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Análise das Demonstrações Financeiras UNIDADE 3 1 UNIDADE 3 DISCIPLINA: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Análise De Rentabilidade Geração De Caixa Introdução Olá! Tudo bem com você? Fico feliz de você ter chegado à Unidade III do nosso curso, fico feliz por sua perseverança, afinal, precisamos lutar diariamente em nossas vidas! Bom, espero que esteja gostando! Nessa terceira unidade vamos conhecer e aprender o cálculo dos indicadores que medem a rentabilidade de uma empresa, que é o retorno que os sócios têm ao investir em uma empresa. Conversaremos também sobre a lucratividade, o percentual que indica o ganho obtido sobre as vendas realizadas. Em seguida vamos aprender sobre a geração operacional de caixa, também conhe- cido como LAJIDA, e vamos aprender sobre essa sigla, não muito comum para quem não trabalha com finanças, mas, a geração operacional de caixa, evidencia a geração de caixa que é fator primordial para o acompanhamento e do desempenho financeiro de uma empresa. Análise bastante importante, pois permite a qualquer momento de que modo o caixa é financeiramente adotado pelas políticas da empresa. Em seguida, vamos aprender o conceito e como se calcula a alavancagem financeira, pois a alavancagem financeira mostra e determina qual a política que a empresa vai adotar para financiar as suas atividades e seus investimentos na empresa, evidencia também a proporção entre os capitais (vimos no modulo passada a divisão dos capi- tais de uma empresa, ou seja, capital próprio e capital de terceiros. Capital próprio é o dinheiro investido pelos sócios na empresa, e o capital de terceiros dinheiro de ban- cos, governos, fornecedores, o capital próprio representado pelo Patrimônio Liquido e o capital de terceiros representado pelo Passivo), como fontes de recursos e financia- mentos para o Ativo da empresa. Pois muitas vezes as empresas, por exemplo, recor- rem a empréstimos sem mal saber onde aplicar, qual taxa de juros, se o empréstimo naquele momento é viável ou não. Então, todas essas informações precisam estar embasadas juntamente com a análise, e os conceitos de alavancagem financeira. E juntamente com a alavancagem financeira sempre vem a pergunta: é mais viável ter como fonte de recursos o capital próprio ou o capital de terceiros? Seguido a alavancagem financeira também vamos ter a alavancagem operacional onde vamos aprender melhor a distribuição dos custos e das despesas, sabemos que é impossível de se gerir uma empresa sem contar com os seus custos e suas des- pesas, então na alavancagem operacional vamos verificar qual a proporção entre os 2 custos variáveis e custos fixos, os efeitos da composição desses custos e despesas na estrutura orçamentária da empresa e compreender o resultado do efeito de mudan- ças nos volumes de produção e de vendas da entidade analisada. Como o próprio nome já diz, os indicadores de rentabilidade irão demonstrar qual a rentabilidade dos capitais investidos, seja capital próprio, seja capital de terceiros, em outras palavras, quanto que o sócio, por exemplo, investiu e o que esse investimento está gerando para ele, se é viável ou não, afinal, quem investe dinheiro quer resulta- dos! Mas, como tal, assim como os demais índices, esses índices de rentabilidade não podem ser trabalhados sozinhos, pois dependem de muitos fatores para acharmos de forma mais concreta a sua interpretação, tais como: participação de mercados, mix de produtos, produtividade e outros. No módulo anterior, quando falamos de índices de liquidez, vimos também que a quali- dade da divida conta muito, pois, não adianta ter um recebível posterior ao pagamento da dívida, e assim também são os índices de rentabilidade assim como na página 56 no nosso livro texto diz Os investidores, a área comercial e o próprio ativo da empresa têm interesses diversos numa boa rentabilidade, como veremos nesta unidade. Lembra que falei do LAJIDA? Então, deriva do EBITDA, que vem do inglês Earning Before Interest, Taxes, Depreciation/ Depletion and Amortization, que em nosso idio- ma significa