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Aula-de-Prisão-Flagrante-e-Liberdade-Provisória

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
CFO 2017
Prisão (Flagrante, Preventiva e 
Temporária) e Liberdade Provisória 
Professor Luiz Otávio
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1) CONCEITO DE PRISÃO:
Prisão deve ser compreendida como a privação da 
liberdade de locomoção, com recolhimento da pessoa 
humana ao cárcere, seja em virtude de flagrante 
delito, ordem escrita e fundamentada da autoridade 
judiciária competente, seja em face de transgressão 
militar ou por força de crime propriamente militar, 
definido em lei (art. 5°, LXI da CR/88).
Segundo Eugênio Pacelli de Oliveira, “rompendo 
com a tradição histórica nacional, hodiernamente, a 
prisão em flagrante deve ser entendida como uma 
ordem excepcional de segregação social imposta a 
determinado agente com a consequente privação de 
sua liberdade, sendo esta, de caráter efêmero ou 
mesmo permanente”
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Para Mirabete, “a prisão, em sentido jurídico, é a 
privação da liberdade de locomoção, ou seja, do 
direito de ir e vir, por motivo ilícito ou por ordem 
legal. Entretanto, o termo tem significados vários 
no direito pátrio, pois pode significar a pena 
privativa de liberdade (prisão simples para o autor 
de contravenções; prisão para crimes militares, 
além de sinônimo de reclusão e detenção), o ato 
da captura (prisão em flagrante ou cumprimento 
de mandado) e a custódia (recolhimento de 
pessoa ao cárcere). Assim, embora seja tradição 
no direito objetivo, o uso da palavra em todos 
esses sentidos, nada impede se utilize os termos 
captura e custódia, com os significados 
mencionados em substituição ao termo prisão.
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2) ESPÉCIES DE PRISÃO:
- PRISÃO-PENA ou PENAL: é aquela imposta em 
virtude de sentença condenatória transitada em 
julgado. Trata-se de medida penal destinada à 
satisfação da pretensão punitiva do Estado em 
resposta ao delito ocorrido (art. 283, caput, CPP).
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em 
flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada 
da autoridade judiciária competente, em decorrência 
de sentença condenatória transitada em julgado ou, 
no curso da investigação ou do processo, em virtude 
de prisão temporária ou prisão preventiva.(Redação 
dada pela Lei n. 12.403, de 04 mai. 11)
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- PRISÃO PROVISÓRIA, CAUTELAR, 
PROCESSUAL OU SEM PENA (art. 220 do CPPM): 
Ocorre no decorrer da Persecução Penal (leia-se 
durante o inquérito ou no curso do processo) e destina 
a assegurar o bom desempenho da investigação ou do 
processo penal. Compreende as seguintes 
subespécies: (1) prisão em flagrante; (2) prisão 
preventiva; (3) prisão temporária (art. 283, caput, CPP)
- PRISÃO EXTRAPENAL: Se dividem em prisão civil 
(imposta na hipótese de devedor inescusável de 
alimentos, única autorizada pela CF/88, art. 5°, LXVII e 
SV 25, “é ilícita a prisão civil de depositário infiel, 
qualquer que seja a modalidade do depósito” e a 
prisão militar (permitida pela CF/88 para o caso de 
transgressões militares e crimes propriamente 
militares (art. 5°, LXI).
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No Direito Penal Militar temos ainda a figura da 
MENAGEM, prevista nos artigos 263 a 269 do 
Código de Processo Penal Militar. Trata-se de um 
instituto que se assemelha à prisão provisória e a 
liberdade provisória. Ocorre fora do cárcere, não 
tendo correspondente no CPP.
Constitui uma faculdade do juiz auditor a sua 
concessão, desde que preenchidos determinados 
pressupostos legais, tais como: a) que a pena 
privativa de liberdade cominada ao crime não 
exceda a quatro anos; b) em atenção a natureza 
do crime; e c) bons antecedentes do acusado.
