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Actos administrativos D A

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA
DIVISÃO DE ECONOMIA, GESTÃO E TURISMO (DEGEST)
CURSO DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA
Actos Administrativos
Discente:
Amadeu Cainde
Augusto Chico Augusto
Anita Paulo Zeca
David Armando Cumbane
Kassia do Rosário Gonçalves
Liliana Martinho
Maristela João Amad
Maria Mónica Mtambo
Pedro Malança Júnior
Sansão Levi Bila
Thamma Francisco
Docente: dr. José Dias
Chimoio, Abril de 2020
Actos Administrativos
Discente:
Amadeu Cainde
Augusto Chico Augusto
Anita Paulo Zeca
David Armando Cumbane
Kassia do Rosário Gonçalves
Liliana Martinho
Maristela João Amad
Maria Mónica Mtambo
Pedro Malança Júnior
Sansão Levi Bila
Thamma Francisco
 (
Trabalho da cadeira de Direito Administrativo, como requisito parcial para aprovação, orientado pelo dr. José Dias. 1° Semestre
)
.
Chimoio, Abril de 2020
ÍNDICE
1.	Introdução	3
1.1.	Objectivos:	4
1.1.1.	Objectivo Geral:	4
1.1.2.	Objectivos específicos:	4
1.1.3.	Metodologia:	4
2.	ACTO ADMINISTRATIVO	5
2.1.	Conceitos	5
2.2.	Principais Características Do Acto Administrativo	5
2.3.	Funções Do Acto Administrativos	6
2.4.	Estrutura Do Acto Administrativo	6
2.4.1.	Elementos subjectivos	7
2.4.2.	Elementos formais	7
2.4.3.	Elementos funcionais e objectivos	7
2.5.1.	Competência	8
2.5.2.	A finalidade	8
2.5.3.	Forma	8
2.5.4.	Motivo	8
2.5.5.	Objecto	8
2.6.	Características ou atributos dos actos administrativos	9
2.7.	Classificação dos actos administrativos	11
2.7.1.	Os actos vinculados	11
2.7.2.	Os actos discricionários	11
2.7.3.	Os actos simples	11
2.7.4.	Os actos compostos	11
2.7.5.	Actos complexos	12
2.8.	Outras classificações dos actos administrativos	12
2.8.1.	Quanto aos destinatários	12
2.8.2.	Quanto ao alcance temos	13
2.8.3.	Quanto à manifestação de vontade	13
2.8.4.	Quanto à eficácia identificamos	14
2.8.5.	Quanto à retratabilidade	15
2.9.	Espécie de actos administrativos	15
2.9.1.	Os actos normativos	16
2.9.2.	Os actos ordinatórios	17
2.9.3.	Actos negociais	18
2.9.4.	Actos enunciativos	20
2.9.5.	Actos punitivos	21
2.10.	Extinção do acto administrativo	21
2.10.1.	Extinção ipso iuri pelo cumprimento integral de seus efeitos.	22
2.10.2.	Extinção ipso iuri pelo desaparecimento do sujeito ou do objecto.	22
2.10.3.	Extinção por renúncia.	22
3.	Conclusão:	24
4.	Referências bibliográficas:	25
21
1. Introdução
O presente trabalho versara acerca de Actos Administrativos, importa a que frisar que um acto administrativo é uma declaração voluntária que se realiza no exercício da função pública e que produz efeitos jurídicos individuais de forma imediata. Este tipo de acto constitui uma manifestação do poder administrativo que se impõe de maneira unilateral e imperativa.
Tratando-se de uma declaração, os actos materiais da administração pública não fazem parte dos seus actos administrativos. Por outro lado, os actos administrativos são executivos pelo facto de não necessitarem da autorização do poder judicial para impor as suas condições nem para obrigar a observância dos mesmos.
Palavras-chave: Actos Administrativos, sua classificação, estrutura dos actos administrativos.
Pretendemos com este tema expor ou descrever de forma clara, concisa e simples todos os elementos constantes neste trabalho.
1.1. Objectivos:
1.1.1. Objectivo Geral:
· Descrever os Actos Administrativos
1.1.2. Objectivos específicos:
· Trazer aspectos relacionados com as principais características do acto administrativo;
· Descrever a estrutura do acto Administrativo bem como a sua classificação;
· Apresentar as espécies de actos administrativos.
1.1.3. Metodologia:
O trabalho baseia-se em pesquisa bibliográfica, análise da literatura já publicada em forma de livros, revistas, e informações disponibilizada na internet.
2. 
ACTO ADMINISTRATIVO
2.1. Conceitos
Os actos Administrativos é um acto jurídico unilateral com carácter decisório, praticado no exercício de uma actividade Administrativa Publica, destinado a produzir efeitos jurídicos numa situação individual e concreta (Caupers, 2013, Pag.225).
Actos Administrativos: é toda manifestação unilateral de vontade da administração pública que, tenha por fim imediato resguardar, adquirir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria (Carvalho, 2014).
