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Parasitologia - p2

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Cestoda
Filo: Plathyhelminthes
Classe: Cestoda
Ordem: Cylophillida
Família: Taeniidae
Espécies: Taenia pisiformis, Taenia hidatygena, Taenia ovis, Taenia multiceps (hospedeiro definitivo - cães/canídeos silvestres), Taenia taeniformis (hospedeiro definitivo - gatos/felídeos silvestres).
Características:
Corpo achatado, em forma de fita 
Parasitos segmentados 
Morfologia pouco diversificada 
Corpo dividido em três regiões: escólex, colo, estróbilo 
Habitat: 
Formas adultas: Tubo digestivo do hospedeiro definitivo 
Formas larvárias: Tecidos diversos dos hospedeiros intermediários 
Taenia pisiformis
Morfologia:
 Escólex quadrangular com rostro contendo 2coroas de ganchos em forma de espinho de roseira, sendo os superiores maiores que os inferiores
Ventosas circulares e proeminentes
Proglotes grávidos com 8 a 15 ramificações dendríticas 
Mede entre 30 cm a 1 metro de comprimento por 1 a 5 mm de largura 
Habitat:
Adultos - intestino delgado de cães
Larvas (Cysticercus pisifiormis) - fígado e cavidade peritoneal de coelhos e roedores
Ciclo biológico:
Proglotes com ovos eliminados nas fezes do cão > ingestão dos ovos pelos hospedeiros intermediários (coelhos e ratos) > oncosfera ativada pelo suco gástrico > atravessa a parede intestinal e cai na corrente sanguínea > oncosferas alojam-se no fígado, transformam-se em larvas móveis e daí migram para a cavidade peritoneal onde originam Cysticercus pisiformis > cão se alimenta dos tecidos contendo o Cysticercus pisiformis > no duodeno, os Cysticercus pisiformis desenvolvem- se, originando vermes adultos > após cerca de 60 a 70 dias > proglotes com ovos eliminados nas fezes do cão
Epidemiologia:
Coelhos e cães domésticos
Profilaxia:
Impedir a contaminação dos alimentos de coelhos por fezes de cães
Impedir o fornecimento de vísceras de coelhos para os cães
Tratamento dos cães com praziquantel
Eliminar ratos
Taenia hydatigena 
Morfologia:
Escólex reniforme, com rostro longo e coroa de ganchos; ventosas salientes;
Proglotes grávidos com 5 a 10 ramificações dendríticas;
Mede entre 75cm e 2m de comprimento.
Habitat
Adultos - intestino delgado de cães 
Larvas (Cysticercus tenuicolis ) - fígado e cavidade peritoneal de ruminantes(ovinos,bovinos, caprinos) e de suínos. Podem se localizar no pericárdio, pleuras, e musculatura (onde pode ser confundido com cisticercos de Taenia solium e de T. saginata).
Cysticercus tenuicolis - pode atingir 5 cm de diâmetro.
Ciclo biológico
Proglotes com ovos eliminados nas fezes do cão > ingestão dos ovos pelos hospedeiros intermediários > oncosfera ativada pelo suco gástrico > atravessa a parede intestinal e cai na corrente sanguínea > oncosferas alojam-se no fígado e cavidade peritoneal de ruminates e origina o Cysticercus tenuicolis > cão se alimenta dos tecidos contendo o Cysticercus tenuicolis > no duodeno, Cysticercus tenuicolis desenvolvem- se,originando vermes adultos > após cerca de 70 a 80 dias > proglotes com ovos eliminados nas fezes do cão
Quadro clínico em cães:
Poucos adultos: sem sintomas
Carga parasitária alta: obstrução e perfuração intestinal, apetite depravado, arrastamento do ânus no solo, ato de esfregar o focinho em objetos sólidos.
Casos graves: distúrbios nervosos, ataques epileptiformes e até sintomas semelhantes aos da raiva.
