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Controle Nervoso do Sistema Digestório

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Controle Nervoso do Sistema Digestório 
 
Objetivo 1: Descrever o controle nervoso do sistema digestório. 
 
⩥ Introdução 
 
⤷ A musculatura lisa do trato gastrointestinal vai ser excitada a partir de atividade elétrica intrínseca a esse 
sistema, na membrana das fibras musculares 
 
⤷ O trato gastrointestinal tem um sistema nervoso próprio, o estímulo elétrico que faz o músculo liso 
contrair ela vem de dentro do próprio sistema 
 
⤷ O nome desse sistema nervoso próprio é conhecido como sistema nervoso entérico 
 
⩥ Atividade elétrica 
 
⤷ O potencial de ação entra no neurônio quando tem uma entrada branda de sódio nele, isso vai fazer com 
que o meio interno fique positivo, em um certo momento alcança-se o limiar do potencial de ação, que vai 
ser marcada por uma entrada abrupta de sódio nesse neurônio 
 
⤷ As células da musculatura intestinal têm um potencial de repouso (quase que inativas) de -60mV 
 
 
⤷ A atividade elétrica intrínseca resulta em dois tipos básicos de ondas elétricas: 
 
✓ Onda lenta 
 
- Se a célula recebe um estímulo de -20mV, o que vai aproxima-las do lado positivo, vai ter a presença da 
onda lenta 
 
- As células de Cajal que geram as ondas lentas 
 
✓ Potencial em espícula 
 
- Quanto maior o potencial da onda lenta, maior a frequência dos potenciais em ponta 
 
- Se a célula recebe um estímulo maior que -40mV, o que vai aproxima-las do lado positivo, vai ter a 
presença de um potencial em espícula 
 
- Eles são gerados a partir da entrada de cálcio pelos canais de cálcio 
 
- O potencial de espícula é o potencial de ação das células do trato gastrointestinal e é o momento que vai 
ter a contração 
 
- Os potenciais de ação do trato gastrointestinal, eles são reconhecidos por durarem longos períodos 
 
 
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★ As ondas lentas não são potenciais de ação 
 
⩥ Potencial em espícula do trato gastrointestinal 
 
- Inicia-se com as ondas lentas (em que a célula recebe um estímulo de -20mV) 
 
★ Durante as ondas lentas não tem contração 
 
- No momento que ultrapassa esses -20mV, é alcançado o limiar de excitação e vai ter uma entrada 
abrupta de cálcio 
 
- O canal cálcio-sódio se abre, permitindo que o cálcio entre na célula e inicia o potencial de ação no 
sistema gastrointestinal, que é chamado de Potencial em Espícula 
 
- No potencial em espícula que vai ter a contração da musculatura lisa 
 
⩥ Contração do músculo liso 
 
- Ocorre em resposta na entrada de íons de cálcio na fibra muscular 
 
⩥ Neurotransmissores secretados por neurônios entéricos 
 
- Acetilcolina (Excita atividade gastrointestinal, incentiva a movimentação) 
- Norepinefrina (Inibe a atividade gastrointestinal, paralisa a movimentação) 
 
⩥ Sistemas Nervoso Entérico 
 
- Esse sistema participa basicamente das funções: 
 
✓ Movimentação 
✓ Contração 
✓ Secreção gastrointestinal 
 
- Ele se estende por quase todo o sistema digestório, se inicia no esôfago até no ânus 
 
- Componentes básicos do sistema nervoso entérico: 
 
✓ Plexo mioentérico (Auerbach) 
 
- Fica entre as camadas longitudinal e circular da camada muscular 
- Vai ser encontrado em todo o sistema digestório (esôfago ao ânus) 
- Vai ter como função potencializar as contrações musculares do sistema digestório. 
- Uma vez ativado vai promover três ações: 
 
1- Aumento do tônus 
2- Aumento da velocidade de contração 
3- Aumento da intensidade de contração 
 
- Aumenta o ritmo da contração e da velocidade da onda excitatória, causando movimentos mais rápidos 
das ondas peristálticas 
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- Ele não é totalmente excitatório, ele tem a capacidade de liberar neurotransmissores inibitórios, como a 
exemplo o poliptídeo vasoativo 
 
- Função inibitória: O plexo vai imitir neurotransmissores inibitórios como a norepinefrina que vai 
fazer com que os esfíncteres esofágico e antro-pilórico relaxem, permitindo a passagem do alimento 
 
 
✓ Plexo submucoso (Meissner) 
 
- Fica na camada submucosa 
 
- É encontrado apenas nos intestinos delgado e grosso 
 
- Ele tem como função controlar a secreção intestinal 
 
- As células epiteliais que ficam em contato com alimento que vai ser absorvido, consegue imitir um sinal 
para o plexo falando qual o tipo de alimento que está ali 
 
