Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ENGENHARIA AMBIENTAL CURSO ENGENHARIA AMBIENTAL ANDREI CASACA DE ANDRADE KARINE SILVA MATHEUS AUGUSTO DE SOUZA MOURA MIQUEIAS FERNANDO TEIXEIRA PIMENTA ARBORIZAÇÃO URBANA DE CAMPO MOURÃO PROJETO DE PESQUISA CAMPO MOURÃO 2016 ANDREI CASACA DE ANDRADE KARINE SILVA MATHEUS AUGUSTO DE SOUZA MOURA MIQUEIAS FERNANDO TEIXEIRA PIMENTA ARBORIZAÇÃO URBANA DE CAMPO MOURÃO Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de Comunicação Oral Escrita ministrada pelo Professor Mestre Dean Gomes de Oliveira como requisito parcial para o Bacharel em Engenharia Ambiental. CAMPO MOURÃO 2016 SUMÁRIO TEMA ................................................................................................................................... 3 ÁREA DE ESTUDO.............................................................................................................. 4 PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................................................ 6 OBJETIVO ............................................................................................................................ 7 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 8 METODOLOGIA .................................................................................................................. 9 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................ 11 1. A arborização ............................................................................................................ 11 2. Consequências geradas pela falta de planejamento na arborização ............................. 13 3. Possíveis soluções ..................................................................................................... 14 CRONOGRAMA ................................................................................................................ 17 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 18 ANEXO ............................................................................................................................... 20 1. Lei Municipal nº 1040. .............................................................................................. 20 3 TEMA Planejamento na arborização urbana de Campo Mourão. 4 ÁREA DE ESTUDO Figura 1: Localização da área de estudo. Fontes: IBGE – ATLAS GEOGRÁFICO ESCOLAR (2007), BASE DIGITAL DO PARANÁ (2001), IPARDES. Organização: Domingues, Letícia S. O seguinte projeto de pesquisa tem recorte espacial à região de Campo Mourão. Campo Mourão se localiza na região Sul do Brasil, de acordo com o IBGE constitui a Mesorregião Geográfica Centro-Ocidental paranaense, região que congrega 25 municípios atualmente e possui aproximadamente 92.300 habitantes. A região cercada pelas matas Atlântica e das Araucárias, sede da Nação Guarani, começou a ser visitada pelos jesuítas espanhóis entre 1524 e 1541 e pelos bandeirantes paulistas a partir de 1628. A região pertenceu à antiga possessão espanhola chamada Província do Guairá, com capital em Assunção, hoje Paraguai. 5 Em 1765 No governo de D. Luiz Antonio de Souza Botelho Mourão, Morgado de Mateus, na Capitania de São Paulo, seu irmão Afonso Botelho de São Payo e Souza Governador da Capitania de Paranaguá, determinou a organização de uma expedição aos sertões de Tibagi. Confiou o comando da mesma ao Capitão paranaense Estevão Ribeiro Baião, que partiu de Curitiba em 1760 e descobriu os campos que, em homenagem ao governador da Capitania de São Paulo, foram denominados Campos do Mourão, mais tarde, Campo Mourão. Até 1943, Campo do Mourão pertencia ao município de Guarapuava. A partir desse ano passou a ser distrito do município de Pitanga e em 1947 emancipou-se política e economicamente pela Lei 02/47, sancionada pelo governador Moysés Lupion, tendo como seu primeiro prefeito nomeado em 18 de outubro de 1947 José Antônio dos Santos e depois Pedro Viriato de Souza Filho, primeiro prefeito eleito. Até a década de 1960 o município de Campo Mourão compreendia toda a Microrregião 12 e os municípios que hoje a integram eram seus distritos administrativos. Na década de 80, foram desmembrados dois dos seus últimos distritos administrativos: Luiziana e Farol do Oeste, ficando sobre sua tutela apenas o distrito de Piquirivaí. Em adendo, a área de enfoque neste trabalho foi determinada pelas avenidas: Av. Capitão Índio Bandeira, Av. Manoel M. de Camargo e Av. Goioerê. HISTÓRICO INFORMAÇÃO Origem do município – Desmembramento Pitanga Data de instalação do município 05/12/1947 Data de comemoração do município 10 de outubro Quadro 1: Informações Administrativas - 2015. Fonte: Prefeitura de Campo Mourão. TERRITÓRIO INFORMAÇÃO UNIDADE Área territorial 763,637 km² Distância da sede municipal à capital 447,18 km Quadro 2: Área territorial e distância à Curitiba. Fonte: ITCF-PR (Área), SEIL- PR (Distância). DIVISÃO ADMINISTRATIVA INFORMAÇÃO Número de distritos administrativos 2 Nome dos distritos administrativos Campo Mourão e Piquirivaí Comarca a que pertence Campo Mourão Quadro 3: Divisão Administrativa 2015. Fonte: IBGE, TJPR (Comarca). 6 PROBLEMA DE PESQUISA 1. O que é arborização? 2. Qual a importância de adequar um projeto de arborização a leis vigentes de determinada região? 3. Quais são as consequências na cidade de Campo Mourão tendo em vista a execução de um projeto mal elaborado? 