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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR LITORAL FELIPE PAULO PROENÇA DA SILVA GIOVANNI CORTEZ CASSIS JOÃO LUCAS GONÇALVES DE SOUZA OTÁVIO CRUZ RODRIGUES PAULO FONSECA RAMOS DE OLIVEIRA EMPREENDEDORISMO DIGITAL: STARTUP, GERAÇÃO Y MATINHOS 2016 2 FELIPE PAULO PROENÇA DA SILVA GIOVANNI CORTEZ CASSIS JOÃO LUCAS GONÇALVES DE SOUZA OTÁVIO CRUZ RODRIGUES PAULO FONSECA RAMOS DE OLIVEIRA EMPREENDEDORISMO DIGITAL: STARTUP, GERAÇÃO Y Trabalho de pesquisa apresentado como requisito parcial à aprovação na disciplina de Concepções de Empreendedorismo da Universidade Federal do Paraná – Setor Litoral. Professora: Doutora Márcia Regina. MATINHOS 2016 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4 2. EMPREENDEDORISMO ................................................................................................................ 5 1.1 OBJETIVO DO TRABALHO .................................................. Erro! Indicador não definido. 2. EMPREENDEDORISMO DIGITAL ............................................................................................ 6 3. GERAÇÃO Y ................................................................................................................................. 7 4. STARTUP .................................................................................................................................... 10 4.1 O QUE DIFERE AS STARTUPS DAS EMPRESAS TRADICIONAIS? ..................... 12 5. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 14 4 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho aborda o tema empreendedorismo digital como modelo de negócio de grande impacto no mundo, tanto em âmbito social quanto econômico. Mais concretamente, discute como esse modelo influenciou jovens de todo o globo a terem pensamentos diferentes; quebrando paradigmas de gerações passadas e mostrando competências que auxiliam no desenvolvimento tecnológico do mundo. Criando assim uma nova cultura de trabalho, que concilia tanto aspectos pessoais quanto os profissionais. É objetivo desse trabalho apresentar quais foram os processos que decorreram ao longo da história para o surgimento e desenvolvimento dos termos citados e suas respectivas características, assim como suas ligações. Usando como exemplo comum sobre assunto discutidos o Vale do Silício, região de grande desenvolvimento tecnológico nos EUA e sede das primeiras startups do mundo. A metodologia usada para a execução do trabalho foram pesquisas bibliográficas em livros, artigos e revistas, visando aspectos quantitativos e qualitativos. 5 2. EMPREENDEDORISMO Ao adentrarmos em um tema tão atual e difícil de estabelecer apenas uma linha conceitual teórica, haja vista que o processo de compreensão e elaboração de teorias parte do meio em que o indivíduo observa/vive, a definição epistemológica é variável e por vezes de inúmeras concepções no tocante ao processo de Empreendedorismo. Desta forma, compreendermos aqui que empreender pode ser considerado como a capacidade de observar oportunidades e verificar meios para poder aproveitá-las, estando ciente das dificuldades e desafios que esta pode ocasionar. Para Dornelas (2005), o empreendedorismo pode ser definido como o processo de criação de algo inovador, pelo qual é necessário esforço e dedicação, calculando os riscos correspondentes e alcançando recompensas satisfatórias e uma independência econômica e social. Esse determinado interesse do indivíduo que empreende, por ser derivado de vários fatores, mas atentamos para dois deles: necessidade e oportunidade. A necessidade relaciona-se com a subsistência cotidiana, não possuindo um olhar para além de suas despesas e falta de incentivos, colocando seu empreendimento em categorias apenas de consumo. A oportunidade relaciona-se ao incentivo de programas de incentivos e a alta formação para que ao observar uma oportunidade de possa desempenhar da melhor maneira, afim de obter melhores resultados. Dornelas (2005) afirma que o empreendedorismo vem sendo um forte aliado do desenvolvimento econômico, isso se deve ao grande suporte que o mesmo tem oferecido às inovações de mercado. A partir disso os países têm dado especial atenção e apoio às iniciativas empreendedoras, por saberem que com