2.2. Principais Características Do Acto Administrativo
As características mais marcantes dos actos administrativos são, em nosso entender, as seguintes:
a) A autoridade – Consequência do poder de decisão unilateral da Administração Publica, que se traduz na obrigatoriedade do acto administrativos para todos aqueles relativamente a quem ele produza os seus efeitos;
b) A revogabilidade limitada – Resultante da necessidade e buscar um ponto de equilíbrio entre a permeabilidade dos actos administrativos á variação dos interesses públicos que visam promover e a protecção da confiança dos particulares, sem a qual se inviabiliza a indispensável colaboração destes com Administração Publica;
c) A chamada presunção de legalidade – Que decorra do princípio da legalidade e justifica aspectos que se estudarão mais adiante, como a ilegalidade da oposição do direito de resistência a actos administrativos anuláveis e o efeito meramente devolutivo do recurso contencioso.
Note-se que esta “presunção” deve ser entendida com prudência: Ela não pode querer significar que todos os actos administrativos praticados por órgãos da Administração Publica que não sejam nulos são, Ipso facto, conforme a lei- com as consequências de que os particulares teriam sempre de fazer prova plena de todos os actos supostamente ilegais que neles contestam. (Caupers, 2013, Pag.225).
2.3. Funções Do Acto Administrativos
Em primeiro lugar, os Actos Administrativos concretizam e aplicam os direito abstractos das leis e dos regulamentos aos casos concretos. Sem uma aplicação vinculada ou discricionária pela Administração das normas gerais e abstractas, o legislador soberano não lograria concretizar os seus desígnios e valorações na prática. 
Em segundo lugar os actos administrativos são a forma legal de praticar actos em estado de necessidade (artigo 3 do nr 2, CPA – os actos administrativos praticados em estado de necessidade, com preterição das regras estabelecidas, são validos desde que os resultados não pudessem ter sido alcançados de outro modo, mais salvaguarda-se o direito de indemnização contra a Administração).
Em terceiro lugar, há a função relativa a executoriedade e a legalidade da execução. O comprimento das obrigações e das limitações que derivam de um acto administrativas podem ser impostos coercivamente pela Administração sem recurso prévio aos tribunais, desde que se respeite a forma e os termos da lei artigo 149, nr 2e 3, CPA. Excepto em estado de necessidade, os órgãos da Administração publica não podem praticar acto ou operação material de que resulte limitação de direitos subjectivos ou de interesses legítimos dos particulares, sem terem praticado prevenidamente o acto administrativo que legitima tal actuação artigo 151 nr 1, CPA.
Em quarto lugar, o acto administrativo é um objecto delimitador para efeitos impugnatórios (função processual). Os particulares têm o direito de requerer a modificação ou a revogação dos actos administrativos. Podem ser objecto de recurso hierárquico todos os actos administrativos. O clássico recurso contencioso visa impugnar actos administrativos (hoje a lei refere a acção administrativa especial).
2.4. Estrutura Do Acto Administrativo
Conforme o Scatolino e Gustavo, (2014) São 4 ordens de elementos que compõem a estrutura dos actos administrativos:
1. Elementos subjectivos;
2. Elementos formais;
3. Elementos objectivos; e
4. Elementos funcionais.
2.4.1. Elementos subjectivos
São o autor e o destinatário, ou seja, o acto administrativo que relaciona dois sujeitos: A Administração Publica e um particular ou, por vezes pessoas colectivas públicas.
2.4.2. Elementos formais
São as formas e formalidades, isto é, um acto administrativo tem obrigatoriamente uma forma, uma maneira de como manifesta a conduta voluntaria,Por outro lado temos as formalidades que são os paramentos que a lei manda observar com intenção de garantir a correcta formação do acto administrativo ou o respeito pelo direito e interesses legítimos dos particulares. Idem
2.4.3. Elementos funcionais e objectivos
São a causa, os motivos e o fim. A causa é um elemento sobre o qual não subsiste unanimidade entre os autores. O professor Freitas de Amaral fala, por isso, em duas vertentes: A objectiva, sendo função juridico-social de cada tipo de acto administrativo; e a subjectiva sendo o motivo imediato de cada acto administrativo os motivos são tudo aquilo que leva a Administração publica a praticar um dado acto administrativo; existem motivos típicos e atípicos próximos e remotos, principais e acessórios, imediatos e mediato, etc. O fim é o objectivo a alcançarem através de um dado acto administrativo. Idem
2.5. Elementos ou requisitos de validade aos actos administrativos 
Dentre os elementos que compõe os actos administrativos estão os caracterizados como essenciais à formação do ato administrativo e são reconhecidos como requisitos de validade. 
O ato administrativo poderá até existir sem um dos seus requisitos, mas não será válido frente a ausência de um dos requisitos essenciais. Estes requisitos ou elementos são: competência, finalidade, forma, motivo e objecto. 
2.5.1. Competência
Esta se caracteriza pelo poder atribuído ao agente público para o desempenho específico de suas funções. Sendo assim, a lei confere ao agente público a prática de seus actos, portanto, a competência é resultado da lei e por esta é delimitada e que por este motivo, não poderá ser alterada por vontade das partes ou do administrador público. 
2.5.2. A finalidade
É o escopo do ato, ou seja, é aquilo que se busca proteger com a prática do ato administrativo. Esta finalidade também pode ser genérica, ou seja, presente em todos os actos ou ainda específica, quando, definida em lei e estabelecendo qual a finalidade de cada ato de forma específica. 
