisa é trazer de que forma a gestão de pessoas 
pode ajudar no desenvolvimento de produtos sustentáveis além de alguns 
conceitos sobre gestão ambiental nas organizações. 
Desta maneira, este artigo se propõe, por meio de uma pesquisa 
bibliográfica, analisar e demonstrar algumas das formas que estão sendo 
usadas, conforme a literatura, pelas organizações, através da gestão de 
pessoas para o desenvolvimento de produtos sustentáveis. 
Para apresentar e discutir os achados da pesquisa bibliográfica em 
questão estruturou-se o presente artigo em três tópicos. O primeiro tópico foi 
dedicado a discutir a literatura sobre a Gestão de Ambiental nas organizações; 
o segundo esclarece o que são produtos sustentáveis e o último tópico busca 
trazer a tona o papel da gestão de pessoas no desenvolvimento de produtos 
sustentáveis. 
 
2. METODOLOGIA 
 
Esta pesquisa caracteriza-se por um estudo que utiliza o método indutivo 
do tipo bibliográfico, utilizando artigos, livros e matérias publicadas. 
Segundo Ruiz (2011) o método indutivo é o registro de fatos singulares 
ou menos gerais para chegar a uma conclusão ampliada, ou seja, a partir da 
análise de alguns fatos a mente humana chega a conclusões gerais. 
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77 
Para Ruiz (2011) a pesquisa bibliográfica é o levantamento e a análise 
de livros publicados por autores conhecidos e desconhecidos sobre um 
determinado assunto, assunto este que será assumido como tema de pesquisa 
científica. 
Conforme Gil (2002) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com 
materiais já publicados, composta principalmente por livros e artigos científicos. 
A principal vantagem deste tipo de pesquisa é que permite ao pesquisador ao 
acesso de uma gama diversificada de informações. 
 
3. REVISÃO LITERATURA 
 
3.1. GESTÃO AMBIENTAL NA ORGANIZAÇÃO 
 
A Gestão Ambiental ainda é considerada uma prática nova que segue 
em implantação na grande maioria das organizações, muitas vezes mais por 
uma questão de se adaptar para satisfazer aos clientes, que estão cobrando 
cada vez mais para que as empresas adotem práticas que venham a beneficiar 
o meio ambiente, do que por uma preocupação genuína com o planeta. 
A inclusão da dimensão ambiental na empresa recebe o nome de gestão 
ambiental (Backer, 2002). Por se tratar de um objeto multidimensional que 
requer respostar rápidas, esta área ainda é um desafio para a sociedade. 
Diversas são as definições de gestão ambiental, entre as quais se destacam: 
Como sendo a “parte da função gerencial que trata, determina e 
implementa a política de meio ambiente estabelecida para a empresa” 
(D’AVIGNON, 1996). 
 "Condução, direção e controle do uso dos recursos naturais, dos riscos 
ambientais e das emissões para o meio ambiente, por intermédio da 
implementação do sistema de gestão ambiental" (CONOMA nº 306/2002). 
Diante destas definições, a gestão ambiental, nas organizações, envolve 
as atividades de organização e planejamento do tratamento da variável 
ambiental pela empresa, com o objetivo de alcançar metas ambientais 
específicas, exigindo o comprometimento e empenho de diversas áreas para 
sua administração. 
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78 
Primeiramente quando inicia-se a implementação de um sistema ou de 
um programa em uma empresa a primeira dúvida que surge é referente aos 
aspectos financeiros (DONAIRE, 2006), mostrando desta forma a postura 
reativa da empresa diante dos problemas ambientais, pois a primeira vista tudo 
que é novo acarreta custos, porém se trabalhado de forma adequada, com a 
colaboração de todos, a empresa poderá ter a redução de custos e possíveis 
lucros com o posicionamento voltado para a proteção ambiental. 
Segundo Coimbra e Oliveira (2005) ainda não há um movimento 
espontâneo para a preservação do meio ambiente, mas sim está 
movimentação que faz com que a empresa procure-se adaptar e melhorar suas 
práticas ambientais são resultados de fatores externos, ou seja, são 
impulsionadas pela pressão dos clientes, logo a gestão ambiental torna-se uma 
variável relevante para o sucesso empresarial. 
A gestão ambiental tende a ter o respaldo de certificações da série ISO 
14000; sendo esta compartilhada por todas as áreas da organização, não 
penas pelo setor de produção, pois não cabe somente ao setor de produção, 
embora seja neste setor onde haja a transformação dos recursos, o 
envolvimento mais específico na gestão ambiental (CORAZZA, 2003). Mas sim 
a responsabilidade pela gestão ambiental cabe a toda a empresa. 
Em vista disto cabe ressaltar que a gestão ambiental vinculada as 
práticas da empresa podem trazer inúmeros benefícios, tais como: 
 Maior qualidade ambiental a um baixo custo (GUIMARÃES, 
DEMAJOROVIC E OLIVEIRA, 1995); 
 Vantagem competitiva em relação aos concorrentes (GRAEL E 
OLIVEIRA, 2009); 
 Melhoria continua e racionalização de projetos, processos e 
produtos/serviços quando verificada a real necessidade de seus clientes 
(GRAEL E OLIVEIRA, 2009); 
 Entrada de novos mercados (DONAIRE, 2006); 
 Assegurar a sobrevivência da empresa pela manutenção de uma 
imagem ambiental (DONAIRE, 2006). 
Segundo Jabbour e Santos (2007)uma das principais atividades das 
organizações que estão efetivamente comprometidas com a Gestão Ambiental 
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e o desenvolvimento de produtos ambientalmente sustentáveis, produtos estes 
que possuem em seu desenvolvimento a integração de práticas ambientais. 
Para a garantia da sustentabilidade ambiental da organização é vista a 
importância do desenvolvimento de produtos que garantam a sustentabilidade 
ambiental, o próximo tópico busca discorrer sobre o desenvolvimento de 
produtos sustentáveis. 
 