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3) CUMPRIMENTO DE MANDADO DE PRISÃO 
MANDADO DE PRISÃO – instrumento que materializa a 
ordem de prisão escrita e fundamentada da autoridade 
judiciária competente (art. 5º, LXI, CF/88, art. 285, CPP). 
Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato 
registro do mandado de prisão em banco de dados 
mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para 
essa finalidade. (O mandado de prisão registrado no 
sistema do CNJ passa a ter executoriedade em todo 
território nacional). 
§ 1o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão 
determinada no mandado de prisão registrado no CNJ, 
ainda que fora da competência territorial do juiz que o 
expediu. 
§ 2o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão 
decretada, ainda que sem registro no CNJ, adotando as 
precauções necessárias para averiguar a autenticidade do 
mandado e comunicando ao juiz que a decretou, devendo 
este providenciar, em seguida, o registro do mandado na 
forma do caput deste artigo. 
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4) DA PRISÃO EM FLAGRANTE 
- Arts. 301 a 310 do CPP e 243 a 253 do CPPM. 
4.1 CONCEITO:
A expressão Flagrante deriva do latim flagrare 
(queimar), que, no léxico, significa acalorado, notório, 
visível, evidente. Em linguagem jurídica, flagrante 
seria uma característica do delito, é a infração que 
está “queimando”, ou seja, que está sendo cometida 
ou acabou de sê-lo, autorizando a prisão do agente 
mesmo sem autorização judicial em virtude da certeza 
visual do crime (art. 301, CPP e 243, CPPM). 
A prisão em flagrante é aquela que resulta no 
momento e no local do crime. É uma medida restritiva 
de liberdade de locomoção, de natureza cautelar e 
caráter eminentemente administrativo, que não exige 
ordem escrita do juiz, porque o fato ocorre de forma 
inesperada (art. 5°, LXI, da CR/88). 
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FUNÇÕES DA PRISÃO EM FLAGRANTE
1 – evitar a fuga do infrator;
2 – auxiliar na colheita de elementos informativos;
3 – impedir a consumação ou o exaurimento do 
delito, no caso em que a infração está sendo 
praticada;
4 – preservar a integridade física do preso, diante 
de possível comoção social.
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4.2 ESPÉCIES DE FLAGRANTE LEGAIS
Há no art. 302 do CPP uma relação decrescente 
de imediatidade. Tem início com o fogo ardendo 
(está cometendo a infração penal – inc. I), passa 
para uma diminuição da chama (acaba de cometê-
la – inc. II), depois para uma perseguição 
direcionada pela fumaça deixada pela infração 
penal (inc. III) e, por último, termina com o 
encontro das cinzas ocasionadas pela infração 
penal (é encontrado logo depois – inc. IV). 
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4.2.1 Flagrante Próprio, Real, Perfeito ou 
Propriamente dito (art. 302, I e II, do CPP) 
agente é surpreendido cometendo a infração 
penal ou quando “acaba de cometê-la”. A prisão 
deve ocorrer de imediato, sem qualquer intervalo 
de tempo.
OBS: A análise que se faz, no momento da 
captura do agente, restringe-se à análise formal.
 
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4.2.2 Flagrante Impróprio, Quase Flagrante, 
Imperfeito (art. 302, III, do CPP) – o agente é 
perseguido, “logo após” a infração, em situação que o 
faça presumir ser o autor do fato. Não existe um limite 
temporal para o encerramento da perseguição (há 
necessidade de ser contínua e ininterrupta), que 
poderá ser realizada por qualquer pessoa do povo e 
deve ser iniciada logo após o cometimento do fato, 
ainda que o perseguidor não o tenha efetivamente 
presenciado a prática do fato delituoso. 
