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PRINCIPAIS PRAGAS NA CULTURA DO ARROZ

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1 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA 
CULTIVOS AGRÍCOLAS I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS PRAGAS NA CULTURA DO ARROZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Matheus Dalison Pereira Galdino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mossoró/RN 
2021 
2 
 
 
 
 
Matheus Dalison Pereira Galdino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS PRAGAS NA CULTURA DO ARROZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão de literatura apresentada como 
atividade avaliativa da disciplina Cultivos 
Agrícolas I. 
 
Docente: Dr. Aurélio Paes Barros Júnior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mossoró/RN 
2021 
 
3 
 
 
 
 
Sumário 
 
RESUMO ............................................................................................................................................... 4 
ABSTRACT ........................................................................................................................................... 4 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 5 
2 PRINCIPAIS PRAGAS DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO .......................................... 6 
2.1 Manejo e controle das principais pragas do arroz irrigado ........................................... 12 
3 PRINCIPAIS PRAGAS DA CULTURA DO ARROZ DE SEQUEIRO ................................ 15 
3.1 Manejo e controle das principais pragas do arroz de sequeiro .................................... 21 
4 METODOLOGIA .............................................................................................................................. 22 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 23 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
PRINCIPAIS PRAGAS NA CULTURA DO ARROZ 
 
 
RESUMO 
 
A cultura do arroz possui uma grande variedade, e é 
extremamente importante para a abastecimento do mercado 
interno e externo, fazendo parte da alimentação de milhares de 
pessoas no mundo. Resultados de pesquisas mostraram que 
com aumento das pragas que atacam as culturas de arroz 
diminuindo sua produtividade e qualidade, consequentemente 
também houve um grande aumento do uso de pesticidas para 
seu controle, prática que feita de forma exagerada pode ser 
perigosa para a saúde humana e para o meio ambiente. Nesse 
sentido, é extremamente relevante conhecer as diferentes 
variedades do cultivo de arroz, suas principais pragas, e as 
formas de combate-las de forma adequada, tornando o processo 
mais eficiente e menos prejudiciais aos produtores e aos 
consumidores finais do produto. 
 
 
Palavras-chaves: Cultivo de arroz; Pragas; Manejo. 
 
ABSTRACT 
 
The rice culture has a wide variety, and is extremely important 
for supplying the domestic and foreign market, being part of the 
diet of thousands of people around the world. Research results 
showed that with an increase in pests that attack rice crops, 
decreasing their productivity and quality, consequently there was 
also a large increase in the use of pesticides for their control, a 
practice that, carried out in an exaggerated way, can be 
dangerous to human health and to the environment. In this 
sense, it is extremely important to know the different varieties of 
rice cultivation, their main pests, and ways to combat them 
properly, making the process more efficient and less harmful to 
producers and final consumers of the product. 
 
 
Keywords: Rice cultivation; Pests; Management. 
 
5 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A cultura do arroz possui uma grande variedade, com base na pesquisa sobre 
pragas, constatou-se que algumas são repetidamente encontradas em nível 
populacional (SOSBAI, 2005). 
Com o aumento das pragas, também houve um grande aumento do uso de 
Pesticidas, mais o uso exagerado pode ser perigoso para saúde humana e ao meio 
ambiente. Após a realização do ECO 92, a população vem se mostrando mais 
preocupada com a qualidade do meio ambiente, principalmente quando se fala a 
respeito de exploração agropecuária, com isso a busca por práticas sustentáveis na 
agricultura é uma das melhores práticas (BELISÁRIO et al, 2017, p. 620). 
Na cultura de arroz irrigado é importante saber classificar as possíveis pragas 
que podem atacar as plantações. Os grãos do arroz podem ser atacados por insetos 
que prejudicam a qualidade e a quantidade do grão, já as raízes são atacadas por 
larvas e adultos da classe dos coleópteros mesmo antes ou depois da inundação, já 
os colmos e folhas já sofrem com insetos raspadores, mastigadores e sugadores, 
prejudicando a qualidade final do produto (SOSBAI, 2005). 
Com a diversidade e o aumento de produção dessa cultura foram surgindo 
vários tipos de pragas, encontrados em nível elevado de população de insetos. Essas 
classificações foram realizadas de acordo com os ataques sofridos pela planta 
causando danos e perdas economicamente na produção dessa monocultura 
(SOSBAI, 2005). 
O arroz é um dos alimentos mais consumidos no Brasil e no mundo, pois 
possui aproximadamente 15% de proteínas sendo capaz de suprir até 20% da 
necessidade diária de um adulto, com isso sua produção é feita em grande escala, 
tendo em vista que seu consumo anual é de 25 quilos por habitante, em nosso país 
segundo a FAO (2005). (BELISÁRIO et al, 2017, p. 625). Devido à grande demanda 
de consumo, além de ser uma das culturas mais produzidas para consumo interno, 
também é produzido para exportação. 
Sabe-se que a biodiversidade sofre com os grandes problemas da diversidade 
6 
 