3.2. O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS SUSTENTÁVEIS 
 
Produtos sustentáveis são aqueles que ao longo de todo o seu ciclo de 
vida não agridem o meio ambiente. Indústrias do mundo inteiro, dos mais 
diversos setores, estão agindo de forma a adotarem tecnologias de menor 
impacto ambiental, inclusive como o aproveitamento de materiais e resíduos. 
Com o aumento de consumidores ambientalmente conscientes, as empresas 
são pressionadas a desenvolverem um conhecimento ambiental relativo a 
todas as etapas da existência do produto, desde o seu desenvolvimento até o 
seu descarte. Nesse ciclo, é gerado dois fluxos: um de materiais, a serem 
reutilizados ou reciclados na fase de manufatura e o outro, de análise das 
consequências ambientais de cada fase, o que irá depois formar um maior 
conhecimento sobre o produto. 
Para o desenvolvimento de produtos sustentáveis, é preciso levar em 
consideração questões ambientais integradas no processo de desenvolvimento 
do produto. Acontece que esse desenvolvimento nem sempre vai ao encontro 
da visão sustentável da empresa, mas sim na lucratividade e os quesitos 
qualidade e sustentabilidade ficam em segundo plano. Para um designer de 
moda, por exemplo, a pesquisa e busca por inovação é sempre o carro-chefe 
de uma coleção. Logo, esta inovação deve se tornar o grande atrativo para 
manter o consumidor o mais ativo possível, com uma oferta de produtos 
agregados de conceito. Nessa iniciativa de voltar o olhar para o novo design de 
moda e a sustentabilidade, a meta é reunir pesquisas e aprofundar o 
conhecimento para soluções dinâmicas, leves e coerentes com os novos 
tempos. 
 
 
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3.3. O PAPEL DA GESTÃO DE PESSOAS NO DESENVOLVIMENTO DE 
PRODUTOS SUSTENTÁVEIS 
 
Hoje as empresas buscam muito mais do que funcionários tarefeiros, 
que façam apenas o que está no contrato de forma a proporcionar um lucro 
para a organização, hoje as empresas estão buscando pessoas que possam 
dar mais para a organização, que possam contribuir com conhecimento, com 
experiências, com informações, que possam enriquecer a empresa sim, mas 
com conteúdo. 
 Para absorver este novo perfil nas organizações as empresas estão 
contando com o tradicionalmente conhecido setor de recursos humanos, agora 
chamado de gestão de pessoas, setor este que trabalha com as pessoas e o 
modo de administrar as pessoas interfere diretamente na gestão ambiental. 
 Segundo Oliveira e Limongi-França (2005) mesmo nas empresas 
pequenas que não possuam um setor especifico de RH está função de gerir as 
pessoas está ganhando cada vez mais destaque para o alcance das metas da 
empresa, portanto mesmo que não haja um setor específico toda a 
organização, hoje, se volta para o seu diferencial competitivo: as pessoas. 
 A gestão de pessoas é contingencial e situacional, pois está sensível a 
diversos aspectos proporcionados pela organização, como sua estrutura, o 
negócio, as tecnologias, suas características ambientais entre outros 
(CHIAVENATO, 2010). 
 Embora muito se fale sobre gestão de pessoas, gestão ambiental e 
sustentabilidade ainda há uma grande lacuna bibliográfica quando se fala na 
união destes três assuntos. 
Para Jabbour e Santos (2007) as praticas de gestão de pessoas estão 
diretamente ligadas com o conhecimento que os funcionários detêm sobre 
gestão ambiental e sobre a inserção de produtos sustentáveis e estas praticas 
podem ser exploradas por meio de: 
 
 “Consulta direta de opiniões dos trabalhadores sobre iniciativas 
de melhoria ambiental nos processos atuais de desenvolvimento de 
produtos; 
 Concessão de autonomia ao trabalhador para fazer sugestões 
sobre melhorias ambientais nos projetos de produtos; 
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 Desenvolvimento de competências ambientais que serão 
demandadas durante o desenrolar do DPS; 
 Retenção do conhecimento e de informações para o 
desenvolvimento de produtos sustentáveis.” 
 
 Conforme Foggetti e Castro (2006) a atividade de gestão de pessoas 
atenta para que o funcionário tenha um maior comprometimento com os 
processos da empresa e a seu ajustamento com o meio ambiente. Por este 
motivo o treinamento deve ser programado de forma efetiva para aumentar o 
conhecimento dos colaboradores, desta forma satisfazendo suas 
necessidades. 
 
4. CONCLUSÃO 
 
As organizações, para se mantiverem competitivas, buscam 
constantemente atender aos seus clientes, que estão cada vez mais exigentes 
não apenas com os produtos adquiridos, mas também com o impacto causado 
pela sua produção, portanto as empresas estão buscando se adequar as 
exigências ambientais incentivando o desenvolvimento de produtos 
sustentáveis. 
Em meio a tantas mudanças trazidas pela introdução da gestão 
ambiental na organização, segundo estudos bibliográficos, as empresas estão 
verificando que o custo não é o maior impacto desta implantação, pelo 
contrário, elas estão sendo beneficiadas com a redução de custo e grandes 
oportunidades que surgem com as práticas ambientais. 
A gestão ambiental na empresa é um processo complexo e 
multidisciplinar, que busca contar com o apoio de diversas áreas e com a 
dedicação de todos os colaboradores, e o treinamento, neste caso, tornou-se 
um grande aliado trazido pela gestão de pessoas que busca disseminar o 
conhecimento e a informação para toda a corporação. 
O setor de gestão de pessoas tem o desafio de encontrar, 
constantemente, formas para disseminar as informações na organização de 
forma que seja aceita por todos como forma de compartilhamento para o bem e 
sucesso das empresas. 
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82 
O desenvolvimento de produtos sustentáveis esta cada dia mais 
alinhado com a sustentabilidade ambiental. Com isto a decisão por programas 
de treinamento torna-se fundamental para o desenvolvimento de produtos 
sustentáveis. 
Somente quando os colaboradores estiverem em sintonia com a 
dimensão ambiental, o DPS será uma realidade. 
Recomenda-se um estudo aprofundado, talvez um estudo comparativo, 
paraverificar a real mudança percebida pelas organizações e pelos seus 
colaboradores com o desenvolvimento dos produtos sustentáveis. 
 
REFERENCIAL 
 
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Qualitymark, 2002. 
 