- Porque para cada tipo de alimento um tipo de secreção deve ser liberado 
 
- A camada muscular da mucosa é controlada pelo plexo submucoso, o que vai gerar a formação de rugas 
que vai auxiliar na absorção 
 
 
⩥ Atividade do Sistema Nervoso Autônomo dentro do sistema nervoso entérico 
 
- O sistema nervoso autônomo simpático vai atrapalhar a movimentação do sistema nervoso entérico 
 
- Porque o neurotransmissor principal do sistema nervoso autônomo simpático é a norepinefrina, e ela vai 
diminuir o fluxo digestivo 
 
- Já o sistema nervoso autônomo parassimpático vai estimular a movimentação do sistema nervoso 
entérico 
 
- Porque o neurotransmissor principal do sistema nervoso autônomo parassimpático é a acetilcolina, que 
vai estimular o fluxo 
 
 
 
Objetivo 2: Explicar motilidade, propulsão e mistura de alimentos no sistema gastrointestinal. 
 
✓ Movimento de propulsão 
 
- Desloca o alimento por todo trato gastrointestinal, em tempo suficiente para que os processos de digestão 
e absorção aconteça 
 
- São inibidos pela ausência do plexo mioentérico e por atropina 
 
✓ Movimentos peristálticos (Peristaltismo) 
 
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- Caracterizado pela presença de tônus em uma certa porção do trato gastrointestinal 
 
- Esse tônus recebe o nome de anel contrátil, que uma vez que ele aparece ele flui adiante, de forma que 
qualquer conteúdo que está afrente desse anel contrátil siga 
 
★ O anel contrário vai surgir mais próximo da cavidade oral e vai seguir adiante 
 
- Como acontece o peristaltismo¿ Quando nós alimentamos e o alimento chega no intestino e se deposita 
em algum local, fazendo com que haja uma distensão da parede intestinal, ela ativa o sistema nervo 
entérico, fazendo com que o plexo mioentérico promova uma resposta de tônus, que vai surgir de 2 a 3 cm 
anteriormente do local em que o alimento, o anel percorre adiante levando o alimento consigo 
 
★ Os movimentos peristálticos surgem apenas se tiver o plexo mioentérico 
 
 
★ O SNA parassimpático potencializa o peristaltismo 
 
✓ Movimento de segmentação (mistura) 
 
 
- Mistura o conteúdo alimentar com as secreções para a digestão 
 
- Vão ser diferentes dependendo da porção do trato gastrointestinal 
 
- Pode ser movimentos peristálticos bloqueados por um esfíncter (de maneira com que as ondas 
peristálticas apenas agite os conteúdos intestinais 
 
- O peristaltismo tenta levar o alimento adiante mais o esfíncter impede, por esse motivo o movimento de 
mistura se inicia 
 
Também pode ser chamado de movimentos de contração constritivas intermitentes 
 
- Tem como função esmagar, triturar o bolo alimentar 
 
- Acontece por 20 segundos 
 
 
 
⤷ Os centímetros próximos, por onde vai passar os alimentos, vai ser relaxado, esse mecanismo se chama 
relaxamento receptivo 
 
⤷ O relaxamento receptivo + anel contrátil = Reflexo mioentérico ou peristáltico 
 
⤷ Lei do intestino 
 
- Definido pelo reflexo mioentérico (relaxamento receptivo + anel contrátil) 
 
- Essa lei define o direcionamento certo do alimento pelo trato, mandando o conteúdo em direção ao 
reto 
 
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⩥ Passo a passo 
 
① Ingestão de alimentos 
 
② Mastigação 
 
- Acontece na boca e é potencializada pelos dentes que aplicam uma força que pode chegar a 91kg. 
 
- Há contração e o relaxamento dos músculos presentes na região possibilitando os movimentos da 
mandíbula e maxila que auxiliam os dentes a quebrar os alimentos em partículas menores. 
 
- Vale ressaltar que esse processo é de extrema importância, uma vez que as enzimas só atuam na 
superfície da matéria 
 
- OBS: Partículasmuito grande podem gerar escoriações no TGI e dificultar na absorção. 
 
③ Deglutição 
 
☞ Estágio voluntário da deglutição: 
- Começa quando o alimento está pronto para ser deglutido 
 
- Ocorre pela ação da língua(pressão para cima e para trás) que comprime o alimento e empurra-o para 
trás em direção a faringe. 
 
☞ Estágio faríngeo da deglutição: 
 
- É involuntário. 
 
