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Guia_de_Estudos_da_Unidade_3_-_Análise_e_Demonstração_Finaneira

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Análise das Demonstrações 
Financeiras
UNIDADE 3
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UNIDADE 3
DISCIPLINA: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Análise De Rentabilidade Geração De Caixa
Introdução
Olá! Tudo bem com você? Fico feliz de você ter chegado à Unidade III do nosso curso, 
fico feliz por sua perseverança, afinal, precisamos lutar diariamente em nossas vidas! 
Bom, espero que esteja gostando!
 
Nessa terceira unidade vamos conhecer e aprender o cálculo dos indicadores que 
medem a rentabilidade de uma empresa, que é o retorno que os sócios têm ao investir 
em uma empresa. Conversaremos também sobre a lucratividade, o percentual que 
indica o ganho obtido sobre as vendas realizadas.
Em seguida vamos aprender sobre a geração operacional de caixa, também conhe-
cido como LAJIDA, e vamos aprender sobre essa sigla, não muito comum para quem 
não trabalha com finanças, mas, a geração operacional de caixa, evidencia a geração 
de caixa que é fator primordial para o acompanhamento e do desempenho financeiro 
de uma empresa. Análise bastante importante, pois permite a qualquer momento de 
que modo o caixa é financeiramente adotado pelas políticas da empresa.
 
Em seguida, vamos aprender o conceito e como se calcula a alavancagem financeira, 
pois a alavancagem financeira mostra e determina qual a política que a empresa vai 
adotar para financiar as suas atividades e seus investimentos na empresa, evidencia 
também a proporção entre os capitais (vimos no modulo passada a divisão dos capi-
tais de uma empresa, ou seja, capital próprio e capital de terceiros. Capital próprio é 
o dinheiro investido pelos sócios na empresa, e o capital de terceiros dinheiro de ban-
cos, governos, fornecedores, o capital próprio representado pelo Patrimônio Liquido e 
o capital de terceiros representado pelo Passivo), como fontes de recursos e financia-
mentos para o Ativo da empresa. Pois muitas vezes as empresas, por exemplo, recor-
rem a empréstimos sem mal saber onde aplicar, qual taxa de juros, se o empréstimo 
naquele momento é viável ou não. Então, todas essas informações precisam estar 
embasadas juntamente com a análise, e os conceitos de alavancagem financeira. E 
juntamente com a alavancagem financeira sempre vem a pergunta: é mais viável ter 
como fonte de recursos o capital próprio ou o capital de terceiros?
 
Seguido a alavancagem financeira também vamos ter a alavancagem operacional 
onde vamos aprender melhor a distribuição dos custos e das despesas, sabemos que 
é impossível de se gerir uma empresa sem contar com os seus custos e suas des-
pesas, então na alavancagem operacional vamos verificar qual a proporção entre os 
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custos variáveis e custos fixos, os efeitos da composição desses custos e despesas 
na estrutura orçamentária da empresa e compreender o resultado do efeito de mudan-
ças nos volumes de produção e de vendas da entidade analisada.
 
