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DIREITO EMPRESARIAL

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DIREITO EMPRESARIAL
 PROFª JANE ASSEF
 MICRO EMPRESA - ME
CONCEITO – *Empreendimento que tem receita bruta anual inferior ou igual a R$ 360 mil. Para formalização, é necessário optar entre uma das formas de tributação (Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido) e realizar o registro em uma Junta Comercial.
CARACTERÍSTICAS - 
*empresa de pequena dimensão. 
*no máximo dez empregados, sendo que o proprietário da microempresa costuma contribuir para a mesma com o seu próprio trabalho. 
*faturamento anual é reduzido, permitindo que o pagamento de tributos possa ser realizado de formas simplificada.
*Não há restrições para o desempenho de serviços.
MAS, é importante ter o controle do faturamento a partir do registro correto do fluxo de caixa (que deve ser realizado em toda empresa). Se o lucro ultrapassar o limite para ME, o contrato social deve ser revisto, alterando também o regime tributário do empreendimento.
OPÇÃO PELO SISTEMA INTEGRADO
No Brasil, as microempresas e as empresas de pequeno porte podem optar pelo Sistema Integrado de pagamento de impostos e contribuições das Microempresas e das Empresas de pequeno porte, conhecido como Simples Nacional, instituído em 1997 pela lei nº 9.317 DE 1996. Na atualidade, a matéria é regulada pela lei complementar 123, de 14 de dezembro de 2006.
 EMPRESAS DE PEQUENO PORTE – EPP
CONCEITO – é uma pessoa jurídica com receita bruta anual entre 360 mil e 4,8 milhões de reais conforme a Lei Complementar nº 155, de 2016.
Atualmente, para enquadrar-se como empresa de pequeno porte (EPP), é necessário que o empresário ou pessoa jurídica tenha receita bruta superior à da microempresa, que é de 360.000,00, e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais), em cada ano calendário.
 MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL – MEI
CONCEITO - é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário.
Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 80.000,00 por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular.
O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
CONDIÇÕES E VANTAGENS
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado.
Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.
Além disso, o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo mensal de R$ 40,40 (comércio ou indústria), R$ 44,40 (prestação de serviços) ou R$ 45,40 (comércio e serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.
Com essas contribuições, o Microempreendedor Individual tem acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.
 EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – EIRELI
CONCEITO - é aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. O titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa.
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011).
CRIAÇÃO DA EIRELI
A EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) foi criada em 2011 pela lei 12.441/11 que altera o artigo 44 do Código Civil e acrescenta o artigo 980-A do mesmo código para que assim sejam utilizadas as regras para a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada.
Ao nome empresarial deverá ser incluído a expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.
A EIRELI também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração.
A Empresa individual de responsabilidade limitada será regulada, no que couber, pelas normas aplicáveis às sociedades limitadas.
IMPEDIMENTO PARA SER TITULAR
Não pode ser titular de EIRELI a pessoa jurídica, bem assim a pessoa natural impedida por norma constitucional ou por lei especial.
ABERTURA, REGISTRO E LEGALIZAÇÃO
Para abertura, registro e legalização do EIRELI, é necessário registro na Junta Comercial e, em função da natureza das atividades constantes do objeto social, inscrições em outros órgãos, como Receita Federal (CNPJ), Secretaria de Fazenda do Estado (inscrição estadual e ICMS) e Prefeitura Municipal (concessão do alvará de funcionamento e autorização de órgãos responsáveis pela saúde, segurança pública, meio ambiente e outros, conforme a natureza da atividade).
REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL
Deve-se apresentar para arquivamento (registro) o Requerimento de Empresário e o enquadramento como ME ou EPP na Junta Comercial, desde que atenda ao disposto na Lei Complementar 123/2006.
 Consulta de Viabilidade do Nome Empresarial
A Consulta de Viabilidade do Nome Empresarial deve ser a primeira providência a ser tomada antes do registro (Requerimento de Empresário) da empresa. Essa medida é para certificar-se que não existe outra empresa já registrada com nome igual ou semelhante ao escolhido.
 MAPAS MENTAIS
Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.
