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CAPÍTULO 5 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: Avaliar o desenvolvimento do processo de aprendizagem do aluno com defi ciência mental. Desenvolver estratégias de planejamento e acompanhamento de alunos com defi ciência mental. Identifi car o potencial dos alunos com defi ciência mental e como aproveitá-los para a proposta de atendimento educacional especializado. 80 Defi ciência Mental 80 81 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL 81 Capítulo 5 CONTEXTUALIZAÇÃO Esse capítulo tem, como propósito, esclarecer abordagens de avaliação e intervenção no processo de aprendizagem do aluno com defi ciência mental. Amalgamado a isto, expor alguns aspectos psicológicos, educacionais e sociais, que possibilitam o desenvolvimento das habilidades desses alunos. Os objetivos principais desse capítulo são analisar a forma de avaliação e intervenção do aluno com defi ciência mental, no contexto de sala de aula comum e no atendimento educacional especializado, sob uma perspectiva inclusiva, e de que forma isto poderá contribuir para o processo de aprendizagem desse aluno. Esta proposta não privilegia um modelo clínico, mas um enfoque educacional. Pode ser realizada por educadores especialistas e dentro do próprio ambiente escolar. Com esse estudo, você poderá estabelecer de maneira mais efi ciente sua atuação, como educador, obtendo novos olhares, novas práticas e novas formas de lidar com o processo de ensino/ aprendizagem do aluno com defi ciência mental. AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL No que se refere à avaliação, acredita-se que, dependendo da proposta, ela auxilia o professor a refl etir sobre as condições de aprendizagem, permitindo o ajustamento de sua prática às necessidades expostas pelo aluno. Em contrapartida, na prática, frequentemente o aspecto avaliativo induz à rotulação. O professor evidencia as diferenças do aluno e acaba propiciando sua exclusão. Para evitar esse tipo de indulgência, valorizo a utilização de expressões positivas, expostas por meio de reforços orais (como sorrisos, palmas, palavras de incentivo com entonação variada), ou gráfi cos, até que o aluno amadureça sua capacidade intelectual. De acordo com o referencial curricular nacional (1998), a avaliação deve permitir que as crianças acompanhem suas conquistas, suas difi culdades e suas possibilidades ao longo de seu processo de aprendizagem. 82 Defi ciência Mental 82 Neste momento, estamos relembrando as concepções e os fundamentos sociais e interacionistas da teoria de Vygotsky, já estudada no capítulo 2. Esta visão de aprendizagem propõe que o processo da avaliação não esteja atrelado aos aspectos inatos da cognição do aluno, mas em abstrações concebidas no decorrer de sua vida social e escolar. Em contrapartida, com a proposta de Vygotsky ressaltam-se os princípios contrários, desmistifi cados pela teoria de Popper e Locke. Referem-se a duas teorias contrárias, pois a primeira evidencia o orgânico, sem levar em conta o social, a experiência. Enquanto a segunda leva em conta apenas a experiência. A meu ver, a aquisição do conhecimento não se baseia no aluno como uma “tábula- rasa”, nomeado por Popper de teoria do “balde vazio”. Desconsidero a visão empirista nesse processo, a qual segundo Locke (1632-1704) (apud BIANCHETTI; FREIRE, 1998, p. 37) diz: “Nada está no intelecto que antes não tenha estado nos sentidos”. Afi rma, pois, que todas as idéias do homem são provenientes da experiência. Como vocês podem perceber, Popper se coloca contra o método indutivo, que parte da experiência para chegar a conclusões universais. Ele acha que disfarçadamente no discurso, e escancaradamente em algumas práticas docentes, o “baldismo” subjaz. Ele está presente, por exem plo, quando se fala em “nível do aluno”, ou em “nível do conheci mento”, ou em outras expres sões menos diretas. Para esclarecer essa teoria, convém exemplifi car o processo de avaliação, abordado