Lucro Antes dos Juros, Impostos (sobre lucros), Depreciações/exaustões e Amortizações. Ou seja, LAJIDA em português, logo EBITDA ou LAJIDA são a mes- ma coisa, mais o que importa é que ele é tido como um dos mais importantes indica- dores financeiros. Isso porque ele é capaz de medir a produtividade e a eficiência da empresa de maneira direta e objetiva, o que é um ponto essencial para o empresário poder avaliar se deve ou não investir na companhia. Conhecendo melhor este indicador, ou seja, a sigla por si só, já ajuda bastante a expli- car a função do indicador. E fica ainda mais simples se traduzirmos literalmente para português, obtendo o termo LAJIDA, que significa Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. Mas, isso será melhor detalhado nos próximos capítulos. E quanto à alavancagem? Palavra interessante de se usar no mundo financeiro, mas, o que consiste uma alavanca? Então, alavanca ferramenta simples, utilizado para fa- cilitar a execução de uma tarefa em que se pretende erguer algum objeto pesado. Ela tem como função multiplicar a força aplicada sobre si. E é isso que a empresas fazem, quando recorrem, por exemplo, a capital de terceiros! Logo abaixo, vou deixar um link de um vídeo que achei bem interessante sobre EBITDA, recomendo você a assistir. Traz um detalhamento sobre o ebitda, que vamos aprender mais na frente. Seu tempo de duração é de aproximadamente 8 minutos. https://www.youtube.com/watch?v=dZoignFKth0 3 Depois de assistir ao vídeo, vá ao nosso livro texto, capítulo 1, como leitura obrigatória da página 55 à pagina 83, que totaliza o capítulo 1. Depois, vá para o guia de estudo, que logo em seguida vamos falar mais do capítulo 3, que é de suma importância para as tomadas de decisão dentro de uma empresa. E vamos a nossa aula aprofundar o conhecimento do assunto no tocante a geração de caixa de uma empresa. Bons estudos!!! Vamos a nossa aula, capítulo 3! ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Professor: José Rodolfo Melo Cavalcante Rodrigues Unidade 3 – Análise de rentabilidade e geração de caixa Vamos começar? Agora que você leu o capítulo 3, Análise de rentabilidade e geração de caixa, vamos conhecer os demais índices que vão compor essa parte da análise. Assim como os índices de liquidez e endividamento, também temos índices de rentabilidade, só lem- brando que rentabilidade é diferente de lucratividade, ou seja, Rentabilidade é o que se conseguiu obter em relação ao que foi investido. Investe-se certo valor, e compara- -se com o que rendeu esse capital para saber se o que se investiu teve retorno espe- rado. Margem Bruta Esse índice vai calcular e mostrar o quanto a empresa obteve de lucro para cada R$ 100,00 que foram vendidos. Esse índice também ajuda a evidenciar a eficiência da produção, suas compras e a área comercial que está atuando. Logo, a margem bruta deverá cobrir as despesas operacionais da empresa, lembrando que temos três grupos de despesas, despesas operacionais que são aquelas destinadas a colocar a empresa em funcionamento como água, luz, telefone, internet. Temos as despesas financeiras, que são aquelas como juros, mora, multa e as despesas de vendas, tais como comissões sobre vendas, auxilio refeição, deslocamento, ou seja, aquelas des- pesas para se vender o produto. Assim, como havia dito, a margem bruta deverá ser suficiente para cobrir as despesas e gerar lucro. Margem Bruta = lucro bruto X 100 Receita líquida Margem Operacional A análise do indicador da Margem Operacional deverá ser feita com o objetivo de veri- ficar o ciclo operacional da empresa, com foco no resultado, pois isso vai influenciá-lo. 4 O ciclo operacional compreende o período de compra, estocagem e a venda dopro- duto, logo, chamado de período operacional. A margem bruta é o índice que calcula o quanto a empresa obtém de lucro operacional, ou seja, o lucro operacional é obtido do resultado bruto menos as despesas operacionais (aquelas despesas administrativas, comerciais e financeiras para cada R$ 100,00 auferido pelas vendas). Margem operacional = Lucro líquido X 100 Receita líquida Margem Líquida O Índice