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EMPREENDEDORISMO DIGITAL STARTUP, GERAÇÃO Y

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1 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
SETOR LITORAL 
 
 
 
FELIPE PAULO PROENÇA DA SILVA 
GIOVANNI CORTEZ CASSIS 
JOÃO LUCAS GONÇALVES DE SOUZA 
OTÁVIO CRUZ RODRIGUES 
PAULO FONSECA RAMOS DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
EMPREENDEDORISMO DIGITAL: STARTUP, GERAÇÃO Y 
 
 
 
 
 
 
 MATINHOS 
2016 
 
2 
 
 FELIPE PAULO PROENÇA DA SILVA 
GIOVANNI CORTEZ CASSIS 
JOÃO LUCAS GONÇALVES DE SOUZA 
OTÁVIO CRUZ RODRIGUES 
PAULO FONSECA RAMOS DE OLIVEIRA 
 
 
 
EMPREENDEDORISMO DIGITAL: STARTUP, GERAÇÃO Y 
 
 
 
 
 
Trabalho de pesquisa apresentado como requisito 
parcial à aprovação na disciplina de Concepções 
de Empreendedorismo da Universidade Federal 
do Paraná – Setor Litoral. 
 
Professora: Doutora Márcia Regina. 
 
 
 
MATINHOS 
2016 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4 
2. EMPREENDEDORISMO ................................................................................................................ 5 
1.1 OBJETIVO DO TRABALHO .................................................. Erro! Indicador não definido. 
2. EMPREENDEDORISMO DIGITAL ............................................................................................ 6 
3. GERAÇÃO Y ................................................................................................................................. 7 
4. STARTUP .................................................................................................................................... 10 
4.1 O QUE DIFERE AS STARTUPS DAS EMPRESAS TRADICIONAIS? ..................... 12 
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 14 
 
 
 
 
4 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho aborda o tema empreendedorismo digital como modelo de 
negócio de grande impacto no mundo, tanto em âmbito social quanto econômico. Mais 
concretamente, discute como esse modelo influenciou jovens de todo o globo a terem 
pensamentos diferentes; quebrando paradigmas de gerações passadas e mostrando 
competências que auxiliam no desenvolvimento tecnológico do mundo. Criando assim uma 
nova cultura de trabalho, que concilia tanto aspectos pessoais quanto os profissionais. 
É objetivo desse trabalho apresentar quais foram os processos que decorreram ao 
longo da história para o surgimento e desenvolvimento dos termos citados e suas 
respectivas características, assim como suas ligações. Usando como exemplo comum sobre 
assunto discutidos o Vale do Silício, região de grande desenvolvimento tecnológico nos EUA 
e sede das primeiras startups do mundo. 
A metodologia usada para a execução do trabalho foram pesquisas bibliográficas em 
livros, artigos e revistas, visando aspectos quantitativos e qualitativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. EMPREENDEDORISMO 
 