por este autor, segundo o qual seria como um processo de medida. A nota seria o indicador em uma vareta inserida no líquido (conteúdo da disciplina) contido no recipiente (aluno), enquanto os planejamentos serviriam para contabilizar o número de aulas, como se estivesse regulando a vazão da torneira que enche o balde; ou seja, o aluno se enchendo de conteúdo. Engajada na prática educativa da proposta sócio-interacionista, à qual me refi ro no texto, caro(a) pós-graduando(a), vemos que seria possível formar e transformar nossos alunos, tornando-os aptos a exercerem a cidadania e progredirem de seus conhecimentos para a sabedoria. A seguir, estudaremos algumas propostas de avaliação na Educação Inclusiva e no Atendimento Educacional Especializado. a) Avaliação do Atendimento Educacional Especializado A avaliação do atendimento educacional especializado tem por objetivo 83 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL 83 Capítulo 5 conhecer os pontos de partida e de chegada do aluno no processo de conhecimento. Os relatórios de avaliação não podem ser meras descrições do comportamento do aluno. Eles devem estar voltados aos objetivos pedagógicos propostos pelo professor. Além da avaliação, seria primordial reservar um tempo para socializar os conhecimentos aprendidos por esse aluno, tanto com os pais, quanto com os professores e os outros profi ssionais que atuam diretamente com ele. Convém evidenciar também que a avaliação faz parte do processo de ensino e de aprendizagem do aluno; desta forma, deve acontecer continuamente, ou seja, antes, durante e depois dos atendimentos realizados. b) Avaliação na Educação Inclusiva Já a proposta de avaliação na educação inclusiva visa o conhecimento dos avanços do aluno na compreensão dos conteúdos curriculares. Isso é importante para que, ao iniciar o ano letivo, possamos analisar o que o aluno aprendeu no ano anterior e o que ele já conhece até então. Além de tudo, vale ressaltar novamente que não se pode categorizar o desempenho escolar desses alunos, por meio de instrumentos e medidas estabelecidas pela escola ou por quem estiver envolvido com ele no processo de ensino/aprendizagem. Sugere-se que, dentre as maneiras de se avaliar a aprendizagem, o professor elimine a utilização de notas, adotando uma proposta qualitativa de avaliação. Além disso, o que pode facilitar esse processo é a adoção, por parte do professor, de uma postura mais passiva e menos burocrática em relação ao aluno e seu aprendizado. Na avaliação da escola inclusiva, os alunos com defi ciência mental devem ser avaliados pelos progressos que alcançaram nas diversas áreas do conhecimento, evidenciando suas potencialidades, suas conquistas e habilidades em relação à aprendizagem. Outro objetivo desse processo avaliativo é assegurar ao aluno tempo, espaço e condições favoráveis de aprendizagem, garantindo-lhe, de acordo com seus talentos, a execução minuciosa das atividades, com os necessários ajustes e mediações por parte do professor e do grupo. Ademais, o aluno aprende até o limite que for possível alcançar, isso se o professor considerar, além dos aspectos enunciados anteriormente, as 84 Defi ciência Mental 84 possibilidades de desenvolvimento durante todo o processo. Para isso, seria interessante propor ao aluno atividades abertas, baseadas no seu interesse, sem modelos pré-estabelecidos por outros. Na abordagem da avaliação inclusiva, o conteúdo curricular não deixa de ser importante; contudo, o que pretendo alertar são as propostaspedagógicas que abordam a aprendizagem de forma pré-estabelecida, por meio exclusivo, de níveis de aquisição para leitura, escrita, fala, entre outros. No processo inclusivo, o ambiente social e afetivo, no qual o aluno está inserido, deve ser levado em consideração, principalmente, nos casos em que existirem fatores paralelos à defi ciência, como: desnutrição, abuso, violência e negligência familiar, abandono, pais com defi ciência mental ou problemas psíquicos, casos de isolamento