- Começa quando o bolo alimentar atinge as áreas receptoras epiteliais da deglutição que é estimulada e 
dá inicio a uma série de contrações: 
 
- O palato mole é empurrado para cima, fechando o canal nasal, para evitar o refluxo. 
 
- As pregas palatofaríngeas são empurradas e constringem o lúmen para que os alimentos que passem por 
ali sejam somente os suficientemente mastigados. 
 
- A epiglote se fecha(move para trás) fazendo com que o alimento não chegue as cordas vocais. 
 
- O esfíncter laringoesofágico se abre para que o alimento passe para o esôfago e siga seu caminho. 
 
- Entre as deglutições o esfíncter se fecha para que não ocorra passagem de ar para o esôfago. 
 
- O movimento de peristalse começa na faringe em direção ao esôfago quando o esfíncter 
laringoesofágico está aberto. 
 
☞ Estágio esofágico da deglutição: 
 
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- É involuntário. a função primária desse movimento é conduzir o alimento até o estômago. 
 
- Quando o alimento está chegando no estômago, um impulso nervoso que precede a peristalse no órgão 
faz com que ele se dilate para receber o alimento. 
 
☞ Função do esfíncter gastroesofágico(esofágico inferior): 
 
- Depois que o alimento passa para o estômago ele se contrai evitando que as secreções ácidas estomacais 
entrem em contato com o esôfago e causem algum dano ao organismo. Alem disso, também evita o 
refluxo. 
 
☞ Mecanismo Anti-refluxo 
 
- Refluxo gastroesofágico é o retorno do conteúdo do estômago (como o suco gástrico) e alimentos para o 
esôfago 
 
- Quando esse refluxo apresenta de forma intensa em vários episódios durante o dia ele é chamado de 
refluxo gastroesofágico patológico 
 
- A doença do refluxo gastroesofágico ocorre devido ao mau funcionamento precário dos mecanismos 
anti-refluxo, que podem ser de natureza anatômica e fisiológica 
 
⤷ Mecanismos funcionais: 
 
1- Pressão do esfíncter inferior do esôfago: o tônus do esôfago bloqueia o retorno de qualquer substância 
gástrica para o esôfago. A pressão exercida pela musculatura diafragmática contribui no reforço desses 
esfincter 
 
2- Peristaltismo do esôfago: A peristalse primária é simplesmente a continuação da onda peristáltica que se 
inicia na faringe e se propaga para o esôfago durante a fase faríngea da deglutição. se a onda peristáltica 
primária foi insuficiente para movimentar todo o alimento que entra no esôfago em direção ao estômago 
ondas peristálticas secundárias causa a distensão do esôfago pelo alimento retido e elas se mantém até que 
todos o alimento tenha passado para o estômago 
 
CASO CLÍNICO: doenças que afetam o peristaltismo do esôfago, como a esclerodermia ou o 
megaesôfago chagásico predispõem ao desenvolvimento de doenças do refluxo gastroesofágico 
 
3- Ação da saliva clareamento do esôfago: Limpeza do tubo pela ação da saliva degutida, permitindo A 
este órgão uma maior capacidade de empurrar o aço através de suas contrações. O alto teor de 
bicarbonato e proteínas neutraliza o ácido no esôfago 
 
CASO CLÍNICO: Doenças que afetam a produção de saliva podem influenciar de maneira negativa 
nesse mecanismo como a síndrome de Sjogren, doença reumatológica que influencia na produção e 
secreção de saliva 
 
4- Volume e tempo de vazamento do conteúdo gástrico: deve acontecer rapidamente e com pouco 
volume 
 
5- Resistência da mucosa do esôfago: substâncias como muco, o epitélio escamoso do esôfago protegem a 
mucosa do esôfago do ácido clorídrico 
 
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⤷ Mecanismos anatômicos 
 
1- Entrada oblíqua do esôfago no estômago: tal fenômeno amenizar o impacto da deposição do bolo 
alimentar no estômago e promove o seu fechamento quando está cheio 
 
2- Roseta da mucosa gástrica: Pregas presentes na porção inicial do estômago que dificulta o refluxo 
funcionando como engrenagem 
 
CASO CLÍNICO: Doença do Refluxo: 
 
- O esfíncter cárdico (esofágico inferior), enquanto não nos alimentamos permanece fechado Pessoas que 
sofrem de refluxo (sensação de azia, pirose) não possui controle no fechamento dessa válvula, podendo 
causar regurgitação. É uma doença crônica e multifatorial (aumento de peso -> aumenta a pressão das 
vísceras sobre o estômago genético anatômico) de períodos de melhora e piora 
 