4.2.3 Flagrante Presumido, Ficto ou Assimilado 
(art. 302, IV, do CPP) – o agente é preso 
(encontrado), “logo depois” de cometer a infração,com instrumentos, armas, objetos ou papéis que 
presumam ser ele o autor da infração. Note que essa 
espécie não exige perseguição. 
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4.2.4 FLAGRANTE COMPULSÓRIO OU 
FACULTATIVO
Art. 301 do CPP – Qualquer do povo poderá 
(Flagrante Facultativo) e as autoridades policiais e 
seus agentes deverão (Flagrante Compulsório) 
prender quem quer que seja encontrado em 
flagrante delito.
Art. 243 do CPPM – Qualquer pessoa poderá 
(Flagrante facultativo) e os militares deverão 
(Flagrante Compulsório) prender quem for 
insubmisso ou desertor, ou seja encontrado em 
flagrante delito.
 
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4.3 FLAGRANTES DECORRENTES DE 
CONSTRUÇÕES DOUTRINÁRIAS
4.3.1 FLAGRANTE ESPERADO 
Nessa espécie de flagrante, não há qualquer 
atividade de induzimento, instigação ou 
provocação. Valendo-se de investigação anterior, 
sem a utilização de um agente provocador. A 
autoridade policial ou terceiro limita-se a aguardar 
o momento do cometimento do delito para efetuar 
a prisão em flagrante, respondendo o agente pelo 
crime praticado na modalidade consumada, ou, a 
depender do caso, tentada. (FLAGRANTE 
VÁLIDO). 
 
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4.3.2 FLAGRANTE PREPARADO, PROVOCADO 
OU INDUZIDO 
O agente é induzido ou instigado por terceiro (policial 
ou não) a cometer o delito, e, nesse momento, acaba 
sendo preso em flagrante
Sem a ação do agente provocador o crime não 
ocorreria da maneira como ocorreu, por isso, é tratado 
como crime impossível (não tem validade) – art. 17 do 
CP. 
Reza a Súmula 145 do STF que “Não há crime, 
quando a preparação do flagrante pela polícia torna 
impossível a sua consumação” 
 
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4.3.3 FLAGRANTE FORJADO, FABRICADO, 
PLANTADO, MAQUINADO OU URDIDO 
É aquele armado, fabricado, realizado para 
incriminar pessoa inocente. É uma modalidade 
ilícita de flagrante, onde o único infrator é o agente 
forjador, que pratica o crime de denunciação 
caluniosa (art. 339 do CP ou 343 do CPM). A 
autoridade policial responde, também, pelo delito 
de abuso de autoridade (art. 3º, “a”, da Lei 
4898/65).
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4.3.4 FLAGRANTE RETARDADO, 
POSTERGADO, DIFERIDO OU AÇÃO 
CONTROLADA) 
O agente policial aguardará a melhor ocasião para 
realizá-lo, tendo-se em vista a construção da 
prova e obtenção de informações sobre os crimes 
praticados por organizações criminosas. Neste 
caso, inclusive, é possível infiltrar agentes policiais 
na organização criminosa, mediante autorização 
judicial. Previsto no art. 3º, III, da Lei 12850/13 
(Organizações Criminosas) e no art. 53, II, da Lei 
11343/06 (repressão ao tráfico de drogas).
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5) FLAGRANTE EM CRIMES PERMANENTES 
Art. 303 do CPP. Nas infrações permanentes, entende-se o 
agente em flagrante delito enquanto não cessar a 
permanência.