social, entre outros. Sendo observada a interferência de fatores externos, que estejam infl uenciando o desenvolvimento cognitivo ou social do aluno, propõe- se encaminhá-lo para receber acompanhamento de outros especialistas. Nos casos em que a família se nega a comparecer à escola ou a qualquer atendimento recomendado, depois de abordagens diversifi cadas, sugere-se o respaldo do Conselho Tutelar. Neste sentido, caro(a) pós-graduando(a), ressalto a importância de registros escritos, não apenas dos aspectos de aprendizagem, mas também das alterações de comportamento, humor e dos aspectos físicos e psicológicos do aluno com defi ciência mental, bem como do seu responsável ou da família. A participação e cooperação da família, tanto no Atendimento Educacional Especializado, quanto na escola comum, são fundamentais para atingirmos nossos objetivos, engajados em contribuir para o desenvolvimento global e de aprendizagem do aluno. A orientação aos pais contribui, tanto no comportamento domiciliar quanto no contexto escolar. Por meio dela podemos salientar os pontos positivos e negativos dessa relação familiar para o processo de desenvolvimento do aluno. PROPOSTAS E ESTRATÉGIAS PARA A ESCOLA INCLUSIVA E PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO 85 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL 85 Capítulo 5 Para criarmos um ambiente de linguagem, para alunos com grave comprometimento de fala, é preciso modifi car nossos pensamentos e atitudes, mudando algumas ideias a respeito do ensino da linguagem e buscando compreender o papel de outros recursos de comunicação. Diante disso, acredita-se num ambiente estimulador para o aluno com defi ciência, em que todas as estratégias de comunicação, inclusive a linguagem, sejam favoráveis para a criação de um espaço rico em expressões, a fi m de que a criatividade e a liberdade nas ações sejam valorizadas e autônomas. Linguagem não é algo que se treina, a comunicação do aluno deve ocorrer o tempo todo, o que só acontece se o ambiente for favorável, agradável e variável, para possibilitar tal processo. Deve-se levar em conta, principalmente, o interesse do aluno, para que ele possa passar da situação de comunicador passivo, para a situação de agente de comunicação. Os alunos com grave comprometimento de comunicação oral podem necessitar de Programas de Comunicação Aumentativa e Alternativa, para minimizar as difi culdades da fala, bem como da escrita. Para melhor compreensão da Comunicação Alternativa, sugere-se pesquisar em: www.assistiva.com.br, no texto: Introdução à tecnologia assistiva. A comunicação é aumentativa quando o sujeito utiliza outro meio de comunicação, para complementar ou compensar defi ciências que a fala apresenta, mas sem substituí-la totalmente. A comunicação é alternativa quando utiliza outro meio para se comunicar, ao invés da fala, devido à impossibilidade de articular ou produzir sons adequadamente (TETZCHNER; MARTINSEN apud SCHIRMER et. al, 2007). Devem ser oferecidas oportunidades, envolvendo ações, de cujo planejamento o próprio aluno participe ativamente, bem como de sua execução. Além disso, é primordial trabalhar a capacidade de abstração, não apenas para desenvolver a memória, atenção, como também noções de espaço e de tempo e raciocínio lógico. Esse trabalho visa desenvolver a ação do aluno sobre os objetos do conhecimento, para daí abstrair a construção mental. Para elaborar um plano de trabalho para o atendimento educacional especializado, não é tão importante que o professor saiba o que o aluno não é capaz de realizar, mas o que ele já conhece a respeito de um determinado tema. 86 Defi ciência Mental 86 O aluno com defi ciência mental, como qualquer outro aluno, precisa desenvolver a sua criatividade, além de sua capacidade de conhecer o mundo e a si mesmo. Nesse sentido, não podemos generalizar a capacidade mental dos alunos, pois por maior que seja seu comprometimento, ele sempre será capaz de aprender e de expor algum conhecimento. Uma