CASO CLÍNICO: Esofagite 
 
Inflamação causada devido aos ácidos do estômago quando há regurgitação. Apresenta grande vermelhidão 
no esôfago diagnosticada por endoscopia que pode evoluir para Esôfago de Barret que é uma grande 
condição pré-neoplásica 
 
CASO CLÍNICO: Ao se ingerir medicamentos via oral, deve tomar líquidos para que o comprimido, não 
fique aderido as paredes do esôfago, podendo irritá las e perfura-las 
 
 
④ Estômago: 
 
⤷ Relaxamento gástrico receptivo: 
 
- A onda peristáltica que percorre o esôfago durante a deglutição, chega até o fundo e corpo do estômago e 
faz com que ele não seja contraído 
- Com o estômago relaxado o bolo alimentar se acomoda 
 
 
⤷ Armazenagem: 
 
- A medida que o alimento chega ele tende a ficar mais no centro do órgão e os alimentos que estão ali a 
mais tempo tendem a ficar mais próximos das paredes. O estômago tende a relaxar até 0,8 até 1,5 litros 
para armazenagem. 
 
⤷ Mistura e propulsão do alimento no estômago 
 
- O ritmo elétrico básico da parede gástrica: os sucos digestivos secretados pelas células gástricas 
potencializam os alimentos a progredirem na sua digestão. 
 
- A partir de então, as paredes estomacais começam a se contraírem (ondas constritivas gástricas) com o 
objetivo de misturar ainda mais o alimento e empurrá-lo em direção ao antro e ao piloro. 
 
- No entanto, o esfíncter pilórico é muito pequeno e somente uma parte do alimento, bem pequena, 
passará ao longo dessas contrações fazendo com que a outra parte seja ejetada novamente para o corpo do 
estômago e essa ação possibilitará uma mistura ainda maior dos alimentos contidos naquele órgão. 
 
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-OBS: Quimo é o nome dado ao bolo de alimentos que sai do estômago e vai para o intestino, ele contém 
secreções estomacais e água o que dá a ele uma consistência semilíquida e pastosa. 
 
⤷ Esvaziamento: 
 
- É promovido por contrações de peristalse. 
 
⤷ Motilidade gástrica na fase interprandial. 
 
- Ao cabo do processo digestivo, a cada 90 minutos uma onda peristáltica poderosa varre o estômago. 
 
- São os complexo mioelétricos migratórios que varrem para o intestino restos de alimento. 
 
- Os surtos de atividade correspondem a níveis plasmáticos elevados da motilina, o que suporta a hipótese 
de ser este hormônio o determinante da atividade motora. 
 
CASO CLÍNICO: Úlceras gástricas podem ser causadas pela bactéria H Pylori, que se tornam 
patogênica em pessoas com predisposição genética, Essa bactéria provoca um desequilíbrio fisiológico, 
resultado em uma produção desordenada de HCl bem como na redução da produção de muco por isso 
utilizam-se antibióticos e inibidores de bomba de prótons (evita a acidez do ácido clorídrico. Essa 
bactéria sobrevive a ação do ácido clorídrico por se esconder abaixo da camada de muco e por ter um 
enzima urease que alcalinizam. Com essa bactéria o indivíduo está propenso a desenvolver uma 
adenocarcinoma gastrico . Nesses casos essa bactéria provoca uma reação inflamatória, em que o 
organismo passa a se defender por meio de citocinas, substâncias tóxicas que tentam combater a 
bactéria, mas destrói as próprias células da mucosa, desenvolvido gastrites crônicas e úlceras. Para 
combater essas patologias deve-se combater primeiramente bactérias com antibióticos.CASO CLÍNICO: Gastrite crônica, por levar a degradação da mucosa estomacal, diminui a formação 
do cartão intrínseco, o que prejudica a absorção da Vitamina B12. Isso gera anemia perniciosa, devido 
à falta de maturação de eritrócitos pela medula vermelha. 
 
CASO CLÍNICO: O estresse emocional pode estimular a secreção de HCl devido à sobrecarga do 
sistema nervoso simpático (reduz a vascularização da parede gástrica) e parassimpático (estimula a 
produção de acetilcolina estimulando) a secreção de acetilcolina e diminuindo a vascularização do 
estômago podemos gerar gastrites nervosas que evoluem para úlcera 
 
CASO CLÍNICO: Hérnia de Hiato 
Deslizamento do estômago em direção ao esôfago fazendo com que o estômago se projete sobre o 
diafragma. Essa alteração anatômica ocorre devido a diferença entre a alta pressão dentro do abdômen 
relação abaixa a pressão dentro do tórax 
 
⑤ Intestino delgado 
 
⇨ Movimentos do Intestino Delgado: 
 
⤷ Contração de segmentação/mistura: 
 
- Ocorrem numa média de 12x por minuto. 
- Sua função é misturar os alimentos ao longo do intestino delgado e para isso conta com a excitação do 
sistema nervoso mioentérico e dos músculos lisos(ondas elétricas lentas). 
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- Essas sucessivas contrações dão ao órgaos "formato de salsinha" e separam o quimo em 2 ou 3 partes. 
 
