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Manejo Integrado De Lagartas do Genero Spodoptera e Helicoverpa na Cultura do Milho


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ismael da silva arruda
manejo integrado de lagartas Spodoptera frugiperda
 
e Helicoverpa
 zea
 
na cultura do milho
Campo Grande - MS
2019
ismael da silva arruda
manejo integrado de lagartas Spodoptera frugiperda
 
e Helicoverpa
 zea
 
na cultura do milho
Trabalho de C
onclusão de Curso apresentado à Universidade Uniderp - Agrário como requisito
 parcial para a obt
enção do título de graduado em Agronomia.
Orientador: 
Luiz Ferreira
Campo Grande - MS
2019
Ismael da silva arruda
manejo integrado de lagartas Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea na cultura do milho
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Uniderp - Agrárias, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Agronomia
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
 Campo Grande, de de 2019. 
Dedico este trabalho...
Dedico este trabalho a toda minha família, especialmente minha mãe a quem se sacrificou muito para que eu conseguisse chegar até aqui, nessa longa jornada acadêmica.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, pois se não fosse às forças divinas, eu jamais teria conseguido chegar a esta etapa. Agradeço a todos aqueles que acreditaram em mim, e de que eu seria capaz de vencer toda essa luta. Agradeço também a todos os meus professores que sempre foram atenciosos comigo durante a graduação.
"Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão"
Isaías 40:31
ARRUDA, Ismael da Silva. Manejo Integrado de Lagartas Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea na Cultura do Milho: 2019. 39 p. Trabalho de Conclusão de Curso Agronomia – UNIDERP, Campo Grande, 2019.
RESUMO
O Brasil é uma nação que se destaca como um dos maiores produtores de milho do mundo, abaixo apena dos EUA. O país aplica um alto investimento em biotecnologia, para que a produção renda, e também gere uma grande economia para o produtor rural. Com sua grande produção de milho, 87% são para abastecimento interno, como conversão alimentar de animais e outros produtos. Para que se tenha uma excelente produção, o produtor de milho deve aplicar alguns métodos que será de grande ajuda, de grande economia, e que seja aceitável pela sociedade, uma delas é o Manejo Integrado De Pragas (MIP). Apesar de o milho ser uma cultura que apresenta grande valor na renda do país, a produção em todas as áreas sofre com o ataque de pragas, como por exemplo, o ataque das lagartas Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea, que são uma das principais pragas que causam prejuízos de bilhões na produção de milho no país. Através de grandes estudos, esse prejuízo diminuiu com a aplicação do MIP. A idéia desse método é controlar essas pragas sem que tenha muitos gastos, de uma forma sustentável e aceitável, e que não agrida o meio ambiente, e ainda conseguimos conservar nossa biotecnologia por um longo período, e para que essas pragas sempre sejam suscetíveis a elas.
Palavras-chave:	Praga;		Milho;		Controle;	Lagarta;	MIP.	
ARRUDA, Ismael da Silva. Manejo Integrado de Lagartas Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea na Cultura do Milho: 2019. 39 p. Trabalho de Conclusão de Curso Agronomia – UNIDERP, Campo Grande, 2019.
ABSTRACT
Brazil is a nation that stands out as one of the largest maize producers in the world, just below the US. The country is investing heavily in biotechnology, so that production yields and it also generates a big savings for the farmer. With its large corn production, 87% is for domestic supply, such as feed conversion of animals and other products. In order to have an excellent production, the corn producer must apply some methods that will be of great help, of great economy, and that is acceptable to society, one of them is Integrated Pest Management (MIP). Although maize is a crop that has great value in the country's income, production in all areas suffers from pest attacks, such as the attack of the Spodoptera frugiperda and Helicoverpa zea caterpillars, which are one of the main pests that cause pests. cause billions of losses in corn production in the country. Through large studies, this impairment has decreased with the application of MIP. The idea of ​​this method is to control these pests in a cost-effective, sustainable and environmentally friendly way, and we can still conserve our biotechnology for a long time, so that these pests are always susceptible to them.
Key-words:	Prague;	Corn;		Control;	Caterpillar;	MIP.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Bases e pilares de um programa de manejo integrado de pragas	.18
Figura 2 – Gráfico de densidade de população de insetos.......................................19
Figura 3 – Danos causado pela lagarta-do-cartucho na lavoura de milho	.23
Figura 4 – Limbo foliar de milho consumida pela lagarta-do-cartucho	.23
Figura 5 – Spodoptera frugiperda dentro do cartucho do milho................................23
Figura 6 – Principal característica de uma Spodoptera frugiperda.	.25
Figura 7 – Momento da eclosão da lagarta Spodoptera frugiperda..........................26
Figura 8 – Esquema do ciclo da lagarta Spodoptera frugiperda...............................27
Figura 9 – Estádios de ataque das pragas................................................................28
Figura 10 – Ovo de uma Helicoverpa zea no estigma do milho................................29
Figura 11 – Lagarta-da-espiga com seus segmentos destacados............................30
Figura 12 – Presença de tubérculos no 1°,2° e 8° segmento com micropelos.........30
Figura 13 – Periodo de incubação do ovo de Helicoverpa zea.................................31
LISTA DE quadros
Quadro 1 – Ciclo completo da Helicoverpa zea	31
Quadro 2 – Químicos que podem ser usados no controle da lagarta-do-cartucho	33
Quadro 3 – Agentes biológicos que podem controlar a lagarta-da-espiga	34
Quadro 4 – Químicos para controle da lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea)	35
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABNT	Associação Brasileira de Normas Técnicas
BNDES	Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
IBGE	Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBICT	Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
NBR	Norma Brasileira
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Na safra de milho, existem malefícios desde o momento da semeadura até a colheita do agricultor. Destacam-se problemas com insetos-pragas, algumas delas atacam o sistema radicular e outras atacam a parte aérea, como por exemplo, colmos, folhas e espiga, o que também é mais fácil de ser identificado.