2.5.3. Forma
Quanto À Forma, esta é a exteriorização do ato, determinada por lei. Assim, sem forma não poderá haver ato e desta forma, a ausência de forma importa na inexistência do ato administrativo, visto que este é um instrumento de projecção do acto. 
2.5.4. Motivo
No que se refere ao motivo, este se caracteriza através da razão de facto e de direito que dão ensejo à prática do acto, ou seja, uma situação fáctica que precipita a edição do acto administrativo. 
O motivo deve ser analisado sob duas vertentes. A primeira quanto ao seu pressuposto jurídico, ou seja, se configura pela norma de ordenamento jurídico que prevê um determinado fato que precipitará a prática do ato administrativo e ainda pelo pressuposto de fato, o qual se trata das circunstâncias ocorridas no plano fáctico. 
2.5.5. Objecto
É o conteúdo do acto, é aquilo que o acto dispõe. È o efeito causado pelo acto administrativo no mundo jurídico que terá como objecto a criação, modificação ou comprovação de situações concernentes a pessoas, coisas ou actividades sujeitas à acção do Poder Público.
2.6. Características ou atributos dos actos administrativos
Os atributos ou também nomeado de características por parte da doutrina, dizem respeito à eficácia e qualidade de um acto administrativo, e isso possui grande relevância, para proteger adequadamente o interesse público, diante do princípio basilar do sistema jurídico-administrativo, que é o princípio da Supremacia do interesse público sobre o privado (Di Pietro, 2013)
· A Presunção de legitimidade, também denominado como presunção de legalidade ou presunção de veracidade, esta característica significa dizer que os actos administrativos são considerados verdadeiros e legais para o Direito, até que se prove o contrário. Trata-se portanto de uma presunção relativa ou júris tantum, no sentido que a situação descrita pela conduta do poder público admite prova em contrário pelo interessado prejudicado. Por essa razão, há a inversão do ónus da prova, pois incube ao particular prejudicado o dever de provar que a Administração Pública contrariou a lei ou os factos, tornando o ato administrativo ilegítimo. Idem
· Outra característica do ato administrativo é a Imperatividade ou também conhecida como Coercibilidade, que implica no poder da Administração em impor obrigações de forma unilateral aos particulares, independentemente da anuência deste. 
Segundo Hely Lopes Meirelles, a imperatividade é o atributo do ato administrativo que “impõe a coercibilidade para o seu cumprimento ou execução, decorrendo da só existência do ato administrativo, não dependendo da sua declaração de validade ou invalidade”. 
Este atributo é a possibilidade de submeter terceiros a deveres jurídicos, decorrentes do poder extroverso do Estado, que se encontra intrinsecamente ligado a imperatividade do ato administrativo. 
· A Exigibilidade, é denominado entre os franceses como privilègedupréalable, que consiste na permissão atribuída ao poder estatal no exercício da função administrativa, a aplicação de sanções aos particulares quando houver a inobservância de determinada obrigação imposta, sem a necessidade de ordem judicial.
Segundo Alexandre Mazza, o atributo da exigibilidade se resume ao poder de aplicar sanções administrativas, como por exemplo, multas, advertências e interdição de estabelecimentos comerciais. 
A exigibilidade é uma característica presente na maior parte dos actos administrativos, mas inexistente nos actos enunciativos, assim como também ocorre na imperatividade. 
· Auto-executoriedade é uma das características mais relevantes, denominada também de privilége d’ action d’office, pelo Direito Administrativo francês. Este atributo significa dizer que a Administração Pública pode impor suas decisões imediatamente, independentemente de provimento judicial, realizando, no entanto, a execução material dos actos administrativos ou da norma legal, podendo se valer, caso necessário, até da força física, com o escopo de exclusão no cometimento de qualquer violação a ordem jurídica. 
Este atributo, não é existente em todos os actos administrativos, pois é necessária sempre a previsão legal, ou uma situação de urgência, em caso de garantia ao interesse público, desde que este, possua devidamente fundamentada a necessidade de uma actuação urgente, sob pena de serem causados danos ao interesse da colectividade. 
· Por fim, a Tipicidade é o atributo pelo qual o administrador apenas poderá exercer suas actividades nos termos previstos em lei. O ato administrativo deverá obrigatoriamente corresponder a um tipo legal preliminarmente definido pela lei, habilitadas a produzir determinados efeitos.
Neste sentido, Meirelles, esclarece melhor sobre esse atributo, que por sinal fora criado pela doutrina da referida autora, portanto, é de suma relevância observar o entendimento da autora, definindo que “Tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Para cada finalidade que a Administração pretende alcançar, existe um ato definido em lei”. 
A tipicidade é uma verdadeira protecção ao particular, abstendo a Administração de agir absolutamente de forma discricionária. Ocorrendo, uma limitação ao ente estatal para a prática de actos não definidos por lei, atípicos ou inominados, desta maneira há uma derivação do princípio da legalidade. 
2.7. Classificação dos actos administrativos
Quanto ao grau de liberdade iremos discorrer sobre os actos discricionários e actos vinculados. A mais importante classificação dos actos administrativos baseia-se no critério do grau de liberdade, dividindo os actos em vinculados e discricionários. Sendo que, os actos vinculados são aqueles praticados pela administração sem margem alguma de liberdade. 