4. Existem soluções para a cidade de Campo Mourão? 5. Um projeto depende inteiramente das leis estabelecidas no município de Campo Mourão ou cabe bom senso por parte da população local? 7 OBJETIVO Tendo em vista que o processo de arborização tem desencadeado diversos problemas que tem prejudicado a infraestrutura bem como o meio ambiente, surgiu a necessidade de apresentar possíveis soluções que visam minimizar tais conflitos, onde foi realizado um levantamento da vegetação existente nos logradouros do bairro central e aplicação de um breve questionário para obter informações sobre a percepção dos entrevistados quanto à arborização urbana local. 1. Objetivo geral O objetivo geral deste projeto é contribuir para o estudo de uma realidade urbana e em âmbito ecológico, social e de segurança pública, assim como apresentar as consequências causadas pelo mau planejamento da arborização urbana de Campo Mourão, com o intuito de trazer resoluções de problemas de cunho sociais e administrativos que serão apresentadas na pesquisa. 2. Objetivo Específico Os objetivos específicos deste trabalho consistem em delinear conceitos de arborização em âmbitos legislativos, paisagísticos e urbanísticos, sua importância no planejamento de uma cidade bem como consequências de possíveis erros durante sua execução, planejamento ou manutenção, apresentar possíveis soluções e adequações de hábitos socais e administrativos que contribuam para o desenvolvimento sustentável da cidade. 8 JUSTIFICATIVA A escolha desta pesquisa surgiu na importância que tem o processo de arborização, onde a mesmaé essencial a qualquer planejamento urbano, tendo funções de contribuir com a qualidade de vida local. Por se tratar de uma atividade de ordem pública imprescindível ao bem-estar da população nos termos dos artigos 30, VIII, 182 e 183 da Constituição Federal e do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01). Cabe ao Poder Público Municipal em sua política de desenvolvimento urbano, entre outras atribuições, criar, preservar e proteger as áreas verdes da cidade, mediante leis específicas bem como regulamentar o sistema de arborização. Entretanto, ao observar em alguns locais da cidade de Campo Mourão pode-se constatar um projeto de arborização em que a sua execução encontrava-se equivocada em relação à Lei Municipal nº1040, interferindo assim no conforto da população. Sabendo da suma importância ao se elaborar um projeto de arborização visando não trazer impactos negativos, cabem as entidades responsáveis à execução de tais projetos seguirem as leis municipais e federais bem como dotarem-se de bom senso. 9 METODOLOGIA As etapas desta pesquisa compreendem revisão bibliográfica sobre o assunto e pesquisa de campo. Com a revisão bibliográfica pretende-se aprofundar o conhecimento acerca do planejamento urbano, bem como o seu ideal, em contraste com o modelo implantado na cidade de Campo Mourão, com enfoque nas três avenidas principais. A pesquisa foi exemplificados através de imagens, gráficos e dados. O projeto começou a ser discutido na primeira semana do mês de outubro do ano de 2016, pois era necessário entrar em consenso em relação ao tema que seria abordado e os recursos que seriam disponibilizados para execução do mesmo. Tal decisão demorou aproximadamente duas semanas. Decidido o tema, começamos a coleta de dados e levantamento de literatura específica acerca do tema, com apoio da biblioteca da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, sediada em Campo Mourão, e dos moradores da cidade de Campo Mourão. Na terceira semana, continuamos com coleta de dados e tratamento dos mesmos. Ademais, as imagens expostas ao longo do projeto foram obtidas nas ruas: Av. Capitão Índio Bandeira, Av. Manoel Mendes de Camargo e Avenida Goioerê. Cabe ressaltar que as fotografias são creditadas aos próprios membros integrantes durante uma visita de campo que ocorreu no dia 28 de outubro de 2016. Além disso, na mesma semana, delineamos o corpo escrito do projeto. Na primeira semana do mês de novembro, o corpo escrito do projeto já estava praticamente pronto. Contamos com a orientação do professor mestre Dean Gomes de Oliveira para revisar o documento em questão. Ao longo das últimas semanas de novembro, trabalhamos em cima das recomendações do professor e montamos a apresentação digital do projeto. 10 Figura 2: Avenidas Analisadas ao longo do projeto. Fonte: Base cartográfica: C.M Campo Mourão. Organizado por: SILVA, K. 11 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1. A arborização Arborizar quer dizer plantar ou guarnecer de árvores um local. Por sua vez arborização é o efeito de arborizar. Porém, quando pronunciamos estas palavras tem-se a impressão, à primeira vista, de que estamos nos referindo a uma região rural, mas estes termos são muito mais utilizados em áreas urbanas do que nas rurais. A arborização urbana é caracterizada principalmente pela plantação de arvores de porte em praças, parques, nas calçadas de vias públicas e nas alamedas e se constitui hoje em dia uma das mais relevantes atividades da gestão urbana, devendo fazer parte dos planos, projetos e programas urbanísticos das cidades. Todo o complexo arbóreo de uma cidade, quer seja plantado ou natural, compõe em termos globais a sua área