O tema tem a importância em mostrar aos agricultores meios de controle economicamente sobre as lagartas desde o plantio até a colheita do milho. Levando em consideração que este trabalho não demonstra apenas um só controle, e sim todos os controles que existe no Manejo Integrado de Pragas (MIP).
É importante também caracterizar no trabalho que o uso excessivo e imprudente de agroquímicos pode trazer problemas futuramente, como por exemplo, a resistência de pragas e impactos ambientais.
Quais técnicas no manejo integrado que os produtores de milho podem estar utilizando no controle das lagartas?
Portanto, o objetivo geral deste trabalho será demonstrar todas as técnicas utilizadas no sistema de Manejo Integrado de Pragas (MIP) e analisar qual será o mais eficiente para o controle de lagartas que atacam acultura do milho. Sendo que o objetivo específico foi contextualizar e apresentar diferentes tipos de controle sobre as lagartas do gênero Spodoptera spp e Helicoverpa spp. Apresentar todos os manejos, controles e de como prevenir o
ataque dessas lagartas no milho, e através de seus comportamentos, e buscarem as medidas de controle mais eficiente sobre a praga.
Para consecução do trabalho, serão realizadas pesquisas em livros, artigos científicos, teses, dissertações e afins, em bases de dados assim como Google Acadêmico, Scielo, Scopus e bases de dados estatísticos do governo como EMBRAPA e IBGE.
O MANEJO INTEGRADO DE pragas NA CULTURA DO MILHO.
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) vem sendo estudada desde a década de 1960 por cientistas, para que se tenha o controle de pragas agrícola (doenças, ácaros, insetos e plantas daninhas). O termo refere à utilização do MIP como uma ferramenta de controle nas lavouras cultivada no país. Vêm com a utilização de agentes patogênicos, insetos predadores, tratos culturais e manipulação genética do hospedeiro (PROMIP, 2019)
O MIP na cultura do milho é uma técnica utilizada para que mantenha as pragas mais agressivas sempre abaixo do nível de dano econômico. É uma alternativa que visa à diminuição de químicos seguindo junto de custo, e tem por resultado em diminuir a resistência de pragas sobre agroquímicos utilizados nas lavouras, e reduzir impactos ambientais pelo uso excessivo e inconsciente de princípios ativos que prejudicam a saúde humana (TAGUCHI, 2014).
O Manejo Integrado De Pragas (MIP) pode ser considerado como um método inteligente, que pode trazer consequências favoráveis, economicamente positivas, ecologicamente sustentáveis e aceitáveis pela sociedade, segundo Fernando Hercos Valicente (2015).
No MIP, existe uma base em que se tornam uns dos fatores de grande importância para se dar início ao controle de pragas, que são os conhecimentos da taxonomia do indivíduo, biologia de seu ciclo, ecologia da biodiversidade local identificando quais são as pragas mais agressivas, e quais são os inimigos naturais que defendem a lavoura de milho, e ter o conhecimento do agro-ecossistema, arrecadando condições normais para seu equilíbrio e sua fisiologia, e por fim fazer o monitoramento da área com indicio de saber se está em nível de controle ou nível de dano (TORDIN, 2014)
Quando se faz o monitoramento e a densidade de lagartas alcançarem o nível de dano econômico, deve-se tomar uma decisão de qual controle a ser usado na lavoura, e se deve ser usado alguns dos controles dos pilares do MIP. Os controles dos pilares do MIP são: controle cultural, biológico, comportamental, genético, varietal e por última opção o controle químico, que ao ser usado deve ser na dose recomendada, e ser seletivos a inimigos naturais e insetos polinizadores; também deve ser rotacionados o seu princípio ativo para que não ocorra resistência da praga sobre o produto (TORDIN, 2014).
A base principal do MIP é fazer o monitoramento da praga na cultura do milho, apontando quais são as pragas primarias e praga secundaria, e identificar quais são os controles mais adequados para cada espécie de praga que ataca o milho, e em quais épocas do ano e freqüência que as pragas aparecem na lavoura de milho. Com isso sabem-se quando e quais são os métodos a serem aplicados para o controle das pragas do milho (VALICENTE, 2015).
O processo visa fazer uma tomada de decisão no controle de lagartas, e decidir qual é o momento exato a se aplicar o controle do MIP sobre as pragas mais severas e se são ou não seletivas a inimigos naturais. O monitoramento pode ser feito para todos os tipos de pragas, desde as pragas solo, pragas de colmos, pragas de folhas e pragas de espiga (VALICENTE, 2015) 
O MIP não tem por objetivo em eliminar as pragas causadoras de danos, mais sim em manter em equilíbrio com a biodiversidade, fazendo assim também que permaneçam presente os inimigos naturais, que podem favorecer a plantação de milho com a predação das lagartas, definindo a volta do equilíbrio ecológico desfeito na ação do homem com o uso imprudente de agroquímicos. Para que ocorra um controle de sucesso, o produtor e até mesmo o engenheiro agrônomo deve ter o conhecimento de todo o sistema de plantação de milho, e todo o conhecimento de cada praga agressora, junto de seus inimigos naturais, e sobre o ambiente em que será plantado o milho (WWF, 2018).
