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Citopatologia
Prof. Kamila Cerbaro Cezario
Biomédica/Citopatologista
Revisando...
O colo uterino é representado pela ectocérvice e pela endocérvice.
A ectocérvice é revestida por epitélio escamoso estratificado não
queratinizado e a endocérvice, pelo epitélio colunar simples
mucossecretor.
O ponto de ligação entre os dois tipos de epitélio é chamado junção
escamocolunar (JEC). A vagina é revestida por epitélio escamoso
estratificado não queratinizado, similar àquele da ectocérvice.
Histologia da ectocérvice
• A vagina e o colo do útero (ectocérvice) são revestidos pelo epitélio
escamoso estratificado não queratinizado. Este epitélio, quando maduro
(durante a fase reprodutiva da mulher), é representado por quatro diferentes
camadas:
Camada Basal e Parabasal (mais profunda)
• É constituída por células cuboidais pequenas, arredondadas, com elevada
relação nucleo-citoplasma (camada basal). Esta é recoberta por várias
camadas de células arredondadas maiores, basofílicas (camada parabasal).
Estas duas camadas 
também são chamas de 
CAMADA 
PROFUNDA 
(Células Profundas)
• Células basais: Essas células são excepcionalmente vistas nos esfregaços
cervicovaginais de mulheres com atrofia acentuada na pós-menopausa ou
quando há ulceração da mucosa.
• As células basais correspondem às menores células epiteliais,
aproximadamente o tamanho de um leucócito. A sua forma é redonda ou
oval, com citoplasma escasso, corado intensamente em azul ou verde.
• Células parabasais: Essas células são raras nos esfregaços de mulheres na
fase reprodutiva, podendo ocorrer em distúrbios hormonais e em casos de
erosão ou ulceração da mucosa. Por outro lado, predominam em situações
de deficiência estrogênica (epitélio atrófico), como na infância,
lactação e menopausa. As células parabasais com 15-20 micrômetros são
bem maiores que as células basais, arredondadas ou ovaladas, com citoplasma
denso, cianofílico (corado em azul ou verde), relativamente escasso.
Camada Intermediária
• São as células mais comuns nos esfregaços cervicovaginais no período pós-
ovulatório do ciclo menstrual, durante a gravidez e no início da menopausa.
• O seu predomínio é relacionado à ação da progesterona ou aos hormônios
adenocorticais. O citoplasma é abundante, transparente, poligonal e cianofílico,
com uma coloração menos intensa do que aquela observada nas células parabasais.
• As células intermediárias mostram tendência a pregueamento das bordas
citoplasmáticas. Os núcleos dessas células são vesiculares, medindo cerca de 10 a 12
micrômetros, redondos ou ovais, com membrana cromatínica ou borda nuclear
claramente visível e cromatina finamente granular regularmente distribuída com
cromocentros.
Camada Intermediária
• As células naviculares representam uma variante das células intermediárias.
Elas são elipsoides, com bordas citoplasmáticas espessadas e ricas em
glicogênio, que se cora habitualmente em castanho. Os núcleos são
excêntricos. As células naviculares são comuns na gravidez e podem
aparecer em outras condições onde há acentuado estímulo progestacional.
Citoplasma rico em 
glicogênio “empurra” o 
núcleo para a extremidade.
Camada Superficial
• Correspondem às células mais comuns em esfregaços cervicovaginais no período
ovulatório do ciclo menstrual, após terapêutica estrogênica e nas pacientes com
tumor ovariano funcionante (produtor de estrógeno). O tamanho dessas células
varia de 40 a 60 micrômetros, são poligonais, o citoplasma é transparente,
eosinofílico, e apresentam núcleo picnótico.
• O núcleo picnótico é caracterizado pela condensação da cromatina que se torna
escura. O diâmetro nuclear raramente excede 5 micrômetros. Desde que a completa
maturação do epitélio ocorre como resultado da atuação dos estrógenos, a picnose
nuclear em células maduras superficiais representa a evidência morfológica da
atividade estrogênica.
Camada Superficial
• A propriedade do citoplasma corar em rosa é relacionada a sua afinidade química
com a eosina, um corante ácido utilizado na técnica de Papanicolaou. Contudo, a
coloração eosinofílica não é específica, e o citoplasma pode assumir as cores azul ou
verde. No citoplasma das células superficiais podem ser vistos grânulos pequenos
(grânulos querato-hialinos) escuros, considerados precursores de queratina, que
contudo não é produzida em condições normais.
• Para diferenciar uma célula intermediária de uma superficial é fundamental
a análise da estrutura nuclear. Enquanto o núcleo da célula intermediária é
vesicular com cromatina delicada uniformemente distribuída e cromocentros
(condensações de cromatina), o núcleo da célula superficial é picnótico, ou
seja, com cromatina condensada, sem evidência de granulação.
Célula Superficial
Célula 
Intermediária
Grânulos Querato-
Hialinos
Que células são essas?