atividade muito utilizada pelos professores que trabalham com esses alunos, é a produção de bolinhas de papel e colagem das mesmas sobre uma fi gura qualquer. Ao rever os objetivos desta atividade, podemos ampliá-los de forma que ela promova o desenvolvimento não apenas da coordenação motora fi na, de forma repetitiva e estereotipada, realizada sem nenhum sentido para o aluno. Para reforçar esta situação, Gomes et all. (2007, p. 21) afi rma que a repetição de uma ação sobre um objeto, sem que o sujeito lhe atribua um signifi cado próprio, é vazia, sem nenhuma repercussão intelectual, e estéril, pois nada produz de novo e apenas coloca as pessoas com defi ciência mental em uma posição inferior, enfraquecida e debilitada diante do conhecimento. Em contrapartida, pode-se utilizar a mesma atividade para explorar a inteligência do aluno, se esta fi zer parte de um projeto ou for uma escolha dele, para preencher, por exemplo, o corpo de um animal, sendo parte de um projeto que também foi opção do aluno desenvolver. Para um retorno fi dedigno do processo de aprendizagem do aluno, cabe observar suas ações em relação ao meio: como ele age para fazer o que é solicitado, como ele brinca e divide seu espaço e suas idéias, individualmente, com o adulto e com os colegas, e como ele faz para resolver os problemas que atravessam seu caminho, na sala de aula. É preciso observar também como ele utiliza a criatividade e a compreensão nessas propostas e como ele interpreta o que é sugerido pelo professor. Outro aspecto importante a ser observado são as estratégias de memória, de imagem mental e categorização, que são trabalhadas no decorrer do atendimento com esses alunos. Em relação à linguagem, é importante observar, mesmo quando há ausência de fala, a intenção comunicativa, que pode ser observada através de expressões faciais e corporais, movimentos oculares, sorrisos, choros, balbucios, gestos indicativos e utilização de artifícios do meio para se fazer entender. 87 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL 87 Capítulo 5 Deve-se levar em consideração que o aluno com defi ciência mental não se desenvolve ou aprende espontaneamente, como os demais alunos. É preciso interagir durante qualquer atividade ou observação, para conseguirmos obter algum retorno positivo nesse sentido. Para facilitar a manifestação do aluno é indispensável a elaboração de estratégias efi cientes de comunicação e, ao mesmo tempo, de instrução. O ideal é termos o suporte tecnológico para auxiliar nesse processo; porém, é possível intervir por intermédio da fala, de objetos, fi guras, entre outros. Dentro da proposta de acompanhamento para atender as necessidades específi cas do aluno com defi ciência mental, sugere-se, ainda, valorizar a comunicação no sentido da signifi cação da linguagem e da expressão oral. Assim, pode ser possível trabalhar a autonomia intelectual do aluno, no contexto escolar e fora dele. É igualmente imperioso o papel do professor educacional especializado, quando atua de formacolaborativa com o professor da sala de aula comum. Nesse sentido, ambos podem defi nir estratégias pedagógicas e disponibilizar recursos favoráveis ao acesso do aluno com defi ciência mental às atividades e ao espaço físico da escola. Cabe ressaltar que as propostas devem valorizar e considerar a realidade de vida do aluno, bem como seu contexto social, suas experiências e saberes adquiridos anteriormente. As estratégias de estimulação devem visar o estímulo global do aluno. Podem ser trabalhadas questões de higiene e cuidados pessoais, atividades de estimulação e percepção auditiva, visual, tátil, olfativa e gustativa. Também atividades de orientação espacial, espaço-temporal, opostos, semelhantes, coordenação motora fi na e ampla, conceitos, seqüência lógica, brincadeiras, psicomotricidade, exercícios de estimulação dos órgãos fonoarticulatórios (responsáveis pela fala), memória visual e auditiva e estratégias referentes à leitura, à escrita e à fala. Atividade de Estudo: Diante das atividades sugeridas a seguir: decorar as famílias silábicas; responder copiando do livro; dividir, multiplicar ou somar, a partir de diferentes operações envolvendo a mesma situação aritmética; repetir o mesmo modelo de cabeçalho por várias vezes no dia; memorização pura; pinturas de desenhos com modelos e cores pré-defi nidos pela professora, exponha sua opinião crítica a respeito da prática e avaliação educacional. 