Quadro clínico em ovinos: 
Hepatite cisticercosa 
Diagnóstico:
Teníase:
Clínico:
Sinais e sintomas. Pode-se observar emaranhados de proglotes no ânus	
Laboratorial:
Exame de fezes dos cães – impreciso, salvo se forem observadas proglotes
Avaliação das carcaças de hospedeiros intermediários ( presença de cisticercos)
Taenia hydatigena 
Epidemiologia:
Ovinos e cães de pastoreio
Demais ruminantes e fezes de cães
Profilaxia:
Manejo adequado de ovinos e dos demais ruminantes
Impedir o fornecimento de vísceras de ruminantes para os cães
Eliminar cães errantes
Tratamento dos cães com praziquantel
Dar banhos frequentes nos cães infectados para eliminar proglotes presas aos pelos
Taenia ovis
Morfologia:
Escólex similar ao de T. solium
Proglotes grávidos com 5 a 10 ramificações dendríticas
Mede entre 45 cm e 2m de comprimento.
Habitat:
Adultos - intestino delgado de cães 
Larvas (Cysticercus ovis) - musculatura esquelética e cardíaca de ruminantes(ovinos e caprinos).Podem se localizar na pleura do diafragma.
Cysticercus ovis - cerca de 2 cm de diâmetro.
Ciclo biológico:
Proglotes com ovos eliminados nas fezes do cão > ingestão dos ovos pelos hospedeiros intermediários > oncosfera ativada pelo suco gástrico > atravessa a parede intestinal e cai na corrente sanguínea > oncosferas alojam-se na musculatura esquelética e cardíaca de ruminates e origina o Cysticercus ovis > cão se alimenta dos tecidos contendo o Cysticercus ovis > no duodeno, Cysticercus ovis desenvolvem- se, originando vermes adultos > após cerca de 50 dias > proglotes com ovos eliminados nas fezes do cão
Quadro clínico em cães:
Sem sintomas aparentes
Quadro clínico em ovinos e caprinos: 
Sem sinais aparentes. Os animais toleram bem a presença das larvas.
Profilaxia:
Manejo adequado de ovinos e dos caprinos
Impedir o fornecimento de carne de ovinos e de caprinos para os cães - incinerar
Tratamento dos cães com praziquantel
Dar banhos frequentes nos cães infectados para eliminar proglotes presas aos pelos
Taenia multiceps (Multiceps multiceps)
Morfologia:
Escólex piriforme, com dupla coroa de ganchos; ventosas salientes;
Proglotes do terço posteriores mais longas que largas;
Mede entre 40 cm e 1m de comprimento.
Habitat:
Adultos - intestino delgado de cães
Larvas (Coenurus cerebralis)- encéfalo de ruminantes(ovinos,bovinos, caprinos, equinos, suínos, eventualmente coelhos e seres humanos).
Pode haver localização ectópica (globo ocular).
Coenurus celebralis- pode atingir 6 cm de comprimento por 4cm de largura- 
Até 500 escóleces.
Ciclo biológio:
Proglotes com ovos eliminados nas fezes do cão > ingestão dos ovos pelos hospedeiros intermediários > oncosfera ativada pelo suco gástrico > atravessa a parede intestinal e cai na corrente sangüínea > oncosferas alojam-se no encéfalo de ruminates e origina o Coenurus cerebralis > cão se alimenta do encéfalo contendo o Coenurus cerebralis > no duodeno, escóleces contidos no C. cerebralis desenvolvem- se ,originando vermes adultos > após cerca de 30 dias > proglotes com ovos eliminados nas fezes do cão 
Síndrome clínica: 
Cenurose
Poucos cenuros (de um a cinco):
Andar em círculos, defeitos visuais (estrabismo convergente e divergente) 
Muitos cenuros (de oito a dez):
Casos graves: alterações na postura, paraplegia, morte após ataque epileptiforme ou por morte cerebral (ruptura do Coenurus).
Diagnóstico:
Teníase:
Clínico: 
Pouco utilizado  sintomas pouco apreciáveis nos cães
Laboratorial:
Exame de fezes dos cães – impreciso, salvo se forem observadas proglotes
Necrópsia de cães em áreas endêmicas
Cenurose:
Clínico: sinais e sintomas
Laboratorial: necrópsia de animais suspeitos
Epidemiologia:
Ovinos e cães de pastoreio
Demais ruminantes e fezes de cães
Profilaxia:
Manejo adequado de ovinos e dos demais ruminantes
Impedir o fornecimento de encéfalos de ruminantes para os cães
Incinerar encéfalos
Eliminar cães errantes
Tratamento dos cães com praziquantel
Educação sanitária da população humana - cenurose humana
Taenia taeniformis (Hydatigera taeniformis)
Morfologia:
Escólex cilíndrico com ventosas arredondadas e muito salientes e coroa com dupla fileira de ganchos
Proglotes grávidos com15 a 18 ramificações laterais digitiformes;
Mede entre 15cm e 60 cm de comprimento.