No ponto de vista técnico, o agricultor deve se preocupar mais com a reação das pragas futuramente sobre o defensivo que vem utilizando em toda safra, pois a praga que ataca pode adquirir resistência ao produto, e faz com que elimine seus inimigos naturais que o protegem da infestação com o uso excessivo de químicos (CRUZ, 1999).
Esses fatores ultimamente têm sido responsável pelo aumento do ataque de lagartas, permitindo que seja mais severa em danos da plantação de milho. Portanto é muito importante que conheçam todas as qualidades dos princípios ativos de cada inseticida, fazendo com que tenham um controle eficiente, não só na primeira safra, e sim para as safras futuras também (CRUZ, 1999).
No uso de agentes químicos, é necessário sempre optar por inseticidas que atinge a fisiologia do indivíduo, com uma aplicação especifica para aquele tipo de espécie que está causando danos, como por exemplo, a lagarta-do-cartucho do milho, que fica dentro do cartucho (VALICENTE, 2015).
O Tratamento de sementes é uns dos fatores importantes no MIP, visando o controle de pragas de solo e pragas iniciais na cultura do milho, principalmente em áreas que tem alto índice de ataque de pragas no milho (VALICENTE, 2015).
Ao longo dos anos, diversas tecnologias vêm sendo aplicados para o controle de lagartas, houve uma grande evolução do sistema de controle. O milho Bt (Bacillus thuringiensis) se tronou a peça chave no controle de lagartas, seguindo junto o controle biológico, que são grandes ferramentas que se tornou de alto controle na plantação de milho, como por exemplo, o uso do Baculovirus (VALICENTE, 2015).
O ataque de pragas pode estar relacionado com a região que cultivo de milho é cultivado de modo continuo, no caso em regiões tropicais, principalmente na época de plantio do milho safrinha, que vai de janeiro, fevereiro e março, dependendo da região do país. Em regiões em que não se têm intervalos de plantio, faz com que a migração de insetos-pragas, vai de uma lavoura para outra, permitindo assim que tenha sempre diversas ofertas de alimentos durante o ano todo, assim atacando várias culturas de diversas propriedades do campo (VALICENTE, 2015).
No controle de pragas para que se tenha uma boa produtividade, não é fundamental a eliminação completa dos indivíduos e sim a redução de seus danos. A praga estando em baixa densidade, já é o suficiente para a sobrevivência de seus inimigos naturais (CRUZ, 1999).
O controle de pragas no MIP se tornara um desafio muito maior nas gerações futuras, muito mais que na implantação inicial da cultura de milho, o que vai fazer com que as aplicações de químicos serão reduzidas em até 80% no controle de pragas do milho (GAZZONI, 2012).
 TIPOS DE CONTROLE NO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS
Os alicerces do MIP é um conjunto de medidas em que o agricultor ou o engenheiro agrônomo irá observar antes da tomada de decisão no controle de pragas. Os alicerces são a base de todos os controles do MIP, envolvendo taxonomia, monitoramento, identificação de danos e agroecossistema, que nada mais é que conjunto abiótico do local. Os pilares (FIGURA 1) do MIP são aqueles que usam como controle de pragas (HENRIQUE; RAMIRO, 2019).
FIGURA 1: Bases e pilares de um programa de manejo integrado de pragas
Fonte: PROMIP, 2019.
A decisão a se tomar em uma lavoura de milho contra o ataque insetos é fundamentalmente e extrema importância no controle de pragas. Portanto é necessário o monitoramento da lavoura de milho do início de plantio até a colheita, para que estimamos a quantidade de ataque e severidade da infestação de lagartas (WWF, 2018).
Se a praga estiver em Nível de Equilíbrio (NE), significa que o inseto ainda não se tornou praga, ou seja, ainda está em equilíbrio na área. Quando a densidade de praga atingir a o nível de controle (NC) é de recomendação adquirir
uma das medidas de controle no MIP, e decidir qual será o de melhor manejo (FIGURA 2). Ou seja, recomendar algum dos manejos dos pilares do MIP (FIGURA 1). Se a caso a densidade de pragas aumentarem, e conseguir chegar em Nível de Dano Econômico (NDE), dificilmente o produtor terá o controle da praga, trazendo um prejuízo de mais de 80% de sua safra (HENRIQUE; RAMIRO, 2019).
FIGURA 2: Gráfico de densidade de população de insetos.
Fonte: PROMIP, 2019
Os controles recomendados dos pilares no Manejo Integrado de Pragas são: Controle cultural, controle comportamental, controle varietal, controle genético, controle biológico e controle químico (HENRIQUE; RAMIRO, 2019).
No controle cultural, é utilizado como forma de prevenção e de permanência na lavoura de milho. Independente se existe ou não a praga. Visa reduzir a disposição de alimentos para as pragas do milho, evitando que a incidência desses indivíduos aumente na entressafra. Nos métodos de controle cultural temos: Plantio direto, adubação e irrigação equilibrada, podas, eliminação de restos de cultivo, escolha da época certa de plantio, rotação de culturas (HENRIQUE; RAMIRO, 2019).
