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Analise do caso Yoki Criminologia (1sem)

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FACUDADE DA REGIÃO SISALEIRA 
BACHARELADO EM DIREITO
EMILI ELENS S. SILVA
HIAGO SILVA OLIVEIRA
INDRED IARLA GOES SILVA
JAMILLE GRACIENE SOUZA SALAMAH
MARIANA SANTOS CONCEIÇÃO
THIAGO PINHO DA SILVA 
ANÁLISE DO CASO YOKI
Conceição do Coité - BA
2019
EMILI ELENS S. SILVA
HIAGO SILVA OLIVEIRA
INDRED IARLA GOES SILVA
MARIANA SANTOS CONCEIÇÃO
JAMILLE GRACIENE SOUZA SALAMAH
THIAGO PINHO DA SILVA 
ANÁLISE DO CASO YOKI
Relatório apresentado à disciplina Criminologia, ministrada pela professora Maria Clécia Vasconcelos como parte do processo avaliativo do semestre.
Conceição do Coité – BA
2019
ANÁLISE DO CASO YOKI
No dia 19 de maio de 2012, o presidente da empresa Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, foi assassinado com um tiro e após esquartejado por sua então esposa, Elize Araújo Kitano Matsunaga, durante uma do casal por conta das traições de Marcos.
Elize Araújo Matsunaga, a então esposa da vítima, nasceu em Chopinzinho, interior do Paraná, cidade com pouco menos de 20 mil habitantes. Com 19 anos ela se deslocou para Curitiba a procura de trabalho. Na capital paranaense Elize fez um curso de técnica de enfermagem, mas não seguiu a carreira. Logo após, se mudou pra São Paulo, onde teve o emprego de acompanhante de alta classe (garotas de programa de sites pornográficos, com alta remuneração), foi através de um desses sites que Elize e Marcos Kitano Matsunaga - herdeiro de uma fortuna bilionária, seus avós fundaram a empresa de ramo alimentício Yoki, - se conheceram.
Primeiro encontro do casal foi em 2004, através do qual já se tornaram amante. Na época, Marcos já era casado, mas logo pediu o divórcio. Mantiveram o relacionamento até 2007, quando começaram a morar juntos, porém, o casamento só ocorreu em 2009. Viveram em perfeita harmonia até meados de 2010, quando Elize começou a desconfiar que estivesse sendo traída. Com a dúvida acerca das traições, enquanto fazia uma viagem até sua cidade natal, localizada no Paraná, Elize contratou um detetive particular para espionar o marido.
Assim, no dia 17 de maio de 2012, Marcos jantou em um restaurante de luxo, em São Paulo, com sua amante e passou a noite com ela, no hotel Mercure de Vila Olímpia. O detetive tirou foto do encontro e informou tudo à Elize, que antecipou sua volta da viagem para o dia 19 de maio de 2012, dia em que ocorreu o crime.
De volta à São Paulo, Marcos buscou Elize, a filha do casal (1 ano) e a babá no aeroporto, de modo que todos chegaram em casa por volta das 18:30. A babá logo foi dispensada, ficando apenas a família na residência. Às 19h30min Marcos desce pelo elevador até o térreo para buscar uma pizza. Ele está aparentemente tranquilo e falando ao celular com seu pai. Essas foram as últimas imagens de Kitano vivo.
Ao chegar em casa, Elize resolveu tirar satisfações com Marcos sobre o que havia descoberto, alegando que não iria admitir esse tipo de comportamento. Marcos ficou furioso, xingou a esposa e lhe desferiu um tapa no rosto. Ainda enfurecido, continuou os xingamentos, que, ficaram mais ofensivos, e ainda ameaçou Elize de perder a guarda da filha e nunca mais vê-la, de modo que, ao se expressar, se elevava a patamar superior à moça e ironizava seu passado, como garota de programa. 
Com a arma de fogo já em suas mãos, Elize apontou para Marcos, o qual, mesmo diante da ameaça, continuou com as ofensas. Foi quando a esposa disparou. O tiro acertou a cabeça do marido, que morreu na hora. Ela argumentou que atirou para se defender após ter sido vítima de agressões constantes.
Elize, em depoimento à polícia alegou que teria matado o marido com um tiro, depois arrastou o corpo para um quarto e o esquartejado somente dez horas depois, tempo suficiente para que o sangue coagulasse e não deixasse mais vestígios no apartamento onde vivia o casal. Além de apontar que o executivo estava vivo quando foi decapitado, o laudo afirma que o tiro foi disparado de cima para baixo e bastante próximo, encostado, com vestígios de pólvora no rosto da vítima.
Elize esquartejou Marcos em seis partes (cabeça, braços, tórax, pernas). Após isso, colocou seus restos mortais dentro de diferentes sacos de lixo, literalmente “embalando” os pedaços para colocar dentro das malas de viagem, de modo que pudesse sair do prédio sem maiores questionamentos acerca do que carregava.