1)De acordo com o que dispõe art. 969, CCB/2002, responda:
Se determinado empresário/sociedade empresária tem sede no
Espírito Santo, seu registro deverá ser feito na Junta Comercial do Espírito Santo. Todavia, com planos de expansão, deseja instalar uma filial em São Paulo. Deverá, assim, proceder ao registro de uma nova inscrição em São Paulo referente à filial, provando nesta, em SP, a existência da matriz no Espírito Santo. Outrossim, deverá também averbar a constituição da filial em SP no registro do Espírito Santo.
CERTA OU ERRADA?
2)Considere que antes do início de sua atividade, determinado empresário procedeu à inscrição do registro público de empresas mercantis da respectiva sede, situada no estado do Espírito Santo. Após dois anos de atividade, e considerando o crescimento da empresa, decidiu abrir filial no estado de São Paulo. Nessa situação, o empresário não precisa inscrever-se junto ao registro público da nova jurisdição, bastando, para a abertura de filial, a prova da inscrição originária.
CERTA OU ERRADA?
3)A questão seguinte exige basicamente conhecimentos dos seguintes dispositivos do
Código Civil:
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
RESPONDA:
Diogo exerce o comércio de equipamentos eletrônicos, por meio de estabelecimento instalado no Centro de Manaus.
Observe-se que Diogo não se registrou como empresário perante a Junta Comercial.
Com base nesse cenário, responda:
a) São válidos os negócios jurídicos de compra e venda realizados por Diogo no curso de sua atividade?
b) Quais os principais efeitos da ausência de registro de Diogo como empresário?
 CAPACIDADE E IMPEDIMENTO
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
OBS. 1 - Atente-se que não basta o pleno gozo da capacidade civil - que, em regra, se dá aos 18 anos, quando a pessoa se torna capaz para todos os atos da vida civil - é necessário, também, que não seja o empresário pessoa legalmente impedida, como são os magistrados, militares, servidores públicos federais.
OBS. 2 - Inexiste, no ordenamento jurídico, proibição a que o analfabeto exerça a atividade empresarial. Todavia, se o empresário é analfabeto, deve possuir procurador constituído, com poderes específicos, por instrumento público.
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
RESPONDA:
Se, porventura, aquele que abriu uma panificadora, como empresário individual, sendo Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, for “pego”, mesmo estando na situação de impedido. O que ocorre?
Artigo 980-A do Código Civil
Definição: A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
Portanto, trata-se de uma única pessoa cujo capital “social” não será inferior a 100 vezes o salário mínimo vigente no país. Esse capital deve estar devidamente integralizado.
O empresário individual de responsabilidade limitada não responderá com a totalidade de seu patrimônio pessoal pelas obrigações sociais, mas apenas com aquilo que afetar às atividades empresariais.
Outro aspecto importante é que a Lei 12.441 conferiu personalidade jurídica ao EIRELI. O empresário individual cuja responsabilidade não é limitada não possui personalidade jurídica.
Atenção!
A EIRELI é uma nova espécie de empresário, a saber, uma pessoa que, sozinha, resolve explorar determinada atividade, a quem o Código Civil atribui personalidade jurídica.
Difere:
- Da sociedade empresária: em que os sócios formam um ente para explorar o objeto social, sendo a responsabilidade diferente para cada tipo societário previsto no Código Civil (se for sociedade limitada, anônima, comandita simples, etc).
- Do empresário individual: em que a pessoa natural explora determinada atividade, respondendo ilimitadamente pelas obrigações que contrair (patrimônio pessoal).
 Enunciado nº 469 do Conselho de Justiça Federal
469 – Arts. 44 e 980-A: A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) não é sociedade, mas novo ente jurídico Personificado.
RESPONDA:
Em 2019, Maria, cozinheira, tem como fonte de renda a produção e venda de refeições para os moradores de seu bairro. Para a produção das refeições, Maria precisa comprar grande quantidade de alimentos e, por vezes, para tanto, necessita contrair empréstimos.
Com o dinheiro que economizou ao longo de anos de trabalho, Maria montou uma cozinha industrial em um galpão que comprou em seu nome, avaliada em R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Maria também acabou de adquirir sua casa própria e está preocupada em separar a sua atividade empresarial, exercida no galpão, de seu patrimônio pessoal.