Ao adentrarmos em um tema tão atual e difícil de estabelecer apenas uma linha 
conceitual teórica, haja vista que o processo de compreensão e elaboração de teorias parte 
do meio em que o indivíduo observa/vive, a definição epistemológica é variável e por vezes 
de inúmeras concepções no tocante ao processo de Empreendedorismo. 
Desta forma, compreendermos aqui que empreender pode ser considerado como a 
capacidade de observar oportunidades e verificar meios para poder aproveitá-las, estando 
ciente das dificuldades e desafios que esta pode ocasionar. Para Dornelas (2005), o 
empreendedorismo pode ser definido como o processo de criação de algo inovador, pelo 
qual é necessário esforço e dedicação, calculando os riscos correspondentes e alcançando 
recompensas satisfatórias e uma independência econômica e social. 
Esse determinado interesse do indivíduo que empreende, por ser derivado de vários 
fatores, mas atentamos para dois deles: necessidade e oportunidade. A necessidade 
relaciona-se com a subsistência cotidiana, não possuindo um olhar para além de suas 
despesas e falta de incentivos, colocando seu empreendimento em categorias apenas de 
consumo. A oportunidade relaciona-se ao incentivo de programas de incentivos e a alta 
formação para que ao observar uma oportunidade de possa desempenhar da melhor 
maneira, afim de obter melhores resultados. 
Dornelas (2005) afirma que o empreendedorismo vem sendo um forte aliado do 
desenvolvimento econômico, isso se deve ao grande suporte que o mesmo tem oferecido às 
inovações de mercado. A partir disso os países têm dado especial atenção e apoio às 
iniciativas empreendedoras, por saberem que com o crescimento econômico haverá 
geração de empregos, renda e aumento do PIB. Para ele as pessoas empreendedoras são 
diferenciadas, pois possuem motivação própria, normalmente são apaixonadas pelo o que 
fazem, são inovadoras, querem ser reconhecidas e admiradas, além de visionárias, 
questionadoras e dispostas a assumir grandes riscos. Com isso fica claro que o 
empreendedorismo vem crescendo cada vez mais no mundo, devido à necessidade de 
inovações de mercado, bem como uma maior exigência dos consumidores por produtos e 
serviços de alta qualidade e tecnologicamente mais avançados. 
 Em consequência destas necessidades o mercado tem aberto as portas para novas 
empresas, as quais aparecem com ideias de produtos e serviços inovadores, diferentemente 
de como era anos atrás quando o mercado era dominado, em um âmbito econômico, por 
grandes empresas, com um grande número de funcionários, fábricas, imóveis e 
maquinários. Mas isso vem sendo substituído pelo o que Dornelas (2005) chama de “novo” 
6 
 
modelo empreendedor, que são empresas mais ágeis, flexíveis e com respostas rápidas às 
necessidades do mercado, são empresas de menor porte que buscam uma grande 
lucratividade. 
 
2. EMPREENDEDORISMO DIGITAL 
 
Com a disseminação da internet o empreendedorismo ganhou uma nova vertente, o 
empreendedorismo digital, produtos e serviços no meio digital, possibilitando grandes 
resultados, pois possibilita empreendedores chegarem a qualquer lugar do globo. Há 
inúmeras formas de gerar lucro neste modelo de negócios, e-commerce, plataformas de 
vendas de infoprodutos, aplicativos de vendas e até mesmo as redes sociais. 
Empresas tradicionais aderiram ao meio digital, estando tanto no mundo off-line 
quando no on-line e oferecem produtos e serviços como, por exemplo, as Casas Bahia, e há 
também aquelas que nasceram para ficar apenas no mundo digital, como a Submarino, a 
americana Amazon, e a startup brasileira MeuSucesso.com, uma escola de insights que 
está em expansão global. Plataformas de infoprodutos como o Hotmart e o Leadlovers 
permitem produtores e a afiliados vender infoprodutos, como e-books e cursos online. 
Com o surgimento do empreendedorismo digital, o marketing também ganhou sua 
vertente, o marketing digital que aplica técnicas para chegar aos novos clientes. 
Nas últimas décadas o mundo passou por um processo de desenvolvimento 
tecnológico amplo e eminente devido ao fenômeno da globalização, abrindo portas para 
novos meios de comunicação e acessibilidade, tais como televisão, internet, satélites e 
telefones celulares. Pode se afirmar que o meio de comunicação que se expandiu mais 
rapidamente e em menor período de tempo foi a Internet, atingindo 50 milhões de usuários 
em cerca de 5 anos. Esse desenvolvimento tão surpreendente deu espaço para a inovação 
em inúmeras áreas, uma delas é o empreendedorismo. Surge então o empreendedorismo 
digital, uma forma de enxergar novas oportunidadesde crescimento pessoal e econômico 
no meio digital, como a criação de um modelo de negócio que oferece produtos ou serviços 
para o cliente sem que os mesmos precisem sair de casa. Isso fez com que as organizações 
já estabelecidas no mercado procurassem novas formas de atingir seus objetivos, 
reformulando seus modelos de negócios, arrumando novas ferramentas para aperfeiçoar 
seus recursos e atingir mais clientes. 
Insatisfação em seguir horários fixos no trabalho falta de realização profissional e 
pessoal, ou até fuga da exclusão no mercado são motivos que levam muitos 
7 
 