verde. Todavia, costuma-se excluir a arborização ao longo das vias públicas como integrante de sua área verde, por se considerar acessória e ter objetivos distintos, já que as áreas verdes são destinadas principalmente à recreação e ao lazer e aquela tem a finalidade estética, de ornamentação e sombreamento (SILVA, J.A., 1997, p.247-248). Percebe-se que esta arborização urbana pode encontrar-se em locais públicos como os parques, ou privados como os condomínios fechados, e que cada cidade pode estabelecer sua própria lei para a regulamentação da arborização urbana. Em pleno século XXI, está evidente a importância do planejamento do meio físico urbano; no entanto, a preocupação de quem planeja ainda está centrada nas características socioeconômicas, relegando a dependência dos elementos naturais. No decorrer do processo de expansão dos ambientes construídos pela sociedade, não se tem dado a devida atenção à qualidade, sendo as questões ambientais e sociais relegadas ao esquecimento (LOBOTA e DE ANGELIS, 2005, p.130). A arborização das vias públicas pode vir a causar degradação das calçadas, pelas raízes das árvores, quando estas são de grande porte e não possuem espaço suficiente para seu desenvolvimento, ocorrendo o chamado intemperismo biológico, visível quando ocorrem fissuras nas paredes rochosas. Outro fator é quando a copa dessas árvores de grande porte, principalmente quando situadas no canteiro central, chocam-se com os fios condutores de eletricidade, e acabam atrapalhando a iluminação durante a noite, devido à sombra, muitas dessas ruas escuras são propicias a criminalidade nos centros urbanos, o que acaba por influenciar o fluxo de pessoas naquela determinada área, que preferem deslocar-se para ruas mais iluminadas, geralmente que tiveram suas copas cortadas para não atrapalhar a iluminação da cidade. 12 Para que se ocorra uma boa arborização é necessário planejamento, principalmente quando se trata de arborização com árvores frutíferas em um espaço público, pois uma arborização realizada sem planejamento futuramente pode levar a um resultado desagradável. Como por exemplo, no período em que as árvores estão produzindo frutos e estes estão maduros, pode ocorrer uma sujeira indesejável, atrair insetos em pequenas e grandes escalas. Se o fruto for de um tamanho relevante, pode acabar estragando um carro que esteja estacionado embaixo. Enfim, dentre vários outros exemplos, quando não houver o devido planejamento. É necessário planejamento com relação à área que será utilizada e características da espécie a serem plantados como o tamanho das raízes, da copa, frutos, altura estimada da espécie, espaçamento entre as árvores, canteiro ao redor da espécie, grade de proteção se necessário, podas, dentre outros. De forma que, uma boa arborização faz parte da qualidade de vida dos cidadãos. Antes de plantar uma espécie frutífera deve-se atentar-se as características da planta, analisando-a, para se verificar se a mesma tem condições de fixar no local. Com frequência, vemos nos noticiários os transtornos causados pela arborização frutífera inadequada em algumas cidades brasileiras. E às vezes, nós mesmos acabamos presenciando estes transtornos na própria cidade em que moramos ou em outras cidades que visitamos. Seja por danos em veículos, pela atratividade de insetos durante o período de frutificação, pela causa de acidentes com pedestres, ciclistas e motociclistas; pelo cheiro desagradável de podridão resultante da deterioração dos frutos, ou ainda, pela obstrução das calçadas ou canteiros centrais devido à grande quantidade de frutos caídos, dentre outros transtornos (MORIGI e BOVO, 2013 p.5). Existem autores que são contra a presença dessas árvores por sujarem a pavimentação, por atraírem insetos e quando se refere a frutos grandes como a mangueira, elas podem cair e machucar as pessoas que circulam no local ou até mesmo caírem em cima de veículos estacionadosestragando-os. A arborização desempenha um importante papel no meio urbano, porém, uma arborização mal planejada pode trazer sérios problemas, principalmente no que diz respeito às árvores frutíferas. Ao desenvolver esse trabalho, visamos conhecer melhor a realidade da cidade de Campo Mourão, verificando como é a distribuição desses espécimes na cidade, o estado em que estão e como esta influência na vida local. “Essa transformação na paisagem, em um cenário urbano, modifica os elementos naturais, como solo, temperatura, umidade, nebulosidade, mecanismos do vento, pluviosidade, flora e fauna. Esses elementos naturais são responsáveis, no geral, pelas condições de conforto ambiental” (LOMBARDO, 1990; SANTOS e TEIXEIRA, 2001). 