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ESPELHO DE CORREÇÃO 
Direito Penal 
Seção 5 
 Direito Penal – Espelho de Correção - Seção 5 
2 
 
 
 
 
 
 
 
Agora vamos à resolução comentada desta Seção? 
Conforme consta de nosso Livro Didático, no acórdão, a Quarta Turma do E. 
TRF1 se limitou a demonstrar a existência de prova de materialidade e autoria para 
justificar o decreto condenatório, bem como a correta aplicação do quantum da pena 
(em razão da Ré ser investigada em outro procedimento), não se manifestando, 
contudo, sobre a preliminar de nulidade absoluta do processo por cerceamento de 
defesa arguida em sede de Apelação. 
Entretanto, como é dever dos Magistrados analisar e decidir sobre todas as 
teses acusatórias e defensivas, enfrentando e fundamentando cada uma delas, não 
restam dúvidas de que o Acórdão prolatado pelo judiciário foi omisso. 
Assim, você deve opor Embargos de Declaração, nos termos do artigo 619 do 
CPP (Segunda Instância), requerendo que a Turma Julgadora supra a omissão, 
enfrentando ambas as teses apresentadas. 
Tal peça deve ser endereçada para o Desembargador Relator da Turma 
Julgadora (Quarta Turma) que proferiu o acórdão (Desembargador Relator da Quarta 
Turma do Egrégio Tribunal Regional Federal da 1ª Região). 
Com relação à data, nos termos do art. 798, caput, §1º e §5º, “a” do CPP, o 
prazo de 02 (dois) dias previsto no art. 619 do CPP terá início do dia 05 de dezembro 
de 2018, terminando, assim, no dia 07 de dezembro de 2018, que é o último dia do 
prazo que deverá constar em sua peça. 
 
 
 
Seção 5 
Direito Penal 
 
 
 Direito Penal – Espelho de Correção - Seção 5 
3 
 
 
 
 
EXCELENTÍSISMO SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) RELATOR(A) DA 
QUARTA TUMA DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª 
REGIÃO 
(10 linhas) 
 
JOSIANE ALMEIDA, já qualificada nos autos em epígrafe, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-
assinado, opor os presentes EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, com fundamento no 
art. 619 do CPP. 
Isso porque o acórdão proferido contém matéria arguível em sede de embargos 
declaratórios, conforme determina o art. 619 do CPP. Salienta-se que a ausência do 
pertinente esclarecimento poderá causar, à ora Embargante, irreparáveis prejuízos em 
seu adequado exercício defensivo. Afinal, conhecer os motivos da decisão é 
fundamental para o exercício do contraditório e da ampla defesa. Apenas isto. 
Quanto ao cabimento destes embargos, ressalta-se que os requisitos formais 
estão presentes. A Embargante tem interesse e legitimidade para apresentar este 
recurso, que é próprio e adequado à espécie de decisão que se contesta. Atende, 
ainda, ao pressuposto de tempestividade: a intimação da r. Sentença se deu em 
05/12/2018. Cumpre-se o prazo do art. 382 do CPP. 
 
I- DOS FATOS 
 
A acusada, funcionária pública, ocupante do cargo de gerente administrativa da 
Caixa Econômica Federal da cidade de Belo Horizonte/MG, foi denunciada como 
incursa nas penas do art. 312 do Código Penal. 
Isso porque, segundo o Ministério Público Federal, a acusada teria solicitado 
cartão magnético e efetuado cadastramento de senha do referido cartão, sem a 
anuência da correntista, Sra. Margarida de Souza. 
 Direito Penal – Espelho de Correção - Seção 5 
4 
 