empreendedores a pensarem em investir no empreendedorismo virtual; onde muitas vezes 
conseguem executar suas tarefas em casa seguindo seu próprio cronograma. Com pouco 
capital, mas possuindo um entendimento claro sobre a comercialização de produtos ou 
serviços na internet, o empreendedor já consegue desenvolver um plano de negócio digital. 
 Aproveitando esse momento da história, empreendedores de todo globo estão 
investindo na criação de startups. (Completar) 
Essa nova classe empreendedora conflita com algumas gerações que não passaram 
por um processo de educação para acessar as novas tecnologias, pois é evidente que a 
sucesso de empresas digitais ocorre devido ao entendimento e eficiência na área, no caso a 
internet. Por terem acompanhado ou nascidos no meio desse nicho tecnológico da facilidade 
da informação via internet, jovens cada vez mais capacitados e destemidos vêm ganhando 
espaços em grandes centros de desenvolvimento de novas tecnologias, como é o caso do 
Vale do Silício. Fazendo com gerações mais novas criem interesses por esse tipo de 
negócio. 
 
3. GERAÇÃO Y 
 
 
Seguindo o princípio que geração significa conjunto de indivíduos que nasceram em 
uma mesma época (AURÉLIO, 2004), que tiveram uma criação semelhante. Isto faz com 
que acabem tendo preferências, necessidades e interesses similares. Implicando na busca 
por um futuro diferente dos modelos impostos pelas gerações anteriores. “Existem hoje 
cinco gerações que se dividem em: Tradicional (nascidos até 1945), Baby Boomer (nascidos 
entre 1946 a 1964), Geração X (nascidos entre 1965 a 1979), Geração Y (nascidos entre 
1980 a 1990) e Geração Z, que ainda não estão inseridos no mercado de trabalho.” 
(GESTAO & SOCIEDADE, 2013, p. 02). 
A geração tradicional (também conhecida como geração silenciosa) é representada 
por aqueles que enfrentaram as dificuldades de grandes guerras, que com os países 
arrasados, tiveram a necessidade de reconstruir o seu redor e começar uma vida nova para 
a sobrevivência. Dedicados, e respeitam as hierarquias, valorizam a estabilidade e ficam 
bastante tempo em uma mesma empresa a fim de alcançarem os seus objetivos. 
Baby boomers são os filhos do pós-guerra. Quebrar os padrões e a luta pela paz são 
características fortes dessa geração. Otimistas em relação ao mundo político, colocam seus 
8 
 
valores pessoais na educação de seus filhos. Nascidos entre 1946 a 1964 preferem pelo 
emprego fixo e estável. Por serem a primeira geração que cresceu em frente à TV, puderam 
compartilhar de marcos históricos e momentos que ajudaram a estabelecer vínculos entre 
seus semelhantes. 
A geração X já surge usufruindo de tecnologias de comunicação, tentando conciliar o 
trabalho com a vida pessoal. Por terem enfrentados crises violentas, como a crise de 
desemprego da década de 80, se demonstram inseguros em perder o emprego por pessoas 
mais novas e mais ativas, assim tornaram se superprotetores e céticos. 
Nascidos entre 1978 a 1990, a geração Y apresenta características comportamentais 
antagônicas as gerações anteriores, tais como: a impaciência, a ousadia, rapidez no acesso 
a informação e entendimento de mundo. Jovens que viveram diversas mudanças em vários 
setores da sociedade, principalmente os avanços tecnológicos, quebram o paradigma do 
trabalho ideal; procurando novos conhecimentos a fim de integrar o emprego as 
necessidades familiares e pessoais. 
Não se deve generalizar a geração sem antes entender o contexto social, econômico 
e cultural. Quando se fala de geração Y no contexto brasileiro, este se refere a uma minoria 
pertencente a uma camada social mais beneficia. Não se deve generalizar então a geração 
Y como a totalidade do jovem brasileiro, devido a realidade que o mesmo vive. 
“A chamada “Geração Y”, não pode ser utilizado para compreender uma geração ou a 
juventude de um país como o Brasil, por exemplo, onde o ensino superior é um privilégio e a 
inserção digital um desafio. ” (IDEIAS EM DEBATE, 2012, p.552) 
 