⤷ Movimento de peristalse: 
 
- O quimo é impulsionado ao longo do intestino delgado por ondas peristálticas. 
 
- Essas ondas se movem na parte proximal do intestino de maneira mais rápida e ao longo do órgão ela 
vai ficando mais lenta. 
 
- A duração média para o quimo chegar até a válvula ileocecal dura em média 3 a 5 horas. 
 
⤷ Motilidade intestinal na fase interprandial. 
 
- Nos períodos interdigestivos, a intervalos de 60 a 90 minutos, ondas peristálticas percorrem, nascendo 
no estômago, o intestino delgado. São os complexos mioelétricos migratórios que arrastam restos não 
digeridos para o intestino grosso. 
 
CASO CLÍNICO: Amebíase: Ameba é um protozoário que atravessa a mucosa do intestino delgado 
recobrindo as vilosidades impedindo a absorção eficaz dos nutrientes. Os indivíduos acometidos 
apresentaram diarreia e desnutrição 
 
⑥ Intestino grosso 
 
⤷ Função da válvula ileocecal: 
 
- Evita o refluxo de conteúdo fecal para o intestino delgado. 
 
⤷ Movimento do Cólon: 
 
- Sua principal função é fazer com que o quimo, então líquido, adquira uma consistência sólida para 
que possa ser eliminada pelo ânus. 
 
⤷ Movimento de segmentação 
 
- "Haustrações" 
 
- Os músculos lisos circulares são predominantemente ativos nessa atividade e com suas contrações fazer 
com que o haustro seguinte a contração muscular se dilate facilitando a passagem do alimento ao longo 
dos cólons. 
 
- Essa movimentação permite que todo o quimo tenha contato com a parede do órgão favorecendo a 
absorção da água e dos eletrólitos 
 
⤷ Movimentos propulsivos 
 
- É a peristalse lenta e persistente 
- Para se transformar em conteúdo fecal dura de 8 a 15 horas 
 
⤷ Defecação: 
 
- A vontade de defecar surge quando o movimento propulsivo empurra o conteúdo fecal para o ânus. 
 
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- No ânus há o esfíncter interno que é composto de músculo liso e o externo (controle voluntário) que 
é controlado por terminações nervosas. 
 
- Na maior parte do tempo o reto está vazio. 
 
- Um esfíncter anatômico, na transição sigmóide-reto e acentuada curvatura desta região previnem a 
entrada eventual de fezes no reto. 
 
- A distensão deste é o estímulo que, por reflexo envolvendo o plexo entérico, determina o relaxamento 
do esfíncter anal interno e a sensação da necessidade de defecar. 
 
- A contração voluntária do esfíncter anal externo impede a defecação. Persistindo a retenção das fezes 
no reto o esfíncter anal interno recobra o tônus a urgência do ato desaparece. 
 
- Os movimentos de segmentação do reto tendem a empurrar as fezes de volta ao cólon sigmoide. Se houver 
relaxamento voluntário do esfíncter externo iniciar-se-á o ato de defecação. 
 
- A contração em massa do reto, estimulada pelo parassimpático, tende a expulsar as fezes. 
 
- O aumento da pressão intraabdominal contribui para a expulsão das fezes. 
 
- O reflexo intrínseco da defecação precisa concorrer do reflexo de defecação parassimpático, para que 
ocorra de forma efetiva 
 
- Esses dois reflexos se interagem por aferências que sobem até a medula espinal por meio das fibras 
nervosas aferentes, logo recebe uma resposta que desce pelos nervos parassimpáticos (pélvicos) e eka vai 
intensificar toda a atividade peristáltica que já está ocorrendo na região (pelo reflexo intrínseco). Os nervos 
pélvicos também vão auxiliar no relaxamento do esfincter anal interno 
 
Objetivo 3: Explicar as funções das secreções do trato gastrointestinal e suas enzimas. 
 