No controle comportamental, faz o uso de semioquímicos, armadilhas, feromônios e plantas repelentes. O uso de feromônios pode ser usado junto das armadilhas, assim o inseto macho é capturado por enganação do seu instinto de se acasalar, fazendo com que também não tenha encontro com as fêmeas. As armadilhas podem ser luminosas, daquelas que atraem insetos de hábito noturno, principalmente as mariposas que oviposita novos ovos gerando novas lagartas. Também tem armadilhas adesivas, que é composto por uma resina que prende o inseto nela assim que o inseto encosta nela (HENRIQUE; RAMIRO, 2019).
No controle varietal, é determinado pelo uso de variedade transgênica. Variedade transgênica são aquelas que foram geneticamente modificados adquirindo a proteína Bt (Bacillus thuringiensis), que funciona como um inseticida para o manejo de pragas. Para que esse método ocorra com excelência, algumas medidas devem ser tomadas antes da escolha do hibrido ou cultivar. A primeira é que o produtor ou o agrônomo deve saber qual variedade é recomendada para sua região e qual a que se adapta a região. O segundo é que o produtor deve sempre seguir as recomendações de manejos e práticas agronômicas, com o objetivo da praga não adquirir resistência a essa tecnologia (HENRIQUE; RAMIRO, 2019).
No controle genético, as pragas são controladas por meio de outros indivíduos geneticamente modificados no seu genoma. Essa pratica é pouca utilizada no MIP, mais é uma prática bem seletiva e objetiva na redução dos indivíduos pragas, pois aqueles que são geneticamente modificados iram concorrem com outros machos que não são transgênicos para a manipulação de fêmeas (HENRIQUE; RAMIRO, 2019).
No controle biológico, é fundamental na preservação de inimigos naturais para o controle de pragas. Efetua-se a liberação de predadores ou parasitas no local, para que tenha a dominância das pragas que causam danos à plantação de milho. No controle biológico, podem também ser utilizados inseticidas com formulação Bt ou também o uso de baculovírus. Para a conservação de inimigos naturais, é de grande indicação utilizar químicos seletivos que atinjam direto no alvo e que tenha pouco efeito nos inimigos naturais (HENRIQUE; RAMIRO, 2019).
No controle químico, o uso de inseticida no campo não deve ser prejudicial aos inimigos naturais e insetos polinizadores da biodiversidade, deixando-os vivos. Para que não ocorra desequilíbrio ecológico e resistência de praga ao agroquímico, deve sempre saber qual é o tipo de praga que está causando dano e indicar um produto especialmente para ele, e fazer rotação de princípios ativos e de modos de ação sobre a praga (HENRIQUE; RAMIRO, 2019).
DANOS, HABITOS, CARACTERISTICAS E CICLO DAS LAGARTAS SPODOPTERA E HELICOVERPA
Dezenas de pragas atacam a cultura do milho, mais poucas apresentam como principal praga-chave de difícil controle, que causam danos muito significativos a economia do produtor de milho. O que se torna muito preocupante em relação da falta de informações ao produtor, e com isso acaba acarretando o manejo inadequado da praga (BARROS, 2012)
Geralmente as lagartas que atacam a cultura do milho têm por seu habito de colocar seus ovos no estilo-estigma do milho, popularmente conhecido como “cabelo” do milho. As lagartas também têm por sua vez em colocar ovos nas folhas do milho em seu estádio vegetativo (CRUZ, 1999)
As pragas têm uma grande importância no controle quando se ataca o milho diretamente na espiga, levando em consideração um alto nível de dificuldade no controle sobre a mesma. Nos Estados Unidos, os agricultores nortes americanos fazem intervalos de até 24 horas com inseticidas, com isso fazendo com que traga mais resistência, e ainda eliminam os insetos benéficos que existe na lavoura de milho, o que controlam essas pragas em termo biológico. Isso faz também com que aumente mais o custo de aplicação e ainda prejudica o meio ambiente com resíduos tóxicos (CRUZ, 1999)
Para que o produtor consiga evitar a incidência de pragas na plantação de milho, ele deve seguir todos os procedimentos incluídos no manejo integrado de praga (MIP), e fazer o monitoramento preventivo da fazenda antes de uma tomada de decisão, para que a praga não entre em nível de dano na lavoura, alem de permitir decisões que não causa impactos ambientais. Se não fizer o monitoramento de densidade de lagartas, não há como aplicar o MIP nas pragas (AGROCERES et. al., 2019).
Para o controle de lagartas, o agricultor deve aplicar todos os métodos cabíveis para controle de lagartas no ambiente de produção. De forma consciente, deve-se usar todas as ferramentas existente no MIP, para se ter uma produção desejada e uniforme (AGROCERES et. al., 2019).
 DANOS DA LAGARTA-DO-CARTUCHO (Spodoptera frugiperda)
É a praga mais importante da cultura do milho e pode ocorrer em todos os estágios da cultura e seu prejuízo e de 15 a 37% durante a safra (Figura 3). Sua oviposição é feita na parte superior da folha, em “massa” composta por várias camadas. Cada massa depositada pela lagarta fêmea contém 100 a 150 ovos. Em média uma fêmea coloca de 1800 a 2100 ovos (NALIN, 1991).