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<http://www.scielo.br/pdf/cebape/v3n3/v3n3a09.pdf>. Acesso em: 06 out. 2012, 
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DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa. 2. ed. São Paulo: Editora 
Atlas S.A., 2006. 
 
FOGGETTI, Cristiano; CASTRO, Rosani de. O desempenho da gestão de 
pessoas na empresa voltada ao sistema de gestão ambiental: uma reflexão 
sobre as características de possíveis indicadores. São Paulo: SIMPEP, 2006. 
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83 
Disponível em: <www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/1041.pdf> . 
Acesso em: 09 out. 2012, 12:40:00. 
 
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GESTÂO DE PESSOAS E A SUSTENTABILIDADE 
Caroline da Rosa 
Melina de Almeida 
Vanessa G. Dias 
Profº. Evaldo Junior 
 
RESUMO 
 
Este artigo visa mostrar como as empresas atualmente estão lidando com o 
novo paradigma de gestão nas organizações, pois os problemas 
socioambientais decorrentes aos impactos provocados por ações realizadas 
sem planejamento exigem das organizações novas formas de relações 
integradas entre ser humano e natureza. Devido a este senário, o papel da 
área de Gestão de Pessoas é comprometer as pessoas e organizações a 
trabalharem juntas. 
A sustentabilidade tornou se um ideal de desenvolvimento organizacional, mas 
qualquer prática organizacional com foco em sustentabilidade deve contar com 
o alinhamento da prática de gestão de pessoas e seus conceitos. É crescente a 
preocupação das empresas em se aproximar de seus fornecedores, clientes e 
funcionários. 
As empresas começam valorizar a responsabilidade social, a partir do 
momento em que torna o ambiente de trabalho competitivo, motivador e 
eficiente, fornecendo um conceito positivo e firmando comprometimento com 
seus parceiros de negócio, fortalecendo uma mudança para posturas 
socialmente responsáveis. (Coutinho e Macedo-Soares; 2002). 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nos dias atuais cada vez mais as empresas buscam melhorias em suas 
formas de produção e gestão, através de um dos maiores assuntos da 
atualidade que é a sustentabilidade. Este possui um conceito bem particular na 
estratégia organizacional, sobre a maneira de como integrá-lo à gestão de 
pessoas. 
Usa-se a palavra “sustentabilidade” para qualquer coisa. Fala-se muito 
em desenvolvimento sustentável, crescimento sustentável, sustentabilidade 
econômica, negócios sustentáveis, sustentabilidade ecológica, marketing 
sustentável, e assim por diante. 
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A verdade, no entanto, é que poucos compreendem o que seja 
“sustentabilidade”. Muitas pessoas associam-na à preservação do meio 
ambiente. É uma compreensão correta, porém incompleta. Sustentabilidade é 
muito mais do que cuidar do planeta para que seus recursos sejam utilizados 
de forma responsável e não destruídos. 
Interpretar o conceito das mudanças nas políticas e práticas de uma 
empresa, juntamente com seus líderes organizacionais são importantes, 
porque tudo esta voltado ao desenvolvimento sustentável. Para as 
organizações, implementar processos de gestão de pessoas capazes de 
responder a problemas complexos, implica superar a visão da 
“sustentabilidade de mercado” e exercitar novas práticas capazes de substituir 
os modelos em esgotamento (LIMA, 2003). 
Especialistas apontam que a discussão não se situa mais entre 
desenvolvimento e proteção do meio ambiente, mas, sim, sobre que tipo de 
desenvolvimento que se deseja implementar. Alinhando o atual contexto da 
Responsabilidade Social Empresarial com a Gestão de Pessoas, propõe-se o 
responder ao seguinte questionamento: como a Gestão de Pessoas pode 
desenvolver em seus colaboradores a consciência para responsabilidade da 
sustentabilidade? 
 
OBJETIVO 
 
O objetivo deste artigo é mostrar como as empresas estão se adaptando 
com este novo paradigma do mercado a sustentabilidade, onde precisam fazer 
a conscientização das pessoas sobre um tema tão importante. 
 
METODOLOGIA 
 
A metodologia utilizada para esta pesquisa foi com base em dados 
retirados de artigoscientíficos, Tccs e manuais disponíveis no espaço on-
line. Usando citações e colocando a visão que o grupo tem em relação ao 
assunto. 
O método de estudo de caso segundo (YIN, 2001) (...) é uma 
investigação que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu 
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86 
contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e 
o contexto não estão claramente 
definidos; enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá 
muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados e, como resultado, 
baseia-se em várias fontes de evidência (...) e beneficia-se do 
desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a coleta e 
análise dos dados. 
 
SUSTENTABILIDADE: ENTENDENDO O CONCEITO E SUA APLICAÇÃO 
 
O termo desenvolvimento sustentável foi utilizado pela primeira vez, em 
1983, por ocasião da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, criada pela ONU. Presidida pela então primeira-ministra da 
Noruega, Gro Harlem Brudtland, essa comissão propôs que o desenvolvimento 
econômico fosse integrado à questão ambiental, estabelecendo-se, assim, o 
conceito de “desenvolvimento sustentável”. 
Para (Amaral 2003) significa: “Atender às necessidades da atual 
geração, sem comprometer a capacidade das futuras gerações em prover suas 
próprias demandas”. Isso quer dizer usar os recursos naturais com respeito ao 
próximo e ao meio ambiente, preservar os bens naturais e à dignidade 
humana. 
As empresas sempre necessitarão usar recursos naturais e, dessa 
forma, contribuir ainda que indiretamente com a poluição e exploração de 
recursos do planeta. No entanto, podemos abordar essa realidade de forma 
diferente: adotar um posicionamento já é um grande passo para a mudança do 
comportamento das empresas em relação à preservação ambiental. Fica claro 
que sustentabilidade é feita do dia-a-dia das empresas, desde um processo de 
reciclagem de materiais, até a conscientização da utilização dos recursos da 
organização. 
O processo da sustentabilidade é bastante complexo, pois mexe com a 
estrutura, passa pelos órgãos, empresas, cultura. Todavia, se queremos 
implementar algo, não podemos esperar, temos que ter uma motivação 
(consciência ou coerção) para induzir os empresários à sustentabilidade. Deve-
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se encontrar uma forma de mostrar aos empresários que os processos devem 
ser mudados, não somente os funcionais, mas também os produtivos. 
Os indicadores são uma possibilidade atrativa. Quando se tem 
indicadores, é possível medir que a mudança no processo gerou algum 
resultado no produto, ou serviço. Para chegar aos processos, deve-se pensar 
primeiro no planejamento estratégico, que antecede a estratégia. O 
planejamento estratégico permite a visão do conjunto da empresa. 
 