2.7.1. Os actos vinculados
Não podem ser revogados porque não possuem mérito, que é o juízo de conveniência e oportunidade relacionado à prática do acto, entretanto, podem ser anulados por vício de legalidade.2.7.2. Os actos discricionários
São praticados pela administração dispondo de margem de liberdade para que o agente público decida, diante do caso concreto, qual a melhor maneira de atingir o interesse público. Eles são caracterizados pela existência de um juízo de conveniência e oportunidade no motivo ou no objeto, conhecido como mérito, podendo tanto ser anulados na hipótese de vício de legalidade quanto revogados por razoes de interesse público. 
2.7.3. Os actos simples
São aqueles que resultam da manifestação de um único órgão, seja singular ou colegiado. Assim, a vontade para a formação do ato deve ser unitária, sendo ela obtida por meio de uma votação em órgão colegiado ou manifestação de um agente, em órgãos singulares. 
2.7.4. Os actos compostos
São aqueles praticados por um único órgão, mas que dependem da verificação visto, aprovação, anuência, homologação ou de “de acordo”, como condição de exequibilidade. Vale acrescentar que, a existência, a validade e a eficácia dependem da manifestação do primeiro órgão (ato principal), mas execução fica dependente até a manifestação do outro órgão (ato secundário).
2.7.5. Actos complexos
São formados pela conjugação de vontades de mais de um órgão ou agente, sendo que para a existência do presente acto esse último elemento é indispensável. 
Sendo assim, a diferença entre os actos complexos e compostos decorre do fato de que, a despeito de serem actos que dependem de mais de uma vontade para sua formação, no ato complexo, estas vontades são expedidas por órgãos independentes para formação de um ato, enquanto no acto composto, haverá a manifestação de autoridades diversas, dentro de uma mesma estrutura orgânica, sendo que uma das condutas é meramente ratificadora e acessória em relação à outra. 
2.8. Outras classificações dos actos administrativos
Existem outras classificações dos actos administrativos que estão vinculados a requisitos e ou critério que os definem de forma singular. Veremos a classificação 
2.8.1. Quanto aos destinatários
Que são os actos gerais ou regulamentares que são dirigidos a uma quantidade indeterminável de destinatários, sendo estes, portadores de determinações, em regra, abstractas e impessoais, não podendo ser impugnados judicialmente até produzirem efeitos concretos em relação aos destinatários. 
Entretanto, os Actos Colectivos são os expedidos em função de um grupo definido de destinatários. Já os actos individuais aqueles direccionados a um destinatário determinado, especificados no próprio ato. Nesses casos, não há uma descrição geral de actividade ou situação, mas sim a discriminação específica de quais agentes ou particulares se submetem às disposições. 
Ressalta-se que o Acto Individual pode-se referir a vários indivíduos, mas eles estarão todos explicitados no acto administrativo. 
No que tange à estrutura eles podem ser os actos concretos são os que regulam um caso, esgotando-se após a primeira aplicação. Enquanto, actos abstractos ou normativos são os que se aplicam a uma quantidade indeterminável de situações concreta, não se esgotando a primeira aplicação, sua aplicação é continuada.
2.8.2. Quanto ao alcance temos
Os actos internos são os que produzem efeitos dentro da administração, vinculados somente aos órgãos e agentes públicos, dispensando assim publicação na imprensa oficial. Já os actos externos, estes produzem efeitos perante terceiros. 
Em relação ao objecto os actos de império são os praticados pela administração em posição de superioridade diante do particular, sem usar de sua supremacia e regidos pelo direito privado. Na execução destas actividades, o poder público impõe obrigações, aplica penalidades, sem a necessidade de determinação judicial, em virtude da aplicação das regras que exorbitam o direito privado, sempre na busca do interesse da colectividade. Por óbvio, caso tenhamos sido praticados em desrespeito às normas vigentes, poderão ser anulados pela própria Administração Pública ou pelo poder Judiciário, sendo ainda possível sua revogação por razoes de interesse público, desde que devidamente justificadas. 
Os actos de expediente, estes dão andamento a processos administrativos, sem configurar uma manifestação de vontade do Estado, mas sim a execução de condutas previamente definidas. Considerados actos de rotina interna praticados por agentes subalternos sem competência decisória.
Vale ressaltar, que os actos de Império e o de gestão ganharam grande ênfase no período absolutista. Pois era atribuído a responsabilidade dos actos de gestão ao Estado, dando continuidade à irresponsabilidade perante os mesmos. 
2.8.3. Quanto à manifestação de vontade
Estes podem ser actos unilaterais, que dependem tão-somente de uma vontade. E os actos bilaterais dependem da anuência das duas partes. 
Em relação aos efeitos estes são actos ampliativos são os que aumentam a esfera de interesse do particular. E os actos restritivos, estes limitam a esfera de interesse do destinatário. 
No que concerne ao conteúdo podemos destacar: Os actos constitutivos, estes criam novas situações jurídicas, previamente inexistente, mediante a criação de novos direitos ou a extinção de prerrogativas anteriores estabelecidas. Os actos extintivos ou desconstitutivos extinguem situações jurídicas. Os actos declaratórios ou enunciativos visam preservar direitos e afirmar situações preexistentes. Possuem efeitos retroactivos, haja vista o fato de que não constituem situações, mas tão-somente as apresentam, como ocorre com o ato de aposentadoria compulsória de um servidor público. Actos alienativos realizam a transferência de bens ou direitos a terceiros. Actos modificativos alteram situações preexistentes. Actos abdicativos são aqueles em que o titular abre mão de um direito.