Na cultura do milho, a lagarta Spodoptera frugiperda, tem o milho como seu preferido, a lagarta tem sua preferência não só pelo cartucho, mais também na espiga e no enchimento dos grãos. Para se ter o controle dessas pragas, o produtor deve-se ter seu planejamento para medidas de ações de manejo, começando fazendo um monitoramento da praga na lavoura (AGROCERES et. al., 2019).
No Brasil, um dos principais problemas na cultura do milho é a lagarta, além de serem pragas de classificação primária, são as pragas que causam um alto percentual de perdas na produção de milho. Um dos principais fatores que favorecem o surto dessas pragas, é o numero excessivo de hospedeiros ao longo dos anos, levando em consideração áreas irrigados de milho no inverno seco (AGROCERES et. al., 2019).
O produtor de milho deve saber que em áreas com cultivos de culturas diferentes, pode estar favorecendo a lagarta Spodoptera frugiperda para a próxima safra. Por exemplo, ao sair da cultura de inverno, a lagarta permanecera para o próximo cultivo, ou seja, sair do milho e entrar com soja. Com isso a lagarta permanecerá para próximo ataque, favorecendo seu movimento entre os cultivos, levando em consideração coberturas de entressafra, um exemplo o milheto (AGROCERES et. al., 2019).
A densidade de lagartas nos milho varia conforme o ano e o local, porem as populações que mais prejudica o milho tem mais incidência no cerrado. De acordo com o local, a Spodoptera frugiperda se prolifera mais nas regiões secas e em cultivos de baixa precipitação (JUSTINIANO, 2019).
A larva de primeiro instar geralmente consome o tecido verde de um lado da folha, deixando intacta a epiderme membranosa do outro lado. Isto é uma boa indicação da presença de larvas
mais jovens na cultura do milho, uma vez que são poucos insetos que apresentam hábitos semelhantes a estes (BARROS, 2009)
FIGURA 3: Danos causados pelas Lagarta-Do-Cartucho na lauvora de milho.
Fonte: UFV, 2016
 HABITOS DA LAGARTA-DO-CARTUCHO (Spodoptera frugiperda)
Segundo Ivan Cruz (1995), as lagartas quando eclodidas começa se alimentando da casca do seu ovo (córion), em seguida se mantém em repouso em um período de mais ou menos 2 a 10 horas. Após esse período, ela procura por seu hospedeiro e começa a se alimentar das partes mais suculentas das plantas, de início deixando as folhas “raspadas”. Quando muda de instar, ela começa a perfurar as folhas deixando orifícios foliares causando injúrias (Figura 4).
A lagarta-do-cartucho tem seu comportamento canibal, é encontrada apenas uma delas em cada cartucho (Figura 5). A fase de pupa ocorre no solo e varia de 10 a 12 dias em épocas quentes do ano (CRUZ, 1992).
Geralmente a lagarta Spodoptera frugiperda começa a atacar na fase inicial do milho, e vai de VE até R4 (Figura 9). Ataca a planta inicialmente pelo colo, cortando toda a base da planta, o que causa perda da planta. As lagartas não são muito fáceis de ver durante o dia, pois tem hábitos noturnos (JUSTINIANO, 2019).
Muitas vezes, a Spodoptera frugiperda é confundida com a Helicoverpa zea em seus ataques, pois ambas atacam a espiga do milho. Existe um comportamento em que destaca cada uma das espécies, a primeira delas é que a Spodoptera frugiperda pode perfurar qualquer parte da espiga de milho. Já a Helicoverpa zea têm preferência em se alimentar apenas dos “cabelos” do milho e a da ponta da espiga (MOREIRA; ARAGÃO, 2009).
FIGURA 4: Limbo foliar de milho consumida pela Lagarta-Do-Cartucho.
Fonte: EMBRAPA, 2019
FIGURA 5: Spodoptera frugiperda dentro do cartucho do milho.
Fonte: PHYTUS, 2019
 CARACTERISTICAS DA LAGARTA-DO-CARTUCHO (Spodoptera frugiperda)
A lagarta completamente desenvolvida mede cerca de 4 cm, com coloração variável de pardo-escura, esverdeada até quase preta e com um “Y” invertido na parte frontal da cabeça (Figura 6). A presença da lagarta no interior do cartucho pode ser indicada pela quantidade de excrementos ainda frescos existentes na planta ou abrindo-se as folhas e observando-se as lagartas possuem a características principais (CRUZ, 1992).
FIGURA 6: principal característica de uma Spodoptera frugiperda
Fonte: MONSOY, 2019
As lagartas quando se reproduzem, depositam seus ovos na parte inferior da folha de milho e depois cobrem com seu próprio “pelo” ou “escamas”, para proteger seus ovos até o momento da eclosão (Figura 7). Isso comprova toda a teoria de que a lagarta tem hábitos noturnos, pois se escondem dentro do cartucho, e também preferem que seus filhotes nasçam da mesma forma (MOREIRA; ARAGÃO, 2009).
FIGURA 7: Momento da eclosão da lagarta Spodoptera frugiperda
Fonte: MOREIRA; ARAGÃO, 2009
 CICLO DA LAGARTA-DO-CARTUCHO (Spodoptera frugiperda)
Os ovos tem coloração de esverdeado-claro próximo de um alaranjado suave, e são colocados de 200 a 300 por planta. Sua eclosão acontece no 3° dia em uma temperatura de mais ou menos 25°C (BIOCONTROLE, 2019).