- As secreções do trato gastrointestinal vão realizar as funções de digestão e lubrificação 
 
- As enzimas vão estar presentes em quase todo trato gastrointestinal (da boca ao íleo) 
 
- O muco lubrificador vai estar presente em todo o trato gastrointestinal (da boca ao ânus) 
 
- Para cada porção do trato gastrointestinal existe uma substância específica de secreção 
 
⩥ Mecanismos de secreção das glândulas secretoras 
 
1- Deslocamento de substâncias que são matérias primas para a produção dos elementos de secreção para as 
células glandulares 
 
2- As células secretórias precisam ter mitocôndrias dentro de si, que vão produzir ATP 
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3- Síntese de substâncias secretivas (vai formar o conteúdo que vai ser secretado) 
 
4- O conteúdo vai para o complexo de golgi 
 
5- No Complexo de Golgi essas substâncias vão ser concluídas, empacotadas em vesículas e liberadas no 
citosol celular 
 
6- No citosol celular essas vesículas se rompem, quando recebem um estímulo nervoso ou hormonal, liberando 
o conteúdo 
 
 
⩥ Secreções das glândulas salivares 
 
- Parótida, Submandibular, Sublingual 
 
- Secreção serosa: Rica em ptialina, catalisa o amido (Glândulas Parótidas) 
 
- Secreção mucosa: Rica em mucina, lubrifica a superfície bucal (Glândulas Submandibular, 
Sublingual) 
 
- A boca tem Ph próximo de 7, permitindo a ação efetiva da ptialina 
 
⩥ Secreções estomacal 
 
- O estômago tem dois tipos de glândulas: 
 
✓ Glândulas oxínticas 
 
- São formadoras de ácidos 
 
- Vão secretar: ácido clorídrico, pepsinogênio, fator intrínseco e muco 
 
- Vão estar localizadas no corpo e fundo do estômago 
 
- Vai ter células: Mucosas (muco), Parietais (fatores intrínsecos e HCl), Peptídicas (Pepsinogênio,) e 
Células G (secreta gastrina) 
 
- O pepsinogênio se encontra com o ácido clorídrico e se ativa em pepsina, que tem o Ph extremamente 
ácido que vai auxiliar na digestão 
 
CASO CLÍNICO: Gastrites crônicas, a pessoa tem destruição das células parietais, a pessoa vai sofrer 
acloridia, que é ausência de conteúdo gástrico no estômago e de anemia ..., que vai ter a ausência da 
maturação hematológica, que pode surgir devido a deficiência na absorção da vitamina B12, em que seria 
o papel fator intrínseco no íleo que absorveria essa vitamina 
 
✓ Glândulas pilóricas 
 
- Vão secretar principalmente muco e hormônio gastrina (proteção do piloro) 
 
- Vão estar localizadas no antro do estômago 
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- As células pilóricas vão ter poucas células parietais e peptídicas 
 
- Vai ter em maioria as células mucosas 
 
 
⩥ Pâncreas 
 
⇨ Enzimas pancreáticas 
 
- O conteúdo pancreático passa para o duodeno através do esfíncter de Oddi 
 
- Dependendo do que exista no quimo alimentar do duodeno, vai ser liberado a secreção pancreática 
com certas substâncias 
 
① Amilase Pancreático 
 
- PH entre 7,8 e 8,2 
 
- Continua a digestão dos carboidratos que começou na boca 
 
- Transforma o amido em maltose e glicose 
 
- Essa etapa é importante pois os carboidratos são fonte deenergia para o organismo 
 
② Tripsina e quimiotripsina 
 
- PH entre 7,8 e 8,2 
 
- Produzidas em forma inativa (tripsinogênio e quimiotripsinogênio) para não atacar as proteínas do 
pâncreas 
 
- Tripsinogênio é ativada pela enteroquinase (enzima produzida pelo duodeno) -> Tripsina 
 
- O quimiotripsinogênio é convertida em quimiotripsinas pela tripsina 
 
- Digestão de proteínas 
 
 
③ Lipase pancreática 
 
-Atua na digestão dos lipídios, transformando triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos 
 
- Para que os enterócitos possam absorver esses nutrientes 
 
④ Ribonucleases (RNAse) e Desoxirribonucleases (DNAse) 
 
- Atuam na digestão inicial dos ácidos nucleicos que são adquiridos na alimentação 
 
 
CASO CLÍNICO: Indivíduos alcoolistas podem desenvolver um quadro de pancreatite aguda, pois o 
álcool estimula a ativação precoce das enzimas pancreáticas, causando necrose do tecido pancreático. 
Indivíduos que continuam bebendo desenvolvem uma pancreatite crônica, com o tecido pancreático 
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totalmente destruído. Desse modo, o indivíduo será incapaz de quebrar nutrientes e nem assimila-los, 
gerando de desnutrição proteico-calóricas graves. O tratamento é feito através de reposição de enzimas 
pancreáticas ou células tronco 
 