Nesse sentido, com base na legislação pertinente, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir.
A) Qual seria o instituto jurídico mais adequado a ser constituído por Maria para o exercício de sua atividade empresarial de modo a garantir a separação patrimonial sem, no entanto, associar-se a ninguém?
B) Como Maria poderia realizar a referida divisão?
 ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL
Assim como todos nós, pessoas físicas, possuímos um nome civil, o qual nos identifica nas relações jurídicas de que participamos cotidianamente, os empresários – empresário individual, EIRELI ou sociedade empresária – também devem possuir um nome empresarial, que consiste, justamente, na expressão que os identifica nas relações jurídicas que formalizam em decorrência do exercício da atividade empresarial.
É preciso tomar cuidado, todavia, para não confundir o nome empresarial com alguns outros importantes elementos de identificação do empresário, tais como a marca, o nome de fantasia (também chamado por alguns de título de estabelecimento ou insígnia), o nome de domínio e os chamados sinais de propaganda.
Marca - Nome de fantasia
A marca é um sinal distintivo que identifica produtos ou serviços do empresário (art. 122 da Lei 9.279/1996). Sua disciplina está adstrita ao âmbito do direito de propriedade industrial.
O nome de fantasia, por sua vez, é a expressão que identifica o título do estabelecimento. Grosso modo, está para o nome empresarial assim como o apelido está para o nome civil.
Nome de domínio
-É o endereço eletrônico dos sites dos empresários na internet, hoje muito usados para negociação de produtos e serviços, em razão do desenvolvimento do chamado comércio eletrônico (e-commerce ou e-business). A propósito, foi aprovado o Enunciado 7, da I Jornada de Direito Comercial do CJF: “O nome de domínio integra o estabelecimento empresarial como bem incorpóreo para todos os fins de direito”. Sobre nome de domínio, bem como sobre eventual conflito entre ele e o nome empresarial, decidiu o STJ que o simples fato de um empresário ou sociedade empresária ter registrado um nome empresarial que contenha uma determinada expressão não significa que ele tenha automaticamente o direito exclusivo de usar essa expressão com o nome de domínio. Pode ocorrer, por exemplo, que aquela expressão já tenha sido usada por alguém em um nome de domínio. Nesse caso, o titular do nome empresarial registrado não pode, posteriormente, reclamar exclusividade, a não ser que demonstre má-fé do titular do nome de domínio.
Exemplo do nome empresarial:
Se eu resolvesse ser empresária individual, explorando a atividade de comércio, edição e distribuição de livros, teria que me registrar na Junta Comercial e adotar uma expressão como nome empresarial. Eu poderia me registrar, por exemplo, com o seguinte nome: Jane Assef Comércio, Edição e Distribuição de Livros. Esse seria o meu nome empresarial, registrado na Junta Comercial do Estado em que eu atuasse. Mas eu poderia identificar meu negócio com um nome de fantasia, usando a seguinte expressão: Livraria 12 de Julho. Esse seria o meu nome de fantasia. Caso eu resolvesse identificar os livros por mim editados, poderia criar uma marca e registrá-la, podendo ser a seguinte expressão: Livro 12. Essa seria minha marca, que identificaria meus produtos (os livros que eu editasse) e seria registrada no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Eu poderia, por fim, desenvolver um site na internet para vender meus produtos e divulgar meu negócio, usando o endereço <www.livraria12dejulho.com.br>. Esse seria o meu nome de domínio.
Exemplo de nome de fantasia:
Eu poderia identificar meu negócio com um nome de fantasia, usando a seguinte expressão: Livraria 12 de Julho. Esse seria o meu nome de fantasia.
Exemplo de marca
Caso eu resolvesse identificar os livros por mim editados, poderia criar uma marca e registrá-la, podendo ser a seguinte expressão: Livro 12. Essa seria minha marca, que identificaria meus produtos (os livros que eu editasse) e seria registrada no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
Exemplo de nome de domínio
Eu poderia, por fim, desenvolver um site na internet para vender meus produtos e divulgar meu negócio, usando o endereço <www.livraria12dejulho.com.br>. Esse seria
o meu nome de domínio.