Sustenta o IRMPF que, após tais condutas, a acusada teria efetuado diversos 
saques, caracterizando, portanto, o crime de peculato, previsto no art. 312 do CP. 
A acusada apresentou sua defesa prévia às fls. Conclusos os autos, V. Exa 
afastou os argumentos apresentados e promoveu o recebimento da denúncia. 
Em seguida, procedeu-se à regular instrução do feito (interrogatórios, oitiva de 
algumas testemunhas e perícias). Finalizada a fase de instrução, a Defesa foi intimada 
e apresentou suas Alegações Finais. 
Concluso os autos, o Magistrado a quo, após indeferir todas as teses 
formuladas pela Defesa, deu total provimento à Denúncia apresentada pelo IRMPF, 
condenando a Ré a 06 (seis) anos de reclusão. 
Interposto recurso de Apelação a este E.TRF1, diversas teses foram 
apresentadas pela Defesa da Ré, quais sejam: a) preliminarmente, nulidade do 
processo por cerceamento de defesa (não realização da oitiva das testemunhas 
arroladas pela defesa de Josiane); b) no mérito, absolvição por ausência de provas; e 
c) reconsideração do quantum da pena aplicada à Ré. 
Entretanto, V..Exas. se limitaram a demonstrar a existência de prova de 
materialidade e autoria para justificar o decreto condenatório, bem como a correta 
aplicação do quantum da pena (em razão da Ré ser investigada em outro 
procedimento), não se manifestando, contudo, sobre a preliminar de nulidade 
absoluta do processo por cerceamento de defesa. É um breve resumo dos fatos. 
 
II – DA OMISSÃO EXISTENTE NA SENTENÇA: AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO DAS 
TESES ARGUIDAS PELA DEFESA – VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA 
FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES 
 
Conforme constam dos autos, no Acórdão prolatado, a Quarta Turma do 
E.TRF1. Entretanto, V..Exas. se limitaram a demonstrar a existência de prova de 
materialidade e autoria para justificar o decreto condenatório, bem como a correta 
aplicação do quantum da pena (em razão da Ré ser investigada em outro 
procedimento) para justificar o decreto condenatório, não se manifestando sobre a 
preliminar de nulidade absoluta do processo por cerceamento. 
Entretanto, como é dever do Magistrado analisar e decidir sobre todas as teses 
acusatórias e defensivas, enfrentando e fundamentando cada uma delas, não restam 
dúvidas de que o Acórdão foi omisso em relação ao referido pleito. Citada omissão 
 Direito Penal – Espelho de Correção - Seção 5 
5 
 
gera, evidentemente, grande prejuízo à Embargante, uma vez que seus 
argumentos não foram sequer minimamente apreciados. 
Esse é o entendimento dominante da jurisprudência: 
APELAÇÃO CRIMINAL - CONTRAVENÇÃO PENAL - NULIDADE DA 
SENTENÇA - AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO DE PRELIMINAR ARGUIDA 
PELA DEFESA - ACOLHIMENTO Nula é a sentença que não aprecia 
preliminar suscitada pela defesa nas alegações finais. Preliminar 
acolhida para anular a sentença, prejudicando a análise do mérito do 
apelo. (TJ-SP - APL: 00158830920108260625 SP 0015883-
09.2010.8.26.0625, Relator: Luis Augusto de Sampaio Arruda, Data de 
Julgamento: 10/03/2014, 1ª Câmara Criminal Extraordinária, Data de 
Publicação: 08/04/2014) 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - SENTENÇA DE PRONÚNCIA - 
AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO DE TESE DEFENSIVA ARGUIDA EM 
ALEGAÇÕES FINAIS - NULIDADE. PRELIMINAR ACOLHIDA. 
DECLARADA A NULIDADE DA SENTENÇA DE PRONÚNCIA. Inexistindo 
a devida apreciação da tese arguida, há que se reconhecer a existência 
de mácula ao princípio do contraditório e da ampla defesa, e 
consequente vício na r. sentença de pronúncia, ora combatida. (TJ-MG 
- Rec em Sentido Estrito: 10024078044534001 MG, Relator: Rubens 
Gabriel Soares, Data de Julgamento: 13/05/2014, Câmaras Criminais / 6ª 
CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 22/05/2014) 
 
III. DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto, requer-se o conhecimento e, finalmente, o provimento 
dos presentes Embargos de Declaração, para que seja sanado o ponto de omissão do 
acórdão prolatado, conforme aqui se apresentou. 
 
 
 Termos em que, 
 Pede e espera deferimento. 
 
(LOCAL), 07 de dezembro de 2018. 
__________________________________________________________ 
[NOME COMPLETO DO ADVOGADO] 
[OAB] 
 Direito Penal – Espelho de Correção - Seção 5 
6 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO COMENTADA 
 
Perguntas: 
1- Quais seriam os recursos cabíveis nessa hipótese? 
2- O que são os Embargos de Declaração? 
2- Qual a previsão legal para os Embargos de Declaração?3- Em ambos os casos, as hipóteses de cabimento são as mesmas? 
4- Cabe Embargos de Declaração contra qualquer decisão? Qual o prazo? 
 
 
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