da margem líquida vai mostrar quanto que a empresa obterá de lucro líqui- do para R$ 100,00 vendidos. Esse sim evidencia a lucratividade da entidade, após a empresa pagar os tributos devidos, como por exemplo, o imposto de renda e a contri- buição social sobre o lucro líquido e também das participações, como por exemplo o pagamento aos administradores, sócios etc. Margem Líquida = lucro líquido X 100 Receita líquida Rentabilidade do Ativo O índice de rentabilidade do ativo revela o quanto obterá de lucro para cada R$ 100,00 de investimento, ou seja, a cada R$ 100,00 investidos no ativo total, também conhe- cido como aplicação de recursos. Também é utilizado para medir a eficácia dos ativos avaliando o potencial de geração de lucros pela entidade analisada. Esse índice fica bem mais interessante de ser analisado se combinarmos ele com o giro do ativo, pois é quando vamos saber o tempo para retorno do que foi investido na empresa. Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido X 100 Ativo total Rentabilidade do Patrimônio Líquido Esse índice é utilizado para revelar a lucratividade que os sócios vão obter com o capital que foi investido na empresa. Em uma análise gerencial, é esse índice que os sócios dão uma atenção mais especial para saber o quanto obtiveram de retorno ao investir na empresa. Afinal, como já foi mencionado, o empresário deseja obter retor- no do seu investimento. Rentabilidade do Patrimônio = Lucro líquido X 100 Patrimônio líquido 5 Agora, caro(a) estudante, peço que você volte para o livro texto a partir da página 59 e veja a aplicação desses índices em uma empresa real. Lá você vai verificar a aplica- ção em uma empresa real, que o autor do livro texto escolheu para fazer a aplicação desses índices. Observe também que não somente o balanço patrimonial é analisado, entendemos que ele o relatório contábil mais importante, mas, a demonstração do resultado também tem seu papel bastante relevante na análise das demonstrações contábeis. Assim como na unidade anterior, o autor traz em consideração o que foi analisado no módulo passado, ou seja, as análises vertical e horizontal. Você lembra bem delas não é? A análise vertical consiste em obter o percentual de cada grupo, em relação ao valor total do demonstrativo contábil analisado, ou, ainda, de cada conta contábil em relação ao total do seu respectivo grupo. Trata de evidenciar o crescimento dos vários itens. A análise horizontal também é conhecida como análi- se de tendência ou análise de evolução. Oriento também que leia atenciosamente a análise de cada índice que é feito no livro texto, porque como já foi dito em unidades anteriores, para se analisar as demonstrações não basta aplicar a fórmula e obter o resultado, mas, também saber o que quer dizer cada índice, e como se portar diante dos resultados encontrados. Em seguida daremos continuidade, pois iremos abordar o que comecei na introdução, ou seja, vamos saber o que é o EBITDA/LAJIDA e sua importância dentro da empresa. Boa leitura! Geração de Caixa – EBITDA – LAJIDA Nesse ponto de nossa aula, vamos nos aprofundar mais no conceito de geração de caixa de uma empresa, aliando esse conceito aos de análise das demonstrações contábeis. O conceito de geração de caixa é simples, em outras palavras quanto a empresa gera de recursos apenas através de suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. A utilização do EBITDA começou a ganhar a importância porque antigamente só se analisava o resultado final, mas isso não trazia tanta informação a ponto de se tomar uma decisão correta. Ou seja, o resultado final da empresa, o lucro ou prejuízo, pois quando ficamos analisando somente o resultado final, este pode vir com distorções, já que o resultado final pode sofrer influência no decorrer do exercício social. O EBTIDA em uma tradução do inglês, LAJIDA (lucro antes dos juros, impostos, de- preciação e amortização) atua como indicador do desempenho econômico geral. Seu calculo é bastante simples, e é feito a partir do lucro operacional, daí, vamos adicionar os valores relativos às depreciações e amortizações, porque esses