AS DIFERENTES DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE EM UMA 
ORGANIZAÇÃO. 
 
Para John Elkington, que criou o termo Triple Botton Line para designar 
o equilíbrio entre as três dimensões ambiental, econômico e social, para 
obtenção do sucesso nos negócios, a expectativa de que as empresas devem 
contribuir de forma progressiva com a sustentabilidade surge do 
reconhecimento de que os negócios precisam de mercados estáveis, e que 
devem existir habilidades tecnológicas, financeiras e de gerenciamento 
necessárias para possibilitar essa transição rumo ao desenvolvimento 
sustentável. As ações e inovações das empresas nesse sentido devem ser 
cada vez mais disseminadas na busca em ampliar a eficiência e a efetividade 
da sustentabilidade. 
Se as palavras do autor apoiam a percepção de que não é somente a 
preocupação com o planeta que norteia a recente invasão da sustentabilidade 
no ambiente empresarial, mas também a necessidade de que eles foquem na 
perpetuação de seus próprios negócios, reconhecer e compreender as 
dimensões do conceito torna-se ainda mais importante para nós. São eles: 
A dimensão econômica inclui não só a economia formal, mas também as 
atividades informais que proveem serviços para os indivíduos e grupos e 
aumentam, assim, a renda monetária e o padrão de vida dos indivíduos. Já a 
dimensão ambiental ou ecológica estimula empresas a considerarem o impacto 
de suas atividades sobre o meio ambiente, na forma de utilização dos recursos 
naturais, e contribui para a integração da administração ambiental na rotina de 
trabalho. 
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A dimensão social consiste no aspecto social relacionado às qualidades 
dos seres humanos, como suas habilidades, dedicação e experiências, 
abrangendo tanto o ambiente interno da empresa quanto o externo. 
Á distinção entre desenvolvimento e crescimento econômico, pois muitos 
autores atribuem apenas os incrementos constantes no nível de renda 
como condição para chegar ao desenvolvimento, sem no entanto, se 
preocuparem em como tais incrementos são distribuídos e como os 
insumos (recursos naturais) são utilizados para alcance desses incrementos. A 
ideia é que desenvolvimento deve ser encarado como um processo de 
transformações econômico, político, principalmente humano e social. 
 
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS PARA SUSTENTABILIDADE. 
 
As organizações têm um papel importante nessa questão. São elas que 
produzem os bens de consumo, e podem ou não integrar a 
sustentabilidade em todo o seu funcionamento. Organizações humanas são 
compostas de pessoas com diferentes crenças, valores e culturas; que 
estabelecem relações sociais e estruturas de poder; que geram externalidades 
para seu entorno ao mesmo tempo em que são impactadas pelo ambiente no 
qual se inserem. Os objetivos das organizações são atingidos na medida em 
que seus gestores propiciam condições para que esse indivíduo satisfaça 
suas necessidades. 
Maslow (1954) afirma que homem faz o que faz para satisfazer suas 
necessidades e expõem a hierarquia das necessidades, onde o indivíduo só 
evoluíra para a escala acima se o estágio anterior estiver parcialmente 
satisfeito. Tal escala possui a seguinte ordem evolutiva de necessidade: 
Fisiologia, Segurança, Social, Estima e Auto-realizarão. 
Já Frederick Herzberg conhecido pela Teoria dos Dois Fatores, diz que 
no fator higiênico estão ligados a cultura organizacional, não estando sob 
controle dos funcionários e estão relacionados ao ambiente da empresa 
bem como de todas as condições físicas do local de trabalho e podem incluir 
salários, benefícios, políticas, etc. A expressão "higiênicos" foi escolhida para 
mostrar que deve ser algo totalmente prevenido em uma empresa para não 
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gerar insatisfação dos colaboradores, ao mesmo tempo em que, quando estão 
de acordo com o ambiente, ocorre tudo de forma correta. 
Os fatores motivacionais referem-se às tarefas e ao cargo ocupado e 
refletem diretamente na produtividade do trabalhador. Isso porque está 
diretamente relacionada com características ligadas a satisfação e ao 
reconhecimento profissional. 
Podemos então dizer que o papel do RH, tornou-se fundamental na 
estratégia da sustentabilidade, já que as pessoas farão toda a diferença. É 
necessário fazer com que as pessoas (todos os colaboradores, independente 
do cargo), consigam entrar no clima da sustentabilidade, sejam responsáveis 
pelos recursos da empresa, participem com satisfação das ações sociais 
promovidas pela organização e até cobrem que sejam mais efetivas. 
Uma série de leis ambientais criadas nesse período nos permite 
reconhecer a força relativa de diferentes stakeholders, no sentido de 
implementar um processo de desenvolvimento sustentável no país 
(ALEXANDRE;KRISCHKE, 2006). O termo stakeholders pode ser entendido 
como “partes interessadas” e está relacionado a pessoas, grupos ou 
organizações que de alguma forma têm alguma ligação com projetos. 
E é nessa interface trabalhador x organização se identificam claramente 
os traços do indivíduo e do profissional adaptando-se, a cada momento, a uma 
nova realidade (BERGAMINI,1984). 
 
