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Semiologia do Sistema Reprodutor Masculino

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Semiologia do Sistema Reprodutor Masculino
Principais constituintes do sistema reprodutor masculino 
Bolsa testicular 
Testículo 
Epidídimo 
Ductos deferentes 
Cordões espermáticos 
Glândulas, prostática, vesicular e bulbouretrais
Prepúcio e pênis 
Caracteristocas anatômicas dos órgãos reprodutores em algumas espécies domesticas :
Ovina e caprina: próstata difusa e pênis com um apêndice filiforme e flexura sigmoide
Bovina: flexura sigmoide
Equina: pênis extremamente vascular com a uretra em protrusão em alguns centímetros além da glande peniana
Canina: osso peniano e próstata como uma única glândula acessória
Felina: pênis com ocorrência de espículas
Identificação
A idade do animal é um dado importante, visto que as anormalidades hereditárias e/ou congênitas (criptorquidismo, frênulo persistente) podem ser observadas nos primeiros dias ou semanas de vida ou posteriormente (hipoplasia testicular). 
Em animais idosos, especialmente no cão, é comum o aparecimento de tumores testiculares. Da mesma maneira, a qualidade do sêmen e a libido tendem a diminuir, principalmente nos machos idosos. Como é frequente o aparecimento de outros problemas de saúde nos animais mais velhos, a capacidade física e funcional para a reprodução também pode ser comprometida. Além disso, a idade é um fator crítico para a maturidade sexual. 
Um reprodutor equino somente poderá ser considerado sexualmente maduro após 5 anos de idade, visto que os testículos ainda continuam a aumentar em peso e tamanho até essa idade ou mais, implicando um aumento progressivo na produção de espermatozoides. 
A raça do animal é importante para algumas espécies; assim, a próstata de cães da raça Scottish Terrier é aproximadamente 4 vezes maior que a de animais de outras raças com a mesma estatura, levando o clínico, desconhecedor de tal particularidade, a um diagnóstico equivocado de hiperplasia prostática em um cão sadio.
Anamnese
Devido à possibilidade de as causas de infertilidade estarem associadas às falhas de tratamento, é necessário obter um histórico completo, detalhando-se as afecções passadas e/ou atuais, a ocorrência de traumas, vacinações, tratamentos etc.
 A compra de um reprodutor deve ser acompanhada de certificado de exame andrológico, bem como dos dados do vendedor. O ideal seria estabelecer uma cronologia da vida reprodutiva do animal, desde a puberdade até a fase adulta. No entanto, nem sempre isso é possível, em virtude da venda ou troca do animal e/ou de informações não tão precisas e completas, principalmente nos casos de animais de grande porte.
Perguntas a serem feitas durante a avaliação do reprodutor :
■Qual a idade do animal? Acompanha certificado de exame andrológico?
■Foi adquirido recentemente?
■Quais são os antecedentes do animal?
■O animal já tem produtos?
■Como são os filhos do animal? Apresentam alguma anormalidade?
■O animal apresenta desejo sexual?
■Consegue cobrir a fêmea?
■A penetração é completa ou o animal não consegue expor o pênis totalmente?
■A retração peniana ocorre normalmente?
■Quantas fêmeas, em média, o animal já cobriu?
■Qual o índice de prenhez?
■Apresenta comportamento anormal (agressivo, afeminado...)?
■Ocorreu alguma mudança no manejo do animal (alimentação, mudança de tratador etc.)?
■O animal foi ou está sendo medicado? Com o quê?
■Qual a dosagem? Há quanto tempo?
■Há quanto tempo apresenta o problema?
■Qual a evolução da afecção?
■Apresenta dificuldade para se locomover?
Exame físico geral
Essa fase do exame é muito importante, pois algumas enfermidades extragenitais, com comprometimento geral do animal, frequentemente interferem, em maior ou menor grau, na função reprodutiva ou conduzem a uma falsa impressão do envolvimento do sistema reprodutor. 
Nos equinos, por exemplo, os quais normalmente exteriorizam o pênis durante a micção, a protrusão intermitente do órgão não associada à micção pode sugerir cálculo urinário. É aconselhável, portanto, adiar o exame específico do sistema reprodutor até que a condição geral do animal seja conhecida e restabelecida.
 As condições corporal e muscular devem ser averiguadas, visto que o mau desempenho reprodutivo pode estar relacionado com as dificuldades de monta, associadas aos quadros de subnutrição, parasitoses e traumas.
 Lesões locomotoras em geral interferem no desempenho reprodutivo dos machos, principalmente quando localizadas nos membros posteriores. Muitas vezes, a observação do animal em repouso e caminhando possibilita identificar ou suspeitar de alguns problemas, tais como:
■Laminite
■Traumas em região lombossacral
■Displasias
■Artrites
■Paresias espásticas
■Problemas nos cascos, dígitos ou nos coxins plantares, dentre outros.
Animais jovens com defeitos de conformação não devem, a princípio, ser utilizados como reprodutores; animais obesos apresentam maior dificuldade à cobertura.
 Por outro lado, animais caquéticos, desnutridos, com distúrbios endócrinos ou sob estresse podem ter a qualidade espermática comprometida. É necessário avaliar, também, os parâmetros vitais dos animais e a coloração das mucosas.
Exame físico específico externo
Muitos machos ressentem-se à palpação da genitália externa. Desse modo, é indispensável realizar tal exame com bastante cautela, o qual é facilitado, e muito, pela contenção adequada do animal, principalmente no momento da manipulação de pênis, prepúcio, testículos e realização de procedimentos complementares: cateterização, exame endoscópico da uretra e ultrassonográfico dos testículos, dentre outros.