Conforme posicionamento de Meirelles (2007, p. 174), a Administração Pública somente pode renunciar a direito se houver autorização legislativa. Essa restrição é decorrente do princípio da indisponibilidade do interesse público pela Administração.
A despeito à situação jurídica que criam existem os autos – regra criam situações gerais, abstractas e impessoais, não produzindo direito adquirido e podendo ser revogado qualquer tempo. Os actos subjectivos criam situações particulares, concretas e pessoais, podendo ser modificadas pela vontade das partes. O acto condição refere-se a submissão de alguém a situações criadas pelos actos – regra, sujeitando-se a alterações unilaterais.
2.8.4. Quanto à eficácia identificamos
Os Actos Válidos praticados pela autoridade competente atendendo a todos os requisitos exigidos pela ordem jurídica. Os actos nulos são os expedidos em desconformidade com as regras do sistema normativo. Estes possuem defeitos insusceptíveis de convalidação, especialmente nos requisitos do objecto, motivo e finalidade. Os actos anuláveis praticados pela administração pública com vícios sanáveis na competência ou na forma, admitindo convalidação. Assim, será executado, independente de intervenção do poder judiciário, contudo, poderá ser propiciada as garantias do devido processo legal. Os actos inexistentes possuem um vício gravíssimo no ciclo de formação impeditivo da produção de qualquer efeito jurídico. Há flagrante ilegalidade, sendo esta manifesta. A imperfeição é de fácil visualização nesses actos, que não chegam a produzir efeitos. Já os actos irregulares são os portadores de defeitos formais levíssimos que não produzem qualquer consequência na validade do ato. 
Em relação à exequibilidade iremos identificar os actos perfeitos são os que atendem a todos os requisitos para sua plena exequibilidade. Os actos imperfeitos são os incompletos na sua formação. O acto pendente o que preenche todos os elementos de existência e requisitos de validade, mas a irradiação de efeitos depende do implemento de condição suspensiva ou termo inicial. E os actos consumados ou exauridos são os que produzem todos os efeitos. 
É importante acrescentar que, o efeito produzido por um ato ilegal será o mesmo do ato legalmente editado. Entretanto, na correcção do ato ilegal,os efeitos que decorreram deste serão apagados, em razão dos efeitos retroactivos (ex tunc) da anulação. 
2.8.5. Quanto à retratabilidade
Temos os actos irrevogáveis são os insusceptíveis de revogação, como os actos vinculados, os exauridos, os geradores de direito subjectivo e os protegidos pela imutabilidade da decisão administrativa. Os actos revogáveis são aqueles sujeitos à possibilidade de extinção por revogação. Os actos suspensíveis praticados pela Administração com a possibilidade de ter os efeitos poderão ser suspensos diante de situações excepcionais. E por fim, os actos precários questão os expedidos pela Administração Pública pela criação de vínculos jurídicos efémeros e temporários, passíveis de desconstituição a qualquer momento pela autoridade administrativa diante de razoes de interesse público superveniente. Pela sua própria natureza, não geram direito adquirido à permanência do benefício. 
Destacamos quanto ao modo de execução dos actos que são os auto-executórios podendo estes serem executados pela Administração sem necessidade de ordem judicial. Já os actos não auto-executórios dependem de intervenção do Poder Judiciário para produzir seus efeitos regulares.
2.9. Espécie de actos administrativos
A legislação elenca uma variedade de espécies de actos administrativos, todavia não os identifica mediante parâmetros objectivos, em virtude disso a doutrina sistematizou as inúmeras modalidades de actos. 
A disposição das espécies mais utilizada por toda doutrina foi a delineada pelo insigne Hely Lopes Meirelles. Tal doutrinador fragmentou os actos administrativos em cinco categorias sendo elas: Actos normativos, Actos ordinatórios, Actos negociais, Actos enunciativos e Actos punitivos. 
2.9.1. Os actos normativos
São actos genéricos e abstractos que são destinados a uma quantidade incerta de pessoas, devido ao potencial de sua abrangência. Essa modalidade ato administrativo decorre do poder normativo do Estado e tem o desiderato de criar normas gerais com fulcro na legislação existente, jamais produzindo novas situações. 
São actos normativos: Regulamentos- são actos normativos privativos do chefe do Poder Executivo, ao qual é aplicado o princípio da simetria por tratar naquele artigo apenas de Presidente da República. Esse ato é manifestado através de Decreto, o qual é a forma, o modo de exteriorização do regulamento, sendo este o conteúdo daquele. Os regulamentos se classificam em: 
· Regulamentos executivos os quais são editados para a efetivação da lei e visam pena complementarmos o texto legal, sendo vedada a inovação de novas circunstâncias que criam ou extinguem direitos e obrigações, sob pena de violação do Princípio da Legalidade. 
· Regulamentos autónomos - são actos que substituem a legislação, inovando o ordenamento jurídico. Esses actos versam sobre matérias que independem previsão legislativa. 