1 – Células profundas
2 – Células intermediárias
3 – Células Superficiais
4 - Escamas
Que células são essas?
• a; b - Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células escamosas parabasais.
Observar o formato arredondado das células na figura a. Na figura b as células
parabasais são agrupadas em arranjo pseudossincial.
• c - Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células escamosas intermediárias.
São células poligonais, maiores que as células parabasais, e os núcleos são centrais,
vesiculares.
• d - Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células escamosas intermediárias,
do tipo navicular. Observar o citoplasma corado em castanho devido ao acúmulo de
glicogênio, as bordas citoplasmáticas espessas e os núcleos rechaçados para a
periferia.
• e - Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células superficiais. Observar a
sua forma poligonal, o citoplasma eosinofílico e os núcleos picnóticos.
• f - Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células escamosas superficiais às
vezes com grânulos querato-hialinos (setas).
Mucosa ENDOCERVICAL
• A endocérvice e as glândulas endocervicais são revestidas por epitélio
colunar simples, mucossecretante, com núcleos localizados na região
basal. Podem ser encontradas raras células colunares ciliadas.
• Nos esfregaços, as células glandulares endocervicais podem ser observadas
em agrupamentos monoestratificados ou também chamado de “FAVO
DE MEL” (quando vistas de frente) ou representando arranjos em
paliçada ou tira quando vistas lateralmente.
• O citoplasma é delicado, semitransparente, cianofílico corando fracamente,
finamente vacuolizado ou mais raramente apresentando vacúolo único,
evidenciando-se às vezes finos grânulos acidófilos.
• Na segunda fase do ciclo menstrual (fase progestacional), o citoplasma pode se
tornar distendido, globoso, pelo acúmulo de muco.
• Quando as células são ciliadas, o que acontece raramente, elas exibem citoplasma
corado mais intensamente.
• O núcleo é localizado na região basal, redondo ou oval, com discreta
variação do tamanho, cromatina finamente granular com cromocentros ou
nucléolo. Devido à fragilidade do citoplasma das células endocervicais, às vezes
ocorre a sua ruptura no momento da confecção dos esfregaços com o aparecimento
de núcleos desnudos com alterações degenerativas, imersos em muco.
ARRANJO 
EM FAVO 
DE MEL
Células em paliçada
Células Metaplásicas 
(Junção Escamo-colunar - JEC)
• O ponto de ligação 
entre o epitélio 
glandular 
endocervical e o 
epitélio escamoso 
da ectocérvice é 
chamado junção 
escamocolunar 
(JEC).
Mecanismo de desenvolvimento da Metaplasia
• Durante a puberdade e na primeira gravidez, o colo aumenta de volume em
resposta a alterações hormonais. Nessa ocasião há eversão (ectopia) do
epitélio endocervical, que fica então exposto ao pH ácido da vagina. Essa
alteraçãodo pH representa o estímulo para o processo de metaplasia
escamosa, um fenômeno adaptativo do epitélio colunar. Na metaplasia do
colo, há a transformação do epitélio colunar endocervical em epitélio
escamoso estratificado não queratinizado.
A Ectopia é a “saída” da
endocérvice para fora do canal,
estando exposta a agentes e ao
pH. Nosso organismo irá
trabalhar para transformar essas
células “frágeis” (glandulares) em
células mais resistentes
(escamosas), formando as células
metaplásicas.
• Histologicamente são reconhecidos três estágios do processo de metaplasia
escamosa:
• 1) Aparecimento de uma e depois várias camadas de células muito imaturas,
as células de reserva (hiperplasia das células de reserva), que se situam abaixo
das células glandulares endocervicais (metaplasia escamosa imatura).
• 2) O epitélio colunar ainda pode persistir por algum tempo. Depois desse
estágio há uma perda das células colunares e o epitélio se torna mais
diferenciado (metaplasia escamosa madura).
• 3) Posteriormente o epitélio torna-se praticamente indistinguível do epitélio
escamoso original.
Significado Clínico da Metaplasia
• A área do colo (previamente representada pelo epitélio colunar) onde
ocorreu a alteração metaplásica é chamada zona de transformação (ZT).
• Numerosos estudos mostram que as células metaplásicas imaturas dessa
região são mais suscetíveis à ação de agentes carcinogênicos,
especialmente o papiloma vírus humano (HPV). É exatamente nessa
região onde se desenvolvem a grande maioria das lesões pré-cancerosas e o
carcinoma escamoso do colo (DEVIDO À MAIOR ATIVIDADE DESTAS
CÉLULAS)
Metaplasia Escamosa Imatura
• As células metaplásicas escamosas imaturas são do tamanho aproximado
das células parabasais e são redondas a ovais, com discreto aumento da
relação nucleocitoplasmática devido à relativa imaturidade celular. Elas
apresentam citoplasma delicado ou denso, às vezes com vacúolos. Os
núcleos são um pouco maiores que aqueles das células intermediárias,
redondos ou ovais, paracentrais ou centrais, com cromatina finamente
granular regularmente distribuída e às vezes nucléolo. Essas células se
dispõem frequentemente em agrupamentos frouxos, lembrando um
calçamento de pedras.