A lagarta inícia sua alimentação a partir desta fase, se alimentando da casca do próprio ovo, e depois começa a raspar as folhas mais novas do milho, deixando apenas a película da membrana. Isso têm uma duração de mais ou menos 12 dias após a eclosão. Quando a lagarta chega a mais ou menos 5 cm, possui hábito canibalismo sobre as outras, além de também consumirem as folhas do milho abrindo bruracos, causando injúriras nas plantas. Ao longo se seus instares, a lagarta começa a consumir também a espiga e o cartucho do milho. Sua fase de lagarta dura de 12 a 30 dias (BIOCONTROLE, 2019).
Quando se encerra sua fase de lagarta, ela sai de dentro do cartucho do milho e vai em direção ao solo, onde começa sua fase de pupa, onde se torna uma cápsula de mais ou menos 1,5 cm com uma cor avermelhada próximo de um amarronzado. A fase de pupa dura de 10 a 12 dia no solo (BIOCONTROLE, 2019).
Depois de ter passado por sua metamorfose no solo na forma de pupa, a lagarta se transforma em mariposa, com mais ou menos 3,5 cm de ponta a ponta das asas, e possue uma coloração dorsal de parda-escura e coloração posterior em branco-acinzentado com pontos claros no centro das asas. Um adulto dura em média 12 a 15 dias (BIOCONTROLE, 2019). 
FIGURA 8: Esquema do ciclo da lagarta Spodoptera frugiperda
Fonte: LAVOURA10, 2018
 DANOS DA LAGARTA-DA-ESPIGA (Helicoverpa zea)
A Helicoverpa zea, popularmente é conhecido como lagarta-da-espiga. É uma praga primária, então de extrema importâcia, pois causa sários danos a produção de milho. Além de atacar várias outras culturas. Essa espécie só existe na américa, e vem de origem mexicana. Nas plantações de milho do Brasil, o seu ataque é muito confundido como de outras lagartas (LIGIA, 2018).
Essa praga pode causar sérios danos a produção de milho, fazendo levar a uma perca de até 8,4% da dos grãos de milho, além de aprodrecer a espiga, faz com que se torne uma porta de entrada para outras praga e doenças (BARBOSA; BESERRA; DANTAS, 2008).
No Brasil, a infestação dessas pragas pode chegar até 96%, separando 8,4% só de seus danos em cada lavoura localizada. Esse valor prejudicial de cada plantação, é dividido em 2,1% para os grãos que serão comidos por elas na fase leitosa, deixando então mais 2,0% na espiga que estaram podres e 4,3% são de falhas em toda a lavoura (KOPPERT, 2019).
 HABITOS DA LAGARTA-DA-ESPIGA (Helicoverpa zea)
De acordo com (LIGIA, 2018), a lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) faz seus atacaque em período noturno. Começa se locomover no final da tarde, onde a temperatura e umidade favorecem o seu ambiente de ataque e contribuem para seu desenvolvilmento. Na cultura do milho, a praga tem sua importância nos estádios R1 a R4 (Figura 9).
Pragas primárias
Helicoverpa zea 
(R1 - R4)
Spodoptera frugiperda 
(V0 - R4)FIGURA 9: Estádios de ataque das pragas
Fonte:
 AGROCERES, 2019
No momento de sua reprodução, as lagartas fêmeas depositam seus ovos em qual parte da planta, mais têm interesse maior em colocar seus ovos nos “cabelos” do milho (Figura 10). Uma fêmea coloca em média 1000 ovos durante todo seu ciclo de vida, mais geralmente coloca 1 ou 2 ovos por planta. Os ovos eclodem em 3 a 4 dias, e quando nascem, já começa a consumir a planta imediatamente (BARROS, 2012).
A lagarta-da-espiga é um inseto polífago, ou seja, se alimentam de varias outras culturas além do milho, o que permite o sucesso da praga em seu ataque, procurando por outros hospedeiros o que a deixa sempre se reproduzindo (FERNANDES; ALVES; 2019)
FIGURA 10: Ovo de uma Helicoverpa zea no estigmado milho.
Fonte: LAVOURA 10, 2018
 CARACTERISTICAS DA LAGARTA-DA-ESPIGA (Helicoverpa zea)
A sua coloração é bem variada. O que caracteriza mesmo a lagarta de ser uma Helicoverpa zea são tubérculos presente em algum de seus segmentos (1°, 2° e 8°) com pintas, e no centro existe micropelos que pode ser vistos por uma lupa (Figura 11). A larva em todo seu instar pode medir até 3,5 cm de comprimento (SEMINIS, 2017).
FIGURA 11: Lagarta-da-espiga com seus segmentos destacados
Fonte: SEMINIS, 2018
Na fase larva, o inseto possui características únicas como faixas longitudinais, com cores distintas que pode ser marrom, rosa ou preto e com uma cabeça de pode ser um marrom-avermelhada ou amarelo, e seus espiráculos são bem escuros e bem visíveis (KOPPERT, 2019).
FIGURA 12: Presença de tubérculos no 1°, 2° e 8° segmento com micropelos.