o crescimento econômico haverá geração de empregos, renda e aumento do PIB. Para ele as pessoas empreendedoras são diferenciadas, pois possuem motivação própria, normalmente são apaixonadas pelo o que fazem, são inovadoras, querem ser reconhecidas e admiradas, além de visionárias, questionadoras e dispostas a assumir grandes riscos. Com isso fica claro que o empreendedorismo vem crescendo cada vez mais no mundo, devido à necessidade de inovações de mercado, bem como uma maior exigência dos consumidores por produtos e serviços de alta qualidade e tecnologicamente mais avançados. Em consequência destas necessidades o mercado tem aberto as portas para novas empresas, as quais aparecem com ideias de produtos e serviços inovadores, diferentemente de como era anos atrás quando o mercado era dominado, em um âmbito econômico, por grandes empresas, com um grande número de funcionários, fábricas, imóveis e maquinários. Mas isso vem sendo substituído pelo o que Dornelas (2005) chama de “novo” 6 modelo empreendedor, que são empresas mais ágeis, flexíveis e com respostas rápidas às necessidades do mercado, são empresas de menor porte que buscam uma grande lucratividade. 2. EMPREENDEDORISMO DIGITAL Com a disseminação da internet o empreendedorismo ganhou uma nova vertente, o empreendedorismo digital, produtos e serviços no meio digital, possibilitando grandes resultados, pois possibilita empreendedores chegarem a qualquer lugar do globo. Há inúmeras formas de gerar lucro neste modelo de negócios, e-commerce, plataformas de vendas de infoprodutos, aplicativos de vendas e até mesmo as redes sociais. Empresas tradicionais aderiram ao meio digital, estando tanto no mundo off-line quando no on-line e oferecem produtos e serviços como, por exemplo, as Casas Bahia, e há também aquelas que nasceram para ficar apenas no mundo digital, como a Submarino, a americana Amazon, e a startup brasileira MeuSucesso.com, uma escola de insights que está em expansão global. Plataformas de infoprodutos como o Hotmart e o Leadlovers permitem produtores e a afiliados vender infoprodutos, como e-books e cursos online. Com o surgimento do empreendedorismo digital, o marketing também ganhou sua vertente, o marketing digital que aplica técnicas para chegar aos novos clientes. Nas últimas décadas o mundo passou por um processo de desenvolvimento tecnológico amplo e eminente devido ao fenômeno da globalização, abrindo portas para novos meios de comunicação e acessibilidade, tais como televisão, internet, satélites e telefones celulares. Pode se afirmar que o meio de comunicação que se expandiu mais rapidamente e em menor período de tempo foi a Internet, atingindo 50 milhões de usuários em cerca de 5 anos. Esse desenvolvimento tão surpreendente deu espaço para a inovação em inúmeras áreas, uma delas é o empreendedorismo. Surge então o empreendedorismo digital, uma forma de enxergar novas oportunidadesde crescimento pessoal e econômico no meio digital, como a criação de um modelo de negócio que oferece produtos ou serviços para o cliente sem que os mesmos precisem sair de casa. Isso fez com que as organizações já estabelecidas no mercado procurassem novas formas de atingir seus objetivos, reformulando seus modelos de negócios, arrumando novas ferramentas para aperfeiçoar seus recursos e atingir mais clientes. Insatisfação em seguir horários fixos no trabalho falta de realização profissional e pessoal, ou até fuga da exclusão no mercado são motivos que levam muitos 7 empreendedores a pensarem em investir no empreendedorismo virtual; onde muitas vezes conseguem executar suas tarefas em casa seguindo seu próprio cronograma. Com pouco capital, mas possuindo um entendimento claro sobre a comercialização de produtos ou serviços na internet, o empreendedor já consegue desenvolver um plano de negócio digital. Aproveitando esse momento da história, empreendedores de todo globo estão investindo na criação de startups. (Completar) Essa nova classe empreendedora conflita com algumas gerações que não passaram por um processo de educação para acessar as novas tecnologias, pois é evidente que a sucesso de empresas digitais ocorre devido ao entendimento e eficiência na área, no caso a internet. Por terem acompanhado ou nascidos no meio desse nicho tecnológico da facilidade da informação via internet, jovens cada vez mais capacitados e destemidos vêm ganhando espaços em grandes centros de desenvolvimento de novas tecnologias, como é o caso do Vale do Silício. Fazendo com gerações mais novas criem interesses por esse tipo de negócio. 