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TURMA A – 006 
APS FISIO – SISTEMA GASTROINTESTINAL
Diferencie reflexo longo de reflexo curto correlacionando-os com controle intrínseco e extrínseco.
O reflexo curto utiliza de quimiorreceptores ou mecanorreceptores por reflexos que não são externos e enviam uma mensagem para o Sistema Nervoso Entérico e isso gera uma resposta de motilidade ou secreção. Os neurônios submucosos controlam a resposta de secreção e os mioentéricos vão agir na motilidade.
O reflexo longo, por outro lado, chega ao Sistema Nervoso Central. Os quimiorreceptores e mecanorreceptores também vão levar uma mensagem, mas dessa vez será para o SNC. Sabendo disso, o simpático será responsável pela inibição da motilidade enquanto o parassimpático provoca o relaxamento do esfíncter e contrai a parede (dessa forma, não é correto dizer que ele excita). 
É possível pontuar que o controle intrínseco abriga o Sistema Nervoso Entérico porque se trata de algo vindo de dentro do trato gastrointestinal e necessita de uma resposta mais rápida. Enquanto o controle extrínseco se trata de algo que vem de fora do trato gastrointestinal.
O que são ondas lentas? Qual sua importância no sistema gastrointestinal?
Ondas lentas se tratam de potencial de repouso do sistema gastrointestinal e são importantes porque são elas que dão o ritmo da motilidade. Essa motilidade é muito importante para o funcionamento do sistema porque se trata do movimento do conteúdo ao longo do trato de acordo com as contrações necessárias do sistema gastrointestinal. Sem essas ondas lentas o nosso sistema não estaria preparado para quando fosse realmente necessário, sabendo que nunca se pode estar completamente parado.
Como as células musculares dos esfíncteres presentes no sistema gastrointestinal conseguem manter a contração por períodos longos sem sofrer fadiga?
Isso acontece porque os esfíncteres do sistema gastrointestinal fazem o ciclo das pontes cruzadas. Basicamente, os esfíncteres são compostos por músculo liso que faz contração tônica. O sítio ativo, dessa forma, não tem troponina C então fica exposto. O cálcio aumenta de quantidade e se liga à calmodulina formando o complexo calciocalmodulina. Isso faz com que a miosina cinase seja ativada, fosforila a cabeça de miosina e o sítio é exposto. 
Resumidademente, a miosina ainda está com actina então essa miosina não se desprende e não é desfosforilada (sem gasto energia). Vale lembrar que eles são controlados pelo parassimpático. 
Descreva a secreção gástrica quando os alimentos se encontram nos pontos A, B e C da figura abaixo:
Fase cefálica: há o estímulo sensorial que induz a ativação de parassimpático e isso será feito pelo plexo nervo entérico com o nervo vago. As células G vão produzir gastrina que estimulam a produção de células enterocromafins juntamente com a acetilcolina. A partir dai surgirá histamina e ela concomitante à gastrina e acetilcolina vão fazer com que a célula parietal aumente a produção de HCl. 
Fase gástrica: acontece no estômago e é de ativação parassimpática. É bem semelhante à cefálica, mas ativa mais células parietais. Sua ativação é pelas aferentes e tem estímulo do plexo submucoso. Consequentemente há estímulo das células enterocromafins. A presença de histamina, gastrina e acetilcolina vão fazer aumentar a produção de HCl.
Fase intestinal: nessa fase a secreção gástrica tem sua produção diminuída porque a secretina inibe a célula parietal diretamente e indiretamente a célula G. 
Correlacione as células I e S da mucosa duodenal com a liberação do componente aquoso e enzimático da secreção pancreática.
Primeiramente é importante pontuar que esse componente aquoso é célula ductal e o enzimático é acinar. Na fase intestinal tem-se células I e S. Basicamente, chega conteúdo com produto da digestão, ativam as células I que liberam na circulação sanguínea colecistocinina (CCK). Quando a CCK passa pelo pâncreas estimula as células acinares e essas liberam enzimas para o duodeno para digerir os produtos (restos de comida).
Quanto às células S, elas são ativadas pela chegada de H. Essas células liberam secretina na circulação sanguínea e essa secretina estimula as células ductais. As células ductais liberam bicarbonato para neutralizar no duodeno e proteger a mucosa. 
Quais os tipos de movimentos, e função de cada um deles, são realizados pelo estômago.