Habitat:
Adultos - intestino delgado de gatos 
Larvas (Cysticercus fascicolaris, chamado de estrobilocerco) - fígado e cavidade abdominal de ratos e de morcegos
Ciclo biológico:
Proglotes com ovos eliminados nas fezes do gato > ingestão dos ovos pelos hospedeiros intermediários (ratos e morcegos) > oncosfera ativada pelo suco gástrico > atravessa a parede intestinal e cai na correntesanguínea > Oncosferas alojam-se no fígado e cavidade abdominal de ratos e morcegos e origina o Cysticercus fascicolaris > Gato se alimenta dos tecidos contendo o Cysticercus fascicolaris > no duodeno, Cysticercus fascicolaris desenvolvem- se, originando vermes adultos > após cerca de 40 dias > proglotes com ovos eliminados nas fezes do gato
Quadro clínico em gatos:
Poucos adultos: sem sintomas
Carga parasitária alta: diarréia/ constipação intestinal, apatia
Casos graves: convulsões, ataques epileptiformes e até óbito
Quadro clínico em ratos e morcegos: 
Inaparente
Diagnóstico:
Teníase:
Clínico :
Sinais e sintomas e proglotes nas fezes dos gatos	
Laboratorial:
Exame de fezes dos gatos – ovos e proglotes
Profilaxia:
Tratamento dos gatos ( praziquantel, mebendazol,fenbendazol e diclorofen)
Incinerar as fezes de gatos - destruição das proglotes
Eliminar ratos
Taenia solium
Morfologia:
2 a 3 metros (pode chegar a 8 ou 9 metros);
Cabeça ligeiramente quadrangular;
4 ventosas;
Rostro com 2 séries de acúleos – forma de foice;
Colo curto
Estróbilo – útero das proglotes grávidas com ramificações dendríticas.
Taenia saginata
Morfologia:
Pode chegar a 14 metros de comprimento;
Cabeça quadrangular;
4 ventosas;
Coroa de ganchos ausentes;
Colo longo;
Estróbilo – útero das proglotes grávidas com ramificações dicotômicas
Proglotes:
Jovens (mais largos que longos) – não apresentam órgãos sexuais.
Maduros (tão longos quanto largos) – 1 metro.
Grávidos (mais longos que largos) – finais (útero completamente cheio de ovos) 
Taenia solium – proglotes saem junto com as fezes ou após a defecação, em número de 3 a 6 – pode passar desapercebida pois anéis saem junto com as fezes.
Taenia saginata – proglotes saem ativamente no intervalo das defecações.
Habitat:
Intestino delgado do Homem.
Hospedeiro intermediário: 
T. solium: porco (normal), outros (macaco, cão e o próprio Homem);
T. saginata: bovinos
Ciclo biológico:
Proglotes com ovos (30 a 40 mil até 80 mil T. solium, até 120 mil T. saginata) > ovos com embrião hexacanto ou oncosfera (3 pares de acúleos) > permanecem viáveis por até um ano. Dessecação mata os ovos > no estômago do porco ou do boi, a oncosfera resiste ao suco gástrico graças a sua casca estriada > casca fragmenta-se no suco intestinal > oncosfera migra até os capilares > instala-se nos músculos estriados, músculo diafragmático, cardíaco, cérebro, etc. do porco ou do boi > Cysticercus cellulosae ou C. bovis (sobrevive cerca de 2 anos) > ingestão de carne mal passada ou mal cozida com os cisticercos > fixação do Cysticercus no intestino > 2 a 3 meses
Patogenia:
Teníase: Alteração causada pela presença da forma adulta da T. solium ou T. saginata no intestino delgado do homem
Cisticercose: Alteração causada pela presença da forma larvária da T. solium ou T. saginata nos tecidos dos hospedeiros intermediários
Larvas de T. solium: Podem parasitar hospedeiros intermediários acidentais, como o homem
TRANSMISSÃO DA CISTICERCOSE HUMANA:
Auto-infecção externa – ovos levados à boca a partir de maus hábitos de higiene;
Auto-infecção interna – vômitos ou movimentos retro-peristálticos;
Heteroinfecção – alimentos contaminados.