Exemplos de crimes permanentes
a) sequestro e cárcere privado (art. 148 CP)
b) redução à condição análoga de escravo (art. 149 
CP)
c) extorsão mediante sequestro (art. 159 CP)
d) receptação nas modalidades de transportar, 
ocultar, ter em depósito (art. 180 CP)
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e) ocultação de cadáver (art. 211, CP);
f) associação criminosa (art. 288, CP);
g) associação para o tráfico de drogas (Lei n° 
11.343/06, art. 35)
h) ocultação de bens, direitos e valores (Lei n° 
9.613/98, art. 10);
i) evasão de divisas, nas modalidades de manutenção 
de depósitos não informados no exterior (Lei n° 
7.492/86, art. 22, parágrafo único); 
j) tráfico de drogas (Lei n° 11.343/06, art. 33, caput), 
em algumas modalidades como guardar, trazer 
consigo, transportar, ter em depósito
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6) DIREITOS DO PRESO
A “leitura” dos direitos do preso é obrigatória no 
momento da prisão em flagrante, (art. 5°, LXII à LXIV, 
da CF/88):
- seu direito de ficar calado;
- o nome do responsável pela prisão;
- o local para onde será encaminhado;
- que tem o direito de ser assistido por sua família e 
advogado.
Mesmo preso, o infrator poderá cometer outros 
delitos, se desacatar o responsável pela prisão, 
oferecer resistência ou desobedecer as ordens legais, 
devendo o militar constar todo e qualquer incidente 
decorrente da prisão no Boletim de Ocorrência (art. 
307 CPP).
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7) FLAGRANTE EFICIENTE 
 não há a sua previsão expressa no CPPM 
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade 
competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde 
logo, sua assinatura, entregando a este cópia do 
termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, 
procederá à oitiva das testemunhas (ofendido) que 
o acompanharem e ao interrogatório do acusado 
sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após 
cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a 
autoridade, afinal, o auto. 
§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita 
contra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo 
à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de 
prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou 
processo, se para isso for competente; se não o for, 
enviará os autos à autoridade que o seja.
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§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o 
auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o 
condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que 
hajam testemunhado a apresentação do preso à 
autoridade.
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não 
souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em 
flagrante será assinado por duas testemunhas, que 
tenham ouvido sua leitura na presença deste. 
Inovação legislativa
[…] § 4º Da lavratura do auto de prisão em flagrante 
deverá constar a informação sobre a existência de filhos, 
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o 
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados 
dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei 
nº 13.257, de 08/03/2016 – políticas públicas para a 
primeira infância)
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8) PRISÃO EM FLAGRANTE DE MILITAR
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente 
ficarão separadas das que já estiverem 
definitivamente condenadas, nos termos da lei de 
execução penal. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011) 
Parágrafo único. O militar preso em flagrante 
delito, após a lavratura dos procedimentos legais, 
será recolhido a quartel da instituição a que 
pertencer, onde ficará preso à disposição das 
autoridades competentes. (Redação dada pela 
Lei nº 12.403, de 2011) 
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Guilherme de Souza Nucci afirma “Cautela 
especial com militares: acrescentou-se o 
parágrafo único ao art. 300, para que os militares 
obtenham tratamento compatível com as regras 
da caserna. Se for preso em flagrante, não ficará 
misturado a presos civis, devendo seguir para 
quartel da instituição. Não se trata de privilégio, 
mas de medida de cautela. Quanto aos policiais 
militares, encarregados da polícia ostensiva, não 
se pode inseri-los em presídio comum, sob pena 
de sofrerem represálias dos presos. Tratando-se 
de militares das Forças Armadas, é conveniente 
que aguardem em quartel o destino do processo, 
pois até mesmo a competência para julgá-los será 
debatida.”
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9) DAINVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
(Arts. 5º, XI, CF88, 283, § 2º, do CPP e 226 do 
CPPM)
A CR/88, art. 5º, XI, autoriza a violação de 
domicílio, sem mandado judicial, mesmo durante 
a noite, quando presente a situação de flagrante 
delito, desastre ou para prestar socorro. 
O conceito de casa está descrito no art. 150 do 
CP e 226, § 4°, do CPM.
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Agente que adentra em residência alheia
Art. 293 do CPP - Se o executor do mandado verificar, 
com segurança, que o réu entrou ou se encontra em 
alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à 
vista da ordem de prisão. Se não for obedecido 
imediatamente, o executor convocará duas 
testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, 
arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o 
executor, depois da intimação ao morador, se não for 
atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a 
casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará 
as portas e efetuará a prisão.