GESTÃO DE PESSAOS X SUSTENTABLIDADE 
 
O RH deve se fazer as pessoas valorizam os resultados, quando sentem 
que fizeram e fazem parte dele, o colaborador só vai deixar de imprimir algum 
documento que não é importante, economizando assim folhas de papel, 
quando ele sentir que aquela folha, vai fazer a diferença no resultado da 
sustentabilidade da organização, por consequência nos resultados mundial. 
Nesse sentido, novas abordagens têm surgido para que empresas proativas 
reforcem por meio da alta administração, um comprometimento da organização 
com a sustentabilidade (SANCHES, 2000). 
Uma gestão mais participativa pode influenciar o entendimento e o 
comprometimento dos colaboradores, pois pode mudar a cultura organizacional 
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para uma inclusão da sustentabilidade por meio cooperação na tomada de 
decisões. 
A ideia que se tem do termo sustentabilidade varia enormemente, 
conforme a categoria social ou profissional à qual pertence o indivíduo 
(ALIROL, 2001; GLIESSMAN, 2000). 
Geralmente as tarefas administrativas são desempenhadas por pessoas 
com mais conhecimentos e mais capacitadas com melhor escolaridade e 
experiências anteriores. 
O discurso organizacional sobre sustentabilidade afeta positivamente a 
interpretação completa do funcionário sobre o termo sustentabilidade. Além do 
discurso, as práticas gerenciais sustentáveis influenciam o aprendizado do 
funcionário, de forma que este incorpora algumas delas em sua vida. Assim, 
acredita-se que empresas com práticas gerencias sustentáveis são capazes de 
influenciar a interpretação do funcionário em relação ao termo sustentabilidade, 
pois ele está em contato direto na rotina de trabalho com aspectos práticos 
da sustentabilidade (CLARO e CLARO, 2004; ALMEIDA, 2002; MAIMON, 
1996). 
Entre as ferramentas de gestão de pessoas para consolidação de uma 
cultura organizacional, há a implantação de códigos de conduta, que têm 
ocupado importante espaço na ação, comprometimento e mudança social, 
havendo dezenas de códigos orientando a conduta dos negócios proliferados 
ao final dos anos 1990 por poder se constituir em forma de controle da atuação 
empresarial. O Código de Conduta consiste em uma declaração formal de 
valores e práticas corporativas de negócios ou pode ser uma breve declaração 
da missão, ou um documento sofisticado que requer compromisso com normas 
articuladas e possui um complicado mecanismo de coação. Ou pode vir a ser 
um código de ética ou de compromisso social caso seja um instrumento de 
realização da visão e missão da empresa, que orienta suas ações, e explicita 
sua postura social a todos com se relaciona. 
A estratégia de implementação de gestão sustentável a partir da 
elaboração e implantação de um código de compromisso social é apenas o 
início de um processo muito mais amplo que segundo o Instituto Ethos (2001) 
demanda da empresa o enfoque em ações de responsabilidade social em sua 
cadeia de negócios, englobando preocupações com os diversos stakeholders: 
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91 
acionistas, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, consumidores, 
comunidade, governo e meio ambiente, em busca de compreender e incorporar 
suas demandas. 
A gestão de pessoas de modo estratégico, segundo o desenvolvimento 
teórico deste estudo, favorece o comprometimento organizacional à 
perspectiva da sustentabilidade por ser fundamental instrumento para canalizar 
os esforços individuais e coletivos por intervir na construção e consolidação de 
valores, princípios e crenças. 
 
ÉTICA SUSTENTAVEL 
 
As empresas buscando seu crescimento e lucro e muitas vezes usam de 
forma inadequada os recursos naturais que estão disponíveis. Isso acaba 
sendo prejudicial e gera uma cadeia de consequências muitas vezes 
irreparáveis ao meio ambiente. 
Neste novo contexto esta ocorrendo mudanças no sistema empresarial 
para que as empresas tenham consciência dos danos causados e comecem a 
agir com responsabilidade e ética ao meio ambiente. 
A base natural sempre foi utilizada de modo predatório, sem qualquer 
preocupação com a sua preservação ou com a diversidade biológica como um 
todo. Segundo Morin e Kern (2003, p. 79), “o mito do desenvolvimento 
determinou a crença de que era preciso sacrificar tudo por ele”. Entretanto, a 
natureza não pode mais ser vista somente sob o aspecto econômico, como um 
objeto à disposição do ser humano, mas como um todo integrado e 
interdependente, indispensável para a continuidade da vida na Terra. 
A questão é que a economia está interligada aos demais subsistemas e 
é dependente da biosfera finita que lhe dá suporte. Assim, a economia não é 
um sistema fechado, e todo o crescimento econômico afeta o meio 
ambiente e é por ele afetado, já que economia e meio ambiente são 
parte de um sistema único e, consequentemente, interagem (PENNA, 1999, 
p. 127-129). 
De modo que é preciso mudar a trajetória do progresso e fazer uma 
transição para uma economia sustentável, para que o futuro de nosso planeta 
não reste comprometido. As mudanças e a conscientização precisam começar 
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92 
cedo para que as pessoas criem o habito de cuidar do meio ambiente e levar 
essas mudanças no âmbito social. 
De acordo com Spínola (2001, p. 213), “paraadotar a ética da vida 
sustentável, as pessoas deverão reexaminar seus valores e alterar seu 
comportamento. A sociedade deverá estimular os valores quer apoiem esta 
ética e desencorajar aqueles incompatíveis com um modo de vida sustentável”. 
Assim, a ideia de consumo sustentável torna-se um imperativo na formulação 
de uma nova sociedade. 
Para a empresa conquistar e manter uma boa imagem perante o 
mercado, não basta, como antigamente, apenas prestar bons produtos e 
serviços, gerar empregos e pagar seus impostos. Ela tem que fazer isso e 
ainda colaborar no desenvolvimento social da comunidade onde está instalada, 
para corresponder às expectativas do consumidor atual, que mostra maior 
consciência e valoriza aspectos éticos ligados à cidadania (ASHLEY, 2003). 
Para tanto, a educação ambiental é indispensável na conscientização 
dos cidadãos. Nesse sentido, ressalta Canepa (2004, p. 159): “Tem-se que ter 
sempre em mente que educação e cidadania são indissociáveis: quanto mais o 
cidadão for educado, em todos os níveis, mais será capaz de lutar e exigir seus 
direitos e cumprir seus deveres”. 
 
