Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Química Bacharelado Segundo semestre de 2019 Prof. Fábio Luiz Pissetti UNIFAL-MG Química de Materiais Vidros 2 • Vidros naturais • Podem ser formados quando alguns tipos de rochas são fundidas a elevadas temperaturas e, em seguida, solidificadas rapidamente. • Tal situação pode, por exemplo, ocorrer nas erupções vulcânicas. • Permitiram confeccionar ferramentas de corte para uso doméstico e para defesa. • Alcançaram alto valor ao longo da história, a ponto dos egípcios os considerarem como material precioso. Caderno Temático No2 - Novos Materiais; Química nova na escola; Edição especial – Fevereiro 2001 Vidros 3 • Importantes inovações na arte vidreira antiga Caderno Temático No2 - Novos Materiais; Química nova na escola; Edição especial – Fevereiro 2001 Vidros 4 Vidros 5 Definição • Vidro é um produto inorgânico fundido, baseado principalmente em sílica, o qual foi resfriado para uma condição rígida sem cristalização, formando uma rede tridimensional estendida aleatória, isto é, com ausência de simetria e periodicidade • A sílica é um componente necessário para a formação de um vidro? • Vidros são obtidos somente a partir de compostos inorgânicos? • A fusão dos componentes é necessária para a formação de um vidro? Caderno Temático No2 - Novos Materiais; Química nova na escola; Edição especial – Fevereiro 2001 Vidros 6 Definição Caderno Temático No2 - Novos Materiais; Química nova na escola; Edição especial – Fevereiro 2001 Vidros 7 Definição Caderno Temático No2 - Novos Materiais; Química nova na escola; Edição especial – Fevereiro 2001 Vidros 8 Definição SiO2 cristalino (quartzo) SiO2 amorfo (vidro de sílica) Vidros 9 Formação de vidro – fusão e resfriamento • Este método envolve a fusão de uma mistura dos materiais de partida, em geral a altas temperaturas, seguida do resfriamento rápido do fundido. • Quando as matérias-primas de um vidro se encontram fundidas, suas estruturas guardam grandes semelhanças com aquelas de um líquido. • À medida em que ocorre o resfriamento, o arranjo estrutural interno do material fundido pode trilhar diferentes caminhos, de acordo com a taxa de resfriamento utilizada. Vidros 10 • Taxa de resfriamento lenta produz uma transição vítrea em Tga • Taxa de resfriamento mais rápida conduz a uma transição vítrea em Tgb • Formação do vidro altamente dependente da velocidade de resfriamento • As2S3 : taxa resfriamento crítica de ~3.10-4 K/s-1 (1 K/hora) • Liga Fe80B20 : taxa resfriamento crítica de ~106 K/s-1 Figura adaptada de: Pablo G. Debenedetti and Frank H. Stillinger; Nature 410, 259-267(2001) Resfriamento Vidros 13 Formação - Teorias estruturais • Regras de Zachariasen 1. Nenhum átomo de Oxigênio pode estar ligado a mais de dois átomos 2. O número de coordenação do cátion deve ser pequeno (2, 3 ou 4) 3. Os poliedros devem compartilhar apenas vértices (consequência da primeira regra) 4. Para formar uma rede 3D ao menos três vértices devem ser compartilhados. Vidros 14 Formação - Teorias estruturais Zachariasen - Aplicando a Regra Vidros 15 Formação - Teorias estruturais Zachariasen - Aplicando a Regra • Estruturas Passíveis de Formar Vidros (válido para vidros óxidos) Vidros 16 Formação - Teorias estruturais • Teoria de Sun • Baseada na energia de ligação entre os átomos constituintes dos óxidos nos vidros. • Altas energias de ionização levam a uma maior dificuldade na quebra e ruptura de ligações para a formação de cristais • Altas energias de ligação resultam em líquidos mais viscosos e por isto melhor formadores de