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar 
o réu oculto em sua casa será levado à presença da 
autoridade, para que se proceda contra ele como for 
de direito (art. 348 do CP).
Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-
se-á o disposto no artigo anterior, no que for aplicável.
 
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10) RESISTÊNCIA À PRISÃO E USO DA FORÇA
Art. 292 do CPP. Se houver, ainda que por parte de 
terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à 
determinada por autoridade competente, o executor e as 
pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios 
necessários para defender-se ou para vencer a 
resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito 
também por duas testemunhas.
Art. 284 do CPP – Não será permitido o emprego de 
força, salvo a indispensável no caso de resistência ou 
de tentativa de fuga do preso.
O CPPM, art. 234, § 1°, argumenta que o emprego de 
algemas deve ser evitado, desde que não haja perigo 
de fuga ou de agressão da parte do preso, e de modo 
algum será permitido, nos presos a que se refere o art. 
242 do CPPM ou 295 do CPP (aqueles que têm direito à 
prisão especial.) 
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Uso de armas: Art. 234, § 2°, do CPPM.
Art. 234. O emprego de força só é permitido quando 
indispensável, no caso de desobediência, 
resistência ou tentativa de fuga. Se houver 
resistência da parte de terceiros, poderão ser usados 
os meios necessários para vencê-la ou para defesa 
do executor e auxiliares seus, inclusive a prisão do 
ofensor. De tudo se lavrará auto subscrito pelo 
executor e por duas testemunhas. 
2º O recurso ao uso de armas só se justifica quando 
absolutamente necessário para vencer a 
resistência ou proteger a incolumidade do 
executor da prisão ou a de auxiliar seu. 
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Uso da força pelo emprego de algemas
Art. 474. A seguir será o acusado interrogado, 
se estiver presente […]. (Redação dada pela Lei 
nº 11.689, de 09/06/2008)
§ 3º. Não se permitirá o uso de algemas no 
acusado durante o período em que permanecer 
no plenário do júri, salvo se absolutamente 
necessário à ordem dos trabalhos, à 
segurança das testemunhas ou à garantia da 
integridade física dos presentes. (Incluído 
pela Lei nº 11.689, de 2008)
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Uso da força pelo emprego de algemas
Art. 478. Durante os debates as partes não 
poderão, sob pena de nulidade, fazer 
referências: (Redação dada pela Lei nº 11.689, 
de 2008)
I – à decisão de pronúncia, às decisões 
posteriores que julgaram admissível a acusação 
ou à determinação do uso de algemas como 
argumento de autoridade que beneficiem ou 
prejudiquem o acusado; (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008)
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Uso da força pelo emprego de algemas
Súmula nº 11 do STF, de 13/08/2008: 
“Só é lícito o uso de algemas em caso de 
resistência e de fundado receio de fuga ou de 
perigo à integridade física própria ou alheia, 
por parte do preso ou de terceiros, justificada a 
excepcionalidade por escrito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar civil e penal do 
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão 
ou do ato processual a que se refere, sem 
prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.
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12) LOCAL E TEMPO DE PRISÃO
 
Art. 283, § 2°, do CPP - A prisão poderá ser 
efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, 
respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade 
do domicílio.
Atentar para as restrições dos arts. 293 e 294 do 
CPP (mandado de prisão e prisão em flagrante) 
Art. 236 do Código Eleitoral. Nenhuma autoridade 
poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 
(quarenta e oito) horas depois do encerramento da 
eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo 
em flagrante delito ou em virtude de sentença 
criminal condenatória por crime inafiançável, ou, 
ainda, por desrespeito a salvo-conduto.”