Bolsa testicular | Testículos e epidídimos
Em geral, a bolsa testicular é elástica, lisa, fina, com pouco pelo e relativamente pendulosa (exceto nos gatos e em baixa temperatura), mas pode retrair-se em direção ao corpo durante a palpação, em virtude das contrações voluntárias dos músculos cremastéricos externos.
A inspeção da região escrotal é melhor conduzida em pequenos animais mantidos em posição quadrupedal, no chão ou sobre uma mesa de superfície não escorregadia; nos bovinos, em um tronco de contenção, examinando-se por trás; lateralmente, em equinos. A pelagem e a pele da bolsa testicular devem ser observadas com relação a cor, infestação parasitária e alterações micóticas. É preciso estar livre de escaras, cicatrizes, lesões granulomatosas, edemas, fístulas, dermatites e assimetrias graves. A bolsa testicular está comumente envolvida em processos traumáticos. O volume da bolsa testicular pode aumentar quando o testículo está hipertrofiado, com líquido ou em processos tumorais.
A circunferência escrotal (CE) está correlacionada à produção espermática e é utilizada para a seleção de animais; existe uma correlação positiva entre CE e concentração espermática, motilidade e normospermia. 
Os testículos e os epidídimos devem ser examinados com base na simetria, no tamanho e nos sinais de inflamação. A assimetria testicular pode ocorrer como resultado de atrofia ou hipoplasia, nos quais o testículo menor se encontra fibrosado, com o epidídimo proeminente, ou devido ao aumento de volume testicular, sendo, em geral, acompanhado de dor e hipertermia (orquite aguda).
Espermatocele: distensão do epidídimo com acúmulo de esperma
Hematocele: extravasamento e acúmulo de sangue na cavidade da túnica vaginal
Hidrocele: acúmulo de líquido no saco da túnica vaginal
Monorquidismo: existência de um único testículo no escroto; chamado, também, de criptorquidismo unilateral
Orquite: inflamação do(s) testículo(s)
Orquiocele: tumor ou herniação completa de um testículo
Orquiopatia: processo patológico do testículo
A hipertrofia bilateral ocorre nos processos inflamatórios dos testículos, podendo ou não comprometer os epidídimos. A palpação simultânea dos testículos revelará:
■Aumento de volume
■Consistência mais firme
■Aumento de temperatura
■Manifestação de dor.
Prepúcio e pênis
Um ambiente com boa iluminação é essencial para a avaliação do pênis e do prepúcio, os quais são inspecionados e palpados pelo lado, expondo assim o médico
veterinário aos coices e outros movimentos defensivos, mesmo quando touros e garanhões estão adequadamente contidos. Os pequenos animais devem ser colocados, preferencialmente, em decúbito lateral, o que facilita a imobilização e o exame. Deve-se, inicialmente, observar o prepúcio para identificar a ocorrência de edemas, alterações congênitas (frênulo peniano persistente), hemorragias, abscessos e outras lesões, atentando-se, também, para o grau de abertura do óstio prepucial. A pele do prepúcio deve ser fina, elástica e móvel, sem evidência de inflamação. Uma inflamação anterior, próxima ao orifício prepucial é, muitas vezes, causada por acúmulo de pus no tecido subcutâneo (abscesso), ao passo que uma inflamação posterior, próxima à bolsa testicular, pode indicar um hematoma no pênis, resultante de lesão durante um acasalamento violento, traumático ou mesmo o desenvolvimento de neoplasia. Os “cálculos prepuciais”, ocasionalmente encontrados em cavalos e bois, são concreções sebáceas, impedindo, em algumas situações, a exteriorização normal do pênis e a micção. O prolapso e a inflamação da mucosa do orifício prepucial (postite) ocorrem mais comumente em touros, com maior incidência nas raças zebuínas, devido ao prepúcio mais longo e penduloso. No entanto, alguns touros podem apresentar eversão do prepúcio por um breve período, principalmente durante a micção. O edema de prepúcio resultante de traumas pode acarretar fimose ou parafimose.
Principais anomalias de pênis e prepúcio : 
Parafimose : A parafimose é uma condição na qual o pênis é impedido de retrair para a cavidade prepucial; em cães, ocorre mais frequentemente após a ereção. 
Priapismo : O priapismo é a ereção involuntária e permanente do pênis, sem que haja manifestação, por parte do animal, de desejo sexual.
Fimose : Na fimose, o pênis fica retido na cavidade prepucial em virtude da diminuição congênita ou adquirida do orifício prepucial, o que impede a sua exteriorização.
Fratura do pênis : Essa afecção surge, na maioria dos casos, durante um empuxo ejaculatório vigoroso. Compreende a ruptura da túnica albugínea com consequente hemorragia do corpo cavernoso, que inunda o tecido conjuntivo peripeniano, seguido do desenvolvimento de hematoma local.
Exame físico específico interno : 
Glândulas bulbouretrais
Próstata
Ampola 
Glândulas vesiculares
Anéis inguinais internos
Exames complementares : Biopsia testicular, Biopsia por excisão e Biopsia por aspiração
Métodos para coleta de sêmen : 
(1) eletro ejaculação;
 (2) excitação mecânica do pênis;
 (3) massagem das ampolas dos ductos deferentes;
 (4) preservativo.
Métodos para coleta aplicados em fêmeas
Com relação aos principais métodos aplicados à fêmea ou similares, é possível citar:
■Coleta diretamente da cavidade vaginal ou uterina
■Esponja inserida na cavidade vaginal
■Coletor vaginal
■Método da vagina artificial (mais difundido).
Os três primeiros são raramente utilizados e sob condições extremas, nas quais se deseja apenas observar a “qualidade” do sêmen, não servindo para processamento.
Análise espermática :
Volume 
Aspecto 
Cor 
Odor 
Motilidade
Concentração espermática 
Morfologia espermática

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