Os sinais de propaganda
A legislação anterior permitia o registro desses sinais no Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, o que garantia aos seus titulares o uso exclusivo, assim como ocorre com as marcas, por exemplo. A nova legislação (Lei n.º 9.279/1996) deixou sem regulamentação os sinais de propaganda, fazendo menção a eles em apenas um dispositivo, por meio do qual lhe confere uma específica proteção penal (art. 195, inciso IV). 
Isso não significa, todavia, que o ordenamento jurídico não mais confira proteção às expressões de propaganda. Atualmente, elas são submetidas à fiscalização do Conselho de Autor regulamentação Publicitária – CONAR, criado como sociedade civil, em 1978, o qual, entretanto, só pode impor regras aos seus associados e aos profissionais do ramo de publicidade como, por exemplo, as agências de propaganda.
 Espécies de nome empresarial
Segundo o art. 1.155 do Código Civil, “considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa”. O Código distingue, portanto, duas espécies de nome empresarial:
a) firma; 
b) denominação.
Firma
A firma, que pode ser individual ou social.
É espécie de nome empresarial, formada por um nome civil – do próprio empresário, no caso de firma individual, do titular, no caso de EIRELI, ou de um ou mais sócios, no caso de firma social.
O núcleo da firma é, pois, sempre um nome civil (por exemplo, Jane Assef ou J. Assef).
ATENÇÃO !!!
Na firma, pode ser indicado o ramo de atividade (nos exemplos já mencionados: Jane Assef Cursos Jurídicos ou J. Assef Cursos Jurídicos). Trata-se, portanto, de uma faculdade, nos termos do art. 1.156, parte final, do Código Civil, que dispõe claramente que o titular da firma pode aditar, se quiser, expressão que designe de forma mais precisa sua pessoa ou o ramo de sua atividade.
Denominação
A denominação, que pode ser usada por certas sociedades ou pela EIRELI – o empresário individual somente opera sob firma –, pode ser formada por qualquer expressão linguística (o que alguns doutrinadores chamam de elemento fantasia) e a indicação do objeto social (ramo de atividade), é obrigatória (arts. 1.158, § 2.º, 1.160 e 1.161, todos do Código Civil).
ATENÇÃO !!!!
A doutrina aponta, portanto, que a firma é privativa de empresários individuais e sociedades de pessoas, enquanto a denominação é privativa de sociedades de capital (a EIRELI é uma exceção, podendo usar tanto firma quanto denominação).
 Sociedade Personificada e NÃO Personificada
Sociedade NÃO Personificada
1)sociedade em comum;
2)sociedade em conta de participação.
Sociedades Personificadas
1)sociedade simples pura;
2)sociedade limitada;
3)sociedade anônima;
4)sociedade em nome coletivo;
5)sociedade em comandita simples;
6)sociedade em comandita por ações;
7)sociedade cooperativa.
Sociedades NÃO Personificadas
O objeto social pode ser de natureza civil ou empresarial, ou seja, podem ser sociedades simples ou empresárias. 
Enunciado 208 das Jornadas de Direito Civil do CJF que “as normas do Código Civil para as sociedades em comum e em conta de participação são aplicáveis independentemente de a atividade dos sócios, ou do sócio ostensivo, ser ou não própria de empresário sujeito a registro (distinção feita pelo art. 982 do Código Civil entre sociedade simples e empresária) ”.
SOCIEDADES PERSONIFICADAS
- São as pessoas jurídicas de direito privado cujos atos constitutivos são registrados no órgão competente, possuindo personalidade jurídica própria que não se confunde com a dos sócios que as integram.
Tratam-se das sociedades simples e das sociedades empresárias.
Principal consequência da personificação das sociedade
É o reconhecimento da sociedade como sujeito de direitos, ou seja, como ente autônomo dotado de personalidade distinta da pessoa dos seus sócios e com patrimônio também autônomo, que não se confunde com o patrimônio dos sócios.
Princípio da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas
Art. 1.024 do Código Civil: “os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais”. No mesmo sentido é o art. 795 do novo Código de Processo Civil: “os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade senão nos casos previstos em lei; o sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade” (§ 1º).
MAPA MENTAL
O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL PODE USAR O SEU PSEUDÔNIMO PARA FORMAR FIRMA INDIVIDUAL?