3. GERAÇÃO Y Seguindo o princípio que geração significa conjunto de indivíduos que nasceram em uma mesma época (AURÉLIO, 2004), que tiveram uma criação semelhante. Isto faz com que acabem tendo preferências, necessidades e interesses similares. Implicando na busca por um futuro diferente dos modelos impostos pelas gerações anteriores. “Existem hoje cinco gerações que se dividem em: Tradicional (nascidos até 1945), Baby Boomer (nascidos entre 1946 a 1964), Geração X (nascidos entre 1965 a 1979), Geração Y (nascidos entre 1980 a 1990) e Geração Z, que ainda não estão inseridos no mercado de trabalho.” (GESTAO & SOCIEDADE, 2013, p. 02). A geração tradicional (também conhecida como geração silenciosa) é representada por aqueles que enfrentaram as dificuldades de grandes guerras, que com os países arrasados, tiveram a necessidade de reconstruir o seu redor e começar uma vida nova para a sobrevivência. Dedicados, e respeitam as hierarquias, valorizam a estabilidade e ficam bastante tempo em uma mesma empresa a fim de alcançarem os seus objetivos. Baby boomers são os filhos do pós-guerra. Quebrar os padrões e a luta pela paz são características fortes dessa geração. Otimistas em relação ao mundo político, colocam seus 8 valores pessoais na educação de seus filhos. Nascidos entre 1946 a 1964 preferem pelo emprego fixo e estável. Por serem a primeira geração que cresceu em frente à TV, puderam compartilhar de marcos históricos e momentos que ajudaram a estabelecer vínculos entre seus semelhantes. A geração X já surge usufruindo de tecnologias de comunicação, tentando conciliar o trabalho com a vida pessoal. Por terem enfrentados crises violentas, como a crise de desemprego da década de 80, se demonstram inseguros em perder o emprego por pessoas mais novas e mais ativas, assim tornaram se superprotetores e céticos. Nascidos entre 1978 a 1990, a geração Y apresenta características comportamentais antagônicas as gerações anteriores, tais como: a impaciência, a ousadia, rapidez no acesso a informação e entendimento de mundo. Jovens que viveram diversas mudanças em vários setores da sociedade, principalmente os avanços tecnológicos, quebram o paradigma do trabalho ideal; procurando novos conhecimentos a fim de integrar o emprego as necessidades familiares e pessoais. Não se deve generalizar a geração sem antes entender o contexto social, econômico e cultural. Quando se fala de geração Y no contexto brasileiro, este se refere a uma minoria pertencente a uma camada social mais beneficia. Não se deve generalizar então a geração Y como a totalidade do jovem brasileiro, devido a realidade que o mesmo vive. “A chamada “Geração Y”, não pode ser utilizado para compreender uma geração ou a juventude de um país como o Brasil, por exemplo, onde o ensino superior é um privilégio e a inserção digital um desafio. ” (IDEIAS EM DEBATE, 2012, p.552) Ainda não inseridos no mercado de trabalho, a geração Z gera uma reflexão no mundo por conta de seus comportamentos individualistas e de certa forma antissocial. Por já nascerem inseridos no mundo tecnológico contemporâneo, tendem a sobrepor as atividades virtuais estabelecidas entre pessoas do seu perfil a cima de alguns valores conservadores, tais como os familiares. Apresentam um perfil mais imediatistas do que qualquer geração antecessora. Característica que pode implicar em uma certa dificuldade de respeitar uma hierarquia ao entrarem no mercado de trabalho. O trabalho coletivo demanda respeito e tolerância, virtudes em escassez nos jovens dessa geração. Segundo uma pesquisa feita pela empresa Milennial Branding com parceria da empresa de Recursos Humanos Randstad está havendo conflitos entre os jovens das gerações Y e Z, principais objetos da pesquisa. Nascidos em épocas diferentes procuram no trabalho muito mais do que estabilidade, mas também a auto realização. Mesmo possuindo pensamentos muitas vezes semelhantes, essas duas gerações possuem atitudes bem 9 diferentes em relação ao mercado de trabalho. De acordo com a pesquisa, ao procurarem um emprego 