Ainda não inseridos no mercado de trabalho, a geração Z gera uma reflexão no 
mundo por conta de seus comportamentos individualistas e de certa forma antissocial. Por já 
nascerem inseridos no mundo tecnológico contemporâneo, tendem a sobrepor as atividades 
virtuais estabelecidas entre pessoas do seu perfil a cima de alguns valores conservadores, 
tais como os familiares. Apresentam um perfil mais imediatistas do que qualquer geração 
antecessora. Característica que pode implicar em uma certa dificuldade de respeitar uma 
hierarquia ao entrarem no mercado de trabalho. O trabalho coletivo demanda respeito e 
tolerância, virtudes em escassez nos jovens dessa geração. 
 
Segundo uma pesquisa feita pela empresa Milennial Branding com parceria da 
empresa de Recursos Humanos Randstad está havendo conflitos entre os jovens das 
gerações Y e Z, principais objetos da pesquisa. Nascidos em épocas diferentes procuram no 
trabalho muito mais do que estabilidade, mas também a auto realização. Mesmo possuindo 
pensamentos muitas vezes semelhantes, essas duas gerações possuem atitudes bem 
9 
 
diferentes em relação ao mercado de trabalho. De acordo com a pesquisa, ao procurarem 
um emprego 34% dos jovens da geração Z são motivados pelas oportunidades de se 
desenvolver no trabalho, seguido por 27% que visam possuir mais dinheiro e por 23% que 
preferem ter um trabalho significativo. Diferentemente da geração Y em que 38% procuram 
possuir mais dinheiro, seguido de 30% que visa o desenvolvimento pessoal no trabalho e 
por último 15% que preferem um trabalho de valor. 
A geração Z possui uma clara vantagem sobre a geração Y por terem uma visão 
mais realista do que otimista, possuem mentes mais abertas e conseguem se adaptar mais 
facilmente a novas tecnologias impostas em grandes empresas digitais. Qualidades que 
despertou muito interesse em algumas empresas no Vale do Silício, local de grande 
desenvolvimento tecnológico e cultural nos EUA. 
Localizado no estado da Califórnia, ao sul da Baía de São Francisco, o Vale do 
Silício é composto por várias cidades do estado, como Palo Alto, Santa Clara, San José, 
Campbell, entre outras. 
“Uma espécie de Meca do empreendedorismo ou uma “Hollywood” da 
tecnologia; sede de gigantes como Google, Apple, Facebook, 
Whatsapp, Instagram, Youtube e tantas outras empresas cujas 
inovações estão presentes em nosso dia a dia.” (NORMAND, reinaldo 
2014, pg. 9). 
 
No início da década de 1950, a região de São Francisco ainda não era o polo 
tecnológico de hoje. Tudo começou com oito empreendedores recrutados por William 
Shockley, Prêmio Nobel de Física e pesquisador da área de semicondutores, para ajudar 
fundar sua própria empresa. O local foi escolhido por Shockley porque o mesmo havia 
passado sua infância no Vale. Pouco tempo depois a empresa de Shockley havia falido e 
deixado os oito jovens recrutas desempregados. No final das contas ao invés dos jovens 
voltarem para suas respectivas casas, resolveram criar uma nova empresa no mesmo setor 
de semicondutores. Conseguiram investidores em Nova Iorque para fundar a Fairchild 
Semiconductor,uma das primeiras empresas do Vale do Silício. Em 1966 a Fairchild já 
faturava U$90 milhões e empregavam cerca de 4.000 pessoas. 
Outro nome fundamental para o Vale é o de Frederick Terman, reitor da universidade 
de Stanford, motivou nos anos 1940 e 1950, alunos e professores a iniciarem suas próprias 
empresas. 
“Para entender o Vale do Silício é necessário compreender o que é 
uma startup pelos olhos da cultural local. Esse é um lugar onde se 
respeitam empreendedores e startups mais do que outros 
participantes do ecossistema, como consultores, executivos, 
pesquisadores e grandes empresas. Há um senso de otimismo no ar, 
10 
 