valores represen- tam despesas e custos que não chegam a causar impacto no caixa da empresa, em outras palavras, não causam desembolso, que é a saída de caixa propriamente dita. A despesa financeira também será adicionada para o calculo do EBITDA, pois eviden- cia a geração operacional de caixa sem sofrer influência de recursos financeiros uti- lizados para financiar as atividades da empresa analisada. Logo em seguida, vamos adicionar ao EBTIDA os juros, a depreciação e a amortização ao lucro operacional líquido antes dos impostos. A seguir, um exemplo da demonstração do cálculo do 6 EBTIDA da empresa. Mas, também peço que você volte ao guia de estudos na pá- gina 61, onde o autor do livro texto traz também um exemplo de cálculo do ebtida da empresa que foi escolhida para ser analisada. Apuração do EBITDA Cálculo do EBITDA: Logo em seguida no livro texto, na página 62, o autor traz outro exemplo do ebtida, seguida de sua análise. Peço que volte ao livro texto e leia a análise que foi realiza- da. Analise também como foi calculada, para reforçar nossos estudos em geração de caixa. Observe também que o ebtida destaca o lucro operacional, sem evidenciar os efeitos financeiros e sem os valores que representam consumo de ativos pela depre- ciação e amortização. Na página 63, do livro texto, unidade 3. No segundo parágrafo, o autor traz uma ci- tação relevante sobre a geração de caixa. Peço que leia depois, volte para o guia de estudos. Voltando aqui no guia, vamos dar sequência ao nosso estudo e passaremos agora para a alavancagem financeira, seu conceito e sua importância. Quando na verdade, já citei aqui algumas coisas sobre a alavancagem financeira. Alavancagem Financeira Quando falamos de alavanca, na verdade é quando nos utilizamos de um ponto de apoio fazendo força para levantar um objeto do outro lado, onde na verdade a força exercida é multiplicada pelo apoio que foi dado a alavanca. 7 Mas, no mundo dos negócios, alavanca tem quase o mesmo sentido, na verdade a alavancagem financeira é a utilização de capitais de terceiros para financiar o ativo, lembrando o conceito que Passivo e Patrimônio Líquido são tidos como origem de re- cursos, e Ativo a aplicação de recursos, então, a empresa faz alavancagem financeira quando consegue ampliar o lucro através de recursos de terceiro para financiar seu ativo. Resumindo: uma empresa que tenha recorrido a empréstimos, por exemplo, terá que devolver o valor do empréstimo, acrescido de juros a seu credor (instituição financeira, por exemplo), conforme acordada na transação, logo o fato da empresa ter recorrido a empréstimos, são gerados custos fixos financeiros, que provocam o efeito de alavan- cagem financeira. Esse custos são tidos como fixos, pois não dependem de volume de vendas ou de produção. A alavancagem financeira é positiva quando capitais de longo prazo de terceiros pro- duzem efeitos positivos sobre o patrimônio líquido. O capital de terceiros de longo prazo só se torna vantajoso para uma entidade quando o retorno sobre o patrimônio líquido for superior ao retorno sobre o ativo. De nada iriaadiantar uma empresa bus- car recursos de terceiros em longo prazo, se os recursos fizerem com que o retorno sobre o patrimônio líquido seja menor do que a posição anterior à da captação. Ala- vancagem financeira é isso: a “alavanca” que esta captação produz no retorno aos acionistas. Agora, como leitura obrigatória, volte a página 64 e leia até a página 67, onde o nosso livro traz mais conceitos e relatórios com exemplos sobre a alavancagem financeira, pois logo em seguida você deverá voltar para o guia de estudo para darmos conti- nuidade no nosso assunto, pois iremos aprender os índices que serão utilizados em uma análise para completar a alavancagem financeira. Só lembrando que: para que uma alavancagem financeira obtenha sucesso se os custos para adquirir capital de terceiros forem menores que os retornos do que foi investido! Afinal, não seria uma alavanca se gastássemos mais para buscar o recurso de terceiros se gastássemos mais do que o investido. Estrutura e componentes da alavancagem financeira O Grau