CONCLUSÂO 
 
O profissional de Recursos Humanos precisa entender que ele é tão 
responsável pelos resultados do negócio seja lucro, qualidade dos serviços, 
fidelização dos clientes ou satisfação dos acionistas, quanto os profissionais 
das demais áreas da empresa. Cuidar só de gente é passado. O presente e o 
futuro requerem cuidar do negócio, por meio das pessoas, para que a empresa 
seja e tenha sustentabilidade financeira e social. 
É preciso ter clareza, entendimento e em seguida, definir o seu 
planejamento e suas ações considerando a sua parcela de responsabilidade, 
para com os resultados financeiros e sociais que são esperados pela 
organização sejam satisfatórios. Mas, só isso não basta. É também 
necessário ser preditivo, ou seja, encontrar o que vai ser necessário para 
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assegurar a sustentabilidade do negócio no amanhã, definir sistemas de 
mensuração e controles e gerenciar hoje o amanhã. 
O estudo permite concluir, que embora conscientes da Sustentabilidade, 
os colaboradores de uma dada organização necessitam de um sistema de 
Gestão Sustentável, apoiado na Gestão Estratégica de Pessoas, para que 
atribua direcionamento estratégico e adote projetos e planos de capacitação, 
motivação e introjeção de valores e de competências para desempenhar suas 
atividades de modo sustentável bem como de indicadores e de programas de 
reconhecimento e de valorização do desempenho sustentável passíveis de 
tornarem os membros das organizações agentes e multiplicadores deste novo 
modelo de gestão. De modo geral, é possível concluir que as organizações 
precisam se alinhar compreende-se, dessa forma, a importância de uma gestão 
de pessoas que atue com o objetivo de apresentar-se como parceira na busca 
dos resultados organizacionais, considerando o contexto social para tal 
atuação aspecto em que o desenvolvimento sustentável torna-se relevante 
fator a ser considerado. Por isso, não basta obter as certificações ambientais 
ou selos sociais, é preciso manter isso, fazendo com que a sustentabilidade 
deixe de ser só marketing e entre no DNA da organização. 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: 
 
AMARAL, Sérgio Pinto. Estabelecimento de Indicadores e Modelo de Relatório 
de Sustentabilidade Ambiental, Social e Econômica: Uma proposta para 
Indústria de Petróleo Brasileira. 2003. Tese [Doutorado em Engenharia de 
Produção] – COPPE. 
 
CLARO, P. B. O. et al. Entendendo o conceito de sustentabilidade. Revista 
da Administração da Universidade de São Paulo. São Paulo, v. 43, n. 4, p. 289-
300, 2008. 
 
DIAS, Genebaldo Freire. Pegada ecológica e sustentabilidade humana. São 
Paulo: Gaia, 2002. 
 
ELKINGTON, John. SUSTENTABILIDADE – Canibais com Garfo e Faca. 1994. 
Instituto Ethos (2001). Como as empresas podem implementar programas de 
Voluntariado.S.P.: Instituto Ethos 
 
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94 
LIMA, Gustavo da Costa. O discurso da sustentabilidade e suas implicações 
para a educação. Ambiente & Sociedade – Vol. VI nº. 2 jul./dez. 2003 
 
MADRUGA, G. R. L; VENTURINI, C. J; FAGAN, S.Gestão Estratégica de 
Pessoas, Diversidade e Sustentabilidade: o Entrelaçamento Teórico-Empírico 
Visualizado na CAMNPAL/RS. XXX 
 
MARRAS, Jean P. Administração de recursos humanos: do operacional ao 
estratégico. 6ª ed. São Paulo: Futura, 2002. 
 
SILVA, Christian Luiz da Silva; MENDES, Judas Tadeu Grassi. Reflexões 
sobre o desenvolvimento sustentável. Petrópolis: Vozes, 2005. 
 
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OS DESAFIOS ENCONTRADOS PELAS EMPRESAS NA GERAÇÃO DO 
SPED 
 Diego Lima1 
Dérik Fonseca2 
Elisa Mundins 3 
 Ronaldo Martins4 
 Sérgio Silva5 
Prof. Cléber José Nascimento6 ' 
 
 
RESUMO 
Este artigo trata dos problemas e desafios que as empresas em geral 
vêm encontrando na implantação de mais uma obrigação acessória 
determinada pela Receita Federal do Brasil conforme Artigo 2º do Decreto nº 
6.022/2007 que vem a ser o Sistema Público de Escrituração Digital, mais 
conhecido como SPED. Temos como objetivo, buscar as soluções dos 
problemas causados pela geração deste arquivo nas empresas, sendo que o 
mesmo faz parte do programa de aceleração do crescimento do Governo 
Federal (PAC 2007-2010 e basicamente constitui-se num grande passo na 
informatização na relação entre o fisco e o contribuinte). 
Acontece que promover toda esta padronização e compartilhamento das 
informações fiscais e contábeis requer uma atenção especial, já que nossa 
legislação é muito complexa e exige tributações específicas para cada tipo de 
negócio, o que demanda ferramentas altamente customizáveis, com uma 
implantação voltada para a realidade de cada negócio levando em 
consideração indicadores próprios de cada ramo e modelo de atuação. E é 
 
1
 Diego Lima, Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis do Cesuca-Faculdade Inedi, 
disciplina de Teoria e História do Pensamento Contábil, Prof. Cléber José Nascimento – 
2012/2. 
2
 Dérik Fonseca, Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis do Cesuca-Faculdade Inedi, 
disciplina de 
Teoria e História do Pensamento Contábil, Prof. Cléber José Nasciemto– 2012/2. 
3
 Elisa Mundins, Acadêmica do Curso de Ciências Contábeis do Cesuca-Faculdade Inedi, 
disciplina de Teoria e História do Pensamento Contábil, Prof. Cléber José Nscimento– 2012/2. 
4
Ronaldo Martins, Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis do Cesuca-Faculdade Inedi, 
disciplina de Teoria e História do Pensamento Contábil, Prof. Cléber José Nascimento – 
2012/2. 
5
 Sérgio Silva, Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis do Cesuca-Faculdade Inedi, 
disciplina de Teoria e História do Pensamento Contábil, Prof. Cléber José Nascimento – 
2012/2. 
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exatamente por conta deste cenário e a preocupação com a integridade dos 
dados fornecidos pelo contribuinte ao fisco que as empresas estão 
encontrando dificuldades em fornecer esta gama de informações, sendo que 
não estão preparadas e nem possuem profissionais habilitados o suficiente que 
conheçam o projeto e sejam capazes de transmitir com excelência todas estas 
informações. Nosso método utilizado foi à pesquisa bibliográfica onde 
buscamos em livros, revistas e internet. Foi possível observar que a tanto o 
fisco como os contribuintes de maneira geral estão conhecendo e trabalhando 
juntos para desenvolver a essência que o projeto SPED precisa e sanar as 
expectativas das administrações tributárias em relação às auditorias 
eletrônicas, até por que o que se percebe no mercado é que a integração com 
as áreas envolvidas, principalmente a tecnológica e fiscal se mostrou mais 
complexa do que o previsto, fazendo com que muitos prazos de entrega 
fossem postergados. 
 