Resp: A firma individual, espécie de nome empresarial, deve respeitar o princípio da veracidade, de modo que não se permite o uso de pseudônimos, apelidos, alcunhas ou hipocorísticos para formá-la.
Legislação: “Art. 34 da Lei nº 8.934/94. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade.”
PARA FIXAR
Doutrina: “não é permitido ao comerciante tomar outro nome que não seja o próprio para constituir sua firma. Logo, os pseudônimos, apelidos, alcunhas, hipocorísticos etc. não podem constituir firma. Tem o comerciante que exerce singularmente o comércio, a faculdade de aditar à firma, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de comércio.” (Carvalho de Mendonça)
Doutrina: “O sistema da veracidade adotado no Brasil obsta à adoção de pseudônimo ou de denominação. Não valem, pois, os apelidos (Tico, Sinhô, Cuca etc.) e os hipocorísticos (Chico por Francisco, Tonico por Antonio, Zé por José, Tião por Sebastião etc.). É que o pseudônimo e o hipocorístico ocultam o nome, quando o propósito é precisamente o contrário, isto é, fazer coincidir nome civil e nome empresarial, no interesse de terceiros.” (Waldo Fazzio Júnior)
Doutrina: “A lei brasileira adotou o sistema da veracidade, de forma expressa: [art. 34 da Lei nº 8.934/94] (…). Entretanto, o princípio que dele decorre somente é aplicável para as firmas, pois exige a indicação do nome pessoal, completo ou abreviado, do empresário ou de um dos sócios das sociedades empresárias, à exceção da anônima. Evita-se, com a exigência da verdade na composição das firmas, a possibilidade de fraudes a terceiros no exercício da atividade empresarial. (…).” (Ricardo Negrão)
ART. 1.163 DO CC/2002
Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro.
 REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS – LEI 8.934/94
Vejamos o que a lei 8934 que dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins diz:
 Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, subordinado às normas gerais prescritas nesta lei, será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com as seguintes finalidades:
 I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei;
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes;
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.
Art. 2º Os atos das firmas mercantis individuais e das sociedades mercantis serão arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, independentemente de seu objeto, salvo as exceções previstas em lei.
Parágrafo único. Fica instituído o Número de Identificação do Registro de Empresas (NIRE), o qual será atribuído a todo ato constitutivo de empresa, devendo ser compatibilizado com os números adotados pelos demais cadastros federais, na forma de regulamentação do Poder Executivo.
1)O Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis é composto pelos seguintes órgãos:
a)Apenas pelas Juntas Comerciais.
b)Departamento Nacional de Registro do Comércio e pelas Juntas
Comerciais.
c)Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República; Departamento Nacional de Registro do Comércio; Departamento Regional de Registro do Comércio e pelas Juntas Comerciais.
d)Departamento Nacional de Registro do Comércio; Cadastro Estadual de Empresas Mercantis; Cadastro Nacional de Empresas Mercantis e Juntas Comerciais.
e)Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Departamento Nacional de Registro do Comércio; Delegacias Estaduais do Comércio e pelas Juntas Comerciais.
Conforme Art. 3º da Lei 8934.
2)A respeito do registro público de empresas, assinale a opção correta.
a) As juntas comerciais estão subordinadas, relativamente a matérias administrativas, ao Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC).
b) O registro a cargo das juntas comerciais compreende a matrícula dos atos constitutivos das sociedades empresárias.
c) De acordo com a legislação, deve haver uma junta comercial em cada unidade federativa, com sede na capital e jurisdição na área da circunscrição territorial respectiva.
d) Compete às juntas comerciais a matrícula de declarações de microempresas.
e) A secretaria - geral, órgão de representação, integra a estrutura básica das juntas comerciais. 
Art. 5º da Lei nº 8.934/94.
RESUMÃO
De acordo com o artigo 981 do Código Civil, celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
Espécies
sociedade simples e sociedade empresária
sociedade simples é uma sociedade entre duas ou mais pessoas, que tem como objetivo a prestação de serviços por meio de seus sócios. Neste tipo de parceria, os sócios exercem a suas profissões ou prestam serviços de natureza pessoal.
