Ato Administrativo - Feito

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ATO ADMINISTRATIVO
São Paulo – SP
2018
CEETEPS – Centro Estadual de Educação Tecnológica “Paula SOUZA”
ETEc GEÚLIO VARGAS
HABILITAÇÃO: 2º SERVIÇOS JURIDICOS
ATO ADMINISTRATIVO
JULIANA RODRIGUES DE SOUSA
LUCAS RICARDO MONTEIRO
LUIS SAULO SANTANA DE ANDRADE
TIAGO EUDOXIO RIBEIRO
São Paulo – SP
2018
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Introdução
Apresentaremos uma rápida abordagem do conceito de ato administrativo e seus preceitos minuciosamente. Inclusive, trataremos na questão do ato administrativo público, cuja sua finalidade é o interesse coletivo, porém nem todo ato que a administração prática é importante para o mundo jurídico.
Nesse âmbito, é importante ressaltar que o acontecimento que gera efeito para o mundo jurídico vira fato jurídico, por exemplo, quando nasce alguém, nasce uma pessoa física.
Em seguida, informaremos as Espécies do Atos Administrativos visando a aplicação e a conduta em cada espécie contida no conteúdo, dando assim, exemplos de cada ato administrativo. 
Explicaremos e Finalizaremos, portanto, como, forma e quando ocorre a abdicação ou extinção dos atos administrativos, que seria estabelecida em três formas os meios de extinção do ato administrativos.
 
Ato Administrativo
Ato Administrativo é o ato jurídico, uma manifestação de vontade destinada a produzir efeitos jurídicos, lícito praticado pela Administração Pública que tenha por finalidade adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.
Entretanto, existe também um ato administrativo involuntário que é praticado por máquinas (semáforos).
Classificação do Ato Administrativo
Ato Perfeito – é o que completou o ciclo necessário à sua formação, por exemplo: alvará de construção. 
Validade – adequação do ato às exigências da lei, por exemplo, alvará de construção de acordo com a lei.
Eficácia – poderá haver um ato perfeito e válido, mas ineficaz, dependendo do caso, ou seja, não produziu efeitos ou é inválido (contra a lei). 
Divisão do Ato Administrativo
Ato Administrativo Vinculado 
Diante de determinados requisitos, a Administração Pública deve agir e realizar o ato, por exemplo, alvará de construção: cumprindo os requisitos da lei. 
Ato Discricionário 
A lei deixa margem de liberdade de decisão à Administração para praticar ou não o ato, adotando critérios de oportunidade e conveniência. O Ato Discricionário só existe nos espaços deixados pela lei:
Quando a lei expressamente confere à Administração, critérios para atender à conveniência do serviço público;
Quando a lei é omissa, a autoridade deverá decidir de acordo com os princípios da administração pública;
Quando a lei não estabelece a conduta a ser adotada. 
Elementos do Ato Administrativo
São condições necessárias à constituição do ato administrativos, ou seja, se relacionam à existência do ato.
Forma 
Prescrito no artigo 22 da Lei 9784/99, para que um ato administrativo exista validade, sua forma deve ser prevista em lei expressamente. No entanto, existem atos que são praticados através de sinais, por exemplo, semáforos. 
Finalidade
O ato administrativo possui uma finalidade em sentido amplo (interesse público) e uma estrita (própria do ato praticado). Deste modo, as ambas finalidades devem estar presentes para válida o ato.
Competência
Fundamentado nos artigos 11 a 17 da Lei 9784/99, pois a competência é a medida do poder atribuído ao agente público competente, capaz e não impedido.
Além disso, a competência é inderrogável (não pode ser anulado), sendo permitido a delegação ou avocação, desde que haja permissão legal.
Objeto
É o efeito do ato administrativo, por exemplo, despacho de demissão – despacho é a forma e a demissão é o objeto.
Motivo
É o fato que autoriza ou determina a prática do ato administrativo, por exemplo, no caso de ato de punição a servidor, o motivo é a infração que este praticou.
Espécies de Atos Administrativos
Atos Normativos 
Aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei; estabelecem regras gerais e abstratas, pois visam a explicitar a norma legal. Exemplo: Decretos, Regulamentos, Regimentos, Resoluções, Deliberações, etc. 
Atos Ordinatórios
Visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico da Administração. Exemplos: Instruções, Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de Serviço, Ofícios, Despachos. 
Atos Negociais
Aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a vontade do particular; visa a concretizar negócios públicos ou atribuir certos direitos ou vantagens ao particular. Exemplos: Licença; Autorização; Permissão; Aprovação; Apreciação; Visto; Homologação; Dispensa; Renúncia; 
Atos Enunciativos
Aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinião sobre determinado assunto; NÃO SE VINCULA A SEU ENUNCIADO. Exemplo: Certidões; Atestados; Pareceres. 
Atos Punitivos
Atos com que a Administração visa a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos administrados ou de servidores. É a APLICAÇÃO do Poder de Polícia e Poder Disciplinar. Exemplo: Multa; Interdição de atividades; Destruição de coisas; Afastamento de cargo ou função. 