34% dos jovens da geração Z são motivados pelas oportunidades de se desenvolver no trabalho, seguido por 27% que visam possuir mais dinheiro e por 23% que preferem ter um trabalho significativo. Diferentemente da geração Y em que 38% procuram possuir mais dinheiro, seguido de 30% que visa o desenvolvimento pessoal no trabalho e por último 15% que preferem um trabalho de valor. A geração Z possui uma clara vantagem sobre a geração Y por terem uma visão mais realista do que otimista, possuem mentes mais abertas e conseguem se adaptar mais facilmente a novas tecnologias impostas em grandes empresas digitais. Qualidades que despertou muito interesse em algumas empresas no Vale do Silício, local de grande desenvolvimento tecnológico e cultural nos EUA. Localizado no estado da Califórnia, ao sul da Baía de São Francisco, o Vale do Silício é composto por várias cidades do estado, como Palo Alto, Santa Clara, San José, Campbell, entre outras. “Uma espécie de Meca do empreendedorismo ou uma “Hollywood” da tecnologia; sede de gigantes como Google, Apple, Facebook, Whatsapp, Instagram, Youtube e tantas outras empresas cujas inovações estão presentes em nosso dia a dia.” (NORMAND, reinaldo 2014, pg. 9). No início da década de 1950, a região de São Francisco ainda não era o polo tecnológico de hoje. Tudo começou com oito empreendedores recrutados por William Shockley, Prêmio Nobel de Física e pesquisador da área de semicondutores, para ajudar fundar sua própria empresa. O local foi escolhido por Shockley porque o mesmo havia passado sua infância no Vale. Pouco tempo depois a empresa de Shockley havia falido e deixado os oito jovens recrutas desempregados. No final das contas ao invés dos jovens voltarem para suas respectivas casas, resolveram criar uma nova empresa no mesmo setor de semicondutores. Conseguiram investidores em Nova Iorque para fundar a Fairchild Semiconductor,uma das primeiras empresas do Vale do Silício. Em 1966 a Fairchild já faturava U$90 milhões e empregavam cerca de 4.000 pessoas. Outro nome fundamental para o Vale é o de Frederick Terman, reitor da universidade de Stanford, motivou nos anos 1940 e 1950, alunos e professores a iniciarem suas próprias empresas. “Para entender o Vale do Silício é necessário compreender o que é uma startup pelos olhos da cultural local. Esse é um lugar onde se respeitam empreendedores e startups mais do que outros participantes do ecossistema, como consultores, executivos, pesquisadores e grandes empresas. Há um senso de otimismo no ar, 10 como se tudo fosse possível, e as startups simbolizam a materialização do intangível. Entretanto, pergunte a dez pessoas o que é uma startup e você provavelmente obterá respostas diferentes. ” (NORMAND, reinaldo 2014, pg. 10). Segundo Ries (2011) uma startup é uma organização humana feita para criar novos projetos e serviços sob condições incertas. Buscam um modelo de negócios que pode ser sustentável no longo prazo através do uso repetido de seu produto ou serviço. Empresas de crescimento rápido e que buscam atingir um grande número de consumidores em um curto período de tempo as startups necessitam do fator inovação para conseguirem investidores a fim de atingir seus objetivos. 4. STARTUP Segundo NAGER, NELSEN, E NOUYRIGAT (2012) “Startup é uma empresa em seus estágios iniciais. Normalmente se refere à fase de concepção e fundação recente. É um termo comum em empresas de bases tecnológicas”, Eric Ries um empreendedor do Vale do Silício, autor do livro Learn Startup define startup como “uma instituição humana projetada para criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza’”. Para podermos compreender esse novo estilo de negócio, vamos fazer uma viagem até a Califórnia, EUA mais precisamente ao norte de São Francisco, local onde estão grandes empresas ligadas à tecnologia. Fonte: http://crars.org.br/img_system/Vale_do_Silicio_SITE.jpg No final da década 30 e início da década de 40, durante a segunda guerra mundial, o governo dos EUA injetou milhões de dólares na criação do “Radio Research Lab”, um laboratório secreto na Universidade de Harvard. Liderados por Frederick Termam, professor da Universidade de Stanford, que tinha como objetivo superar as tecnologias alemãs, como 11 o radar, por exemplo. Após o término da guerra, o professor