INTRODUÇÃO 
Falar do Sistema Público de Escrituração Digital – SPED é ter em mente 
que existe por traz uma ideia e um objetivo principal que é a modernização da 
administração tributária e aduaneira (PMATA) que consiste na informação 
integrada para implantação de novos processos, assim apoiados pela 
tecnologia da informação, infraestrutura e logística adequada, proporcionando 
maior qualidade das informações e contribuindo para uma fiscalização 
eletrônica onde os dados são de fidedignos. 
Com todo este compartilhamento de informações sendo entregues ao 
SPED mensalmente, pretende-se com isso uma melhoria no ambiente de 
negócios no país e a redução do custo Brasil, promovendo a modernização dos 
processos de interação entre a administração pública e as empresas em geral, 
o que o torna diferente dos outros que normalmente são somente um 
instrumento planejado de arrecadação tributária 
Desse modo e importante ressaltarmos que a principal finalidade do 
SPED é possibilitar por meio dos sistemas de informações um controle de 
todos os eventos contábeis da empresa, além é claro de unificar o 
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gerenciamento da informação dentro das empresas, possibilitando canais de 
comunicação essenciais para o gerenciamento da tomada de decisões. 
Outra importante característica do SPED é a maneira como foi 
desenvolvido e a capacidade de rastrear e cruzar as informações, assim 
contribuindo para a correta confiabilidade das informações transmitidas pelo 
contribuinte ao fisco. 
No que diz respeito aos órgãos fiscalizadores da administração 
tributária, O SPED é sem dúvida a ferramenta que estava faltando para que o 
fisco pudesse enxergar de perto a verdadeira realidade da empresa, mas para 
isso acontecer o contribuinte precisará investir em recursos que até então não 
era sua prioridade. 
A partir do que se foi colocado iremos encontrar neste artigo o que é 
SPED e por que foi criado, Projetos do SPED, Projetos em andamento, 
Resultados encontrados na implantação do SPED dentro das empresas. 
 O artigo é de cunho bibliográfico, pois utilizamos de materiais 
disponíveis no formato impresso, como artigos e materiais online. 
 
METODOLOGIA 
 
 Para este trabalho utilizou-se o método indutivo, já que parte do particular 
para o geral, sendo que o conhecimento passa a ser fundamental na busca 
pela experiência, sem levar em consideração os princípios definidos. Para Gil 
(2010, p.10), neste método parte-se da observação de fatos ou fenômenos 
cujas causas se desejam conhecer. A seguir procura-se compará-los com a 
finalidade de descobrir as relações existentes entre eles, por fim, procede-se a 
generalização, com base na relação verificada, entre os fatos ou fenômenos. 
Quanto ao tipo de pesquisa, priorizou-se a bibliográfica, Gil (2010, p.50) 
 
E principal vantagem da pesquisa bibliográfica, reside 
no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de 
fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia 
pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna particularmente 
importante quando o problema de pesquisa requer dados muito 
dispersos pelo espaço. Por exemplo, seria impossível a um 
pesquisador percorrer todo o território brasileiro em busca de 
dados sobre a população ou renda percapita; toda via, se tem a 
sua disposição uma bibliografia adequada, não terá maiores 
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obstáculos para contar com as informações requeridas. A 
pesquisa bibliográfica também é indispensável nos estudos 
históricos. Em muitas situações, não a outra maneira de 
conhecer os fatos passados se não com base em dados 
secundários. 
 
Esta pesquisa foi elaborada a partir de materiais disponíveis no formato 
impressos bem como artigos, livros, revistas, e materiais on line. 
 
1 O QUE É SPED E PORQUE FOI CRIADO? 
 
O SPED - Sistema Público de Escrituração Digital é um instrumento 
desenvolvido pela Receita Federal com objetivo de coletar as informações das 
movimentações comerciais e fiscais das empresas para análise e controle dos 
dados em tempo real, além disso, serve como ferramenta dos agentes 
tributários estaduais e federais para auditoria eletrônica fiscal. 
Outra característica deste projeto é a riqueza de detalhes das 
informações o que denota a complexidade e o nível de detalhamento que agora 
as informações devem ser abertas, assim obrigando os contribuintes a 
embarcarem nas legislações mais complexas que existem para conhecer de 
verdade o que é que o fisco está exigindo com esta nova obrigação que está 
“mexendo” com a estrutura de todas as empresas envolvidas. 
Sendo assim é imprescindível um planejamento por parte das empresas, 
até porque o SPED nada mais é do que um programa desenvolvido pelo 
governo para eliminação dos ilícitos tributários das empresas e a redução das 
obrigações acessórias 
 
1.1 PROJETOS DO SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL - 
SPED 
 
Foi com a realização do II Encontro dos Administradores Tributários na 
cidade de São Paulo em 2005 que o projeto SPED começa dar seus primeiros 
passos, assim objetivando uma série de mudanças dentro das empresas em 
geral, pois irão ter que mudar a sua sistemática, utilizando-se da certificação 
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digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a 
validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital. 
Primeiramente iniciou-se com três grandes projetos: 
Nota Fiscal Eletrônica Ambiente Nacional; 
Escrituração Contábil Digital; 
Escrituração Fiscal Digital 
Atualmente está em plena produçãodentro das empresas o projeto 
EFD-Contribuições. E em estudo pela Receita Federal o: e-Lalur, EFD-Social e 
a Central de Balanços. 
 