· Instruções normativas - são actos praticados por autoridades ou órgãos públicos que possuam atribuição para tanto, com o escopo de propiciar a execução de leis, assim como de actos normativos.
· Regimentos - é o ato normativo destinado à regulação normas internas de órgãos colegiados e casas legislativas. Tal acto decorre do poder hierárquico, por isso seus efeitos não se aplicam aos particulares que não tem relação com a estrutura organizacional da entidade que editou o regimento. 
· Deliberações - são actos normativos que representam a decisão de órgão colegiado, expedida de acordo com a vontade da maioria das pessoas que lhe representam. 
· Resoluções - são hierarquicamente inferiores aos decretos e regulamentos, utilizados pelos Ministros de Estado, presidentes de tribunais, das casas legislativas, bem como de órgãos colegiados, que tratam de matéria de interesse específico dos órgãos citados. 
2.9.2. Os actos ordinatórios
São actos de organização e estruturação interna oriunda do poder hierárquico. Esses actos visam a ordenação interna das entidades e órgãos que compõem a Administração Pública, logo, tais actos não abrange terceiros estranhos ao Estado. Ademais, essa categoria, em razão da sua destinação, poderá ser revogada a qualquer tempo por àqueles que o expediu. São actos ordinatórios: 
· Instruções - são ordens escritas e genéricas emanadas por um agente hierarquicamente superior, destinadas aos subordinados para a efectivação de serviço público delimitado.
· Circulares - são actos designados em face de servidores que executam actividades em situações específicas. O que os distingue das instruções é que estas não são gerais.
· Avisos - são actos de prática exclusiva de Ministros de Estado para regular situações de competência interna do Ministério. Conforma a classificação de Matheus Carvalho, 2014, p. 277, tal acto é espécie de acto normativo. 
· Portarias - são actos administrativos internos que estabelecem ordens e determinações internas que tem como desiderato iniciar sindicâncias, processos administrativos, assim como designação de servidores para cargos secundários. São direccionadas a pessoas específicas no teor do acto administrativo.
· Ordem de serviço - é a conduta do Estado que possui o espeque de estruturar o serviço interno do órgão através de determinações destinadas aos responsáveis por obras e serviços do governo autorizando que estas sejam iniciadas. 
· Ofícios - são actos que são representados por convites ou comunicados escritos direccionados à particulares ou à servidores, que tratam de temas administrativos ou referente à ordem social. 
· Despachos - são espécies de decisões de autoridades públicas sobre temas específicos, prolatadas no bojo de um processo ou em documentos, sob a responsabilidade daquelas autoridades.
2.9.3. Actos negociais
São actos administrativos no qual o Estado outorga ao particular alguns direitos por estes pleiteados, mediante requerimento regularmente elaborado pelo cidadão. Tal categoria não é um contrato administrativo, uma vez que advém de vontade unilateral do Estado, por isso a doutrina o classifica como ato administrativo ampliativo. Os actos negociais podem ser licenças, autorizações, aprovações, admissões, homologações, visto, dispensas, renúncia, protocolo administrativas concessões ou permissões, todos esses modelos de actos administrativos negociais são revestidos da forma de alvará. Vejamos as especificidades de cada espécie de actos negociais: 
· Autorização - é uma espécie de ato unilateral, discricionário, precário e constitutivo, por meio do qual a Administração Pública concede autorização a um particular que utilize bem público consoante seu interesse, bem como concede o exercício de certas situações materiais que estão sujeitas a fiscalização, como por exemplo porte de arma de fogo ou autorização para funcionamento de instituição de ensino particular. Dessa forma, a doutrina divide a autorização em duas espécies: a autorização de polícia e a autorização de uso de bem público, os quais são dotados de natureza precária, em virtude de poderem ser desfeitos a qualquer tempo, sem direito de requerer indemnização. 
· Autorização de uso de bem público - o uso normal ou natural dos bens públicos é livre aos particulares. Entretanto, o uso anormal e privado de bem público necessita de autorização, devendo o Estado averiguar se tal autorização infringe não interesse colectivo de uso normal deste bem.
· Autorização de polícia - são autorizações para que o particular realize actividades que serão fiscalizadas pelo poder estatal, em decorrência de envolver circunstância de grande importância social ou perigo que pode gerar na sociedade. Conforme o entendimento do STJ a autorização pode ser desfeita a qualquer momento, não configurando direito adquirido aos beneficiários. 
· Permissão - é acto discricionário e precário que confere ao particular o exercício de serviço de interesse principalmente colectivo ou utilização anormal ou privativa de bem público. Para o doutrinador Matheus Carvalho e José dos Santos Carvalho Filho, a permissão de serviço público não constitui ato administrativo, todavia é uma espéciede contrato administrativo. 
· Licença - é um ato unilateral, declaratório e vinculado, sendo uma representação do poder de polícia. Em razão desse ato negocial ser vinculado, apenas é necessário o preenchimento de pressupostos objectivos para que o Estado conceda a licença, possibilitando o exercício de certa actividade que estará adstrita a fiscalização estatal. Alguns exemplos são a licença para construir ou para exercer actividade profissional. 