Como o próprio nome já diz, os indicadores de rentabilidade irão demonstrar qual a 
rentabilidade dos capitais investidos, seja capital próprio, seja capital de terceiros, em 
outras palavras, quanto que o sócio, por exemplo, investiu e o que esse investimento 
está gerando para ele, se é viável ou não, afinal, quem investe dinheiro quer resulta-
dos!
Mas, como tal, assim como os demais índices, esses índices de rentabilidade não 
podem ser trabalhados sozinhos, pois dependem de muitos fatores para acharmos de 
forma mais concreta a sua interpretação, tais como: participação de mercados, mix de 
produtos, produtividade e outros.
No módulo anterior, quando falamos de índices de liquidez, vimos também que a quali-
dade da divida conta muito, pois, não adianta ter um recebível posterior ao pagamento 
da dívida, e assim também são os índices de rentabilidade assim como na página 56 
no nosso livro texto diz Os investidores, a área comercial e o próprio ativo da empresa 
têm interesses diversos numa boa rentabilidade, como veremos nesta unidade.
Lembra que falei do LAJIDA? Então, deriva do EBITDA, que vem do inglês Earning 
Before Interest, Taxes, Depreciation/ Depletion and Amortization, que em nosso idio-
ma significa Lucro Antes dos Juros, Impostos (sobre lucros), Depreciações/exaustões 
e Amortizações. Ou seja, LAJIDA em português, logo EBITDA ou LAJIDA são a mes-
ma coisa, mais o que importa é que ele é tido como um dos mais importantes indica-
dores financeiros. Isso porque ele é capaz de medir a produtividade e a eficiência da 
empresa de maneira direta e objetiva, o que é um ponto essencial para o empresário 
poder avaliar se deve ou não investir na companhia.
Conhecendo melhor este indicador, ou seja, a sigla por si só, já ajuda bastante a expli-
car a função do indicador. E fica ainda mais simples se traduzirmos literalmente para 
português, obtendo o termo LAJIDA, que significa Lucro Antes dos Juros, Impostos, 
Depreciação e Amortização. Mas, isso será melhor detalhado nos próximos capítulos.
E quanto à alavancagem? Palavra interessante de se usar no mundo financeiro, mas, 
o que consiste uma alavanca? Então, alavanca ferramenta simples, utilizado para fa-
cilitar a execução de uma tarefa em que se pretende erguer algum objeto pesado. Ela 
tem como função multiplicar a força aplicada sobre si. E é isso que a empresas fazem, 
quando recorrem, por exemplo, a capital de terceiros! Logo abaixo, vou deixar um link 
de um vídeo que achei bem interessante sobre EBITDA, recomendo você a assistir. 
Traz um detalhamento sobre o ebitda, que vamos aprender mais na frente. Seu tempo 
de duração é de aproximadamente 8 minutos. 
https://www.youtube.com/watch?v=dZoignFKth0
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Depois de assistir ao vídeo, vá ao nosso livro texto, capítulo 1, como leitura obrigatória 
da página 55 à pagina 83, que totaliza o capítulo 1. Depois, vá para o guia de estudo, 
que logo em seguida vamos falar mais do capítulo 3, que é de suma importância para 
as tomadas de decisão dentro de uma empresa. E vamos a nossa aula aprofundar 
o conhecimento do assunto no tocante a geração de caixa de uma empresa. Bons 
estudos!!!
Vamos a nossa aula, capítulo 3!
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Professor: José Rodolfo Melo Cavalcante Rodrigues
Unidade 3 – Análise de rentabilidade e geração de caixa
Vamos começar?
Agora que você leu o capítulo 3, Análise de rentabilidade e geração de caixa, vamos 
conhecer os demais índices que vão compor essa parte da análise. Assim como os 
índices de liquidez e endividamento, também temos índices de rentabilidade, só lem-
brando que rentabilidade é diferente de lucratividade, ou seja, Rentabilidade é o que 
se conseguiu obter em relação ao que foi investido. Investe-se certo valor, e compara-
-se com o que rendeu esse capital para saber se o que se investiu teve retorno espe-
rado.
Margem Bruta
 
Esse índice vai calcular e mostrar o quanto a empresa obteve de lucro para cada 
R$ 100,00 que foram vendidos. Esse índice também ajuda a evidenciar a eficiência 
da produção, suas compras e a área comercial que está atuando. Logo, a margem 
bruta deverá cobrir as despesas operacionais da empresa, lembrando que temos três 
grupos de despesas, despesas operacionais que são aquelas destinadas a colocar a 
empresa em funcionamento como água, luz, telefone, internet. Temos as despesas 
financeiras, que são aquelas como juros, mora, multa e as despesas de vendas, tais 
como comissões sobre vendas, auxilio refeição, deslocamento, ou seja, aquelas des-
pesas para se vender o produto. Assim, como havia dito, a margem bruta deverá ser 
suficiente para cobrir as despesas e gerar lucro.
Margem Bruta = lucro bruto X 100
 Receita líquida
Margem Operacional
A análise do indicador da Margem Operacional deverá ser feita com o objetivo de veri-
ficar o ciclo operacional da empresa, com foco no resultado, pois isso vai influenciá-lo. 
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O ciclo operacional compreende o período de compra, estocagem e a venda dopro-
duto, logo, chamado de período operacional. A margem bruta é o índice que calcula o 
quanto a empresa obtém de lucro operacional, ou seja, o lucro operacional é obtido do 
resultado bruto menos as despesas operacionais (aquelas despesas administrativas, 
comerciais e financeiras para cada R$ 100,00 auferido pelas vendas).
Margem operacional = Lucro líquido X 100
 Receita líquida
Margem Líquida
 