de Alavancagem Financeira é uma técnica bastante utilizada também em projetos de investimentos, mas caso fóssemos utilizar no dia a dia na empresa, pre- cisaríamos ter cuidado com pequenas distorções no resultado tal qual o ativo, pois ali seria incluído o ativo total, por exemplo. Para que uma alavancagem financeira obtenha sucesso é interessante conhecer al- guns itens para obtermos êxito como: o ativo a ser investido precisa ser operacional, qual o lucro operacional da empresa antes das despesas financeiras e o valor das despesas financeiras que farão parte do financiamento. E outro ponto importante é conhecermos também o passivo que será assumido para financiar a aplicação de recursos (ativo). 8 Cálculo e análise do grau de alavancagem financeira O grau de alavacangem financeira será obtido da seguinte forma: Grau de Alavancagem Financeira = rentabilidade do patrimônio líquido X 100 Retorno sobre o ativo Só reforçando que mesmo a empresa recorrendo a empréstimos de terceiros, por exemplo, ela poderá incorrer em grau de alavancagem financeira positivo (esse é mais desejado pelos sócios, administradores e investidores), mas também poderá ocorrer Grau de Alavancagem Financeira Negativo e Nulo. Para completarmos nosso assunto de alavancagem, vamos agora conhecer a Alavancagem Operacional. Alavancagem Operacional Para começarmos a descrever a alavancagem operacional, é interessante falar um pouco sobre custos. Afinal é um termo que ainda confunde muito gestor. Custo é um consumo de recursos que visa à fabricação de um produto ou à prestação de serviços, ou seja, é um gasto que a empresa tem que é diretamente ligado ao seu processo de produção ou prestação de serviços. Numa empresa, essa função de apuração de custos fica a cargo da contabilidade, também a questão de avaliação de estoques e a forma de custeio que a empresa irá adotar. Quando trabalhamos custos, precisamos dar uma atenção a esse ponto, pois conhecendo os custos que a empresa tem, podemos aferir com precisão a sua ren- tabilidade e a sua lucratividade, dando embasamento as tomadas de decisão, objeti- vando a recuperação do lucro e consequentemente do investimento. A seguir, vamos conhecer um pouco mais das terminologias utilizadas em custos, pois caso essas terminologias sejam empregadas de forma errada, com certeza haverá distorção de valores para os gestores na tomada de decisão. Terminologias utilizadas na contabilidade de custos Gastos Afinal, o que você entende por gastos? Na empresa os gastos são todas as saídas de recurso (caixa) no pagamento de ativos, custos ou despesas. Ou seja, são as saídas que estão relacionadas com o processo operacional. Investimentos Também na contabilidade de custos, utilizamos a terminologia investimentos para conceituar os gastos que estarão ligados a exercícios futuros da empresa, objetivando um retorno sobre esses gastos. Como por exemplo, a compra de um maquinário para aumentar a produção de uma indústria. 9 Custos O termo Custos muitas vezes é empregado de forma errada, e esse emprego errado do conceito gera distorções no resultado da empresa. Quando na verdade custos são os gastos que a empresa tem que são necessários para fabricar os produtos ou pres- tar serviços, ou seja, estão diretamente ligados ao processo produtivo de uma entida- de, seja ela comércio, prestadora de serviços ou indústria. Um exemplo bem prático é a compra da matéria-prima, entra na empresa como custo, depois, essa matéria-prima passa por um processo de produção passando a ser o produto final, logo esse produto final vai para o ativo, se tornado um estoque, logo, estoque fica no ativo. Despesas As despesas são todos os gastos que a empresa tem para obter receita. Receita, tam- bém já vista em contabilidade, são as entradas de elementos (dinheiro, por exemplo) para o ativo da empresa. As vendas das mercadorias do estoque são denominadas receita com mercadorias. A receita com prestação de serviços denomina-se receita com prestação de serviços. Custos dos Produtos Vendidos Os custos dos produtos vendidos, na contabilidade de custos, são as mercadorias adquiridas para revenda, mas