· Admissão - é um ato unilateral e vinculado que propicia que particulares ingressem, usufruam de estabelecimentos públicos, mediante o cumprimento dos requisitos objectivos legais impostos. Um exemplo dessa situação é a admissão em escola pública. A admissão também pode ser compreendida, consoante o entendimento do ilustre Celso António Bandeira de Melo, como a investidura precária que é concedida a particulares para ingressar no quadro público.
· Aprovação - é um ato administrativo unilateral e discricionário que averigua preliminarmente ou a posteriori a legalidade e o mérito de outro ato como pressuposto para este produzir efeitos. Então a aprovação realiza o controlo de legalidade e de mérito de conduta previamente efectivada pelo Estado.
· Concessão - é a atribuição que o Poder Público viabiliza ao particular a utilização de um bem do domínio público, visando que este último explore o bem de acordo com sua destinação específica. A modalidade de maior notabilidade é a concessão de serviço público, a qual é um ato bilateral, sujeito a licitação nos moldes da espécie concorrência pública, por meio do qual o Estado cede a um particular a prestação de serviço público por prazo determinado, à custa de remuneração paga pelo usuário do serviço.
· Visto - é um ato vinculado que tem o espeque de controlar a legitimidade formal algum acto efectuado por particular ou por agente público.
· Homologação - constitui acto unilateral, vinculado que analisa a legalidade e a conveniência de ato emanado por outro agente da Administração Pública anteriormente. A homologação é o pressuposto para tornar o acto exequível.
· Dispensa - é um ato discricionário que desonera o particular de efectivar determinada actividade.
· Renúncia - configura acto unilateral, abdicativo, discricionário e irreversível, através do qual a Administração Pública declina direito ou até mesmo crédito em benefício de um particular.
· Protocolo Administrativo - é uma declaração administrativa realizada concomitantemente com o particular, que trata de efectivação de actividade ou privação de determinada atitude em prol dos interesses públicos e do particular, conjuntamente.
2.9.4. Actos enunciativos
Os quais apresentam opiniões, conclusões da Administração Pública, bem como podem atestar ou verificar determinadas situações que atingem o ente estatal. Parte da doutrina aduz que esses actos não são actos administrativos por não exteriorizar a vontade da Administração Pública, mas apenas ato praticado pelo ente estatal. Em face disso estipula-se que não são actos, contudo factos administrativos que não estão condicionados a averiguação do mérito ou da legalidade. São actos enunciativos: 
· Atestado - ocorre quando o Poder Público comprova o acontecimento de determinadas situações fácticas transitórias, que não se encontra documentado nas repartições públicas.
· Certidão - constitui ato através do qual o ente público certifica facto que já foi anteriormente registado nos arquivos públicos. 
· Apostila ou averbação - configura acto que tem por desiderato de acrescentar informações em registo público. 
· Parecer - é o ato que emana opinião de órgão consultivo do ente público, que versa sobre tema de sua competência. Os pareceres poderão ser facultativos ou obrigatórios. Por somente declarar conclusão técnica sobre determinado tema, tal declaração não vincula/obriga a autoridade a qual é destinado. 
No que concerne à responsabilidade do parecerista, a doutrina majoritária entende que apenas será responsabilizado, quando o aquele emitir sua conclusão dolosamente ou com erro grosseiro, fundamentando que o administrador tem discricionariedade em concordar ou não com a opinião estampada no parecer. Dessa forma entende José dos Santos Carvalho Filho e Matheus Carvalho. Os pareceres podem ser:
· Normativos - são aqueles que quando aprovados pela autoridade competente para tanto, transformam-se me normas obrigatórias. 
· Técnico - é o pronunciamento que exige capacitação técnica especializada para emanar uma opinião da situação que lhe foi apresentada. 
E por fim Alexandre Mazza, Matheus Carvalho e diversos outros juristas que adoptam a divisão das espécies dos actos elaborada por Hely Lopes Meirelles, elencam, in fine.
2.9.5. Actos punitivos
 Esta categoria decreta a aplicação de sanções em função da consumação de infracções administrativas por agentes públicos ou particulares. Tais actos podem advir tanto do poder disciplinar, como do poder de polícia. Configuram actos punitivos: 
· Multa - é uma espécie de punição imposta em dinheiro, destinadas àqueles que infringem determinações administrativas ou estipuladas por lei. 
· Interdição de actividade - constitui vedação administrativa para a execução de algumas actividades. 
· Destruição de coisas - ó o acto administrativo que deteriora o uso de determinados bens privados, seja em razão de serem inadequados para consumo ou por serem de comercialização defesa. 
É válido trazer a lume também que a doutrina especifica a classificação no que tange a forma e ao conteúdo do ato administrativo. O primeiro é a maneira que se exterioriza o teor da norma, enquanto o segundo é a norma em si. Destrate, o decreto é o veículo dos regulamentos e de outros; o alvará veicula a autorização e as licenças; a resolução é a forma das deliberações colegiadas; o aviso é a exteriorização dos ofícios e instruções; e a portaria é o ato que conduz instruções, ordens de serviço e circulares.
2.10. Extinção do acto administrativo
Depois de praticado e de produzir seus efeitos, o acto administrativo desaparece. A extinção pode ocorrer de forma automática, sem intervenção estatal, chamada de extinção de pleno direito ou ipso iure e também ocorre por força de um segundo acto normativo expedido com o escopo de eliminar o primeiro acto. 