1.1.1 NOTA FISCAL ELETRÔNICA – NF-e 
 
A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é parte integrante do SPED, e foi 
Instituída em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e o 
Secretário-Geral da Receita Federal do Brasil, realizada em Manaus-AM, no 
dia 30 de setembro de 2005, e formalizada no Ajuste SINIEF nº 07-2005, a 
Nota Fiscal Eletrônica tem previsão legal para ser utilizada, atualmente, apenas 
em substituição à Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A (operações comerciais entre 
pessoas jurídicas somente), pelos contribuintes do Imposto sobre produtos 
Industrializados – IPI ou Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação – ICMS.instituída pelo Ajuste SINIEF 07/05. 
A Nota Fiscal Eletrônica NF-e é um documento emitido e armazenado 
eletronicamente, de existência apenas digital com objetivo de documentar 
operações e prestações, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura 
digital do emitente da autorização de uso pela administração tributária da 
unidade federada do contribuinte, lembrando que isto ocorre antes da 
ocorrência do fato gerador em si (circulação das mercadorias). 
A obrigatoriedade da emissão de Notas Eletrônica está determinado em 
Protocolo de ICMS de acordo com o seguimento de atuação de cada empresa, 
assim aos poucos toda a cadeia econômica era abrangida por esta nova 
realidade. 
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O Projeto NF-e instituirá mudanças significativas no processo de 
emissão e gestão das informações fiscais, trazendo grandes benefícios para os 
contribuintes e as administrações tributárias, conforme descrito a seguir: 
Benefícios para as Administrações Tributárias: Aumento na 
confiabilidade da Nota Fiscal; Melhoria no processo de controle fiscal, 
possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre 
os fiscos; Redução de custos no processo de controle das notas fiscais 
capturadas pela fiscalização de mercadorias em trânsito; Diminuição da 
sonegação e aumento da arrecadação; 
Benefícios para a Sociedade: Redução do consumo de papel, com 
impacto positivo no meio ambiente; Surgimento de oportunidades de negócios 
e empregos na prestação de serviços ligados à Nota Fiscal Eletrônica. 
De maneira simplificada, a empresa emissora de NF-e gerará um 
arquivo eletrônico (XML) contendo as informações fiscais da operação 
comercial, o qual deverá ser assinado digitalmente, de maneira a garantir a 
integridade dos dados e a autoria do emissor. Este arquivo eletrônico será 
então transmitido pela Internet para a Secretaria da Fazenda de jurisdição do 
contribuinte que fará uma pré-validação do arquivo e devolverá um protocolo 
de recebimento (Autorização de Uso), sem o qual não poderá haver o trânsito 
da mercadoria. 
A NF-e também será transmitida para a Receita Federal, que será 
repositório nacional de todas as NF-e emitidas (Ambiente Nacional) e, no caso 
de operação interestadual, para a Secretaria de Fazenda de destino da 
operação e Suframa, no caso de mercadorias destinadas às áreas 
incentivadas. As Secretarias de Fazenda e a RFB (Ambiente Nacional), 
disponibilizarão consulta, através Internet, para o destinatário e outros legítimos 
interessados, que detenham a chave de acesso do documento eletrônico. 
 
1.1.2 Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT-E 
 
O Conhecimento de Transporte Eletrônico CT-e é um dos subprojetos do 
SPED e também pode ser conceituado como um documento de apenas 
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101 
existência digital emitido e armazenado eletronicamente com o intuito de 
documentar uma prestação de serviço de transporte. 
O CT-e foi instituído pelo ajuste SINIEF N.° 09 de 24/10/2010 que 
estabelece que este conhecimento que será denominado de modelo 57 irá 
substituir os seguintes documentos: 
I - Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8; 
II - Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9; 
III - Conhecimento Aéreo, modelo 10; 
IV - Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11; 
V - Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 
27; 
VI - Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7, quando utilizada 
em transporte de cargas. 
Essa substituição se dará para todos aqueles contribuintes do Imposto 
sobre a Circulação de Mercadorias e Sobre a Prestação de Serviço de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de comunicação ICMS. 
A implantação deste projeto está se concretizando com a adesão 
voluntária ao poucos das empresas que atuam neste seguimento uma vez que 
logo estarão todas obrigadas a emitir tal documento de forma eletrônica. 
A validade jurídica deste CT-e está amparada pela assinatura digital do 
remetente, assim permitindo o acompanhamento em tempo real das 
prestações de serviço de carga pelo fisco. 
Dentre os benefícios deste projeto podemos destacar a contribuição ao 
meio ambiente pela redução do papel impresso assim contribuindo para a 
queda dos custos nas empresas. Outra e fundamental característica é a 
redução da parada de caminhões em postos fiscais da fronteira, planejamento 
de logística de recebimento e entrega pela recepção antecipada das 
informações do CT-e e sem dúvida o compartilhamento das informações com o 
fisco contribuindo para um excelente controle fiscal. 
 
1.1.3 Escrituração Contábil Digital 
 
A Escrituração Contábil digital é um dos subprojetos do SPED que por 
sua vez visa à substituição da emissão dos livros contábeis (Diário, Razão, 
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102 
Balancetes e Balanço) em papel pela sua existência apenas digital. Os livros 
diários e razão são criados a partir de um mesmo conjunto de informações 
digitais. A apresentação dos livros em sua forma digital supre em relação aos 
arquivos correspondentes, a sua existência contida na IN da SRF n.86 de 
22.10.2001 e na IN MPS/SRP N.° 12 de 20 de Junho de 2006 
A obrigatoriedade da entrega é definida pela Receita Federal conforme 
Instrução Normativa n.° 787/2007 assim centralizando primeiro nas empresas 
com acompanhamento econômico diferenciado, depois nas empresas de Lucro 
real, o que deixa facultativo para as demais empresas como Lucro Presumido e 
Simples uma vez que estão dispensadas desta obrigação. 
Outra característica importante e que devemos frisar é que por mais 
limitada que seja a comunicação com a junta comercial ainda é obrigatória para 
a autenticação destes livros. Ou seja, todo o procedimento que era feito antes 
continua, só que agora em formato digital. 
 
1.1.4 Escrituração Fiscal Digital 
 
A Escrituração Fiscal digital é um dos subprojetos do SPED que por sua 
vez visa

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