biológica com alterações graves nos ecossistemas naturais, surgindo assim os 
problemas nas plantações que trouxeram as pragas, e sua proliferação acarreta a 
perda das plantações (BELISÁRIO et al, 2017, p.622). 
 Com o intuito de conhecer melhor as principais pragas que atacam as culturas 
do arroz foi preciso aprofundar os estudos sobre as espécies mais frequentes, nos 
locais onde estão sendo afetadas e lesionadas com os ataques das pragas. 
 Como resultado desses estudos foram identificados vários tipos de pragas que 
afetam a produtividade do arroz, causando danos econômicos aos produtores, entre 
essas pragas estão: a broca do colo (Elasmopalpus lignosellus Zeller), pulgão da raiz 
(Rhopalosiphum rufiabdominale), cascudo preto (Euetheola humilis), acaro 
(Schizotetranychus oryzae), lagartas desfolhadoras (Spodoptera frugiperda) e 
percevejo do grão (Oebalus poecilus) (BELISÁRIO et al, 2017, p. 622). 
 
 
2 PRINCIPAIS PRAGAS DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO 
 
No Brasil, o sistema irrigado é predominante, representando 79,5% das 
lavouras de arroz, geralmente é produzido no sul do país, onde o cultivo passa parte 
de seu ciclo com a presença de uma lâmina d’água. 
 
Figura 1: Cultivo de arroz irrigado 
 
7 
 
O fato do cultivo ser efetuado em áreas contínuas das várzeas nas quais 
predominam a monocultura do arroz, plantios sucessivos e a permanência da resteva 
ou da soca mantida após a colheita, aliada às condições favoráveis de clima e do 
manejo da cultura sob condições irrigadas, predispõem a lavoura ao ataque de 
diversas pragas, dentre as quais se destacam as desfolhadoras e as broqueadoras, 
representadas pelo complexo de lagartas, e as sugadoras, representadas pelos 
percevejos, além de outras pragas de menor importância, como cigarrinhas, lagarta 
enroladeira e gorgulho aquático (MOREIRA; BARROS, 2004, p. 7). 
Entre as principais pragas que atacam as plantações de arroz tem-se: 
 
• Cigarrinha-das-pastagens 
 
Entre as espécies que atacam o arroz, essa é a mais comum. Os 
adultos chegam a medir 10 mm, apresentam cor preta, com três manchas amarelas 
nas asas. Ao se alimentar, a praga introduz toxinas que resultam no aparecimento de 
folhas amarelas com faixas brancas epontas murchas. Infestações severas resultam 
na seca das folhas seguida pela morte da planta o que causa prejuízos econômicos 
aos produtores (BARRIGOS; MARTINS, s/d, p. 01). 
Os danos causados às plantas caracterizam-se pela presença de folhas 
amarelas ou marrons, com faixas brancas e pontas murchas. Nas infestações mais 
severas, as folhas se tornam inteiramente secas, antecedendo a morte das plantas 
(SOUZA et al, 1984). 
 
 
 
Figura 2. 
Cigarrinha-das-
pastagens (Deois 
flavopicta). 
 
8 
 
• Pulgão-da-raiz 
 
A população desse inseto é formada de fêmeas que se reproduzem sem a 
necessidade de acasalamento. Tanto as fêmeas jovens como as adultas removem 
fluídos das plantas, quando ocorrem em grande número, causam alteração no sistema 
radicular, amarelecimento das folhas e paralização do crescimento das plantas 
(BARRIGOS; MARTINS, s/d, p. 01). “Em arroz, se alimenta de tecidos radiculares, 
que, quando na fase inicial da cultura, causa um amarelecimento generalizado na 
parte aérea das plantas, seguido de um definhamento e morte” (ROSA et al, 2015, p. 
633). 
Devido ao seu potencial como praga, torna-se extremamente necessária a 
definição de um método que seja eficaz para monitorar o inseto e quantificar a sua 
população para com isso, haver o suporte necessário ao estabelecimento dos níveis 
de danos que causam nas lavouras (ROSA et al, 2012). 
 