No dia 20 de maio de 2012, por volta das 11h, Elize saiu do apartamento carregando três malas grandes de viagem, com o corpo de Marcos dentro, rumo ao Paraná. Porém, no meio do trajeto, refez o percurso e decidiu que não iria sair do estado de São Paulo e abandonou o corpo de Marcos um uma rodovia localizada em Cotia (SP).
O corpo foi encontrado no dia 23 de maio de 2012 e encaminhado para as investigações pelo DHPP. No dia 04 de junho de 2012 identificaram que a vítima se tratava do famoso empresário Marcos Kitano Matsunaga, até então desaparecido.
Quando as autoridades assistiram os vídeos gravados pela câmera de segurança do prédio em que a família Matsunaga morava, a principal suspeita de ter matado o empresário fora Elize, que confessou o crime.
Elize responde por homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), além de ocultação de cadáver. Portanto, se enquadra na escola positivista do sociólogo Ferri, criminoso passional (aquele que pelo ímpeto confessa o delito praticado e se arrepende). 
Quando ofereceu a denúncia, o promotor José Carlos Cosenzo foi categórico ao afirmar que a acusada matou o marido por dinheiro e sustentou que a ré não queria perder o casamento e o status social que adquiriu com ele. De acordo com a promotoria, com a morte do empresário, Elize seria beneficiada por um seguro de R$ 600 mil e teria a filha como herdeira do patrimônio do pai.
O caso foi bem repercutido na cidade natal de Eliza, pois além de ser uma cidade com pouco menos de 20 mil habitantes, histórico escolares e professores dizem que ela era boa aluna, como bem relata o depoimento da pedagoga da Escola Estadual Nova Visão Sandra Inêz Ceni Bortolon, que na época em que Elize estudava era a diretora.
Ela era uma menina muito tranquila e bem estudiosa. Era a primeira da sala e sempre com ótimas notas [...] Ela não era uma menina que arrumasse encrenca. Se é um adolescente que briga, geralmente chama a nossa atenção, mas ela me marcou porque era muito estudiosa. 
Por Marcos integrar uma das famílias mais ricas de São Paulo o caso ainda mais ganhou repercussão. Para sua família e amigos próximos ela não precisava fazer isso, pois vivia em uma vida de princesa, vivia em um tríplex que ficava na cobertura de um condomínio com piscina dentro de casa e entre outras regalias. “Ele endeusava a Elize”, diz Mauro Kitano Matsunaga, que depois complementa “Ele era meu único Irmão. Eu falo para os meus filhos cuidarem muito bem um do outro, porque é muito duro perder um irmão”
Logo após o crime a empresa Yoki foi negociada por R$ 1,7 bilhão. A General Mills lamentou a tragédia e disse que iria apoiar os familiares do Sr. Marcos Kitano Matsunaga de todas as formas possíveis. “Nossos corações estão com eles”, afirmou, em comunicado. Sobre a aquisição da Yoki.
Referências
CIDADE ALERTA. Reviravolta no caso Yoki: advogado dos Matsunaga diz que Elize mentiu., São Paulo, 20/10/2018. Disponível em:<https://recordtv.r7.com/cidade-alerta/videos/reviravolta-no-caso-yoki-advogado-dos-matsunaga-diz-que-elize-mentiu-20102018>. Acesso em: 11 de set. 2019.
IGNACIO, Ana. Caso Yoki: mais de quatro anos depois de matar e esquartejar marido, Elize Matsunaga vai a júri em SP. R7, São Paulo, 28/11/2016. Disponível em: <https://noticias.r7.com/sao-paulo/caso-yoki-mais-de-quatro-anos-depois-de-matar-e-esquartejar-marido-elize-matsunaga-vai-a-juri-em-sp-28112016>. Acesso em: 12 de set. 2019.
SEGHATTI, Cassiane. Histórico diz que Elize Matsunaga tem 30 anos e era boa aluna. G1, Chopinzinho, 08/06/2012. Disponível
em: <http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/
2012/06/histórico-diz-que-elize-tem-30-anos-e-era-boa-aluna.html>. Acesso em: 11 de set. 2019.
TOMAZ, Kleber; TOLEDO, Paulo Piza. Laudo da exumação de Matsunaga diz que tiro foi a mais de 40 cm. G1, São Paulo, 30/04/2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/
sao-paulo/noticia/2013/04/laudo-da-exumacao-de-matsunaga-diz-que-tiro-foi-mais-de-40-cm.html>. Acesso em: 11 de set. 2019.
VAZ, Tatiana. General Mills e Yoki: um negócio bilionário em meio a uma tragédia. Exame. Disponível em:<https://exame.abril.com.br/negocios/general-mills-e-yoki-um-negocio-bilionario-em-meio-a-uma-tragedia/>. Acesso em: 11 de set. 2019.
WERUSKA, Lana Silva Castro. Caso Yoki: a morte de Marcos Kitano Matsunaga. Canal Ciências Criminais. Disponível em: <https://canalcienciascriminais.jusbrasil.
com.br/artigos/571938342/caso-yoki-a-morte-de-marcos-kitano-matsunaga>. Acesso em: 12 de set. 2019.

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