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA:
Teníase:
Patogenia: Ação tóxica alérgica, hemorragias, destruição do epitélio, inflamação, competição nutricional 
Sintomatologia: tonturas, apetite excessivo, náuseas, vômitos, alargamento do abdômen, dores abdominais (mais ou menos intensas) e perda de peso
Patogenia e sintomatologia:
Cisticercose – de cada 10.000 pessoas:
100 com neurocisticercose
30 com cisticercose ocular
Patogenia: Lesões mais graves. Morte da larva, processo inflamatório e calcificação
Sintomas: Depende da localização 
 Neurocisticercose:
Dores de cabeça com vômitos
Ataques epileptiformes – muito freqüentes
Delírio
Prostração
Alucinações
Ocular:
Perda total ou parcial da visão;
Ás vezes, até perda do olho;
Pode produzir catarata.
Muscular: 
Dor, nas pernas, nuca, região lombar, etc (depende da localização), fadiga e cãibras.
Diagnóstico
Parasitológico (Teníase) – pesquisa de proglotes e mais raramente de ovos nas fezes.
Epidemiologia:
Fatores que influenciam a ocorrência: 
Hábitos alimentares
Deficiência ou ausência de serviço de inspeção de carne
Condições precárias de higiene
Criação extensiva de animais: Contaminação com fezes humanas
Água e alimentos destinados à alimentação humana contaminados com dejetos humanos
Disseminação de ovos de T. solium por moscas e baratas
Acidentes de laboratório
Tratamento:
Várias drogas tenicidas, são usadas no tratamento :
Niclosamida – Medicamento insolúvel na água e não absor-vível pelo intestino. Pratica-mente não apresenta efeitos colaterais. 
Tomar apenas líquidos, desde a véspera, e 2 gramas de niclo-samida de uma só vez em jejum (crianças tomam 1 a 2 gramas), mastigando bem os comprimi-dos.
A taxa de cura fica em torno de 90%, dependendo do grau de micronização do produto.
Praziquantel – Muito efetivo no tratamento das teníases; mas, por ser absorvível pelo intestino, é contra-indicado nos casos de cisticercose (que teriam seu quadro clínico agravado)
Por essa razão, só se recomenda contra T. saginata, na dose de 5-10 mg/kg de peso corporal. Sua eficácia é de 96% de curas.
Mebendazol – Também usado só contra T. saginata, na dose de 200 mg, duas vezes ao dia durante 4 dias.
As sementes de abóbora (200 a 400 gramas, sob a forma de decocto ou trituradas com mel, constituem um tratamento tenífugo recomendado para crianças.
Só a eliminação ou destruição do escólex assegura a cura. Por-tanto, se ele não for encontrado nas evacuações, aguardar cerca de quatro meses para ver se as proglotes não reaparecem, exigin-do novo tratamento.
Cuidado: nenhum tratamento é ovicida.
As medidas de inspeção das carcaças nos matadouros dos grandes centros têm sido praticadas. A seriedade dos critérios adotados na seleção de carnes para o consumo humano são medidas de grande valor, como:
Liberação de carnes adequadas para o consumo da população; 
Tratamentos especiais para as carcaças com cisticerco (salga por 21 dias, defumação, refrigeração a -10°C por 10 dias) ou rejeição total para o consumo humano, podendo haver aproveitamento das carcaças para fabricação de farinha.
Segundo a OMS, o critério para o aproveitamento de uma carcaça num matadouro é o seguinte: 
De um a cinco cisticercos a carcaça pode ser consumida desde que congelada a -5°C por 35 horas ou -15ºC por 45 horas;
De seis até 20 cisticercos, a carcaça só poderá ser consumida se for tratada em enlatados, e cozida a 120°C durante uma hora;
Acima de 20 cisticercos, descartada.

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