88 Defi ciência Mental 88 ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ALGUMAS CONSIDERAÇÕES No desenvolvimento dos estudos explicitados nesse caderno, apresentei diferentes movimentos em relação à prática referente à educação na atualidade. Percebe-se que, sob diversos aspectos, essa prática vem se transformando e quebrando alguns paradigmas existentes no processo de ensino-aprendizagem do aluno com defi ciência mental. Através de estudos e refl exões aqui fundamentados, percebemos que muitos esforços vêm sendo realizados para a evolução do sistema de avaliação e intervenção desses alunos. As transformações abrangem, desde as metodologias que vêm sendo utilizadas, até o sistema avaliativo, no processo inclusivo. Penso que a concretização da transformação se inicia e segue do micro para o macro, a do conhecimento, por exemplo, partindo das partes para o todo. Comentando essa questão, Macedo (2002), aponta a ideia de inclusão como sendo parte e todo ao mesmo tempo. Ele pontua de forma brilhante seu pensamento quando diz: Enquanto todo sou eu, com minhas singularidades, características, tamanho, cheiro, com meus olhos ou sem meus olhos, com minha inteligência desenvolvida ou não, com minhas pernas ou sem as minhas pernas. Sou eu naquilo que sou na minha identidade enquanto todo. Ao mesmo tempo, eu sou sempre parte. Assim como o movimento inclusivo exige mudanças estruturais para as escolas comuns, ele também propõe modifi cações para o atendimento clínico. Sem querer invadir o espaço destinado à clínica e seus especialistas, seria primordial que eles acompanhassem a evolução do atendimento educacional 89 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL 89 Capítulo 5 especializado dos alunos com defi ciência mental. No entanto, o que vem se percebendo na intervenção desses profi ssionais, é o contrário do que vem se aplicando nos princípios da inclusão. Em síntese, para o sucesso do desenvolvimento no processo de aprendizagem desses alunos, o atendimento clínico é essencial, mas este atendimento não pode, de maneira alguma, se sobrepor ao atendimento educacional especializado e à escola comum. É imprescindível o trabalho transdisciplinar para decidir sobre as estratégias de aprendizagem do aluno com defi ciência mental. Entre os especialistas para o serviço de apoio especializado estão Neurologistas, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos, Fonoaudiólogos, Fisioterapeutas, Assistentes Sociais, Psicopedagogos. Esses profi ssionais podem auxiliar o professor na busca de caminhos que possibilitem a facilitação do processo de aprendizagem destes alunos. Todavia, a falta desse atendimento diferenciado não pode ser apontada como um difi cultador ao processo de inclusão. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BIANCHETTI, Lucídio; FREIRE, Ida Mara. Um olhar sobre a diferença: interação, trabalho e cidadania . Campinas, São Paulo: Papirus, 1998. BRASIL. MEC. Referencial curricular Nacional para a Educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. GODÓI, Ana Maria. Educação Infantil: saberes e práticas da inclusão: difi culdades acentuadas de aprendizagem: defi ciência múltipla. Brasília: MEC/ SEESP- AACD, 2006. MACEDO, Lino. Fundamento para uma educação inclusiva. Seção Educação inclusiva, Portal Educação Online, 2002. Disponível em: www. educacaoonline.pro.br/art_fundamentos_para_educação_inclusiva.asp SCHIRMER, Carolina, et al. Atendimento Educacional Especializado: Defi ciência física. São Paulo, MEC/SEESP: 2007. 90 Defi ciência Mental 90