Extinção dos Atos Administrativos
O ato administrativo permanecerá no mundo jurídico até que “algo” altere a sua vigência. Uma vez publicada, embora esteja contaminada de vícios, terá vigor e deverá ser cumprido, em respeito ao Princípio da Presunção de Legitimidade até que ocorra formalmente o seu desfazimento. 
O desfazimento do ato administrativo poderá ser resultado do reconhecimento de sua legitimidade, de vícios na sua formação, ou poderá simplesmente advir da desnecessidade de sua existência, isto é, mesmo legítimo, o ato pode tornar-se desnecessário e pode ser declarada inoportuna ou inconveniente a sua manutenção. Poderá, ainda, resultar da imposição de um ato sancionatório ao particular que deixou de cumprir condições exigidas para a manutenção do ato. 
Surgem então as espécies desse desfazimento: a revogação, anulação e cassação. Onde iremos abordar uma por uma.
ANULAÇÃO
Ocorre quando há um vício no ato relativo à legalidade ou legitimidade; nunca por questões de mérito administrativo.
Em se tratando de vício, derivado de legalidade ou legitimidade pode ser sanável ou não. Hoje, o correto é dizer que à administração deve anular os seus atos que contenham vícios insanáveis, mas pode anular, ou convalidar, os atos com vícios sanáveis que não acarretem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiro. É oportuno mencionar que a Lei 9.784/1999, art. 53: 
“A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade”.
Portanto, a anulação retira do mundo jurídico atos com defeitos, retroagindo seus efeitos ao momento da pratica ato, desse modo, os efeitos produzidos serão desconstituídos. 
Vale ressaltar que esses efeitos devem ser resguardados ao terceiro de boa-fé, ou seja, os eventuais efeitos já produzidos antes da anulação do ato não serão desfeitos; o que não significa que o ato nulo venha gerar direito adquirido.
REVOGAÇÃO
Revogação é a retirada, do mundo jurídico, de um ato válido, mas que, segundo critério discricionário da administração, tornou-se inoportuno ou inconveniente. 
A revogação é um ato discricionário e tem como critério a conveniência e oportunidade; aqui se tem o controle de mérito, incidindo sobre os atos válidos. Produz efeitos prospectivos, para frente, e respeita os direitos adquiridos.
Cabe esclarecer que o ato revogado compete privativamente da administração, podendo outros Poderes (Legislativo e Judiciário) também efetuar, desde que, sejam atos editados por eles mesmos, no exercício de funções administrativas atípicas
ou acessórias.
Existem determinadas situações que pelos efeitos produzidos ou pela própria natureza do ato administrativo são insuscetíveis de modificação. São os chamados atos irrevogáveis, decorrente das limitações ao poder de revogar. Exemplos de atos insuscetíveis:
Atos consumados, que já produzirão seus efeitos;
Atos vinculados;
Atos que já geraram direitos adquiridos, encontrada na CF (art. 5, XXXVI);
Atos que integram um procedimento administrativo - porque, esse procedimento se constitui uma sucessão ordenada de atos, e cada pratica do ato, passa-se a uma nova etapa, ocorrendo assim à preclusão em relação à etapa anterior.
CASSAÇÃO
É a extinção do ato administrativo quando o seu beneficiário deixa de cumprir os requisitos que deveria permanecer atendendo, como exigência para a manutenção do ato e de seus efeitos 
Funciona como uma espécie de sanção para aqueles que deixaram de cumprir as condições determinadas pelo ato.
Existem também atos extintos que independem de qualquer manifestação ou declaração por parte do administrador ou do Poder Judiciário. Como:
Extinção
Natural: desfazimento do ato pelo mero cumprimento de seu efeito.
Subjetiva: desaparecimento do sujeito detentor do benefício do ato.
Objetiva: desaparecimento do objeto do ato praticado.
Caducidade 
Surgimento de uma nova norma jurídica que venha contrariar à antiga.
Contraposição/Derrubada
Um ato fundado em uma determinada consequência extingue outro ato anterior, com fundamento diverso. Tendo assim a extinção de um ato por oposição a nova.
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CONCLUSÃO
Por fim, concluímos que através desse trabalho ficou nítido, que os princípios fundamentais do ato administrativo, suas modalidades, características, de acordo com a lei, mostrando-nos a importância da administração pública em seus atos, e para que seus atos tenham validade são requisitados normas que são respeitadas pela administração, a fim de exercerem com eficiência o interesse coletivo.
Portanto, os atos administrativos garantem direitos, declara situações jurídicas e faz leis entre as partes, contribuindo para o funcionamento do Estado. 
REFERÊNCIAS
ETEC Getúlio Vargas – Extensão E.E Professor Roldão Lopes de Barros. Apostila – “Ato Administrativo – Conceito, Natureza Jurídica, Vinculação e Discricionariedade”. São Paulo: GV, 2018.
Jus Brasil. Conteúdo retirado do advogado Douglas Cunha – “Espécies do Ato Administrativo”. São Paulo, 2018.
Jus Brasil. Conteúdo retirado do site. – “Extinção do Ato Administrativo”. São Paulo, 2018.
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