 
Figura 3. Fêmea de pulgão-da-raiz (Rhopalosiphum 
rufiabdominale). 
 
 
 
9 
 
• Ácaro 
 
Os ácaros são pequenos artrópodes mais próximos dos grupos das aranhas 
que dos insetos. Os adultos são muito pequenos, com coloração amarelo-esverdeada, 
com manchas escuras e cerca de 0,8 mm de comprimento. Localizam-se 
principalmente na face dorsal das folhas, onde podem ser encontrados ovos e larvas 
entre fios de teia. 
Ao se alimentar, os ácaros introduzem o estilete nas células e provocam lesões 
características na face superior das folhas. Em cultivos irrigados, populações do ácaro 
da mancha branca aumentam nos períodos de tempo seco e quente e podem causar 
danos severos às plantas de arroz, comprometendo a produtividade dos grãos. 
(BARRIGOS; MARTINS, s/d, p. 02). 
 
 
 
Figura 4: Ácaro 
 
 
 
• Lagartas desfolhadoras 
 
A lagarta-das-folhas e o curuquerê-dos-capinzais são os mais importantes 
desfolhadores do cultivo do arroz. O período mais crítico para a cultura é o início da 
10 
 
fase vegetativa, quando os ataques das lagartas podem destruir totalmente a lavoura. 
Já o curuquerê-dos-capinzais aparece, normalmente, quando as plantas de arroz se 
encontram no estádio vegetativo adiantado ou no estádio reprodutivo (BARRIGOS; 
MARTINS, s/d, p. 02). 
As mariposas da lagarta desfolhadeiras têm 42mm de envergadura e são de 
coloração pardo-acinzentada, com uma linha pós-mediana que corta a base do 
triângulo formado pelas asas. Essas mariposas dificilmente são vistas durante o dia, 
quando permanecem escondidas ou camufladas entre a palhagem (HICKE; PRANDO; 
EBERHARDT, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Lagarta desfolhadoras 
 
• Brocas-do-colmo 
 
Há duas espécies de brocas que podem ocorrer nos arrozais irrigados, que são: 
a broca da cana-de-açúcar, Diatraea saccharalis, e a noiva do arroz, Rupela 
albinella, ambas possuem alto potencial para causar dano econômico nas produções 
de arroz. Apesar de ocorrerem em baixas densidades, a frequência de sua ocorrência 
tem aumentado na maioria das lavouras de arroz irrigado. 
As lagartinhas, inicialmente se alimentam da bainha das folhas e, em seguida, 
penetram no colmo onde permanecem se alimentando até atingirem a fase de pupa, 
R. albinella também ovipositam nas folhas, mas os ovos são amarelados e colocados 
11 
 
em massas cobertos por escamas brancas semelhantes a pêlos. As lagartas 
penetram na parte inferior do colmo, por isso, os sintomas de seus danos às plantas 
são menos evidentes do que os de D. saccharalis (BARRIGOS; MARTINS, s/d, p. 02). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: Diatraea saccharalis 
 
 
 
• Gorgulho aquático 
 
Esse inseto surge nos arrozais quando ocorre acúmulo da água das chuvas 
ou da irrigação por inundação. O adulto, com 3,5 mm de comprimento, alimenta-
se do parênquima foliar causando lesões longitudinais, acasalam e ovipositam em 
partes submersas da bainha foliar (. 
Cerca de uma semana pós-oviposição surgem as larvas (bicheira-da-raiz), 
que danificam as raízes durante aproximadamente 25 dias e atingem o 
comprimento de 8,5 mm no último ínstar. 
Os adultos somente provocam danos econômicos em arroz pré-germinado, 
quando destroem significativa quantidade de plântulas. As larvas sempre são mais 
prejudiciais. Ao danificarem as raízes reduzem a capacidade de absorção de 
12 
 
nutrientes e induzem a perdas de 10 a 35% na produtividade. As lavouras 
instaladas mais cedo são sempre mais prejudicadas. 
 