O Índice da margem líquida vai mostrar quanto que a empresa obterá de lucro líqui-
do para R$ 100,00 vendidos. Esse sim evidencia a lucratividade da entidade, após a 
empresa pagar os tributos devidos, como por exemplo, o imposto de renda e a contri-
buição social sobre o lucro líquido e também das participações, como por exemplo o 
pagamento aos administradores, sócios etc. 
Margem Líquida = lucro líquido X 100
 Receita líquida
Rentabilidade do Ativo
O índice de rentabilidade do ativo revela o quanto obterá de lucro para cada R$ 100,00 
de investimento, ou seja, a cada R$ 100,00 investidos no ativo total, também conhe-
cido como aplicação de recursos. Também é utilizado para medir a eficácia dos ativos 
avaliando o potencial de geração de lucros pela entidade analisada. Esse índice fica 
bem mais interessante de ser analisado se combinarmos ele com o giro do ativo, pois 
é quando vamos saber o tempo para retorno do que foi investido na empresa.
Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido X 100
 Ativo total
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Esse índice é utilizado para revelar a lucratividade que os sócios vão obter com o 
capital que foi investido na empresa. Em uma análise gerencial, é esse índice que os 
sócios dão uma atenção mais especial para saber o quanto obtiveram de retorno ao 
investir na empresa. Afinal, como já foi mencionado, o empresário deseja obter retor-
no do seu investimento.
Rentabilidade do Patrimônio = Lucro líquido X 100
 Patrimônio líquido
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Agora, caro(a) estudante, peço que você volte para o livro texto a partir da página 59 
e veja a aplicação desses índices em uma empresa real. Lá você vai verificar a aplica-
ção em uma empresa real, que o autor do livro texto escolheu para fazer a aplicação 
desses índices. Observe também que não somente o balanço patrimonial é analisado, 
entendemos que ele o relatório contábil mais importante, mas, a demonstração do 
resultado também tem seu papel bastante relevante na análise das demonstrações 
contábeis. Assim como na unidade anterior, o autor traz em consideração o que foi 
analisado no módulo passado, ou seja, as análises vertical e horizontal. Você lembra 
bem delas não é? A análise vertical consiste em obter o percentual de cada grupo, 
em relação ao valor total do demonstrativo contábil analisado, ou, ainda, de cada 
conta contábil em relação ao total do seu respectivo grupo. Trata de evidenciar o 
crescimento dos vários itens. A análise horizontal também é conhecida como análi-
se de tendência ou análise de evolução. Oriento também que leia atenciosamente a 
análise de cada índice que é feito no livro texto, porque como já foi dito em unidades 
anteriores, para se analisar as demonstrações não basta aplicar a fórmula e obter o 
resultado, mas, também saber o que quer dizer cada índice, e como se portar diante 
dos resultados encontrados. Em seguida daremos continuidade, pois iremos abordar 
o que comecei na introdução, ou seja, vamos saber o que é o EBITDA/LAJIDA e sua 
importância dentro da empresa. Boa leitura!
Geração de Caixa – EBITDA – LAJIDA
Nesse ponto de nossa aula, vamos nos aprofundar mais no conceito de geração de 
caixa de uma empresa, aliando esse conceito aos de análise das demonstrações 
contábeis. O conceito de geração de caixa é simples, em outras palavras quanto a 
empresa gera de recursos apenas através de suas atividades operacionais, sem levar 
em consideração os efeitos financeiros e de impostos.
A utilização do EBITDA começou a ganhar a importância porque antigamente só se 
analisava o resultado final, mas isso não trazia tanta informação a ponto de se tomar 
uma decisão correta. Ou seja, o resultado final da empresa, o lucro ou prejuízo, pois 
quando ficamos analisando somente o resultado final, este pode vir com distorções, já 
que o resultado final pode sofrer influência no decorrer do exercício social.
O EBTIDA em uma tradução do inglês, LAJIDA (lucro antes dos juros, impostos, de-
preciação e amortização) atua como indicador do desempenho econômico geral. Seu 
calculo é bastante simples, e é feito a partir do lucro operacional, daí, vamos adicionar 
os valores relativos às depreciações e amortizações, porque esses valores represen-
tam despesas e custos que não chegam a causar impacto no caixa da empresa, em 
outras palavras, não causam desembolso, que é a saída de caixa propriamente dita.
A despesa financeira também será adicionada para o calculo do EBITDA, pois eviden-
cia a geração operacional de caixa sem sofrer influência de recursos financeiros uti-
lizados para financiar as atividades da empresa analisada. Logo em seguida, vamos 
adicionar ao EBTIDA os juros, a depreciação e a amortização ao lucro operacional 
líquido antes dos impostos. A seguir, um exemplo da demonstração do cálculo do 
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EBTIDA da empresa. Mas, também peço que você volte ao guia de estudos na pá-
gina 61, onde o autor do livro texto traz também um exemplo de cálculo do ebtida da 
empresa que foi escolhida para ser analisada.
Apuração do EBITDA
Cálculo do EBITDA:
Logo em seguida no livro texto, na página 62, o autor traz outro exemplo do ebtida, 
seguida de sua análise. Peço que volte ao livro texto e leia a análise que foi realiza-
da. Analise também como foi calculada, para reforçar nossos estudos em geração de 
caixa. Observe também que o ebtida destaca o lucro operacional, sem evidenciar os 
efeitos financeiros e sem os valores que representam consumo de ativos pela depre-
ciação e amortização.
 