Peristaltismo: Age na condução do bolo alimentar até o tubo intestinal. É um movimento forte de contração e relaxamento, sendo ainda mais intenso no estômago. O peristaltismo faz parte da digestão mecânica, quebrando o alimento em moléculas grandes ainda.
Atividade elétrica do músculo liso gastrointestinal: Movimento realizado pelo sistema gastrointestinal, lançando ondas lentas constantes no músculo liso em repouso, assim, ao receber um estímulo, aproxima do limiar de disparo, formando potencial em ponta.
Esfíncteres: Constantemente contraídos pelo Sistema Parassimpático, contudo, com a chegada de conteúdo, a parede do intestino se contrai e os esfíncteres são relaxados, permitindo assim a passagem do quimo.
Células intersticiais de Cajal: Encontradas no 1/3 superior do estômago. Ao receber o alimento, as células de Cajal (Ou marca-passo) formam potencial em ponta e iniciam o processo de dilatação. Há a contração da musculatura circular, todavia ela não fecha, e com a contração o conteúdo caminha em direção ao piloro - Que se encontra fechado. Dessa forma, o conteúdo voltará para a região anterior do estômago, se misturando com o suco gástrico para transformar o alimento sólido em líquido.
Esfíncteres pilórico e de relaxamento: Constantemente contraídos pelo Sistema Parassimpático, contudo, com a chegada de conteúdo, a parede do intestino se contrai e os esfíncteres são relaxados, permitindo assim a passagem do quimo.
Receptores de estiramento: Responsáveis por se aperceber as alterações ocorridas no trato gastrointestinal, levando informação dos reflexos da alça curta e da alça longa por meio do. nervo vago. Dessa forma, ocorre a ativação ou a inibição de glândulas.
Diferencie a motilidade do intestino delgado da motilidade do intestino grosso.
O intestino delgado possui a contração segmentar ou segmentação. Essa contração é feita pelas células circulares e longitudinais, sendo que quando um tipo contrai a outra relaxa. Esse movimento, concomitante ao fato de que o conteúdo está sendo exposto à mucosa, faz com que o líquido fique separando e juntando. A frequência das ondas lentas vai definir a ação. Além disso, o intestino delgado também tem a contração peristáltica que é estimulada a partir da presença de quimo no duodeno. Entre as refeições é liberada a motilina que é conhecida como faxineira. Ela faz com que haja contração (atividade elétrica intensa) e, em seguida, relaxa (quiescente). Isso provoca a ativação do complexo motor migratório para tirar resíduos que por ventura ficaram no delgado. A ação inibitória de motilidade se trata da entrada do conteúdo no intestino grosso.
Já no intestino grosso, há a contração das células circulares seguindo a haustra e depois relaxando. O deslocamento do conteúdo é em massa visto que percorrerá longas distâncias e sua motilidade aumentará por conta do reflexo gastro-cólico (quando o estômago manda mensagem para o cólon avisando que está chegando conteúdo e o que está no próprio cólon precisa ser eliminado).
Por que não posso afirmar que o paciente está com alergia a lactose?
Tal afirmação não pode ser feita posto que a alergia é uma forte e adversa reação do organismo para a ingestão de um alimento determinado, podendo ter reações leves ou extremamente graves. A palavra correta é intolerância a lactose, visto que após a quebra do alimento em dissacarídeos, há a necessidade de dissacaridases, glicose, frutose ou galactose, para quebrar os produtos em monossacarídos. Tais dissacaridases são produzidas pelas células da borda em escova e são responsáveis por quebrar as cadeias de dissacarídeo, facilitando a absorção alimentar. Todavia existem pessoas
com deficiência na produção de lactase (responsável pela quebra da lactose no organismo). Ao ingerir um alimento composto por lactose (leite e derivados) o organismo do indivíduo não consegue quebrar o dissacarídeo, continuando intocável até o fim da digestão. Contudo, o dissacarídeo fica retido na luz do túnel e a presença de soluto no local provoca a osmose, atraindo água e provocando, consequentemente, a diarreia. Devido a isso, não é correto dizer que existe alergia a lactose, e sim intolerância.
A bile é importante na digestão de qual macromolécula? Por que?
A secreção da bile é estimulada a partir da presença de gordura, então a macromolécula é lipídeo. Isso acontece porque a bile é composta de sais biliares que emulsificam a gordura, eles têm um lado hidrofóbico e um lado hidrofílico para facilitar a ação. As enzimas presentes são lipase e colipase que quebram beta-acilglicerol em, respectivamente, monoacilglicerol e ácido graxo livre.

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