 
 
Figura 7: Gorgulho Aquático do arroz 
 
 
2.1 Manejo e controle das principais pragas do arroz irrigado 
 
 Entre as diversas técnicas de manejo e controle das pragas que atacam as 
lavouras de arro irrogados, destacam-se as principais, que são: 
 
 
• Cigarrinha-das-pastagens 
 
Seu manejo da envolve o monitoramento da pastagem no entorno do plantio, 
principalmente se as plantas de arroz estiverem com menos de 25 dias de idade. A 
população de cigarrinhas presente nas pastagens podem ser facilmente constatadas 
pela presença de ninfas envolvidas por espuma branca. 
 Como medidas preventivas de controle, é recomendado antecipar ou retardar a 
época de semeadura, a fim de evitar que surtos das cigarrinhas coincidam com a fase 
suscetível das plantas de arroz. 
13 
 
O controle químico pode ser feito preventivamente com inseticida sistêmico via 
semente ou por meio de pulverização, quando for encontrada uma cigarrinha para 
cada 30 plantas (BARRIGOS; MARTINS, s/d, p. 01). 
 
 
• Pulgão-da-raiz 
 
Essa praga é considerada de difícil controle e, por isso, há necessidade de se 
fazer a aplicação de inseticida dirigido para a base da planta quando 10% das plantas 
apresentarem as raízes infestadas (BARRIGOS; MARTINS, s/d, p. 01). 
Por apresentarem coloração escura, os insetos são difíceis de serem 
encontrados, pois se confundem com o solo. Essa praga inicia seu ataque às plantas 
antes da irrigação concentrando-se nas taipas, onde formam colônias nas raízes, 
sugando a seiva (OLIVEIRA, 2010). 
Os primeiros sintomas podem ser observados nas taipas, com as folhas 
apresentando uma clorose e, posteriormente, toda a planta fica alaranjada, ocorrendo 
redução na estatura e morte. Para facilitar a identificação do pulgão, arrancar as 
plantas e dividir as raízes em partes, facilitando desse modo a constatação do inseto 
(OLIVEIRA, 2010). 
 
• Ácaro 
 
O manejo dos ácaros envolve uma cuidadosa observação das condições 
ambientais e do estágio de desenvolvimento da planta. O monitoramento deve ser 
iniciado nas margens do campo, onde as infestações são mais prováveis de 
acontecer. As folhas devem ser examinadas para verificar se há a presença de 
manchas. 
Sendo assim, a presença de ácaro nas plantações deve ser confirmada com 
auxílio de uma lente de aumento, e seu controle é restrito à aplicação de produto 
químico (BARRIGOS; MARTINS, s/d, p. 02). 
 
 
 
14 
 
• Lagartas desfolhadoras 
 
O monitoramento do inseto deve ser iniciado logo após a emergência das 
plântulas, em intervalos semanais, usando, para tanto, um quadro de metal, medindo 
0,5 m x 0,5 m, ao longo das linhas na lavoura. 
Nos estádios mais adiantados da fase vegetativa, as plantas são mais 
tolerantes ao ataque da praga. Além do monitoramento, recomenda-se também 
atentar para os plantios próximos de cultivos de milho e sorgo, adequar a fertilidade 
do solo para promover o rápido crescimento das plantas e com isso, reduzir o período 
de maiorsuscetibilidade ao ataque do inseto e manter as plantas em boas condições 
para que possam se recuperar dos danos sofridos (BARRIGOS; MARTINS, s/d, p. 
03). 
 
 
• Brocas-do-colmo 
 
Para esse tipo de praga, o controle biológico natural é uma alternativa a ser 
considerada para manter a população da broca em nível aceitável. Eentre os inimigos 
naturais citam-se os himenópteros parasitóides de ovos, como Trichogramma spp., 
cuja ocorrência é generalizada. Além dos parasitoides de ovos, existem espécies que 
parasitam lagartas, como também muitos predadores que atuam em conjunto. 
O monitoramento da lavoura deve ser feito nos períodos em que o arroz está 
mais vulnerável às pragas, que é a partir das fases de alongamento dos colmos e 
início da emissão de panículas sofridos (BARRIGOS; MARTINS, s/d, p. 03). 
Recomenda-se examinar, em cada ponto, dez colmos, a uma distância de 1m, 
aproximadamente. Cada colmo deve ser cuidadosamente examinado, e o número de 
posturas, anotado. Quando o número de posturas por 100 colmos for igual ou superior 
a cinco e o nível de parasitismo de ovos estiver abaixo de 50%, recomenda-se aplicar 
o inseticida sofridos (BARRIGOS; MARTINS, s/d, p. 04). 
 