materiais vítreos. Vidros 17 Formação - Teorias estruturais • Teoria de Sun Formadores Fundentes Modificadores Fundente Íons formadores de vidro Íon óxido em ponte Óxido terminal Vidros 18 Formação - Teorias estruturais Fundentes: Estes aditivos não formam vidros por si só Os cátions de metais alcalinos preenchem os vazios da estrutura dos silicatos Vidros 19 Formação - Teorias estruturais Modificadores • Não formam vidros a partir deles mesmos, mas formam quando combinados com outros. • Este é o caso da alumina que não pode formar vidros, mas quando se adiciona na forma de aluminossilicatos e fosfatos de aluminossilicatos formam vidros. • O Alumínio pode substituir o silício na estrutura primária dos silicatos retirando os pares de elétrons não-ligantes e formando ligações entre cadeias paralelas • Os modelos estruturais não se aplicam a todas as famílias de vidros • Não existe um modelo universal para explicar a formação vítrea. Vidros 20 Óxidos: B2O3, SiO2, GeO2, P2O5, As2O3, Sb2O3, In2O3, Tl2O3, SnO2, PbO2, SeO2, TeO2, Bi2O3, Al2O3, V2O5 Sulfetos: As2S3, Sb2S3 Selenetos: vários compostos de Tl, Sn, Pb, As, Sb, Bi, Si, Bi Teluretos: vários compostos de Tl, Sn, Pb, As, Sb, Bi, Ge Haletos: BeF2, AlF3, Ag(Cl, Br, I), Pb(F, Cl, Br, I)… Nitratos: KNO3-Ca(NO3)2 e outros sistemas binários Sulfatos: KHSO4 Carbonatos: K2CO3-MgCO3 Ligas metalicas: Au4Si, Pd4Si, Ag… Compostos Orgânicos: Polietileno, tolueno, éter dietilico… Vidros 21 Diagrama Vítreo Journal of Solid State Chemistry; Volume 199, March 2013, Pages 264–270 Vidros 22 Produção http://www.vidrosvillage.com.br/ovidro_processo.htm https://www.youtube.com/watch?v=CCuR_KWjgUk Vidros 23 Formação – Sol-Gel Precursores moleculares são convertidos em partículas de tamanho nanométrico, de modo a formar uma suspensão coloidal ou sol. A condensação do sol produz uma rede de gel. O gel pode ser processado através de vários métodos de secagem (mostrado pelas setas) para o desenvolvimento de materiais com propriedades diferentes. https://www.llnl.gov/str/May05/Satcher.html Vidros 24 Formação – deposição química a vapor Processo de deposição química por plasma Esquema de recobrimento utilizando deposição química a vapor Vidros 25 Aplicações – Vidros eletrocrômicos Vidros 26 Aplicações – Vidros eletrocrômicos Bradley D. Fahlman, Materials Chemistry, Second Edition, Springer Science Business Media B.V. 2011 Vitrocerâmicas 27 Materiais compositos (matriz vitrea contendo cristais) Facilidade de sintese e fabricaçao sob diferentes tipos de forma Propridades opticas dos vidros E Materiais para fotônica: - Optica nao-linear - Luminescência Propriedades termomecânicas dos cristais E Material com comportamento termomecânico melhorado Vitrocerâmicas 28 Propriedade-chave destas vitrocerâmicas: baixo coeficiente de dilatação térmica na região de temperatura de utilização. Coeficiente de dilataçao (expansao) térmica: variaçao de volume em funçao da temperatura→ α (K-1) Dilataçao térmico Difusao térmica (conduçao térmica) Resistência aos choques térmicos Vitrocerâmicas 29 Três técnicas para obter uma vitrocerâmica termicamente: T1 T2T • Tecnicas em 2 etapas : 2 patamares – Nucleaçao (T1) – Crescimento (T2) • Tecnica em 1 étapa : 1 patamar isotermo à Tg < T < Tx • Tecnica sem patamar – rampa de temperatura (1°C/min) até uma temperatura determinada Nucleaçao – crescimento (aspecto cinético) Vitrocerâmicas 30 Vidro Vitrocerâmica Nucleação Crescimento Nucleaçao – crescimento (aspecto cinético) Vitrocerâmicas 31 Aplicações das Vitrocerâmicas Tampa em vitrocerâmica para fogões
Compartilhar