 
⩥ Fígado 
 
⇨ Bile 
 
- Atua no processo de digestão das gorduras 
 
- Sais biliares emulssificam o alimento gorduroso (Transforma os lipídios em várias gotículas de gordura) 
 
- Essa emulsificação é importante porque vai facilitar a ação de várias lipases pancreáticas 
 
- A bile vai ser usada como meio de transporte de elemento que precisam ser excretados do nosso corpo: 
como a bilirrubina e colesteróis excessivos 
 
⩥ Intestino Delgado 
 
⤷ Glândulas de Brunner, 
 
- Trabalha a partir das glândulas de Brunner, que são encontradas principalmente no duodeno 
 
- As glândula de Brunner secretam grande quantidade de muco, esse muco será secretado pelos 
estímulos: 
 
1- Estímulo parassimpático (vagal) 
 
2- Estímulo de irritação (oriundo do conteúdo ácidos do estômago) 
 
3- Estímulo hormonal (vindo do hormônio secretida) 
 
- O conteúdo mucoso da glândula de Brunner está coberto de bicarbonato, que vai se juntar ao 
bicarbonato de sódio vindo do pâncreas e os dois vão proteger o duodeno 
 
- O objetivo principal dessas glândulas é proteger o duodeno do ácido 
 
- Estímulos simpáticos inibem as glândulas de Brunner 
 
⤷ Criptas de Lieberkuhn 
 
- São encontradas em todo o intestino delgado 
 
- Tem células caliciformes que secretam muco 
- Tem enterócitos que secretam uma substância aquosa e ionizada que auxilia no processo de absorção 
 
- Tem células de Paneth que nos protegem de microrganismo e secretam defensinas 
 
⩥ Hormônios -> Estimulam a secreção enzimáticas 
 
① Secretina 
 
- Vão ser secretado por células S 
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- Vai ser secretada na mucosa do duodeno 
 
- Vai ser secretada quando o quimo chega no duodeno 
 
- Estimula a secreção pancreática, sendo que o pâncreas vai secretar bicarbonato no duodeno que vai 
ter como função neutralizar o ácido clorídrico presente no quimo 
 
② Gastrina 
 
- Secretado pelas células G 
 
- Secretada no antro 
 
- Antagônica a secretina 
 
- Secretada a partir de respostas a alimentos 
 
- Estimula a secreção do ácido clorídrico, que compõe o suco gástrico 
 
- Estimula o crescimento da mucosa gástrica 
 
- Tem efeito potencializante a bomba pilórica 
 
- Está envolvido com o esvaziamento estomacal 
 
③ Hormônio peptídico inibidor gástrico 
 
- Função reguladora 
 
- Ser secretado no duodeno 
 
- É secretado em resposta de aminoácidos e ácidos graxos 
 
- O objetivo dele é diminuir a atividade motora do estômago, principalmente quando o duodeno está 
sobrecarregado com a presença de alimentos 
 
- Fala para o estômago: Segura a onda que ainda tem coisa no duodeno para digerir e absorver 
 
④ Colecistocinica (CCK) 
 
- Vai ser secretado pelas células I do duodeno e jejuno 
 
- Vai acontecer em resposta a produtos na digestão de lipídios, ácidos graxos e monoglicerídeos 
 
- Ela contrai fortemente a vesícula biliar, o que faz expelir toda a bile no duodeno 
 
- A bile vai emulssificar a gordura 
 
- Ela inibe a contração estomacal para que nada seja despejado até que duodeno esteja vazio 
 
– º
 
Objetivo 4: Justificar a realização dos exames. 
 