como se tudo fosse possível, e as startups simbolizam a 
materialização do intangível. Entretanto, pergunte a dez pessoas o 
que é uma startup e você provavelmente obterá respostas diferentes. 
” (NORMAND, reinaldo 2014, pg. 10). 
 
 
Segundo Ries (2011) uma startup é uma organização humana feita para criar novos 
projetos e serviços sob condições incertas. Buscam um modelo de negócios que pode ser 
sustentável no longo prazo através do uso repetido de seu produto ou serviço. Empresas de 
crescimento rápido e que buscam atingir um grande número de consumidores em um curto 
período de tempo as startups necessitam do fator inovação para conseguirem investidores a 
fim de atingir seus objetivos. 
 
4. STARTUP 
 
Segundo NAGER, NELSEN, E NOUYRIGAT (2012) “Startup é uma empresa em 
seus estágios iniciais. Normalmente se refere à fase de concepção e fundação recente. É 
um termo comum em empresas de bases tecnológicas”, Eric Ries um empreendedor do 
Vale do Silício, autor do livro Learn Startup define startup como “uma instituição humana 
projetada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza’”. 
Para podermos compreender esse novo estilo de negócio, vamos fazer uma viagem 
até a Califórnia, EUA mais precisamente ao norte de São Francisco, local onde estão 
grandes empresas ligadas à tecnologia. 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: 
http://crars.org.br/img_system/Vale_do_Silicio_SITE.jpg 
No final da década 30 e início da década de 40, durante a segunda guerra mundial, o 
governo dos EUA injetou milhões de dólares na criação do “Radio Research Lab”, um 
laboratório secreto na Universidade de Harvard. Liderados por Frederick Termam, professor 
da Universidade de Stanford, que tinha como objetivo superar as tecnologias alemãs, como 
11 
 
o radar, por exemplo. Após o término da guerra, o professor Frederick Terman estava 
convencido da necessidade em desenvolver novas tecnologias, que culminou no 
investimento de milhões de dólares e a criação do centro de engenharia especializado. Após 
assumir a Reitoria da Universidade de Stanford Terman passou a incentivar os alunos a 
criarem suas próprias empresas, tendo os professores como instrutores. Com essa abertura 
de Stanford foi pioneira ao unir o meio acadêmico, o meio empresarial e a comunidade. 
Em 1956 Willian Shockley, cientista do MIT e então Nobel de Física decide se mudar 
para a região para empreender (escolheu o local, pois, foi onde passou a sua infância), 
fundou a Shockley Semicondutores, empresa que produzia semicondutores de silício. Era 
um mau administrador, fazendo com que oito engenheiros co-fundadores deixassem a 
empresa para ir atrás de investimentos e criar sua própria startup, levando a empresa a 
falência pouco tempo depois. Dois engenheiros, criaram a Fairchild Semicondutores, a 
primeira startup de tecnologia a ser financiada por “venture capital”. Assinam um contrato e 
passam a fornecer componentes para a indústria de mísseis dos EUA. . 
 Posteriormente Robert Noyce e Gordon Moore saíram da Fairchild e criaram a 
INTEL, umas das pioneiras na expansão e reconhecimento do vale como um negócio de 
semicondutores. Nas duas décadas posteriores foram criadas 65 empresas de chips, as 
quais muitas das mais influentes empresas de tecnologia. 
A HP (Hewlett-Packard) foi criada em janeiro de 1939. Iniciada com apenas $500 
(quinhentos dólares), sendo a primeira startup da região, que viria a ser conhecida como 
“Vale do Silício” (principal matéria-prima dos processadores fabricados por empresas como 
a Intel). 
A proximidade com as Universidades de Stanford e Berkeley, por exemplo, foi um 
dos elementos essenciais para o desenvolvimento desse ambiente, possibilitando a criação 
de um ecossistema de extrema importância para a região. A mistura de Universidades, 
companhias e o “venture capital” (capital de risco), professores e alunos ligados a empresas 
e vice-versa, com empreendedores experientes investindo e treinando novos 
empreendedores, grandes empresas atraindo profissionais de alto nível que com o passar 
do tempo saem e criam suas próprias empresas, culminou no desenvolvimento de muitas 
tecnologias, fomentando o empreendedorismo e o espírito inovador. Microsoft, Apple, HP, 
AMD, Google, Intel, são exemplos de empresas com esse espírito do vale. 
Agora que entendemos um pouco como se deu o início e a inovação no 
empreendedorismo mundial, vamos a outro fator importante, a criação da internet. Chamada 
inicialmente de Arpanet e tinha como objetivo de promover uma comunicação segura e 
rápida entre os militares durante a Guerra Fria. 
12 
 