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13) TRANSPORTE DE PRESO
-Art. 1° da Lei 8653/93 (Dispõe sobre o transporte de 
presos e dá outras providências) - É proibido o 
transporte de presos em compartimento de 
proporções reduzidas, com ventilação deficiente ou 
ausência de luminosidade.
-Art. 178 do ECA (Estatuto da Criança e do 
Adolescente – Lei 8069/90) - O adolescente a quem 
se atribua autoria de ato infracional não poderá ser 
conduzido ou transportado em compartimento 
fechado de veículo policial, em condições atentatórias 
à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua 
integridade física ou mental, sob pena de 
responsabilidade. 
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14) NÃO SE LAVRARÁ APF:
- Menor – art. 228 CR/88 - São penalmente 
inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos 
às normas da legislação especial (ECA).
Medidas sócio-educativas e/ou de proteção
- Diplomatas: A imunidade estende-se a todos os 
agentes diplomáticos (Chefe de Governo ou de 
Estado Estrangeiro, embaixadores e funcionários de 
organismos internacionais - ONU, OEA), ao pessoal 
técnico e administrativo das representações, aos 
seus familiares. Tem por objetivo assegurar aos 
diplomatas dentro do Estado estrangeiro o merecido 
respeito. Tais pessoas não podem ser presas e nem 
julgadas pela autoridade do país onde exercem suas 
funções, seja qual for o crime praticado. É fruto de 
acordos internacionais (Convenção de Viena – Dec. 
Leg. 103/64 e Dec. 56435/65).
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- Presidente da República: Art. 86, § 3°, da CR/88 - 
Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas 
infrações comuns, o Presidente da República não 
estará sujeito a prisão. Como se vê, não cabe contra o 
Presidente da República nenhuma espécie de prisão 
cautelar. Questão dos Governadores: o STF declarou 
inconstitucionais dispositivos estaduais que conferiam 
a mesma imunidade do Presidente aos Governadores. 
Em MG, a ADI 1018/1995)
- Agente que socorre vítima de acidente de trânsito 
– Art. 301 do CTB - Ao condutor de veículo, nos casos 
de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se 
imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se 
prestar pronto e integral socorro àquela.
- Lei 9099/95 (art. 69) – Infrações penais de menor 
potencial ofensivo (pena máxima não superior a dois 
anos)
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NÃO SE LAVRARÁ APF:
Nas situações de apresentação espontânea do 
acusado – art. 262 do CPPM
 Houve a supressão do texto original do art. 317 
do CPPCaso em que não se deve lavrar prisão em flagrante, pelo 
simples fato da inexistência legal do estado de flagrância, 
uma vez que a pessoa não foi surpreendida praticando 
fato delituoso, nem encontrada logo após o evento e, 
muito menos perseguida.
A apresentação espontânea, embora impeça a lavratura 
do flagrante (APF), possibilita a decretação de outras 
medidas cautelares e até mesmo a prisão preventiva. 
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15) REALIZAÇÃO DE APF SOMENTE NOS 
CASOS DE CRIMES INAFIANÇÁVEIS 
- Membros do Congresso Nacional (art. 44, CF/88): 
Art. 53, da CR/88 - Os Deputados e Senadores são 
invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas 
opiniões, palavras e votos (Imunidade material. 
Sempre no exercício do mandato). 
Art. 53, §2º - Desde a expedição do diploma, os 
membros do Congresso Nacional não poderão ser 
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. 
Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte 
e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto 
da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
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- Deputados Estaduais: art. 56, §2°, CEMG – 
imunidade só no Estado de origem.
Art. 56 – O Deputado é inviolável, civil e penalmente, 
por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
§ 2º – O Deputado não pode, desde a expedição do 
diploma, ser preso, salvo em flagrante de crime 
inafiançável.