⩥ Manometria esofágica 
- É um procedimento que mede a força e a função dos músculos do esôfago– órgão que trabalha para 
conduzir e empurrar a comida e líquidos da boca para o estômago. 
⇨ Como é feito o exame: 
A manometria esofágica demora cerca de 20 minutos. 
- O técnico irá verificar com o paciente se não comeu nada dentro de 6 horas antes do estudo. 
- No início do exame, o paciente deve ficar sentado na posição vertical. 
- Uma narina é anestesiada com um lubrificante anestésico. 
- Um fino tubo de plástico flexível, com cerca de meio centímetro de diâmetro, é passado através da 
narina anestesiada, passando pela parte posterior da garganta e descendo pelo esôfago, sendo 
engolido normalmente. Podem haver alguns engasgos durante a passagem, mas são facilmente 
controlados por instruções do técnico. 
- Com a sonda posicionada dentro do esôfago, o paciente ficará deitado. Depois de um curto descanso 
para permitir que as pressões esofágicas se equilibrem e quando o paciente estiver habituado à presença 
da sonda, o exame começará. 
- As pressões geradas pelo músculo esofágico serão medidas com o músculo em repouso e durante 
as deglutições de água oferecidas pelo técnico. Várias deglutições serão feitas para permitir a medição 
do esfíncter esofágico inferior (a barreira ao refluxo), esôfago (o tubo de deglutição) e o esfíncter 
esofágico superior (na garganta). 
- Gravações de pressão são feitas ao longo do estudo e o tubo é então retirado. O paciente pode 
retomar a atividade regular, fazer alimentação e tomar medicamentos imediatamente após o teste. 
⇨ Quando é usada a manometria esofágica¿ 
- A situação mais comum é para avaliar a causa de refluxo de ácido do estômago para o esôfago(Doença 
do Refluxo Gastroesofágicoou DRGE). 
- Os sintomas da DRGE incluem azia e regurgitação. 
- A segunda situação mais comum é determinar a causa dos problemas com a ingestão de alimentos 
ou líquidos que possam ficar presos na altura do peito depois de os engolir. 
– º
- A terceira é para avaliar pacientes com dor torácica, comumente associada à dor no coração, mas que 
podem ser provenientes do esôfago. 
⩥ Endoscopia digestiva alta 
- A endoscopia é um exame muito usado no diagnóstico de doenças frequentes do trato digestivo, como 
gastrite e refluxo. 
- A endoscopia digestiva alta tem esse nome porque analisa a parte superior do tubo digestivo, 
incluindo esôfago, estômago e a porção inicial do duodeno. É um dos exames mais comuns e eficazes 
para identificar — e às vezes até tratar — doenças do aparelho digestivo. 
- Durante o exame, com o paciente sedado, o médico insere pela garganta do paciente o endoscópio, 
tubo fino flexível com luz e câmera na extremidade. Isso permite ao médico visualizar o esôfago, o 
estômago e a primeira parte do intestino delgado. 
- Se áreas anormais são encontradas, uma biópsia é realizada, por meio de instrumentos que são 
colocados através do endoscópio. As amostras de tecido retiradas são enviadas para análise 
anatomopatológica. 
- Esses instrumentos permitem visualizar a mucosa interna do tubo digestivo e realizar detalhada 
avaliação, assim como coletar material ou mesmo realizar pequenas cirurgias. 
- A endoscopia é capaz de identificar sinais de uma série de doenças muito comuns do trato digestivo, 
como gastrites, esofagites e refluxo gastroesofágico, além de ajudar no diagnóstico de doenças mais 
graves, como hérnia de hiato e câncer de estômago. 
- A endoscopia também pode ser indicada como forma dedetectar tumores precocemente, em especial 
os de esôfago e de estômago. De acordo com fatores de risco (como esôfago de Barrett ou presença de 
casos de câncer gástrico na família, por exemplo), o oncologista pode indicar a realização do exame com 
determinada frequência. 
- O paciente precisa estar em jejum de 8 a 12 horas (inclusive de água) e consumir no dia anterior 
somente alimentos leves, de rápida digestão, preferencialmente líquidos ou pastosos, como sopas e 
caldos. 
⩥ Medicamentos pró-cinéticos 
 
- Procinéticos são uma classe de medicamentos usada para estimular a motilidade gastro-intestinal 
 
 
⩥ Porque nem todos os medicamentos podem ser partidos ou amassados¿ 
 
- Os comprimidos sem aquele sulco possuem um revestimento especial. 
 
- Alguns medicamentos dentro do comprimido podem ser destruídos completamente no estômago, por 
causa da forte acidez do suco gástrico. Por isso, os laboratórios farmacêuticos os revestem com uma 
camada protetora que resiste ao ácido do estômago. 
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/esofago/
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/estomago/
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/duodeno/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/gastrite/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/esofagite/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/refluxo-gastroesofagico-drge/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hernia-de-hiato/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/cancer-de-estomago-2/
– º
 
- Depois de engolido, o comprimido revestido vai passar inteiro pelo estômago e chegar ao intestino, 
onde não há mais perigo. Lá, o comprimido pode se desmanchar e liberar o medicamento para ser 
absorvido pelo corpo. 
 
- Um comprimido revestido não pode ser partido ao meio, mastigado ou triturado, para misturar 
com suco, leite ou comida. 
- No momento em que você fizer isso, o revestimento já era. E o medicamento não vai funcionar mais. 
- Por outro lado, os comprimidos que têm aquele sulco no meio, não têm revestimento, e podem ser 
mastigados, amassados para misturar com algum suco ou comida. 
 
- Mas lembre-se que isso NÃO é o ideal. O gosto do medicamento pode ser bem pior e provocar o 
vômito, se você mastigar.

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