Células endocervicais vistas lateralmente com a 
sua forma colunar típica e agrupadas em 
monocamada. Há células metaplásicas 
escamosas exibindo prolongamentos 
citoplasmáticos (seta). 
Agrupamento frouxo lembrando uma “calçada 
de pedras” de células metaplásicas escamosas. 
Há frequentes prolongamentos citoplasmáticos 
e discreto aumento nuclear. Alguns núcleos 
exibem alterações degenerativas sob a forma 
de cariorrexe (setas).
METAPLASIA IMATURA METAPLASIA MADURA
• As células metaplásicas maduras são do tamanho aproximado das células
intermediárias, porém as primeiras apresentam citoplasma levemente mais
denso e bordas citoplasmáticas mais arredondadas. As células
metaplásicas maduras também podem se distribuir em conjuntos frouxos. Às
vezes as células metaplásicas tanto imaturas como maduras revelam
prolongamentos citoplasmáticos assumindo um aspecto estrelado. Outra
característica é a presença de uma coloração dupla citoplasmática sob a
aparência de um citoplasma dividido em duas zonas, uma mais externa densa
(ectoplasma) e uma mais interna perinuclear, relativamente pálida.
Metaplasia Escamosa Madura
As células mostram citoplasma 
com duas áreas distintas, o 
ectoplasma mais denso e o 
endoplasma mais pálido com 
vacuolização
Células não-epiteliais
• Hemácias
• Leucócitos
Células não-epiteliais
• Histiócitos
Os histiócitos são geralmente redondos ou ovais,
mas podem ser alongados, poligonais, fusiformes
ou triangulares. Exibem citoplasma escasso ou
abundante, semitransparente, espumoso, podendo
conter múltiplos vacúolos. As bordas
citoplasmáticas são geralmente indistintas e
delicadas.
Os histiócitos mononucleados e multinucleados
podem se associar a menopausa, radioterapia,
corpos estranhos, processos inflamatórios e às
vezes não são relacionados a nenhuma causa
aparente.
Células não-epiteliais
Alterações fisiológicas de natureza hormonal 
sobre o epitélio
Ciclo ovariano. 
Observar as alterações cíclicas sob a
influência do estrógeno (fase
proliferativa) e da progesterona (fase
secretória, ou luteínica). O pico
máximo das taxas de estrógeno
ocorre na ovulação. Com o
desenvolvimento do corpo-lúteo há
a produção crescente de
progesterona.
• 1º ao 6º dia - Deve ser lembrado que o 1º dia do ciclo menstrual
corresponde ao 1º dia do sangramento menstrual. Nesse período o esfregaço
é dominado pelas células escamosas intermediárias. É comum o encontro de
células endometriais, tanto glandulares como estromais. O fundo contém
hemácias, bactérias e leucócitos.
• 6º ao 14º dia - Há a substituição progressiva das células intermediárias por
células superficiais sob a ação do estrógeno em ascensão. Essas células
superficiais se apresentam isoladas ou agrupadas frouxamente. O esfregaço é
limpo, com poucos leucócitos e bactérias.
Alterações fisiológicas de natureza hormonal 
sobre o epitélio
• 14º ao 24º dia - Nesta fase, com a produção da progesterona em níveis crescentes, o
esfregaço mostra um predomínio de células escamosas intermediárias, que tendem a
apresentar pregueamento citoplasmático e se agrupam em conjuntos compactos.
Podem aparecer células naviculares, que representam uma variante das células
intermediárias. Há geralmente numerosas bactérias (lactobacilos). A ação dos
lactobacilos sobre as células intermediárias resulta na sua degradação (citólise), com
o aparecimento de numerosos núcleos desnudos e restos citoplasmáticos.
• 24º ao 28º dia - Há ainda o predomínio de células intermediárias, e as células
naviculares são mais comuns. Nesta fase, há características similares àquelas
descritas no item anterior. Porém o pregueamento das bordas citoplasmáticas é mais
acentuado, e os agrupamentos celulares são mais compactos e frequentes.
Alterações fisiológicas de natureza hormonal 
sobre o epitélio
Alterações fisiológicas de natureza hormonal 
sobre o epitélio
ATROFIA
• Em determinadas fases da vida da mulher não há produção de estrógenos, e
consequentemente o esfregaço é representado pelo predomínio de células
escamosas parabasais.
• Infância, pós-parto imediato, lactação e pós-menopausa. Outras condições
associadas a esfregaços atróficos são a castração cirúrgica (remoção dos
ovários), radio e/ou quimioterapia.
Agrupamento 
Pseudossincial
Bolas azuis
Citopatologia
Prof. Kamila Cerbaro Cezario
Biomédica/Citopatologista

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