Na página 63, do livro texto, unidade 3. No segundo parágrafo, o autor traz uma ci-
tação relevante sobre a geração de caixa. Peço que leia depois, volte para o guia de 
estudos.
 
Voltando aqui no guia, vamos dar sequência ao nosso estudo e passaremos agora 
para a alavancagem financeira, seu conceito e sua importância. Quando na verdade, 
já citei aqui algumas coisas sobre a alavancagem financeira.
Alavancagem Financeira
 
Quando falamos de alavanca, na verdade é quando nos utilizamos de um ponto de 
apoio fazendo força para levantar um objeto do outro lado, onde na verdade a força 
exercida é multiplicada pelo apoio que foi dado a alavanca.
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Mas, no mundo dos negócios, alavanca tem quase o mesmo sentido, na verdade a 
alavancagem financeira é a utilização de capitais de terceiros para financiar o ativo, 
lembrando o conceito que Passivo e Patrimônio Líquido são tidos como origem de re-
cursos, e Ativo a aplicação de recursos, então, a empresa faz alavancagem financeira 
quando consegue ampliar o lucro através de recursos de terceiro para financiar seu 
ativo.
Resumindo: uma empresa que tenha recorrido a empréstimos, por exemplo, terá que 
devolver o valor do empréstimo, acrescido de juros a seu credor (instituição financeira, 
por exemplo), conforme acordada na transação, logo o fato da empresa ter recorrido a 
empréstimos, são gerados custos fixos financeiros, que provocam o efeito de alavan-
cagem financeira. Esse custos são tidos como fixos, pois não dependem de volume 
de vendas ou de produção.
A alavancagem financeira é positiva quando capitais de longo prazo de terceiros pro-
duzem efeitos positivos sobre o patrimônio líquido. O capital de terceiros de longo 
prazo só se torna vantajoso para uma entidade quando o retorno sobre o patrimônio 
líquido for superior ao retorno sobre o ativo. De nada iriaadiantar uma empresa bus-
car recursos de terceiros em longo prazo, se os recursos fizerem com que o retorno 
sobre o patrimônio líquido seja menor do que a posição anterior à da captação. Ala-
vancagem financeira é isso: a “alavanca” que esta captação produz no retorno aos 
acionistas.
 
Agora, como leitura obrigatória, volte a página 64 e leia até a página 67, onde o nosso 
livro traz mais conceitos e relatórios com exemplos sobre a alavancagem financeira, 
pois logo em seguida você deverá voltar para o guia de estudo para darmos conti-
nuidade no nosso assunto, pois iremos aprender os índices que serão utilizados em 
uma análise para completar a alavancagem financeira. Só lembrando que: para que 
uma alavancagem financeira obtenha sucesso se os custos para adquirir capital de 
terceiros forem menores que os retornos do que foi investido! Afinal, não seria uma 
alavanca se gastássemos mais para buscar o recurso de terceiros se gastássemos 
mais do que o investido.
Estrutura e componentes da alavancagem financeira
O Grau de Alavancagem Financeira é uma técnica bastante utilizada também em 
projetos de investimentos, mas caso fóssemos utilizar no dia a dia na empresa, pre-
cisaríamos ter cuidado com pequenas distorções no resultado tal qual o ativo, pois ali 
seria incluído o ativo total, por exemplo.
 
