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Embolia - Patologia

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Mariana Novaes 
Acadêmica de Medicina 
IMS/CAT - UFBA 
 
 
 
EMBOLIA 
 
 
CONCEITO 
É a obstrução de um vaso sanguíneo 
ou linfático por um corpo sólido, líquido ou 
gasoso em circulação e que não se mistura 
com o sangue ou linfa. 
Êmbolo é o corpo sólido, líquido ou 
gasoso que circula no interior dos vasos 
causando embolia. 
O volume de ar introduzido na 
circulação sanguínea é o fator determinante 
de gravidade e evolução da embolia. 
Pequenas quantidades de ar na circulação 
sanguínea podem dissolver-se rapidamente e 
são praticamente desprovidas de poder 
lesivo. Quantidades maiores de ar podem 
formar bolhas que, pela maior 
compressibilidade, interferem na propagação 
do sangue no interior de vasos ou do coração 
(100 mL). 
CLASSIFICAÇÃO 
● Embolia sólida: causada por 
êmbolos sólidos que são fragmentos 
de trombos ou de tecidos. Os mais 
comuns são os êmbolos trombóticos. 
Quando se originam de trombos em 
câmaras cardíacas esquerdas ou em 
artérias, os êmbolos podem obstruir 
vasos em qualquer território e causar 
isquemia de gravidade variada, 
sobretudo em órgãos com circulação 
terminal. Se oriundos do coração 
direito ou de veias da grande 
circulação, provocam obstrução das 
artérias pulmonares ou de seus ramos 
(embolia pulmonar​). 
○ Embolia pulmonar: originam-se 
na maioria dos casos de 
trombos nas veias profundas 
dos membros inferiores. 
Êmbolos volumosos podem 
obstruir o tronco da artéria 
pulmonar ou se alojar na 
bifurcação do tronco principal 
(embolia pulmonar maciça com 
êmbolo a cavaleiro na 
bifurcação da artéria 
pulmonar), causando morte 
súbita (parada do fluxo 
sanguíneo pulmonar e das 
trocas gasosas nos pulmões). 
Embolização de ramos 
lobares, segmentares ou 
subsegmentares das artérias 
pulmonares, dependendo da 
extensão do comprometimento 
pulmonar, pode causar dor e 
desconforto respiratório. 
Na embolia pulmonar, a dor 
torácica pode ser pleurítica ou 
de origem vascular. 
Quando êmbolos obstruem 
ramos menores da artéria 
pulmonar em pulmões com 
hiperemia passiva, a 
consequência é infarto 
vermelho. 
Pacientes com infarto 
pulmonar apresentam escarros 
hemoptoicos ou hemoptise em 
consequência da hemorragia 
alveolar; apresentam também 
atrito e dor pleural, por irritação 
da pleura adjacente ao infarto. 
○ Outras embolias sólidas: 
→ Embolia cerebral​, a partir 
de trombos cardíacos ou nas 
Mariana Novaes 
Acadêmica de Medicina 
IMS/CAT - UFBA 
 
 
artérias que irrigam o encéfalo 
(p. ex., bifurcação das 
carótidas), causa lesões 
isquêmicas de gravidade 
variada e é responsável por 
número considerável dos 
chamados acidentes 
vasculares cerebrais. 
→ Embolia mesentérica​, 
originada de trombos 
cardíacos ou da aorta, são 
causa frequente de isquemia e 
infarto intestinal, muitas vezes 
fatais. 
→ Embolia paradoxal​, 
quando existe defeito cardíaco 
septal, congênito ou adquirido, 
que resulta em ​shunt 
direito-esquerdo, êmbolos 
originados em veias sistêmicas 
ou nas câmaras cardíacas 
direitas podem provocar 
embolia sistêmica. 
→ Embolia séptica​, Êmbolos 
trombóticos podem ser 
sépticos, por infecção com 
fungos ou bactérias no sítio de 
origem (p. ex., vegetações 
valvares na endocardite 
infecciosa, tromboflebite 
purulenta, trombos em locais 
de cateterismo arterial 
prolongado) ou após 
embolização. 
→ ​Ateroembolia​, fragmentos 
de placas ateromatosas, 
origina-se sobretudo em 
ateromas ulcerados. 
→ Outros êmbolos sólidos 
são formados por fragmentos 
de medula óssea​, de ​tecido 
adiposo ou de neoplasias 
angioinvasivas​. Os primeiros 
são encontrados após 
traumatismo mecânico 
suficiente para que a pressão 
intraóssea no canal medular 
seja suficiente para ordenhar a 
medula óssea para as veias. 
Fragmentos de tecido adiposo 
podem cair na circulação 
venosa durante lipoaspiração e 
lipoescultura (quando há 
injeção de tecido adiposo). 
Neoplasias malignas invadem 
vasos sanguíneos e linfáticos, 
às vezes em blocos e originam 
êmbolos tumorais que podem 
resultar em metástases. 
● Embolia gasosa: ​pode ser causada 
quando o indivíduo submerso em 
grande profundidade retorna à 
superfície (​síndrome de 
descompressão​), e forma bolhas de 
ar. Outras causas de embolia gasosa 
iatrogênica surgiram pela utilização de 
procedimentos invasivos, 
propedêuticos ou terapêuticos, por 
meio da inserção de agulhas e 
cateteres em vasos ou em cavidades 
serosas. As manifestações clínicas 
principais da embolia gasosa são 
relacionadas com o sistema nervoso 
central; paralisias, paresias e quadros 
diversos de isquemia cerebral são as 
mais importantes da síndrome de 
descompressão. 
● Embolia líquida: as mais comuns são 
de líquido amniótico e a gordurosa. 
○ Embolia de líquido amniótico: 
resulta das contrações uterinas 
que forçam a passagem do 
líquido para o interior das veias 
uterinas expostas durante o 
trabalho de parto. Complicação 
rara da gestação, é grave e 
Mariana Novaes 
Acadêmica de Medicina 
IMS/CAT - UFBA 
 
 
tem alta taxa de mortalidade. 
O líquido amniótico tem 
atividade pró-coagulante, o 
que desencadeia a formação 
de microtrombos disseminados 
(CID) que, juntamente com as 
lesões pulmonares, é 
responsável pela maioria dos 
óbitos. 
○ Embolia gordurosa: pode ser 
provocada por infusão 
inadequada de substâncias 
oleosas na circulação 
sanguínea (injeções oleosas 
intramusculares),esmagament
o do tecido adiposo ou da 
medula óssea amarela em 
indivíduos politraumatizados, 
lise de hepatócitos com 
esteatose acentuada.

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