Quando o ato não é eficaz, sua retirada ocorre pela revogação ou anulação. Em se tratando de actos eficazes, a extinção acontece pelos seguintes motivos: 
2.10.1. Extinção ipso iuri pelo cumprimento integral de seus efeitos.
Quando o ato produz todos os efeitos para os quais foi expedido, ocorre sua extinção natural e de pleno direito. A extinção natural pode dar-se pelo esgotamento do conteúdo do ato, ocorrendo seu exaurimento, como acontece em um edital para compra de medicamentos, após concluído todo o processo. Pela execução material, isto é, quando a ordem expedida é cumprida, a exemplo do que acontece com a ordem de guinchamento de veículo executada. Também ocorre pelo implemento de condição resolutiva ou termo final, ou seja, ocorre o evento que prevê o fim de sua aplicabilidade, como acontece quando finda o prazo de validade da habilitação para conduzir veículos. 
2.10.2. Extinção ipso iuri pelo desaparecimento do sujeito ou do objecto.
Ocorre quando desaparece a pessoa ou objecto para os quais o ato se destina. Um exemplo disso é o acto que promove um servido, extingue-se com o falecimento do mesmo. 
2.10.3. Extinção por renúncia.
Ocorre quando o próprio beneficiário do ato abre mão, voluntariamente, dos benefícios pelo acto proporcionados. É o que ocorre quando ocupante de cargo é exonerado a pedido. 
Por ultimo, a extinção pode ocorrer pela retirada do ato. Ocorre quando um ato posterior extingue o anterior. As modalidades de retirada são: revogação, anulação, cassação, caducidade e contraposição. 
· Revogação é a extinção do ato administrativo perfeito e eficaz, com eficácia ex nunc, praticada pela Administração Pública e fundada em razões de interesse público, de acordo com a conveniência e oportunidade Em razão de uma causa superveniente,que altera o juízo de conveniência e oportunidade, a Administração decide, mediante expedição de novo ato administrativo, extinguir ato administrativo pretérito. Cumpre ressaltar que a revogação não é exactamente o ato, mas o efeito extintivo que é produzido pelo ato revocatório. 
· A anulação ou invalidação é a extinção de um ato ilegal, que pode ser determinada pela Administração, bem como pelo Poder Judiciário, produzindo efeitos retroactivos – extunc. 
O acto nulo nasce conflitando o ordenamento jurídico, sendo que, em razão disso, sua anulação deve desconstituir os seus efeitos desde a origem, produzindo efeitos retroactivos, extunc. Por esse motivo, como regra, a anulação do ato administrativo não gera dever de indemnizar o particular prejudicado. Contudo, como excepção, pode o particular ter direito a indemnização se comprovadamente sofreu dano para o qual não concorreu. 
· A cassação é a modalidade de extinção do ato administrativo que ocorre quando o beneficiário deixa de preencher a condição necessária para permanência da vantagem. Um exemplo muito prático de cassação é o caso do condutor habilitado que fica sego, perdendo, por essa causa superveniente o direito de dirigir. 
· A caducidade ou decaimento consiste na extinção do ato em consequência de expedição de norma legal proibindo o benefício ou condição que o ato autorizava. Tem efeito de anulação por causa superveniente. 
· Já a contraposição ocorre quando um segundo ato, expedido por autoridade diversa, produz efeitos contrapostos aos do ato inicial, gerando uma espécie de revogação praticada por autoridade distinta da que expediu o primeiro ato. É o que ocorre quando um acto nomeia um funcionário e um segundo acto, a exoneração, extingue o primeiro. 
Por último, a convalidação é uma forma de suprir os defeitos considerados leves do ato para que se preserve a sua eficácia e é realizado por um segundo ato denominado de acto convalidatório. 
3. Conclusão:
Os Actos Administrativos trás o termo acto unilateral de autoridade, esses, é que é a figura típica do Direito Administrativo, e é para reagir contra ele – se for ilegal – que existe um remédio especialmente criado pelo Direito Administrativo, destinado a proteger os direitos dos particulares ou os seus interesses legítimos, que é o recurso contencioso de anulação.
O Direito Administrativo nasce, precisamente, para garantir aos particulares a possibilidade de recorrerem aos Tribunais contra os actos administrativos ilegais que o prejudicam.
Tendo em vista que esses actos são tomados pela vontade de Estado ou por órgão que esta a exercer a função administrativa, porem este órgão deve agir consoante os pressupostos mencionados pela Lei.
4. Referências bibliográficas:
Carvaho, M. (2014), Manual de Direito Administrativo. Salvador: Editora Juspodivum. 
Carvalho Filho, J. S. (2014),Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Lumen Júris.
Caupers, J.(2013), Livro Introdução a Direito Administrativo, 3.ed.
Di Pietro, M. S. Z.(2013), Direito Administrativo. São Paulo: Atlas.
Mazza, A. (2014), Manual de Direito Administrativo. 4. Ed. São Paulo: Saraiva.
Meirelles, H. L. (2004),Direito Administrativo Brasileiro. 29. Ed. Atual. São Paulo: Malheiros.
Scatolino, G. & Trindade, J.(2014),Manual de Direito Administrativo. Salvador: Editora Juspodivum.
 
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