não vendidas, ou a matéria-prima comprada para a fabricação de produtos, mas não consumidas na produção. Classificação dos custos quanto à identificação nos produtos fabricados Como já vimos, custos são os gastos que a empresa tem que estão diretamente rela- cionados com o processo de produção. Mas, com relação à apropriação aos produtos, esses custos se dividem em: Diretos e Indiretos. Custos Diretos Os custos diretos são os diretamente relacionados aos produtos e sua produção, por exemplo, a matéria-prima utilizada no processo de produção se torna um custo direto, pois é um gasto que a empresa tem para fabricá-lo. Outro exemplo, os salários dos funcionários de uma indústria, que trabalham diretamente na produção, também são considerados custos diretos. Custos Indiretos Os custos indiretos também estão relacionados ao processo de produção, mas que não conseguem ser aplicados de forma direta ao produto final, como por exemplo, o salário dos funcionários da produção é um custo direto, pois podemos medir com exatidão. Já o salário do supervisor da fábrica precisa ser de alguma forma rateado, pois na realidade, não podemos medir com exatidão quanto tempo ele se dedicou a 10 fabricação de cada produto ou setor. Outro exemplo pode ser também o aluguel da fábrica, a energia elétrica consumida etc. Classificação dos Custos quando à relação com a quantidade produzida Custos Fixos São os gastos que a empresa tem que não sofrem alterações conforme o processo produtivo. Um bom exemplo é o aluguel da fábrica, pois, independente de produzir- mos uma unidade ou mil unidades, o valor do aluguel não sofrerá alterações. Custos Variáveis Os custos variáveis são os gastos que a empresa tem que quanto mais a empresa produzir e vender, mais incorrerá em custos como mão de obra direta (na contratação de mais pessoas para a produção) e a compra da matéria-prima, porque quanto mais produzir, mais terá que comprar. Análise do Custo / Volume / Lucro A análise do Custo / Volume / Lucro abrange o estudo de grandes conceitos voltados para o gerenciamento de rentabilidade de uma empresa que são eles: margem de contribuição, ponto de equilíbrio e alavancagem operacional. Agora como leitura obrigatória, vá para a página 73 do nosso livro texto, leia até a página 79, para aprofundar o nosso estudo no tocante a análise do custo/volume/lu- cro. Depois, volte para o nosso guia de estudos para fazermos uma abordagem sobre Alavancagem Operacional. Boa leitura! Alavancagem Operacional Como você já sabe, Alavancagem resulta do uso deativo de recursos de custos fixos para aumentar os retornos aos proprietários da empresa. Logo, a alavancagem opera- cional resulta da capacidade que a empresa possui, de acordo com a sua estrutura de custos fixos, para implementar um aumento nas vendas e gerar um incremento ainda maior nos resultados, ou, para diminuir as vendas e produzir uma redução maior nos resultados. Em outras palavras, o Grau de Alavancagem Operacional revela quanto houve de acréscimo ou decréscimo no lucro da empresa em função de determinado aumento na produção ou venda. O seu cálculo consiste em dividir a variação ocorrida no lucro operacional pelo percentual de variação ocorrida no volume de sua produção ou ven- da. Grau de Alavancagem Operacional = Δ% lucro operacional Δ% produção/venda 11 O exemplo que o livro texto traz é se, por exemplo, um aumento de 10% nas vendas provocar um aumento de 40% no lucro operacional, você encontrará um grau de ala- vancagem operacional igual a 4, o que significa que, a cada 1% de aumento nas ven- das, houve um aumento de 4% no lucro operacional. Ou seja, conforme for a estrutura de custos da empresa, poderá haver a alavancagem operacional, que é o aumento nos lucros em proporção maior que o aumento nas vendas, nos casos em que o custo é maior nessa composição da estrutura empresarial. Bom, aqui encerramos a unidade 3 do nosso curso, peço que vá agora para o am- biente virtual de aprendizagem para a realização dos exercícios e a participação nos fóruns de atividades! Bons estudos, até breve!
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