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Integrais de linha Queremos: integrar uma func¸a˜o ao longo de uma curva. Como fazer: dividimos a curva em intervalos e calculamos f em um ponto de cada intervalo. Existem va´rios tipos de integrais de linhas, e aqui estudaremos apenas um tipo, aquelas em que a integrac¸a˜o ocorre como respeito a uma das varia´veis x , y , z , ao longo de uma curva C dada. Escreveremos∫ C f (x , y , z)dx = lim max∆sk→0 n∑ k=1 f (x∗k , y ∗ k , z ∗ k )∆xk ∫ C f (x , y , z)dy = lim max∆sk→0 n∑ k=1 f (x∗k , y ∗ k , z ∗ k )∆yk ∫ C f (x , y , z)dz = lim max∆sk→0 n∑ k=1 f (x∗k , y ∗ k , z ∗ k )∆zk Como e´ usual, assumimos que f e´ uma func¸a˜o cont´ınua ao longo de C , que e´ uma curva suave. ∫ C f (x , y , z)dx = lim max∆sk→0 n∑ k=1 f (x∗k , y ∗ k , z ∗ k )∆xk Como calcular: encontre equac¸o˜es parame´tricas para C , digamos, x = x(t), y = y(t), z = z(t), a ≤ t ≤ b em que a orientac¸a˜o de C seja dada no sentido de percurso de t crescente, e expresse o integrando em termos de t. Por exemplo, como x ′(t) = dxdt , enta˜o dx = x ′(t)dt e da´ı∫ C f (x , y , z)dx = ∫ b a f (x(t), y(t), z(t))x ′(t)dt e analogamente para as outras integrais. ∫ C f (x , y , z)dy = ∫ b a f (x(t), y(t), z(t))y ′(t)dt Exemplo. Calcule ∫ C 3xy dy , onde C e´ o segmento de reta ligando P = (0, 0) a Q = (1, 2) em que a) partimos de P e terminamos em Q, b) partimos de Q e terminamos em P (fac¸a a figura). a) Temos a parametrizac¸a˜o x = t, y = 2t, 0 ≤ t ≤ 1 =⇒ ∫ C 3xy dy = ∫ 1 0 3(t)(2t)(2)dt = ∫ 1 0 12t2 dt = 4t3]10 = 4 ∫ C 3xy dy = ∫ 1 0 3(t)(2t)(2)dt = ∫ 1 0 12t2 dt = 4t3]10 = 4 b) Temos a parametrizac¸a˜o x = 1− t, y = 2− 2t, 0 ≤ t ≤ 1 =⇒ ∫ C 3xy dy = ∫ 1 0 3(1− t)(2−2t)(−2)dt = ∫ 1 0 −12(1− t)2 dt = 4(1− t)3]10 = −4 Note como a troca da orientac¸a˜o da parametrizac¸a˜o trocou o sinal da resposta. Mais geralmente, iremos escrever∫ −C f (x , y)dx = − ∫ C f (x , y)dx , ∫ −C f (x , y)dy = − ∫ C f (x , y)dy e analogamente para dimensa˜o 3. Ainda, escreveremos∫ C f (x , y)dx + g(x , y)dy = ∫ C f (x , y)dx + ∫ C g(x , y)dy Exemplo. Calcule ∫ C 2xy dx + (x2 + y2) dy ao longo do arco circular C dado por x = cos(t), y = sin(t), 0 ≤ t ≤ pi/2 (fac¸a a figura). Temos∫ C 2xy dx = ∫ pi/2 0 2(cos(t) sin(t)) [ d dt cos(t) ] dt = −2 ∫ pi/2 0 sin2(t) cos(t)dt = −2 3 sin3(t) ]pi/2 0 = −2 3 x = cos(t), y = sin(t), 0 ≤ t ≤ pi/2∫ C 2xy dx = −2 3∫ C x2 + y2 dy = ∫ pi/2 0 (cos2(t) + sin2(t)) [ d dt sin(t) ] dt∫ pi/2 0 cos(t)dt = sin(t)] pi/2 0 = 1 Logo,∫ C 2xy dx+(x2+y2) dy = ∫ C 2xy dx+ ∫ C x2+y2 dy = −2 3 +1 = 1 3 Exerc´ıcio. Calcule ∫ C (3x2 + y2)dx + 2xy dy ao longo do mesmo arco circular dado acima. Integrando campos vetoriais Queremos integrar campos ao longo de uma curva (veremos aplicac¸o˜es a seguir). Notac¸o˜es: dr = dx i + dy j, dr = dx i + dy j + dzk em R2 e R3, respectivamente. Para uma curva C orientada no plano e um capo vetorial F(x , y) = f (x , y)i + g(x , y)j, f , g : R2 → R, escreveremos∫ C F·dr = ∫ C (f (x , y)i+g(x , y)j)·(dx i+dy j) = ∫ C f (x , y)dx+g(x , y)dy ∫ C F · dr = ∫ C f (x , y)dx + g(x , y)dy Damos a definic¸a˜o ana´loga para R3. Definic¸a˜o. Se F for um campo vetorial cont´ınuo e C uma curva lisa orientada, enta˜o a integral de linha de F ao longo de C e´∫ C F · dr Portanto, se C e´ parametrizada por r(t) = x(t)i + y(t)j, a ≤ t ≤ b enta˜o ∫ C F · dr = ∫ b a F(r(t)) · r′(t)dt ∫ C F · dr = ∫ b a F(r(t)) · r′(t)dt Exemplo. Calcule ∫ C F · dr, onde F(x , y) = cos(x)i + sin(x)j e onde C e´ a curva orientada dada. a) C : r(t) = −pi 2 i + tj, 1 ≤ t ≤ 2 b) C : r(t) = ti + t2j, −1 ≤ t ≤ 2 ∫ C F · dr = ∫ b a F(r(t)) · r′(t)dt F(x , y) = cos(x)i + sin(x)j a) C : r(t) = −pi 2 i + tj, 1 ≤ t ≤ 2 b) C : r(t) = ti + t2j, −1 ≤ t ≤ 2 a) Temos∫ C F · dr = ∫ 2 1 F(r(t)) · r′(t)dt = ∫ 2 1 (−j) · jdt = ∫ 2 1 (−1)dt = −1 b) Exerc´ıcio. Resposta: ≈ 5, 83629. ∫ C F · dr = ∫ b a F(r(t)) · r′(t)dt Observac¸a˜o. Lembre que o trabalho efetuado por uma forc¸a sobre um objeto ou part´ıcula e´ dado pelo produto da forc¸a pelo desolcamento. Portanto a integral de linha acima pode ser interpretada como sendo o trabalho realizado pelo campo sobre uma part´ıcula que realiza uma trajeto´ria dada pela curva C . Pergunta: o que acontece quando a curva C na˜o e´ suave? Exemplo. Calcule ∫ C x2y dx + x dy no sentido antihora´rio ao longo do trajeto abaixo. Ideia: obter uma parametrizac¸a˜o para cada lado, calcular as integrais associadas, e depois somar. Podemos parametrizar cada lado como C1 : r(t) = (1− t)(0, 0) + t(1, 0) = (t, 0), 0 ≤ t ≤ 1 C2 : r(t) = (1− t)(1, 0) + t(1, 2) = (1, 2t), 0 ≤ t ≤ 1 C3 : r(t) = (1− t)(1, 2) + t(0, 0) = (1− t, 2− 2t), 0 ≤ t ≤ 1 ∫ C x2y dx + x dy C1 : r(t) = (1− t)(0, 0) + t(1, 0) = (t, 0), 0 ≤ t ≤ 1 C2 : r(t) = (1− t)(1, 0) + t(1, 2) = (1, 2t), 0 ≤ t ≤ 1 C3 : r(t) = (1− t)(1, 2) + t(0, 0) = (1− t, 2− 2t), 0 ≤ t ≤ 1 Exerc´ıcio. Calcule a integral. Resposta: 1/2.
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