 
• Gorgulho aquático 
 
15 
 
O controle dessa praga é feito por meio de práticas culturais intrínsecas do 
manejo da cultura como limpeza de canais de irrigação, destruição de restos culturais, 
aplainamento do solo e adubação nitrogenada suplementar, no máximo até a fase 
inicial de diferenciação das panículas (IDP), para recuperação do sistema radicular 
danificado pelas larvas. 
Em áreas onde há histórico de danos, é recomendado evitar o uso de 
cultivares de ciclo biológico, que são menos tolerantes ao ataque do inseto. Outra 
recomendação é o tratamento de sementes com inseticidas, e a aplicação curativa de 
inseticidas, com base em NCE, apenas de produtos registrados para esse fim (CTP, 
s/d). 
 
 
3 PRINCIPAIS PRAGAS DA CULTURA DO ARROZ DE SEQUEIRO 
 
O arroz de sequeiro, também conhecido como arroz de terras altas, é 
produzido principalmente na região norte do Brasil. De início, foi muito utilizado 
para a abertura de novas áreas, pois requer um baixo investimento e suporta maior 
acidez do solo, outra utilidade era para recuperação de pastagens degradadas. 
Atualmente, o arroz de sequeiro vem sendo utilizado em rotação de culturas 
(AEGRO, 2019). 
 
 
Figura 8. Cultivo de arroz em terras altas 
 
16 
 
 
Entre as principais pragas que atacam as plantações de arroz tem-se: 
 
• Cupins: 
 
 
 A diversidade de cupins na rizosfera do arroz de terras altas é bastante 
grande, e as mais prejudiciais são os Procornitermes araujoi, Procornitermes triacifer 
e Syntermes molestus (SILVA et al, 2012). Pelo fato dos cupins serem insetos que 
vivem abaixo do solo, as raízes das plantas são as partes que ficam mais vulneráveis 
a essas pragas. 
 Dessa forma, os cupins atacam as raízes das plantas do arroz que foi 
semeado, e consequentemente, reduz o número de plantas por hectare, fazendo com 
que o campo apresente falhas, afetando a produtividade. Uma das características da 
planta que foi atacada pelo cupim é seu aspecto seco e seu desprendimento do solo 
(LEITE; MOTA, s/d, p. 05). 
 
 
 
 
Foto 9: Procornitermes triacifer 
 
 
17 
 
• Lagarta elasmo (broca do colo) 
 
Outra praga que comumente ataca o arroz de sequeiro é a lagarta elasmo, 
também conhecida como broca do colo, essa é uma lagarta que pode atacar de 5 a 
10 colmos de plantas jovens, comprometendo bastante a cultura. A principal 
característica do ataque dessa praga é o coração morto, pois a lagarta perfura o 
colmo, e rasga a folha central que desprende e dá origem ao sintoma, que solta a 
folha central com facilidade quando é puxada (LEITE; MOTA, s/d, p. 07). 
A ocorrência dessa praga, às vezes, pode ocorrer por negligenciada dos 
produtores, mas é importante ressaltar que as condições de clima oferecem 
significativa influência sobre seu desenvolvimento, e a não ocorrência em uma safra, 
não significa que não possa ocorrer nas safras futuras (AGRO BAYER BRASIL, s/d). 
Essa praga é favorecida por anos secos, com períodos prolongados de 
estiagem durante as fases iniciais e de estabelecimento das culturas. Prefere solos 
arenosos e com pouca palhada e cobertura morta, onde a manutenção da umidade é 
desfavorecida. Costuma ser problemática também em áreas novas de cultivo ou áreas 
que estavam sob condições de pastagens degradadas (AGRO BAYER BRASIL, s/d). 
 
 
 
 Foto: J. A. Barrigossi 
 
 
 Figura 10. Lagarta da broca-do-colo (Elasmopalpus lignoselus). 
 