13 2. Consequências geradas pela falta de planejamento na arborização Os principais problemas gerados pela falta de planejamento na arborização urbana foram às palmeiras plantadas sob as redes de transmissão de energia elétrica e telefônica, e a presença de espécies exóticas em grandes quantidades. Geralmente as palmeiras são utilizadas na arborização de ruas e avenidas, mas isto ocorre quando os espaços urbanos não possuem a fiação aérea, justamente porque pode entrar em conflito com a fiação, além de gerar dificuldades na poda da planta que esta logo em baixo da fiação, foi observado que isso não foi considerado no município de Campo Mourão, pois em duas das principais avenidas as palmeiras estavam sob a fiação elétrica e muitas em conflito com a fiação, Inclusive a espécie com maior número de indivíduos, Ligustrum lucidum 1 , além de exótica é alvo de muitas críticas negativas na literatura em questão do seu uso na arborização urbana, pois ela é invasora da Floresta Ombrófila Mista e foi introduzida com fins ornamentais mas devido ao seu potencial invasor não deveria mais ser utilizada para este fim. Conclui-se que houve uma falha no planejamento para arborização do município, destacados pela grande presença de espécies exóticas e indivíduos plantados em locais inapropriados. Figura 3: Árvores plantadas em locais inadequados. Figura 4: Ligustrum lucidum 1 Ligustrum lucidum: O ligustro é uma árvore originária da China. Outros nomes populares: alfeneiro, alfeneiro-da-china, alfeneiro-brilhante, alfeneiro-de-rua. 14 Gráfico 1: Reclamações dos habitantes locais em relação às árvores. 3. Possíveis soluções Uma das formas de resolver o problema decorrente do plantio inadequado de árvores é comunicar-se com a secretaria da agricultura de meio ambiente para fazer a remoção ou transferência da espécie vegetal em questão. A técnica de podar as árvores também é válida. Plantar árvores em ambientes urbanos além de ser um importante meio de capturar o carbono, aumenta a cobertura do dossel, diminui a intensidade das ilhas de calor urbano e ajuda a economizar energia utilizada para resfriamento das edificações no verão. Para a implantação de um projeto de arborização que vise melhorar os ambientes urbanos e fazer uma captura eficiente de carbono é fundamental estabelecer parcerias com empresas, políticos, prestadores de serviços, escolas e voluntários para que juntos possam garantir o sucesso do projeto. É importante traçar um roteiro que deixe claro as estratégias que serão usadas. Alguns critérios devem ser estabelecidos para propor um programa de arborização urbana. Destacam-se as orientações escritas por McPherson e Simpson (1999) e a forma de quantificar a captura de carbono por Nowak (1998) logo abaixo: Determinar uma quantidade de árvores para ser introduzida na arborização urbana anualmente, propondo metas; Nenhuma 77% Reclamações Sujeira provocada por árvores frutíferas e ausência de poda Corta-se muitas árvores e não as susbstituem 15 Selecionar espécies de árvores nativas que já existem na arborização urbana, pois são espécies que se adaptam bem ao clima local, solo e outras condições, tendo mais chances de sobreviver; Evitar ao máximo os conflitos com a rede de infraestrutura aérea e subterrânea; Utilizar espécies que não necessitem podas drásticas; Manter os usuários informados sobre a importância e o sucesso do projeto, para que haja mais participação e comprometimento na inserção e na conservação da arborização; Quantificar a captura do carbono através do preenchimento de planilhas que são encontradas em programas de software, os quais armazenam dados das árvores e podem fornecer a taxa de captura; Optar por espécies de crescimento rápido, pois capturam mais CO2 transformando em biomassa; Usar espécies nativas variadas para promover uma cobertura continua do dossel bem como favorecer a fauna silvestre; Escolher espécies caducifólias e perenifólias procurando adaptar de acordo com o clima característico da região. De acordo com as metas propostas e os recursos disponíveis, identificar os locais que serão arborizados para determinar o número e o tipo de árvores que serão plantadas. O projeto deve ser implantado gradualmente, de preferência onde a arborização necessita manejo, por estar causando interferências na rede de infraestrutura, estar com problemas fitossanitários, causar alergias ou apenas porque existem espaços que podem ser preenchidos com o plantio de novas árvores. A realização do inventário para analisar a arborização existente é importante, para obter um diagnóstico da atual situação da vegetação. Usando como base o diagnóstico, estabelecer quantas e quais espécies serão utilizadas, anotando os dados em uma planilha para realizar o cálculo da captura do carbono e também para monitorar o desenvolvimento das espécies. Vale ressaltar que o planejamento de arborização da cidade de Campo Mourão está sendo aprimorado e discutido no âmbito municipal com apoio do professor Dr. Marcelo Galleazzi Caxambú da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, com sede na mesma cidade. 16 De acordo com Caxambú, nessa primeira etapa foi realizado um levantamento no qual foram identificadas 130 espécies de árvores no município. As espécies foram registradas no Herbário da UTFPR-CM e classificadas como nativas, exóticas e exóticas invasoras. Esse levantamento vai subsidiar a etapa seguinte do Plano, que consistirá na sugestão de novas espécies com critérios para coleta de semente, produção de mudas e manejo. Foi elaborada uma lista constando aproximadamente 30 espécies que serão repassadas à prefeitura para escolha. As espécies sugeridas são preferencialmente nativas e que atendam a alguns critérios como acessibilidade, que não sejam tóxicas, que não tenham restrições legais e que não entrem em conflito com equipamentos urbanos (UTFPR, 2011). Gráfico 1: Sugestões de melhorias feitas pelos moradores de Campo Mourão quanto à arborização Não cortar as árvores em "v" por causa dos fios de eletricidade; Plantar árvores somente nas calçadas 9% Fazer a poda das árvores regularmente 25% Não plantar árvores frutíferas na área central para evitar acidentes 9% Plantar mais mangueiras 7% Cortar árvores antigas e plantar árvones frutíferas no local 7% Plantar mais árvores frutíferas de menor porte nas calçadas 9% Nenhuma 25% Toda população deveria ter árvores frutíferas no quintal para não acabar com a arborização da cidade 9% Sugestões 17 CRONOGRAMA ATIVIDADES OUTUBRO NOVEMBRO SEMANAS SEMANAS1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1 Discussões X X X X 2 Levantamento de Literatura X 3 Montagem do Projeto X X 4 Coleta de Dados X X X 5 Tratamento de dados X X 6 Elaboração do texto final X X 7 Revisão do texto X X X 8 Entrega do trabalho X 18 REFERÊNCIAS Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Cidade Campo Mourão. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=410430&search=parana%7Ccam po-mourao>. Acesso em: 09 out. 2016. Lei No 1040. Código de Arborização e Ajardinamento Urbano do Município de Campo Mourão. Disponível em: <http://www.campomourao.pr.gov.br/_GI/pdf/_modulos/legislacao/00320.pdf>. Acesso em: 09 nov.2016. BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art183>. Acesso em: 09 out. 2016. MORIGI, J. de B.; Bovo, M. C. A qualidade do ambiente urbano: uma breve reflexão sobre a ocorrência de espécies frutíferas na arborização das vias públicas do centro urbano de Mamborê (PR). In: SIMPÓSIO DE ESTUDOS URBANOS – SEURB, 2., 2013, Campo Mourão. Anais Eletrônicos... Campo Mourão: Fecilcam, 2013. Disponível em: <http://www.fecilcam.br/anais/ii_seurb/documentos/areas-verdes-urbanas/morigi-josimari-de- brito-1.pdf . >. Acesso em: 11 out. 2016. Problemas decorrentes da falta de planejamento na arborização urbana de Campo Mourão, PR. Disponível em: <http://conccepar2015.grupointegrado.br/resumo/problemas-decorrentes-da-falta-de- planejamento-na-arborizacao-urbana-de-campo-mourao-pr/601>Acesso em: 11 out. 2016. SILVA, J. A. Direito Urbanístico Brasileiro, 2. ed. São Paulo. Malheiros, 1997. LOBODA, C. R.; Angelis, B. L. D. Áreas verdes públicas urbanas: conceitos, usos e funções. Disponível em: <http://revistas.unicentro.br/index.php/ambiencia/article/download/157/185>. Acesso em: 13 de nov.2016. LOMBARDO, M.A. Vegetação e clima. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE ARBORIZAÇÃO Urbana, 3., Curitiba, 1990. Anais... Curitiba: FUPEF, 1990. p.1-13. Disponível em: <http://www.revsbau.esalq.usp.br/artigos_cientificos/artigo107-publicacao.pdf>. Acesso em: 10 out. 2016. SANTOS, N. R. Z.: TEIXEIRA, I. F. Arborização de Vias Públicas: Ambiente X Vegetação. Instituto Souza Cruz. Santa Cruz do Sul, RS, Ed. 2001. 135 p. Disponível em: <http://www.revsbau.esalq.usp.br/artigos_cientificos/artigo107-publicacao.pdf>. Acesso em: 10 out. 2016. 19 McPHERSON,E.G. Benefits and costs of tree planting and care in Chicago. In: McPherson, E.G., Nowak, D.J., Rowntree, R.A., eds. Chicago’s urban forest ecosystem: results of the Chicago Urban Forest Climate Project. Gen. Tech. Rep. NE-186. Radnor, PA: U.S. Department of Agriculture, Forest Service, Northeastern Forest Experiment Station, 115-133, 1994. Disponível em: <http://www.revsbau.esalq.usp.br/artigos_cientificos/artigo107-publicacao.pdf>. Acesso em: 11 out. 2016. McPHERSON, E.G.,SIMPSON, J.R.Carbon dioxide reduction through urban forestry: guidelines for Professional and volunteer tree planters. Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, Washington, 1999. Disponível em: <http://www.revsbau.esalq.usp.br/artigos_cientificos/artigo107-publicacao.pdf>. Acesso em: 11 out. 2016. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ, UTFPR, Plano de Arborização Urbana, 2011. Disponível em: <http://www.utfpr.edu.br/campomourao/estrutura- universitaria/assessorias/ascom/noticias/acervo/plano-de-arborizacao-urbana>. Acesso: 11 out. 2016. 20 ANEXO 1. Lei Municipal nº 1040. LEI Nº 1040 De 26 de junho de 1997 Dispõe sobre o Código de Arborização e Ajardinamento Urbano do Município de Campo Mourão. A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO MOURÃO, Estado do Paraná, aprovou e eu Prefeito do Município, sanciono a seguinte. LEI: TÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei contém as medidas e políticas administrativas em arborização e ajardinamento urbano, estatuindo as necessárias relações entre o Poder Público e os munícipes. Art. 2º As árvores e plantas ornamentais existentes nas vias, praças e parques públicos do município são bens de interesse comum a todos os cidadãos e todas as ações que interferem nestes bens ficam limitadas aos dispositivos estabelecidos por esta Lei e pela legislação federal pertinente. Art. 3º Ao Prefeito, e, em geral, aos servidores municipais, incumbe cumprir e velar pela observância dos preceitos desta Lei. Art. 4º Para o cumprimento destes preceitos, o Município manterá o Departamento de Meio Ambiente, vinculado à Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente - SEAMA. CAPÍTULO II DAS COMPETÊNCIAS DO SETOR Art. 5º Compete ao Departamento de Meio Ambiente: I - Projetar viveiros, praças, parques, arborização, ajardinamento urbano, administrar e fiscalizar e promover a manutenção das unidades a ele subordinadas; II - Promover a produção de mudas ornamentais