Para que uma alavancagem financeira obtenha sucesso é interessante conhecer al-
guns itens para obtermos êxito como: o ativo a ser investido precisa ser operacional, 
qual o lucro operacional da empresa antes das despesas financeiras e o valor das 
despesas financeiras que farão parte do financiamento. E outro ponto importante é 
conhecermos também o passivo que será assumido para financiar a aplicação de 
recursos (ativo).
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Cálculo e análise do grau de alavancagem financeira
O grau de alavacangem financeira será obtido da seguinte forma:
Grau de Alavancagem Financeira = rentabilidade do patrimônio líquido X 100
 Retorno sobre o ativo
Só reforçando que mesmo a empresa recorrendo a empréstimos de terceiros, por 
exemplo, ela poderá incorrer em grau de alavancagem financeira positivo (esse é 
mais desejado pelos sócios, administradores e investidores), mas também poderá 
ocorrer Grau de Alavancagem Financeira Negativo e Nulo. Para completarmos nosso 
assunto de alavancagem, vamos agora conhecer a Alavancagem Operacional.
Alavancagem Operacional
Para começarmos a descrever a alavancagem operacional, é interessante falar um 
pouco sobre custos. Afinal é um termo que ainda confunde muito gestor. Custo é um 
consumo de recursos que visa à fabricação de um produto ou à prestação de serviços, 
ou seja, é um gasto que a empresa tem que é diretamente ligado ao seu processo de 
produção ou prestação de serviços. 
Numa empresa, essa função de apuração de custos fica a cargo da contabilidade, 
também a questão de avaliação de estoques e a forma de custeio que a empresa irá 
adotar. Quando trabalhamos custos, precisamos dar uma atenção a esse ponto, pois 
conhecendo os custos que a empresa tem, podemos aferir com precisão a sua ren-
tabilidade e a sua lucratividade, dando embasamento as tomadas de decisão, objeti-
vando a recuperação do lucro e consequentemente do investimento. A seguir, vamos 
conhecer um pouco mais das terminologias utilizadas em custos, pois caso essas 
terminologias sejam empregadas de forma errada, com certeza haverá distorção de 
valores para os gestores na tomada de decisão.
Terminologias utilizadas na contabilidade de custos
Gastos
 
Afinal, o que você entende por gastos? Na empresa os gastos são todas as saídas de 
recurso (caixa) no pagamento de ativos, custos ou despesas. Ou seja, são as saídas 
que estão relacionadas com o processo operacional.
Investimentos
 
Também na contabilidade de custos, utilizamos a terminologia investimentos para 
conceituar os gastos que estarão ligados a exercícios futuros da empresa, objetivando 
um retorno sobre esses gastos. Como por exemplo, a compra de um maquinário para 
aumentar a produção de uma indústria.
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Custos
 
O termo Custos muitas vezes é empregado de forma errada, e esse emprego errado 
do conceito gera distorções no resultado da empresa. Quando na verdade custos são 
os gastos que a empresa tem que são necessários para fabricar os produtos ou pres-
tar serviços, ou seja, estão diretamente ligados ao processo produtivo de uma entida-
de, seja ela comércio, prestadora de serviços ou indústria. Um exemplo bem prático é 
a compra da matéria-prima, entra na empresa como custo, depois, essa matéria-prima 
passa por um processo de produção passando a ser o produto final, logo esse produto 
final vai para o ativo, se tornado um estoque, logo, estoque fica no ativo.
Despesas
As despesas são todos os gastos que a empresa tem para obter receita. Receita, tam-
bém já vista em contabilidade, são as entradas de elementos (dinheiro, por exemplo) 
para o ativo da empresa. As vendas das mercadorias do estoque são denominadas 
receita com mercadorias. A receita com prestação de serviços denomina-se receita 
com prestação de serviços.
Custos dos Produtos Vendidos
 