Exemplo: sociedades constituídas por profissionais liberais, médicos, advogados, dentistas, onde, se mobilizam capital para melhor estruturar sua atividade econômica. Assim, contribuem com capital para a consolidação do negócio que será, exercido de forma individual por cada um.
sociedades empresárias são as que exercem atividade típica do Empresário, isto é, as que desenvolvem profissionalmente atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens ou de serviços. Toda e qualquer atividade econômica profissional, organizada, e voltada para a produção e circulação de bens ou de serviços é considerada empresária.
ATENÇÃO!!!
Vale lembrar que não é empresária a atividade que, mesmo preenchendo todos estes requisitos, esteja voltada para a atividade intelectual de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, SALVO se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Classificação das Sociedades
	Quanto à natureza da sociedade
	Simples (antigas sociedades cíveis)
	São as que exercem atividade intelectual de natureza científica, artística e literária – nos termos do parágrafo único do artigo 966, CC.
	
	Empresária
	Todas as demais que não são sociedades simples, nos termos do caput do artigo 966, CC.
	Quanto à personalidade
	Personificadas
	São pessoas jurídicas, pois tem registro válido no cartório competente.
	
	Não personificadas
	Não tem o registro no cartório competente, desta forma, não são pessoas jurídicas.
	Quanto à responsabilidade dos sócios
	Ilimitada
	Os sócios respondem com seu patrimônio particular por todas as dívidas da sociedade, desde que esta não tenha patrimônio.
	
	Limitada
	Os sócios somente respondem pelo valor do capital que se propuseram a integralizar na sociedade, independentemente de a sociedade ter patrimônio ou não.
	
	Mista
	São sociedades que tem sócios com responsabilidade limitada e com responsabilidade ilimitada.
	Quanto à forma do capital
	Capital fixo
	Precisa alterar o ato de constituição – contrato social ou estatuto social – para modificar o valor do capital.
	
	Capital variável
	A alteração do capital independe de alteração do ato constitutivo.
	Quanto à importância da pessoa
	De pessoa
	As pessoas são mais importantes para a sociedade do que o capital, isso significa que para ingresso de novos sócios ou para alteração dos sócios depende do consentimento dos demais sócios.
	
	De capital
	O capital é mais importante que a qualidade dos sócios, isso significa que o ingresso de novos sócios ou a alteração destes independem do consentimento dos demais sócios.
Ato Constitutivo das Sociedades: estatutárias ou contratuais
Pessoa Natural e Pessoa Jurídica
Pessoas = Sujeitos de direito
Pessoa natural ou pessoa física = ser humano propriamente dito, e a pessoa jurídica, essa formada por um grupo de pessoas naturais.
Cada uma dessas pessoas – natural e jurídica – possui direitos e deveres estipulados pelo ordenamento jurídico.
Pessoa natural é o próprio ser humano dotado de capacidade. É o sujeito provido de direitos e obrigações a partir de seu nascimento com vida, de acordo com o artigo 2º do Código Civil. Todo ser humano, dessa forma, recebe a denominação de pessoa natural para ser intitulado como sujeito de direito. 
O termo “pessoa natural” pode ser substituído pelo termo “pessoa física”.
Sociedade Anônima -S/A - Arts. 1.088 e 1.0889 do CCB
Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir.
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 – Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
Características
Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
SOCIEDADE EM COMUM
É aquela cujo ato constitutivo (contrato) não foi levado à registro no órgão competente, sendo assim irregular. Vale dizer que não importa se a sociedade é empresária ou intelectual (sociedade simples): se esta não for levada a registro, é considerada sociedade em comum devido à sua irregularidade. E nestas sociedades, a responsabilidade dos sócios é ILIMITADA.
ATENÇÃO!!!
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.
*O benefício de ordem foi algo pensado por nosso legislador visando proteger o patrimônio particular dos sócios. Com este benefício, os bens da sociedade respondem primeiro pelas dívidas contraídas, e, depois, o patrimônio particular dos sócios (importante dizer que, entre os sócios, a responsabilidade pelas dívidas é solidária, ou seja, o credor pode cobrar a integralidade da dívida de um deles sem problemas).