em geral e a execução de arborização e ajardinamento das vias, praças e parques públicos; III - Promover estudos, pesquisa e divulgação das atividades ligadas a suas atribuições, funções e objetivos, bem como ministrar cursos e fundamentos profissionais de mão-de- obra habilitada para todas as tarefas evitando rotatividade de operários após período de experiência, inclusive treinamento de pessoal de órgãos públicos estaduais e federais, que mantém serviços de poda em arborização e manutenção de jardins e parques; 21 IV - Promover a preservação, direção, conservação e manejo dos parques, praças e ruas com todos os seus equipamentos, atributos e instalações, promovendo suas necessidades, dispondo sobre as modalidades de uso e conciliando sua conservação e manejo com a utilização pela população; V - Promover a preservação e combate às pragas e doenças das árvores das praças, vias e parques; VI - Estimular a arborização e ajardinamento com fins ecológicos e paisagísticos; VII - Incentivar iniciativas individuais ou coletivas para a instituição e manutenção de áreas verdes; VIII - Analisar solicitações de redução ou isenção de impostos para as iniciativas previstas no inciso anterior; IX - Promover a educação ambiental não formal dirigida a toda a comunidade com prioridade para os segmentos estudantis; e propor medidas de proteção de espécies de flora nativas ameaçadas de extinção. TÍTULO II DA ARBORIZAÇÃO URBANA CAPÍTULO I DAS ÁRVORES ISOLADAS Art. 6º Entende-se por árvore, toda espécie representante do reino vegetal que possua sistema radicular, tronco, estipe ou caule lenhoso e sistema foliar independentemente do diâmetro, altura e idade. Art. 7º É vedado o corte, derrubada ou a prática de qualquer ação que possa provocar dano, alteração do desenvolvimento natural ou morte de árvore, em bem público ou em terreno particular. CAPÍTULO II DO CORTE OU DERRUBADA DE ÁRVORES SEÇÃO I DE PROPRIEDADE PARTICULAR Art. 8º Em caso da necessidade de corte ou derrubada de árvore deverá o munícipe interessado subordinar-se as exigências e providências que se seguem: I - Obtenção de autorização especial para corte, em se tratando de árvore nativa com tronco ou estipe igual ou superior a 15 cm à altura de 1,30 m a partir da base da arvore. II - O corte será livre para árvores nativas com diâmetro inferior a 10 cm, e para as árvores plantadasem geral, salvo as espécies protegidas por Lei. Parágrafo único. Somente após a vistoria e emissão da autorização, se for o caso, poderá ser efetuado o corte. Art. 9º O requerimento para obtenção da autorização para corte de árvores deverá ser efetuado junto ao setor de protocolo do município, em formulário próprio, mediante solicitação assinada pelo proprietário ou seu representante legal, sendo obrigatória a comprovação de propriedade através de certidão do registro de imóveis, talão do IPTU ou outro documento que comprove o domínio do imóvel. 22 SEÇÃO II DA ÁRVORE EM ÁREA PÚBLICA Art. 10. O corte para fins de poda ou abate de árvores de arborização pública é de competência exclusiva do município, através de equipe devidamente habilitada do departamento de Meio Ambiente da SEAMA. § 1º Em caso de necessidade de poda ou extração de árvore em local público, o interessado deverá solicitar o serviço, através de requerimento em formulário próprio no setor de protocolo do Município. § 2º Para extração para fins de construção, deverá o interessado apresentar projeto definitivo com a locação da árvore a extrair. § 3º Será de responsabilidade do Município os danos materiais causados à propriedade particular quando for negado pedido de extração ou poda de árvore em local público. Art. 11. É proibida a fixação de faixas, placas, cartazes, holofotes, lâmpadas, bem como qualquer tipo de pintura em árvores, praças e parques públicos. Art. 12. É proibido ao contribuinte executar ou mandar executar poda em árvores das vias, praças e parques públicos. Parágrafo único. Será permitido, mediante autorização especial, expedida pela SEAMA, a poda das árvores de via pública, a profissionais ou empresas especializadas, devendo obrigatoriamente serem obedecidas normas e técnicas indicadas pela SEAMA. Art. 13. É proibido matar ou danificar árvores de ruas, praças e parques por qualquer modo ou meio. Parágrafo único. Em caso de dano por acidente será cobrado do responsável, ou responsáveis, a importância de 40 UFIR’s, por árvore, a título de indenização por dano a bem público. TÍTULO III DAS FORMAÇÕES VEGETAIS CAPÍTULO I DO SISTEMA DE ÁREAS VERDES Art. 14. Consideram-se áreas verdes as áreas de mata natural e campo cerrado, em propriedade pública ou particular, representativos da flora de Campo Mourão, localizadas na zona urbana, agrourbana e rural, delimitadas pelo município, que visem a preservação das águas, estabilidade dos solos, habitat da fauna e proteção paisagística. Parágrafo único. Estas áreas poderão ser utilizadas para a instalação de equipamentos sociais ou de lazer, limitada à taxa de ocupação de solo. Art. 15. Para efeito desta Lei, ficam estabelecidas como integrantes do sistema de áreas verdes: I - Os Parques Municipais: Joaquim Teodoro de Oliveira, Parigot de Souza e do Distrito Industrial I; II - A Estação Ecológica do Cerrado de Campo Mourão; III - As áreas com cobertura florestal, particulares e de propriedade