 
 
 
18 
 
• Cascudo Preto 
 
O bicho bolo ou cascudo preto também é um tipo de praga que ataca as 
plantações de arroz. Esse besouro coloca seus ovos no solo, e quando suas larvas 
nascem, alimentam-se das raízes e causam amarelecimento e definhamento da 
planta e até sua morte (LEITE; MOTA, s/d, p. 09). 
A ocorrência desse inseto não é frequente, podendo haver picos populacionais 
em alguns anos, “Os adultos preferem áreas com teores elevados de matéria 
orgânica, alta infestação de plantas daninhas ou gramíneas” (OLIVEIRA et al, 2010, 
p. 31). 
Os danos causados pelas larvas ocorrem antes da irrigação pelo ataque às 
raízes, provocando o amarelecimento das plantas e, posteriormente, a morte. No 
período reprodutivo, os maiores danos são causados pelos adultos, ao cortarem as 
plantas junto ao solo ou atacarem as raízes, provocando o seu acamamento 
(OLIVEIRA et al, 2010, p. 31). 
 
 
 
Foto: Lauro Moto 
 
Figura 11. Larva de bicho-bolo (Euetheola humilis). 
 
 
• Percevejo dos grãos 
 
19 
 
O grupo de percevejos, também conhecido como percevejos dos grãos de 
arroz. Quando os grãos de arroz estão na fase leitosa, os percevejos podem sugar 
tanto os grãos que os deixam completamente vazios, chochos, ou muito atrofiados. É 
fácil perceber isso no campo, pois teremos pendões de arroz para baixo, os que estão 
cheios e alguns ficam para cima, por estarem leves, vazios (LEITE; MOTA, s/d, p. 11). 
Outro problema dos percevejos dos grãos é que se o arroz já estiver em uma 
fase mais desenvolvida e for atacado por essa praga, o local onde o percevejo atacou 
fica branco leitoso, conhecido como grão de barriga branca, tendo sua qualidade 
reduzida, pois na hora do beneficiamento o grão tende a partir, e outra consequência 
é uma pequena perda de peso pelo fato de o percevejo sugar o grão (LEITE; MOTA, 
s/d, p. 13). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13: Percevejo do Grão 
 
 
 
 
• Percevejo do Colmo 
 
O percevejo do colmo é uma praga de grande importância econômica na 
cultura do arroz, pois esse inseto é encontrado na fase vegetativa e reprodutiva da 
cultura, causando o chamado “coração morto” e “panícula branca”. O controle químico 
20 
 
deve ser realizado com o uso de inseticidas recomendados para a cultura do arroz. 
Deve-se fazer o monitoramento semanal, a partir do perfilhamento das plantas 
(ABREL; SANTIAGO, 2018, p.25). 
 
 
Os danos causados por este inseto ocorrem em dois estágios de 
desenvolvimento das plantas. No primeiro ocorre após a emergência 
atacando o colmo, onde se observa um ponto de coloração marrom, 
provocando o sintoma do coração morto (Figura 4E). No segundo estágio 
ataca o colmo, provocando a formação de panícula branca ou a esterilidade 
parcial dos grãos (OLIVEIRA et al, 2010, p. 18). 
 
 
Após o ataque dessa praga, os sintomas podem ser observados com 
surgimento de panículas brancas ou quando o arroz é colhido e colocado no graneleiro 
ou mesmo durante sua pré-limpeza, pela ocorrência dos insetos. Porém, como o 
percevejo já se encontra na lavoura antes da emissão da panícula, é importante fazer 
a amostragem, e caso necessário, um controle nesta fase, na tentativa de evitar 
maiores perdas. 
 
 
 Foto: J. A. BarrigossiFigura 14. Adulto do percevejo-do-colmo (Tibraca 
limbativentris). 
 
 
21 
 
3.1 Manejo e controle das principais pragas do arroz de sequeiro 
 
 
• Cupins 
 
Os cupins são de difícil controle, mas é possível reduzir sua infestação e os 
danos que causam na lavoura utilizando o emprego de inseticidas aplicados no sulco 
de plantio ou através de tratamento de sementes. 
Essa praga se constitui “uma das principais causas do uso de inseticidas em 
tratamento de sementes destinadas ao plantio, nesse ambiente de cultivo” (SILVA et 
al, 2012, p. 8797). Pois, métodos alternativos de controle de cupim em arroz de terras 
altas têm sido pouco pesquisados. 
Alguns pesquisadores estudaram o efeito de práticas de manejo sobre a 
população de artrópodes associados ao arroz de terras altas, em condições de campo, 
e concluíram que a época de semeadura constitui a principal medida para reduzir o 
dano de cupim rizófago. 
E apesar de indícios de que a combinação de algumas práticas culturais 
beneficia a cultura e diminui o dano de cupins, os resultados ainda são pouco 
consistentes (SILVA et al, 2012). 
 