No entanto, o sócio que contratou pela sociedade é excluído deste benefício, e seus bens particulares irão responder juntamente com os bens da sociedade.
Exemplo:
Beto e Caio formaram uma sociedade chamada B&C LTDA, que não foi levada a registro. Mesmo assim, Beto contratou em nome de B&C LTDA com uma empresa chamada Alfa LTDA, no valor de R$50.000,00. A sociedade de Beto e Caio não adimpliu as dividas, e busca executar os bens dos sócios. Nesse caso, os bens de B&C, JUNTAMENTE com os bens de Beto (o contratante), respondem primeiramente pelas dívidas, e isso de maneira solidária. Supondo que, na execução desses dois, Alfa conseguiu R$40.000,00, ela então poderá avançar sobre os bens de Caio no valor de R$10.000,00, por este gozar do benefício de ordem.
É importante frisar que a responsabilidade perante terceiros é ilimitada e direta para o contratante, e, entre os sócios, é solidária.
Sociedade em conta de participação - artigos 991 a 996 do CC/2002
-Não é uma sociedade, mas um contrato associativo ou de participação . De fato, o que há entre os envolvidos é um contrato, no qual uma das partes investe e não aparece, e a outra é que, agindo em seu nome próprio aparece e contrata com terceiros.
*Consiste em uma sociedade de pessoas, na medida
que o vínculo existente entre os sócios é efetivo para a concretização da atividade. Dessa forma para a entrada de um novo sócio, de uma alguma categoria, estar sujeito ao aceite dos demais sócios.
exemplo na prática desse tipo societário
Uma sociedade limitada e outros investidores formariam uma sociedade em conta de participação, onde a sociedade limitada seria o sócio ostensivo e os investidores seriam os sócios ocultos. É mais uma estratégia de inovação do mecanismo do direito para fornecer uma melhor efetividade da prática empresarial.
CARACTERÍSTICAS
1)A constituição da Sociedade em Conta de Participações não está sujeita às formalidades legais prescritas para as demais sociedades, não sendo necessário o registro de seu contrato social na Junta Comercial. Normalmente são constituídas por um prazo limitado, no objetivo de explorar um específico objeto. Após, cumprido o objetivo, a sociedade termina.
2)A sociedade em conta de participação não possui personalidade jurídica, não havendo registro nem no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, nem no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Ela permanece por meio de um contrato verbal ou escrito, de uso entre os sócios. Como não existe possibilidade do registro, também não pode se falar em nome empresarial.
3)O acordo entre os sócios pode até ter sido registrado no Cartório de Títulos e Documentos, mas mesmo assim não existirá personalidade jurídica para a sociedade, entendimento do Artigo 991 do Código Civil/2002.
Sociedade em nome coletivo art. 1.039 do CC
*É um tipo societário onde todos os sócios são solidários e todos respondem ilimitadamente pelas dívidas da sociedade, ou seja, a dívida da sociedade pode atingir os bens dos sócios. 
*Essa sociedade é constituída, necessariamente, por pessoas físicas. A administração desta sociedade cabe exclusivamente aos sócios, não podendo um terceiro exercer este papel administrativo (art. 1.042, CC). Por fim, esta sociedade deve adotar a firma social. Todas as peculiaridades da sociedade em nome coletivo estão previstas nos arts. 1.039 a 1.044 do CC.
A sociedade em comandita simples é composta por dois tipos de sócios: os comanditários e os comanditados. Os sócios comanditários são aqueles que respondem de forma limitada (apenas até o valor de suas quotas) pelas obrigações da sociedade, e podem ser pessoas físicas ou jurídicas que contribuem apenas com capital subscrito (art. 1.045, CC). 
Por outro lado, tem-se os sócios comanditados, que são pessoas físicas que respondem solidariamente e de forma ilimitada pelas obrigações sociais, podendo contribuir com capital e trabalho. A administração desta sociedade pode ser exercida somente pelos sócios comanditados. De acordo com o previsto no art. 1.047 do CC, “não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado”. 
*Todas as peculiaridades deste tipo societário estão previstas nos arts. 1.045 a 1.051 do CC.
 Sociedade Cooperativa -art. 1.094 do CC
É uma modalidade especial de sociedade simples que deve se inscrever na Junta Comercial, mais especificamente no Registro Público de Empresas Mercantis do Estado em que estiver sediado.