Fonte: EMBRAPA, 2019
 CICLO DA LAGARTA-DA-ESPPIGA (Helicoverpa zea)
	Os ovos de preferência é colocado na parte adaxial da planta, ou até mesmo nos cabelos da espiga. Os ovos de início apresentam uma coloração de branco-amarelada com um brilho diferenciado, e possui faixas longitudinais (Figura 12). Quando chega no momento de eclosão, o ovos passa a ser marrom escuro. A incubaçao
dos ovos duram em média 3 dias com temperatura de 25°C (FERNANDES; ALVES; 2018).
FIGURA 13: Período de incubação do ovo da Helicoverpa zea
Fonte: AGROCERES, 2019
O ciclo completo da Helicoverpa zea dura em torno de 40-45 dias, com seu período larval que dura em torno de 28 dias com todas suas fases de instares, e pode ter em um ano mais de cinco gerações. Durante essa fase a lagarta é bem agressiva, o que também classifica ela com hábitos canibalismo (CULTIVAR, 2018).
Quando a larva encerra sua fase de instar, ela se dirige até o solo e entra na fase de pupa, onde ficará enterrada em um casulo por 12 dias no máximo, finalizando como um inseto adulto (CULTIVAR, 2018).
Quadro 1: Ciclo completo da Helicoverpa zea.
	OVOS
	0 - 3 dias
	LAGARTA
	13 - 25 dias
	PUPA
	10 - 15 dias
	MARISPOSA
	6 dias
Fonte: SEMINIS, 2017
CONTROLE NO MANEJO INTEGRADO PARA AS LAGARTAS CAUSADORAS DE DANOS
CONTROLE LAGARTA-DO-CARTUCHO (Spodoptera frugiperda)
No controle cultural da lagarta-cartucho do milho, o plantio direto é muito eficiente, pois assim a pupa fica exposta no solo, fazendo com que diminua a emergência dos adultos (VALICENTE, 2015)
Já no controle comportamental exige primeiramente saber a fisiologia do inseto, para que use a tática de comportamento sobre o indivíduo. Inseto dessa espécie usa seu feromônio para se comunicar com outro inseto da mesma espécie. Com isso aplica-se sobre o comportamento do inseto, o uso de substâncias artificiais própria para aquele tipo de espécie. Por vias das dúvidas, também é ótimo para o monitoramento em grande densidade, e também o controle do inseto (VALICENTE, 2015).
No controle genético, opta-se pela tecnologia Bt, pois é o melhor hibrido para se controlar a lagarta-do-cartucho. Na utilização de híbridos geneticamente modificados, é necessário nos atentar na frequência que serão usados esse hibrido, pois já existem relatos em que a proteína inserida no hibrido já começou a ser suscetível a lagarta, ou seja, já está perdendo seu potencial genético. Esta opção do MIP, é de grande recomendação que faça rotação de cultivares e de cultural, e que respeitem os períodos para poder entrar com o controle (VALICENTE, 2015).
O controle biológico da lagarta-do-cartucho pode ser defendido com alguns indivíduos que possa usar como os parasitóides (insetos da família Ichneumonidae, Braconidae, Tachinidae, Trichogramma), Predadores (Carabídeos, Percevejos, Tesourinha) e por fim alguns patógenos (Fungos do gênero Noemuraea sp., Beauveria sp.; Vírus da poliedrose nuclear, Vírus da Granulose, Baculovírus).
Os indivíduos entopatogênicos, são recomendados para ser usados em áreas de refúgio de milho Bt (VALICENTE, 2015).
O controle biológico seu uso se torna desejável, pois são muito compatíveis com os outros inimigos natural da área, e também não causa risco algum para os seres humanos. Sem contar que na utilização pode-se deixar de se preocupar, pois não polui nascente e não tem nível toxicológico sobre os aplicadores, e também trazem um alto valor agregado para o produtor (VALICENTE, 2015).
No controle químico, antes de iniciar o controle químico, é necessário primeiramente fazer o monitoramento da cultura, se a planta tiver 10% de plantas atacada (folhas raspadas), essa situação será classificada como dano econômico. Nessa fase, as lagartas estarão com 7-8 mm de comprimento (BARROS, 2009).
Os grupos químicos de inseticidas recomendados para um controle eficiente são os Carbamatos (carbaril, metoril), Organofosforados (triazofós, triclorfon, Parathion metílico), Piretróides (permetrina, lambdacialotrina), inibidores da síntese de quitina (Lufenuron, Diflubenzuron, triflumuron, novaluron, clorfuazuron) e por fim as Espinosinas (Espinosade), (BARROS, 2009)
Esses são alguns dos grupos utilizados no controle da lagarta-do-cartucho. Lembrando que a rotação de ingredientes ativos torna o inseticida mais eficaz e de longo prazo. Levando em consideração que rotacionando faz com que diminui a suscetibilidade dos inseticidas.
No caso de ocorrências de lagartas cortando plantas, as medidas de controle devem ser mais rápidas, uma vez que danos elevados diminuem o estande final da cultura, neste caso o jato de pulverização deve ser direcionado para a base das plantas, dando-se preferência para aplicações noturnas com alto volume de calda (BARROS, 2009).
Quadro 2: Químicos que podem ser usados no controle da lagarta-do-cartucho.