Os custos dos produtos vendidos, na contabilidade de custos, são as mercadorias 
adquiridas para revenda, mas não vendidas, ou a matéria-prima comprada para a 
fabricação de produtos, mas não consumidas na produção.
Classificação dos custos quanto à identificação nos produtos fabricados
Como já vimos, custos são os gastos que a empresa tem que estão diretamente rela-
cionados com o processo de produção. Mas, com relação à apropriação aos produtos, 
esses custos se dividem em: Diretos e Indiretos.
Custos Diretos
 
Os custos diretos são os diretamente relacionados aos produtos e sua produção, por 
exemplo, a matéria-prima utilizada no processo de produção se torna um custo direto, 
pois é um gasto que a empresa tem para fabricá-lo. Outro exemplo, os salários dos 
funcionários de uma indústria, que trabalham diretamente na produção, também são 
considerados custos diretos.
Custos Indiretos
 
Os custos indiretos também estão relacionados ao processo de produção, mas que 
não conseguem ser aplicados de forma direta ao produto final, como por exemplo, 
o salário dos funcionários da produção é um custo direto, pois podemos medir com 
exatidão. Já o salário do supervisor da fábrica precisa ser de alguma forma rateado, 
pois na realidade, não podemos medir com exatidão quanto tempo ele se dedicou a 
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fabricação de cada produto ou setor. Outro exemplo pode ser também o aluguel da 
fábrica, a energia elétrica consumida etc.
Classificação dos Custos quando à relação com a quantidade produzida
Custos Fixos
 
São os gastos que a empresa tem que não sofrem alterações conforme o processo 
produtivo. Um bom exemplo é o aluguel da fábrica, pois, independente de produzir-
mos uma unidade ou mil unidades, o valor do aluguel não sofrerá alterações.
Custos Variáveis
 
Os custos variáveis são os gastos que a empresa tem que quanto mais a empresa 
produzir e vender, mais incorrerá em custos como mão de obra direta (na contratação 
de mais pessoas para a produção) e a compra da matéria-prima, porque quanto mais 
produzir, mais terá que comprar.
Análise do Custo / Volume / Lucro
A análise do Custo / Volume / Lucro abrange o estudo de grandes conceitos voltados 
para o gerenciamento de rentabilidade de uma empresa que são eles: margem de 
contribuição, ponto de equilíbrio e alavancagem operacional. 
 
Agora como leitura obrigatória, vá para a página 73 do nosso livro texto, leia até a 
página 79, para aprofundar o nosso estudo no tocante a análise do custo/volume/lu-
cro. Depois, volte para o nosso guia de estudos para fazermos uma abordagem sobre 
Alavancagem Operacional. Boa leitura!
Alavancagem Operacional
Como você já sabe, Alavancagem resulta do uso deativo de recursos de custos fixos 
para aumentar os retornos aos proprietários da empresa. Logo, a alavancagem opera-
cional resulta da capacidade que a empresa possui, de acordo com a sua estrutura de 
custos fixos, para implementar um aumento nas vendas e gerar um incremento ainda 
maior nos resultados, ou, para diminuir as vendas e produzir uma redução maior nos 
resultados.
Em outras palavras, o Grau de Alavancagem Operacional revela quanto houve de 
acréscimo ou decréscimo no lucro da empresa em função de determinado aumento 
na produção ou venda. O seu cálculo consiste em dividir a variação ocorrida no lucro 
operacional pelo percentual de variação ocorrida no volume de sua produção ou ven-
da.
Grau de Alavancagem Operacional = Δ% lucro operacional
 Δ% produção/venda 
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O exemplo que o livro texto traz é se, por exemplo, um aumento de 10% nas vendas 
provocar um aumento de 40% no lucro operacional, você encontrará um grau de ala-
vancagem operacional igual a 4, o que significa que, a cada 1% de aumento nas ven-
das, houve um aumento de 4% no lucro operacional. Ou seja, conforme for a estrutura 
de custos da empresa, poderá haver a alavancagem operacional, que é o aumento 
nos lucros em proporção maior que o aumento nas vendas, nos casos em que o custo 
é maior nessa composição da estrutura empresarial.
Bom, aqui encerramos a unidade 3 do nosso curso, peço que vá agora para o am-
biente virtual de aprendizagem para a realização dos exercícios e a participação nos 
fóruns de atividades! Bons estudos, até breve!

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