da COPEL, pertencentes ao complexo da Usina Mourão I, situados no Município de Campo Mourão; IV - As áreas de preservação permanente, reserva legal e outros remanescentes florestais nativos ou plantados com fins de preservação da Microbacia do Rio do Campo; 23 V - As áreas de reserva legal do perímetro urbano e das propriedades rurais do Município; VI - As áreas particulares e de clubes sociais com cobertura florestal no perímetro urbano da cidade; VII - As árvores da arborização urbana e as praças da cidade. Art. 16. É proibido o corte de árvores ou vegetação constantes do sistema de áreas verdes do Município, sem prévia autorização da SEAMA, nas áreas urbanas e agrourbanas e do INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ - IAP, nas áreas rurais. Art. 17. A taxa de ocupação do solo nas áreas verdes referida no artigo 15 desta Lei, não poderá exceder a: I - 0,1 (um décimo) para as edificações cobertas; II - 0,4 (quatro décimos) para a instalação de equipamentos sociais ou de lazer, incluindo-se as áreas para estacionamento, trânsito e as edificações cobertas. Parágrafo único. Nas áreas de reserva legal e preservação permanente definidas pela Lei 4771/65, não será permitido o corte de árvores para fins de ocupação do solo com qualquer atividade. Art. 18. Nas áreas verdes, públicas ou particulares em desacordo com as condições estabelecidas no artigo 17, não serão admitidas quaisquer ampliações na ocupação ou aproveitamento do solo. Art. 19. As áreas a que se refere o artigo 15 desta Lei, deverão ser cadastradas pela SEAMA no prazo máximo de 180 dias, a contar da sanção da presente Lei. Art. 20. As áreas particulares consideradas como integrantes do sistema de área verde, serão isentas de IPTU. § 1º As áreas ocupadas para fins de construções cobertas, equipamentos de lazer e estacionamento, serão tributadas normalmente. § 2º Quando ocupados por animais domésticos o direito a isenção será de apenas 50% (cinquenta por cento). § 3º A isenção deverá ser requerida anualmente e concedida somente após vistoria e parecer da SEAMA. TÍTULO IV CAPÍTULO I DAS NORMAS PARA A ARBORIZAÇÃO E AJARDINAMENTO Art. 21. A arborização, a juízo do Departamento de Meio Ambiente da SEAMA, poderá ser feita: a) nos canteiros centrais das avenidas, conciliando a altura da árvore adulta com a presença de fiação elétrica e telefonia, se existirem; b) em passeios das ruas, compatibilizando o porte da árvore adulta com a largura do passeio, com a presença de fiação e o afastamento das edificações. 24 Art. 22. O ajardinamento em passeio público deverá obedecer as seguintes normas: I - somente poderá ser executado em passeios de largura não inferior a 1,50 m e em faixa longitudinal localizada junto ao alinhamento do lote; II - A faixa ajardinada terá largura máxima de ¼ (um quarto) do passeio respectivo; III - nas faixas ajardinadas, junto ao alinhamento do lote, será permitido somente o plantio de grama ou vegetação rasteira. Art. 23. Os passeios para receberem simultaneamente o plantio de árvores e ajardinamento, deverão ter largura mínima de 3,00 m nas ruas onde é exigido afastamento ou recuo de frente, e 4,00 m naquela onde são permitidas edificações no alinhamento. Art. 24. O plantio de árvores nas vias, praças e logradouros públicos, somente poderá ser executado após estudo prévio dos locais, a elaboração de projeto técnico. Art. 25. Na execução dos projetos de plantio de arborização deverão ser observados os seguintes parâmetros técnicos: III - Deverá manter distância mínima de 5 (cinco) metros de postes de energia elétrica ou de telefonia; IV - Deverá ser utilizado mudas de uma mesma espécie em uma mesma via pública para fins de manutenção da padronização; Art. 26. Para a formação e manutenção das árvores, será admitida a prática da poda, desde que feita de maneira tecnicamente correta e dentro dos parâmetros desta Lei. Parágrafo único. Entende-se por poda, a eliminação de parte do vegetal, de modo a melhorar suas qualidades sanitárias, visuais, de equilíbrio, conciliar sua forma ao local e proporcionar condições de segurança à população. Art. 27. Fica proibida a poda com eliminação total de seus galhos e poda drástica, salvo por necessidade fito sanitária e recomendado por profissional habilitado da SEAMA. Art. 28. O serviço de poda será executado dentro das condições de segurança, com utilização de equipamentos de proteção individual, fornecido ao servidor pelo Municípioe/ou responsável pelo serviço quando permitido a terceiros. Art. 29. É expressamente proibida a extração ou poda de qualquer árvore, da arborização pública, com a finalidade de melhorar a visão de placas e letreiros de estabelecimentos comerciais. Art. 30. A extração de árvores em vias, praças parques e logradouros públicos, somente será permitida e realizada exclusivamente pela SEAMA, ou se por esta autorizado por escrito a terceiros, após vistoria e parecer de técnico habilitado do Departamento de Meio Ambiente da SEAMA, quando: I - Estiver podre, o cada ou ameaçando cair; 25 II - Estiver localizada incorretamente no meio da calçada ou fora do alinhamento permitido; III - For de espécie não recomendada para o local; IV - Estiver morta; V - Em trabalhos de substituição programado com planejamento prévio, aprovados pelo Departamento de Meio Ambiente da SEAMA; VI - Por estar infestada de pragas e/ou doenças for considerada irrecuperável após vistoria de técnico habilitado da SEAMA. Art. 31. Na apresentação dos projetos para fins de alvará para construção de edificações residenciais e comerciais é obrigatória a localização das árvores existentes no passeio e das protegidas por legislação municipal, no interior do imóvel. Art. 32. Os projetos de que trata o artigo anterior, devem ser elaborados de forma a evitar a projeção de acessos que impliquem na eliminação da árvore existente no passeio, ou da construção sobre a árvore protegida no interior no imóvel. § 1º O alvará de construção somente será concedido pelo órgão competente após certificar-se de que não haverá necessidade de extração da árvore. § 2º Não havendo possibilidade técnica de evitar-se a extração para o fim da construção, deverá o interessado requerer o corte junto a SEAMA, que o executará, ou autorizará o corte. Art. 33. Nos casos previstos no § 2º do artigo anterior, deverá o interessado recolher aos cofres públicos a importância de 20 UFIR’s, ou unidade que a vier substituir a título de indenização pela extração. Parágrafo único. Neste caso, fica o Município obrigado a replantar a árvore extraída logo após o término da construção. Art. 34. Os andaimes e cercas para construção, não poderão danificar as árvores existentes no passeio e deverão ser retirados logo após a conclusão da obra. Art. 35. Nos projetos de loteamento urbano, será exigido o plantio de no mínimo uma árvore para cada parcela de área, às expensas do loteador, utilizando-se de espécies apropriadas indicadas pela SEAMA. Parágrafo único. A obrigação de plantio não desobriga o loteador das responsabilidades da manutenção da área verde, estabelecidas na legislação pertinente. TÍTULO V CAPÍTULO I DAS INFRAÇÕES E PENAS Art. 36. Constitui infração toda ação ou omissão contrárias às disposições desta Lei. 26 Art. 37. Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar ou auxiliar alguém a praticar infração e os encarregados de execução das leis que tendo conhecimento da infração, deixarem de autuar o infrator. Art. 38. Aos infratores das disposições desta Lei, sem prejuízo de outras sanções a que tiverem sujeitos, serão aplicadas as seguintes penalidades: a) advertência; b) multa. § 1º A pena de advertência será aplicada nos seguintes casos: I - Pela extração de árvores em propriedade particular urbana, sem autorização da SEAMA, ressalvando-se as árvores cujo corte seja protegido por Lei; II - Pela elaboração e apresentação de projetos técnicos para fins de edificações sem a necessária localização da árvore nas propriedades e/ou vias públicas; III - Pelo plantio de árvores ou implantação de ajardinamento nas vias públicas em desacordo com as normas estabelecidas por esta Lei; IV - Por danificar árvores pela colocação de andaimes para construção ou deixar de retirá-los no tempo previsto por Lei; V - Por afixar cartazes, faixas, placas ou qualquer outro tipo de propaganda, pintar troncos ou amarrar animais nas árvores pertencentes à arborização pública; e VI - Por causar danos de qualquer natureza em jardins públicos. § 2º Em caso de reincidência será aplicada a pena de multa no valor de 50 UFIR’s, em qualquer um dos casos. § 3º A penalidade com multa será aplicada nos seguintes casos e nos valores estabelecidos por esta Lei: I - Por extração de árvores constante do sistema de áreas verdes do Município sem autorização da SEAMA: a) 50 UFIR’s por árvore quando localizada em área particular; b) 200 UFIR’s, por árvore, quando localizada em praças, parques, vias e logradouros públicos; c) 300 UFIR’s, por árvore, quando declarada imune de corte ou protegida por Lei, sem prejuízo de outras sanções previstas em legislação pertinente. II - Poda de árvores em praças, parques, vias e logradouros públicos, sem prévia autorização da SEAMA: a) 20 UFIR’s, por árvore, em caso de podas que não eliminem totalmente a copa da árvore; b) 50 UFIR’s, por árvore, para as podas drásticas, ou seja, que eliminem a copa da árvore totalmente. Art. 39. O pagamento da multa não exime o infrator da responsabilidade de recuperação do dano resultante da infração, na forma da Lei. Art. 39. O pagamento da multa não exime o infrator da responsabilidade de recuperação do dano resultante da infração, na forma da Lei. Art. 40. Ao infrator será permitido recurso, ao Prefeito Municipal, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a partir da data da autuação a ser protocolado no setor competente da 27 Prefeitura Municipal. Parágrafo único. O Prefeito Municipal, terá o prazo de 15 (quinze) dias para a emissão de parecer final conclusivo sobre a autuação. Art. 41. As multas não pagas serão inscritas em dívida ativa. Art. 42. Os infratores em débito de multa não poderão receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a Prefeitura, participar de concorrência, convites ou tomada de preços, celebrar contratos ou termos de qualquer natureza ou transacionar a qualquer título com a Prefeitura ou órgãos da administração municipal. Art. 43. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. PAÇO MUNICIPAL “10 DE OUTUBRO” Campo Mourão, 26 de junho de 1997 Tauillo Tezelli Prefeito Municipal Rubens Sanches Hernandes Procurador Geral Márcio Fernando Nunes Secretário da Agricultura e Meio Ambiente