Frederick Terman estava convencido da necessidade em desenvolver novas tecnologias, que culminou no investimento de milhões de dólares e a criação do centro de engenharia especializado. Após assumir a Reitoria da Universidade de Stanford Terman passou a incentivar os alunos a criarem suas próprias empresas, tendo os professores como instrutores. Com essa abertura de Stanford foi pioneira ao unir o meio acadêmico, o meio empresarial e a comunidade. Em 1956 Willian Shockley, cientista do MIT e então Nobel de Física decide se mudar para a região para empreender (escolheu o local, pois, foi onde passou a sua infância), fundou a Shockley Semicondutores, empresa que produzia semicondutores de silício. Era um mau administrador, fazendo com que oito engenheiros co-fundadores deixassem a empresa para ir atrás de investimentos e criar sua própria startup, levando a empresa a falência pouco tempo depois. Dois engenheiros, criaram a Fairchild Semicondutores, a primeira startup de tecnologia a ser financiada por “venture capital”. Assinam um contrato e passam a fornecer componentes para a indústria de mísseis dos EUA. . Posteriormente Robert Noyce e Gordon Moore saíram da Fairchild e criaram a INTEL, umas das pioneiras na expansão e reconhecimento do vale como um negócio de semicondutores. Nas duas décadas posteriores foram criadas 65 empresas de chips, as quais muitas das mais influentes empresas de tecnologia. A HP (Hewlett-Packard) foi criada em janeiro de 1939. Iniciada com apenas $500 (quinhentos dólares), sendo a primeira startup da região, que viria a ser conhecida como “Vale do Silício” (principal matéria-prima dos processadores fabricados por empresas como a Intel). A proximidade com as Universidades de Stanford e Berkeley, por exemplo, foi um dos elementos essenciais para o desenvolvimento desse ambiente, possibilitando a criação de um ecossistema de extrema importância para a região. A mistura de Universidades, companhias e o “venture capital” (capital de risco), professores e alunos ligados a empresas e vice-versa, com empreendedores experientes investindo e treinando novos empreendedores, grandes empresas atraindo profissionais de alto nível que com o passar do tempo saem e criam suas próprias empresas, culminou no desenvolvimento de muitas tecnologias, fomentando o empreendedorismo e o espírito inovador. Microsoft, Apple, HP, AMD, Google, Intel, são exemplos de empresas com esse espírito do vale. Agora que entendemos um pouco como se deu o início e a inovação no empreendedorismo mundial, vamos a outro fator importante, a criação da internet. Chamada inicialmente de Arpanet e tinha como objetivo de promover uma comunicação segura e rápida entre os militares durante a Guerra Fria. 12 O desenvolvimento dessa tecnologia possibilitou um grande avanço nas startups, produtos ou serviços que antes demoravam anos e milhões de dólares para serem desenvolvidos, passaram a demandar menos investimento, com algumas centenas ou milhares de dólares e em poucos meses ou até dias ou horas é possível desenvolver um MPV (Minimum Viable Product ou Mínimo Produto Viável). Essa nova forma de coletar informações de maneira rápida, possibilitou aprimorar a habilidade de testar novas ideias, alcançar consumidores em potencial e desenvolver produtos que realmente atende as necessidades do usuário. É fato que, startups em sua grande maioria necessitam de investimento inicial de terceiros, com a possibilidade de desenvolver produtos com muito menos capital inicial, deu- se então o crescimento do CAPITAL VENTURE ou Capital de Risco (investimento em empresas em estágios iniciais, que possui diversas incertezas). Steve Blank, um famoso empreendedor do Vale, diz que a combinação de tecnologia, empreendedorismo e capital de risco fez surgir uma “era moderna de empreendedorismo”. 