	GRUPO QUIMICO
	INGREDIENTE ATIVO
	Carbamatos
	Carbaril, metoril
	Organofosforados
	Triazofós, triclorfon, Paration
	Peretróides
	Permetrina, Lambdacialotrina
	Espinosinas
	Espinosade
	Inibidores da quitina
	Lefunuron, Diflubenzuron, Triflumuron, Novaluron, Clofloazuron
Fonte: BARROS, 2009
 CONTROLE DA LAGARTA-DA-ESPIGA (Helicoverpa zea)
No controle cultural é recomendável que tire a ponta da espiga com um facão ou até mesmo arranque a planta por inteiro, assim evita que a praga se espalhe para os outros hospedeiros, evitando também infestação maior na lavoura. Esse método é de difícil visualização, e o produtor deve investigar o lote por inteiro, fazendo esse processo de espiga por espiga PEREIRA et al. (2015)
No controle comportamental o usa-se feromônios da fêmea para confundir os machos e evitar acasalamentos da espécie. O que também ajuda a evitar acasalamentos de espécies que se tornaram resistente, assim evitando a multiplicação desses indivíduos, pois diminui a proliferação de insetos de genética resistente a defensivos de milho (MORAES, CARVALHO, 2011)
No controle genético deve-se procurar por cultivares que formem um bom com cobrimento da espiga, uma que cubra bem a espiga com sua palhada. Embora as plantas transgênicas (Bt), também são benéficas para o controle de lagartas no milho. Por isso, para que não tenha resistência de insetos sobre as plantas transgênicas, é necessário que faça uma área de refúgio. Assim o inseto é controlado nessa área sempre que atingir 20% de dano (AVILA et al. 2013).
No controle biológico da lagarta-da-espiga usam-se predadores como a tesourinha (Dorus luteipes) e a vespa Trichogramma, e alguns entopatogênico como o Baculovirus, Nomuraea, Beauveria bassiana e também Bacillus thuringiensis. Quando a planta já estiver com a presença de ovos, é recomendável que faça a distribuições desses indivíduos pela lavoura. Esses predadores irá se alimentar dos ovos das lagartas (CRUZ, 1992).
Quadro 3: Agentes biológico que podem controlar a lagarta-da-espiga.
	CLASSIFICAÇÃO
	NOME COMUM
	NOME CIÊNTIFICO
	Predador
	Tesourinha
	Dorus luteipes
	Predador
	Vespa
	Trichogramma
	Entopatogênicos
	Vírus
	Baculovirus, Beauveria bassiana, Nomuraea
Fonte: CRUZ, 1992
Já no controle químico, é recomendada a utilização de alguns princípios ativos como o Carbaril (1.200g de i.a./ha), Metomil (215 a 430g de i.a./ha), Paration Metílico (600 a 900g de i.a./ha) e o Triclorfom (500 a 1.000g de i.a./ha).
Deve ser levado em consideração o período de carência do inseticida a ser usado (AVILA et. al. 1997).
Quadro 4: Químicos para controle da lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea)
	GRUPO QUIMICO
	INGREDIENTE ATIVO
	DOSE
	INTERVALOS
	Metilcarbamato
	Carbaril
	1.200g de i.a/há
	3 dias
	S-methil
	Metomil
	215 a 430g de i.a/há
	14 dias
	Organofosforado
	Paration Metílico
	600 a 900g de i.a/há
	15 dias
	Organoclorados
	Triclorfom
	500 a 1000 g de i.a/ha
	27 dias
Fonte: AVILA et. al. 1997
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar das lagartas serem insetos causadores de danos no milho, e que também atacam diversas outras culturas, como cana-de-açucar, pastagens, sorgo e entre outras, são insetos que estão ligados ao meio ambiente em que se predomina favorável ao aparecimento dos insetos, e que sua expansão se destaca em todos os ambientes do país.
A importância dessa praga se nos período vegetativo e reprodutivo do milho, em que o controle integrado se aplica para toda a lavoura, até seu
estádio final. O aparecimento se dá quando a lavoura não recebe as devidas recomendações que o produtor deveria aplicar, como por exemplo, o uso de refugio em bordaduras na área, ou também o uso de variedades 100% suscetível ao inseto.
Em resumo ainda a principal forma de controle das lagartas, é o emprego do MIP, em que o produtor deve se planejar antes da praga aparecer e aplicar todas as recomendações do MIP. E para que se tenha uma economia viável, o produtor deve sempre aplicar os métodos que são simples, e deixar o controle químico por ultimo caso não resolva. 
O controle químico no MIP tem um custo inviável para o produtor, e deve incentivar que existem meios mais eficientes e de baixo custo que ele possa estar aplicando. Se o controle cultural, controle comportamental, controle biológico, controle genético não der certo, ai o recomendável é usar o controle químico.
REFERÊNCIAS
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CRUZ (1999), Ivan. Manejo de pragas da cultura do milho: Medidas de controle. Sete Lagoas - MG: Embrapa Milho e sorgo, 1999.
GAZZONI (2012), Diecio Luiz. Perspectiva do manejo de praga: Londrina - PR: Embrapa CNPSo, 2012.
TORDIN (2014), Cristina. A Importância do manejo de pragas: Brasília - DF: Embrapa Meio Ambiente, 2014.
BARCELLOS (2012), Afonso Lopes; CARVALHO (2012), Nathália Leal. ADOÇÃO DO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS BASEADO NA PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Passo Fundo- RS: Embrapa Milho e Sorgo, 2002.
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MOREIRA (2009), Henrique Jose da Costa; ARAGÃO (2009), Flavio Damasceno. Manual de Pragas do Milho: Campinas - SP: 2009.
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