- Magistrados (art. 33, II, Lei Complementar 35/79) e 
Membros do MP (art. 40, III, Lei 8625/93). Só podem 
ser presos por ordem escrita e fundamentada do 
Tribunal Competente ou em flagrante delito de crime 
inafiançável (prisão pelo agente de polícia), 
comunicando-se o fato ao Órgão superior da 
Instituição, que se manifestará acerca da manutenção 
da prisão.
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Advogado – no exercício da profissão, a prisão só é 
cabível para crimes inafiançáveis, exceto o crime de 
desacato (art. 7º, §§ 2º e 3º, da Lei 8906/94).
Art. 7º - São direitos do advogado:
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não 
constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer 
manifestação de sua parte, no exercício de sua 
atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das 
sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos 
que cometer. (Vide ADIN 1.127-8)
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em 
flagrante, por motivo de exercício da profissão, em 
caso de crime inafiançável, observado o disposto no 
inciso IV deste artigo.
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16) QUESTÃO DO PREFEITO E DO VEREADOR
- Prefeito - somente possui prerrogativa de função, 
ou seja, deverão ser julgados pelo Tribunal de 
Justiça no caso de crime de competência da justiça 
comum estadual (Art. 29, X CRF, e Súmulas 702 e 
703 do STF). NÃO possui imunidade, podendo ser 
sujeito passivo de qualquer prisão cautelar. 
- Vereador - O Vereador é inviolável por suas 
opiniões, palavras e votos, desde que no exercício 
do mandato e na circunscrição do Município (inciso 
VIII do artigo 29 da Constituição Federal). NÃO 
possui imunidade, podendo ser sujeito passivo de 
qualquer prisão cautelar. 
 
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17) PRISÃO EM PERSEGUIÇÃO – Art. 290 do 
CPP
Art. 290 Se o réu, sendo perseguido, passar ao território 
de outro município ou comarca, o executor poderá 
efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, 
apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, 
depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante 
(APF), providenciará para a remoção do preso.
§ 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição 
do réu, quando:
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, 
embora depois o tenha perdido de vista;
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que 
o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual 
direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
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18) PROVIDÊNCIAS JUDICIAIS DECORRENTES 
DA PRISÃO EM FLAGRANTE: Art. 310 DO CPP.
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o 
juiz deverá fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, 
quando presentes os requisitos constantes do art. 312 
deste Código, e se revelarem inadequadas ou 
insuficientes as medidas cautelares diversas da 
prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de 
prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas 
condições constantes dos incisos I a III do caput do 
art. 23 Código Penal, poderá, fundamentadamente, 
conceder ao acusado liberdade provisória, mediante 
termo de comparecimento a todos os atos 
processuais, sob pena de revogação.
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19) RELAXAMENTO e REVOGAÇÃO DA 
PRISÃO
- Art. 5°,LXV,da CF/88 – a prisão ilegal será 
imediatamente relaxada pela autoridade 
judiciária (Juiz de Direito).
- art. 247, § 2°, do CPPM, e 310, I, do CPP – Se 
não houver fundada suspeita da pessoa 
conduzida e a autoridade judiciária militar (Juiz 
Militar) verificar a manifesta inexistência de 
infração penal militar ou a não participação da 
pessoa conduzida, relaxará a prisão. Em se 
tratando de infração penal comum, remeterá o 
preso à autoridade civil competente.
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20) OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES
Critérios de aplicação das medidas cautelares – art. 282
Medidas cautelares diversas da prisão – art. 319:
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas 
condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar 
atividades; 
II - proibição de acesso ou frequência a determinados 
lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, 
deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses 
locais para evitar o risco de novas infrações; 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada 
quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o 
indiciado ou acusado dela permanecer distante; 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a 
permanência seja conveniente ou necessária para a 
investigação ou instrução; 
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V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos 
dias de folga quando o investigado ou acusado tenha 
residência e trabalho fixos; 
VI - suspensão do exercício de função pública ou de 
atividade de natureza econômica ou financeira quando 
houver justo receio de sua utilização para a prática de 
infrações penais; VII - internação provisória do 
acusado nas hipóteses de crimes praticados com 
violência ou grave ameaça, quando os peritos 
concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 
do Código Penal) e houver risco de reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para 
assegurar o comparecimento a atos do processo, 
evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de 
resistência injustificada à ordem judicial; 
IX - monitoração eletrônica. 