4.1 O QUE DIFERE AS STARTUPS DAS EMPRESAS TRADICIONAIS? Empresas tradicionais executam modelos de negócios, normalmente surgem pela necessidade, e normalmente tem um planejamento visando sua sobrevivência e retorno do capital investido. Startups criam modelos de negócios, são projetadas para ter crescimento rápido, e serem empresas de sucesso no futuro, normalmente surgem por oportunidades, haja vista que demandam maior escolaridade e conhecimento dos envolvidos. O fracasso é visto como parte do processo, e isso permite a esses empreendedores um ambiente de inovação constante, pois não ficam presos ao passado, e podem criar novos produtos ou serviços utilizando novas técnicas e formas de gestão própria. Essas empresas em estágios iniciais buscam validar um modelo de negócio próprio, crescimento rápido, repetitivo e escalável em condições de extrema incerteza. O Business Model Canvas, conhecido como Canvas (inicialmente proposto por Alexander Osterwalde), é uma ferramenta de planejamento estratégico que permite desenvolver e esboçar novos modelos de negócio ou até mesmo já existente, demonstrando como irá operar no mercado e gerar valor aos clientes antes mesmo da criação do plano de negócios. Esse modelo possibilita aos empreendedores mudarem de estratégias ao longo da jornada sem afetar o funcionamento da empresa.Técnica muito usada nas startups 13 conhecido pelo jargão empreendedor “pivotar” (O termo é derivado do inglês to pivot "mudar" ou "girar"). Uma startup deixa de ser chamada assim quando tem o seu modelo de negócios testado e aprovado. É reproduzível e escalável, tem capital próprio e é autossustentável. . 14 CONCLUSÃO Nesse trabalho abordamos o empreendedorismo digital, com enfoque na enfoque na geração Y e sua atuação no mercado junto com o desenvolvimento das start ups e concluímos que os respectivos temas possuem ligações íntimas, onde um se completa com o avanço do outro em um mesmo momento da história. O empreendedorismo digital surge em uma época de grande avanço tecnológico, criando novas formas e meios de se empreender. Criando um espaço para as novas gerações mostrarem seus potenciais e suas capacidades de compreensão e adaptação de novas tecnologias. Pode se usar como exemplo de empreendedorismo digital algumas start ups do Vale do Silício, que contratam jovens prodígios para auxiliar na criação de bases digitais de comercialização de produtos/serviço. 15 REFERÊNCIAS RIES, Eric. A Startup Enxuta – The Lean Starup. São Paulo: Ed. Leya LTDA, 2012. NAGER, NELSEN e NOOUYRIGAT, Marc, Clint e Franck. Startup Weekend – Como Levar uma Empresa do conceito à Criação em 54 Horas. Rio de Janeiro: Ed. Alta Books, 2012. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. 2. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier: Campus, 2005. OLIVEIRA, S., PICCININI, V.& BITENCOURT, B.; Juventudes, gerações e Trabalho: é Possível falar em geração Y no Brasil?, Revista Ideias em Debate O&S, V. 19, pp. 551- 556, 2012. NEGRÃO, H., PRADO, J., SALLES, M., JUNIOR, D., SANTO, G.; Geração Y: O que os Atrai nas organizações, Revista Gestão & Sociedade UNIABEU, V. 02, pp. 01-16, 2013. FERREIRA, Aurelio Buarque de Holanda. Míni Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 6. ed. rev. e atual. Curitiba: Posigraf, 2004 http://millennialbranding.com/2014/geny-genz-global-workplace-expectations-study/ Acesso: 14/05/16 às 19:18 http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/o-que-e-uma- startup,616913074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Acesso: 14/05/2016 às 19:26 http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/o-que-e-uma- startup,616913074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Acesso: 12/05/2016 às 15:06 https://endeavor.org.br/vale-do-silicio/. Acesso: 12/05/2016 às 14:02 http://www.estadao.com.br/blogs/jt-seu-bolso/2011/09/11/por-que-vale-do-silicio/. Acesso: 11/05/2016 às 12:00 https://endeavor.org.br/a-cultura-inovadora-do-vale-do-silicio/. Acesso: 11/05/2016 às 11:02 https://endeavor.org.br/10-maneiras-empreender/ Acesso: 10/05/2016 às 15:08 https://endeavor.org.br/mvp/ Acesso: 10/05/2016 às 16:06 16 http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/startup-entenda-o-que-e-modelo- de-negocios,5b3bb2a178c83410VgnVCM1000003b74010aRCRD Acesso: 09/05/2016 às 09:08 http://www.sebraepr.com.br/PortalSebrae/artigos/Canvas:-como-estruturar-seu- modelo-de-neg%C3%B3cio Acesso: 09/05/2016 às 10:16 http://www.guiaempreendedor.com/empresa-tradicional-ou-uma-startup-entenda-o- qual-e-o-modelo-de-negocios-ideal/ Acesso: 09/05/2016 às 11:09 http://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2013/08/quando-paramos-de-chamar- uma-empresa-de-startup.html Acesso: 08/05/2016 às 12:06
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