O desenvolvimento dessa tecnologia possibilitou um grande avanço nas startups, 
produtos ou serviços que antes demoravam anos e milhões de dólares para serem 
desenvolvidos, passaram a demandar menos investimento, com algumas centenas ou 
milhares de dólares e em poucos meses ou até dias ou horas é possível desenvolver um 
MPV (Minimum Viable Product ou Mínimo Produto Viável). Essa nova forma de coletar 
informações de maneira rápida, possibilitou aprimorar a habilidade de testar novas ideias, 
alcançar consumidores em potencial e desenvolver produtos que realmente atende as 
necessidades do usuário. 
É fato que, startups em sua grande maioria necessitam de investimento inicial de 
terceiros, com a possibilidade de desenvolver produtos com muito menos capital inicial, deu-
se então o crescimento do CAPITAL VENTURE ou Capital de Risco (investimento em 
empresas em estágios iniciais, que possui diversas incertezas). Steve Blank, um famoso 
empreendedor do Vale, diz que a combinação de tecnologia, empreendedorismo e capital 
de risco fez surgir uma “era moderna de empreendedorismo”. 
 
4.1 O QUE DIFERE AS STARTUPS DAS EMPRESAS TRADICIONAIS? 
Empresas tradicionais executam modelos de negócios, normalmente surgem pela 
necessidade, e normalmente tem um planejamento visando sua sobrevivência e retorno do 
capital investido. 
Startups criam modelos de negócios, são projetadas para ter crescimento rápido, e 
serem empresas de sucesso no futuro, normalmente surgem por oportunidades, haja vista 
que demandam maior escolaridade e conhecimento dos envolvidos. O fracasso é visto como 
parte do processo, e isso permite a esses empreendedores um ambiente de inovação 
constante, pois não ficam presos ao passado, e podem criar novos produtos ou serviços 
utilizando novas técnicas e formas de gestão própria. Essas empresas em estágios iniciais 
buscam validar um modelo de negócio próprio, crescimento rápido, repetitivo e escalável em 
condições de extrema incerteza. 
O Business Model Canvas, conhecido como Canvas (inicialmente proposto por 
Alexander Osterwalde), é uma ferramenta de planejamento estratégico que permite 
desenvolver e esboçar novos modelos de negócio ou até mesmo já existente, demonstrando 
como irá operar no mercado e gerar valor aos clientes antes mesmo da criação do plano de 
negócios. Esse modelo possibilita aos empreendedores mudarem de estratégias ao longo 
da jornada sem afetar o funcionamento da empresa.Técnica muito usada nas startups 
13 
 
conhecido pelo jargão empreendedor “pivotar” (O termo é derivado do inglês to pivot 
"mudar" ou "girar"). 
Uma startup deixa de ser chamada assim quando tem o seu modelo de negócios 
testado e aprovado. É reproduzível e escalável, tem capital próprio e é autossustentável. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
CONCLUSÃO 
 