Em regra, a sociedade cooperativa é feita por união de pessoas naturais, mas pode, excepcionalmente, ser entre pessoas jurídicas, com a finalidade comum, porém não lucrativo, mediante solidariedade e ajuda mútua.
Sua dissolução se dá de forma voluntária, decidida pelos associados, ou judicial, que é promovida por credores ou cooperados da sociedade. 
Exemplos de sociedade cooperativa: cooperativa de produção agrícola, de compras em comum, de abastecimento, de crédito, entre outros.
Sociedade em comandita simples –art. 1.090 a 1.092 do CC
A sociedade em comandita simples é a caracterizada pela existência de dois tipos de sócios: os sócios comanditários e os comanditados.
Os sócios comanditários têm responsabilidade limitada em relação às obrigações contraídas pela sociedade empresária, respondendo apenas pela integralização das quotas subscritas. Contribuem apenas com o capital subscrito, não contribuindo de nenhuma outra forma para o funcionamento da empresa, ficando alheios, inclusive, da administração daquela.
Já os sócios comanditados contribuem com capital e trabalho, além de serem responsáveis pela administração da atividade de empresa. Sua responsabilidade perante terceiros é ilimitada, devendo saldar as obrigações contraídas pela sociedade. A firma ou razão social da sociedade somente pode conter nomes de sócios comanditados, sendo que a presença do nome de sócio comanditário faz presumir que o mesmo é comanditado, passando a responder de forma ilimitada.
Essa forma de sociedade é pouco utilizada nos dias atuais. Uma vez que seus sócios possuem responsabilidade ilimitada. Este tipo de sociedade possui uma regra específica em caso de falecimento do sócio comanditário, que é a continuidade da sociedade pelos sucessores do "de cujus" que designarão quem os represente na sociedade, salvo disposição contratual. Na falta de um sócio comanditado, os comanditários, para evitar a solução de continuidade, nomearão um administrador pelo prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias para tocar a sociedade nesse período. Dissolução: Estão contidas no art. 1.033 do CC, pela falência e pela falta de uma das modalidades de sócio num período igual ou superior a 180 dias.
Sociedade Comandita por ações
A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das normas especificadas no Código Civil, e opera sob firma ou denominação.
ADMINISTRADOR
Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
Os diretores serão nomeados no ato constitutivo da sociedade, sem limitação de tempo, e somente poderão ser destituídos por deliberação de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social.
O diretor destituído ou exonerado continua, durante dois anos, responsável pelas obrigações sociais contraídas sob sua administração.
SOLIDARIEDADE
Se houver mais de um diretor, serão solidariamente responsáveis, depois de esgotados os bens sociais.
ASSEMBLEIA GERAL - CONSENTIMENTO DOS DIRETORES
A assembleia geral não pode, sem o consentimento dos diretores, mudar o objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de duração, aumentar ou diminuir o capital social, criar debêntures, ou partes beneficiárias.
Sociedade Coligadas – art. 1.097 do CC
*São consideradas coligadas as sociedades que, em suas relações de capital, são controladas, filiadas, ou de simples participação.
Art. 1.097. Consideram-se coligadas as sociedades que, em suas relações de capital, são controladas, filiadas ou de simples participação, na forma dos artigos seguintes.
Características – arts. 1.098 a 1.100 do CC
1. É controlada:
a) a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores;
b) a sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente, esteja em poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas.
2. Sociedade coligada ou filiada
Diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo capital outra sociedade participa com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.
3. Simples participação
É de simples participação a sociedade de cujo capital outra sociedade possua menos de dez por cento do capital com direito de voto.
De acordo com o artigo 1.101, salvo disposição especial de lei, a sociedade não pode participar de outra, que seja sua sócia, por montante superior, segundo o balanço, ao das próprias reservas, excluída a reserva legal.
O parágrafo único deste artigo que aprovado
o balanço em que se verifique ter sido excedido esse limite, a sociedade não poderá exercer o direito de voto correspondente às ações ou quotas em excesso, as quais devem ser alienadas nos cento e oitenta dias seguintes àquela aprovação.

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