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21) LIBERDADE PROVISÓRIA – arts. 321 à 350 do 
CPP 
- Liberdade provisória é instituto processual que garante 
ao acusado o direito de aguardar em liberdade o 
transcorrer do processo até o trânsito em julgado, 
vinculado ou não a certas obrigações, podendo ser 
revogado a qualquer tempo, diante do descumprimento 
das condições impostas (art. 5°, LXVI, da CF/88).
- Art. 309 do CPP - Se o réu se livrar solto (ou seja, a 
lei admite liberdade provisória), deverá ser posto em 
liberdade, depois de lavrado o auto de prisãoem 
flagrante.
➢Livrar-se solto – admite a liberdade provisória, ou 
seja, a prisão não preenche os requisitos dos arts. 312 
e 313 do CPP).
➢Fiança – caução destinado a garantir o cumprimento 
das obrigações processuais do indiciado ou réu.
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- Art. 321 do CPP - Ausentes os requisitos que autorizam a 
decretação da prisão preventiva (arts. 312 e 313 do CPP), 
o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for 
o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste 
Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste 
Código. 
 Atenção aos casos do CPPM
Art. 270 do CPPM - O indiciado ou acusado livrar-se-á solto 
no caso de infração a que não for cominada pena privativa de 
liberdade. 
Parágrafo único. Poderá livrar-se solto: 
a) no caso de infração culposa, salvo se compreendida entre 
as previstas no Livro I, Título I, da Parte Especial, do Código 
Penal Militar (CIMES CONTRA A SEGURANÇA EXTERNA 
DOPAÍS); 
b) no caso de infração punida com pena de detenção não 
superior a dois anos, salvo as previstas nos arts. 157, 160, 
161, 162, 163, 164, 166, 173, 176, 177, 178, 187, 192, 235, 
299 e 302, do Código Penal Militar (DOS CRIMES CONTRA 
A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR). 
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Competência para conceder liberdade provisória
- sem fiança: 
 > juiz, ouvindo o MP (art. 321 do CPP). 
- com fiança:
 > Autoridade de Polícia (art. 322 do CPP) – 
poderá conceder fiança nos casos de infração cuja 
pena privativa de liberdade máxima não seja superior 
a 4 (quatro) anos (VIDE art. 324, II, CPP).
 > Juiz de Direito (art. 322, parágrafo único do 
CPP) – caso a infração comine pena privativa de 
liberdade superior a 4 (quatro anos), a fiança deverá 
ser requerida ao juiz, que decidirá em 48 horas.
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 Arbitramento da fiança
- art. 326 do CPP - Para determinar o valor da 
fiança, a autoridade terá em consideração a 
natureza da infração, as condições pessoais de 
fortuna e vida pregressa do acusado, as 
circunstâncias indicativas de sua periculosidade, 
bem como a importância provável das custas do 
processo, até final julgamento.
- Art. 310, do CPP - Ao receber o auto de prisão em 
flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
 III - conceder liberdade provisória, com ou sem 
fiança.
 
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- Impedimento legal para concessão da fiança: 
Arts. 323 e 324 do CPP (ver artigos 327 e 328).
- Valor da fiança – Art. 325 do CPP 
- Observação: os CRIMES INAFIANÇÁVEIS, com 
previsão constitucional (art. 5°, XLII, XLIII e XLIV) 
são os mesmos previstos no artigo 323, I, II e III, do 
CPP.
- Fiança nos crimes militares: NÃO SERÁ 
CONCEDIDA – ARTIGO 324, II, DO CPP.
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