Nesse trabalho abordamos o empreendedorismo digital, com enfoque na enfoque na 
geração Y e sua atuação no mercado junto com o desenvolvimento das start ups e 
concluímos que os respectivos temas possuem ligações íntimas, onde um se completa com 
o avanço do outro em um mesmo momento da história. O empreendedorismo digital surge 
em uma época de grande avanço tecnológico, criando novas formas e meios de se 
empreender. Criando um espaço para as novas gerações mostrarem seus potenciais e suas 
capacidades de compreensão e adaptação de novas tecnologias. Pode se usar como 
exemplo de empreendedorismo digital algumas start ups do Vale do Silício, que contratam 
jovens prodígios para auxiliar na criação de bases digitais de comercialização de 
produtos/serviço. 
15 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
RIES, Eric. A Startup Enxuta – The Lean Starup. São Paulo: Ed. Leya LTDA, 2012. 
NAGER, NELSEN e NOOUYRIGAT, Marc, Clint e Franck. Startup Weekend – Como Levar 
uma Empresa do conceito à Criação em 54 Horas. Rio de Janeiro: Ed. Alta Books, 2012. 
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. 
2. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier: Campus, 2005. 
OLIVEIRA, S., PICCININI, V.& BITENCOURT, B.; Juventudes, gerações e Trabalho: é 
Possível falar em geração Y no Brasil?, Revista Ideias em Debate O&S, V. 19, pp. 551-
556, 2012. 
 
NEGRÃO, H., PRADO, J., SALLES, M., JUNIOR, D., SANTO, G.; Geração Y: O que os Atrai 
nas organizações, Revista Gestão & Sociedade UNIABEU, V. 02, pp. 01-16, 2013. 
FERREIRA, Aurelio Buarque de Holanda. Míni Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 
6. ed. rev. e atual. Curitiba: Posigraf, 2004 
http://millennialbranding.com/2014/geny-genz-global-workplace-expectations-study/ Acesso: 
14/05/16 às 19:18 
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/o-que-e-uma-
startup,616913074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Acesso: 14/05/2016 às 19:26 
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/o-que-e-uma-
startup,616913074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Acesso: 12/05/2016 às 
15:06 
https://endeavor.org.br/vale-do-silicio/. Acesso: 12/05/2016 às 14:02 
http://www.estadao.com.br/blogs/jt-seu-bolso/2011/09/11/por-que-vale-do-silicio/. 
Acesso: 11/05/2016 às 12:00 
https://endeavor.org.br/a-cultura-inovadora-do-vale-do-silicio/. Acesso: 11/05/2016 às 
11:02 
https://endeavor.org.br/10-maneiras-empreender/ Acesso: 10/05/2016 às 15:08 
https://endeavor.org.br/mvp/ Acesso: 10/05/2016 às 16:06 
16 
 
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/startup-entenda-o-que-e-modelo-
de-negocios,5b3bb2a178c83410VgnVCM1000003b74010aRCRD Acesso: 09/05/2016 às 
09:08 
http://www.sebraepr.com.br/PortalSebrae/artigos/Canvas:-como-estruturar-seu-
modelo-de-neg%C3%B3cio Acesso: 09/05/2016 às 10:16 
http://www.guiaempreendedor.com/empresa-tradicional-ou-uma-startup-entenda-o-
qual-e-o-modelo-de-negocios-ideal/ Acesso: 09/05/2016 às 11:09 
http://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2013/08/quando-paramos-de-chamar-
uma-empresa-de-startup.html Acesso: 08/05/2016 às 12:06

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