 
• Lagarta elasmo ou Broca do Colo 
 
A utilização de inseticidas nas sementes, pode ser realizada em condições de 
alto risco. Em caso de agressão, é importante efetuar o controle químico ou lavagens 
nas lavouras (EMBRAPA, 2011). 
Em áreas com constantes infestações da praga é recomendado proceder o 
tratamento das sementes com inseticidas sistêmicos. Em anos com seca, 
característica climática propícia para o aparecimento dessa praga, recomenda-se o 
uso de produtos com ação de contato e profundidade associado ao tratamento das 
sementes. 
 
 
22 
 
• Cascudo Preto 
 
As larvas dessa praga atacam os toletes, causando perfurações em todos os 
sentidos de maneira agressiva, acarretando sérios prejuízos à lavoura, orifícios 
causados nos grãos também podem ser provocados pela ação do inseto adulto. 
É recomendado colher amostras da lavoura antes da semeadura ou após sua 
instalação sob as fileiras de plantas. O controle químico é recomendado somente 
quando forem encontradas, em média de 0,1-0,8 adulto por unidade (EMBRAPA, 
2011). 
 
 
• Percevejo dos Grãos 
 
Como controle cultural dessa praga, recomenda-se o plantio de cultivares 
mais precoces e/ou adubação nitrogenada mais elevada em alguma área marginal, a 
fim de criar condições favoráveis para a concentração do inseto (cultura armadilha). 
Já o controle químico pode ser realizado apenas nessa pequena área. O 
controle químico deve ser feito com inseticidas recomendados para a cultura do arroz. 
O monitoramento deve ser realizado a partir do final do perfilhamento até o início do 
amadurecimento das panículas, em horários com temperaturas mais amenas, visando 
identificar focos do inseto. (ABREL; SANTIAGO, 2018, p.26). 
 
 
 
4 METODOLOGIA 
 
 
Esse trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica e revisão de 
literatura, tendo como suporte as exposições realizadas em aula. Segundo Gil (1991), 
a revisão de literatura é realizada a partir de material já publicado, constituído 
principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material 
disponibilizado na internet. 
 
 
23 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Ao final deste trabalho é possível concluir que o arroz uma cultura muito 
expressiva no mercado nacional e internacional, sendo responsável pelo 
abastecimento do mercado interno e por atender às necessidades de exportação do 
produto, pois é um alimento fundamental que faz parte da dieta de milhares de 
pessoas. 
 Para o sucesso da plantação e colheita é importante conhecer as diversas 
variedades do arroz, bem como seu manjo ideal e as principais pragas que o atacam, 
para que dessa forma saber combate-las, evitando grandes prejuízos econômicos aos 
produtores. 
 Conhecendo os principais tipos de pragas e os prejuízos que causam às 
plantas é possível planejar o manejo adequado evitando surpresas desagradáveis em 
relação à produtividade e qualidade das lavouras. Assim, torna-se imprescindível 
conhecer as técnicas adequadas para combater e/ou controlar cada tipo de praga, e 
consequentemente, evitando o uso exagerado de pesticidas que podem trazer 
prejuízos à saúde do ser humano e ao meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
REFERÊNCIAS 
 
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arroz de sequeiro favorecido. Brasília, DF: Embrapa, 2018. 31 p. 
 
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2021. 
 
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Fernanda Florentino da; NOGUEIRA, Debora Cristiane. Pragas que ocasionam 
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HICKEL, E.R.; PRANDO, H.F.; EBERHARDT, D.S. Lagartas nas lavouras 
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Florianópolis: Epagri, 2018. 48p. (Epagri. Boletim Técnico, 182). 
 
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Controle das principais Pragas da cultura do Arroz Irrigado na Região da Baixa 
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PLÁCIDO, Henrique Fabrício. Plantio de arroz irrigado ou sequeiro: 7 dicas para 
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