Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ll 8 A teoria do conhecimento é uma disciplina filo- sófica que investiga as condições do conhecimento verdadeiro. Os filósofos da Antiguidade e da Idade Média inte- ressaram-se por questões relativas ao conhecimento, embora ainda não se tratasse propriamente de uma teoria do conhecimento como disciplina indepen- dente, pois esses filósofos não colocaram em dúvida a capacidade humana de conhecer: eles explicavam como conhecemos. A crítica do conhecimento só começaria na Idade Moderna, com Descartes. Veremos como surgiram as indagações sobre o tema entre os gregos, desde os pré-socráticos a Platão e Aristóteles, cujas teorias influenciaram de maneira vigorosa o pensamento medieval. O que veremos no capítulo a realidade na sua mudança, no seu devir. Todas as coisas mudam sem cessar, e o que temos diante de nós em dado momento é diferente do que foi há pouco e do que será depois: "Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio", pois na segunda vez não somos os mesmos, e também as águas mudaram. 'a l#llawlcnia Devir. Do latim deverá/re, "chegar': "vir de'j"dirigir se a Para Heráclito, o ser é o múltiplo, não apenas no sentido de que há uma multiplicidade de coisas, mas por estar constituído de oposições internas. O que mantém o fluxo do movimento não é o simples apa- recer de novos seres, mas a luta dos contrários, pois 'a guerra é pai de todos, rei de todos". E da luta que nasce a harmonia, como síntese dos contrários. O dinamismo de todas as coisas pode ser representado pela metáfora do fogo, expressão visível da instabi- lidade, símbolo da eterna agitação do devir: "o fogo eterno e vivo, que ora se acende e ora se apaga' l i 8 Costuma-se dividir a filosofia grega em três gran- des momentos, tendo como referência central a atuação de Sócrates. Distinguimos o período pré- .socráfíco, o sogra//co (ou clássico) e o período pós- .socráf/co (ou helenístico). O período pré-socrático estende-se pelos séculos Vll e VI a.C. quando os filósofos oriundos das colónias gregas como aJânia (atual Turquia) e Magna Grécia (sul da ltália e Sicília) iniciaram o processo de desliga- mento entre a íilosoHia e o pensamento mítico. Enquanto nos relatos míticos a natureza era explicada a partir da geração dos deuses, os 6llósofo s pré-socráticos investigavam essa origem de maneira racional. Para eles, o princípio (a ar#/zé, em grego) não se encontra na ordem do tempo mítico, mas trata-se de um princípio teórico, fundamento de todas as coisas. Relembramos que grande parte da obra dos primeiros üllósofos foi perdida, deles nos restando apenas fragmentos e os comentários feitos pelos filósofos posteriores. A filosofia pré-socrática Costuma se dizer que Heráclito teve a intuição da /óg/ca dia/ét/ca. que no século XIX foi elaborada por Hegel e depois reformulada por Marx na teoria do materialismo diabético. » Parmênides: o ser é imóvel Parmênides (c.540-c.470 a.C.) viveu em Eleia, cidade do sul da Magna Grécia. Sua teoria filosó- fica influenciou de modo decisivo o pensamento ocidental. Criticou a filosofa heraclitiana: ao "tudo flui" de Heráclito, contrapôs a imobilidade do ser. .Para Parmênides, é absurdo e impensável afirmar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempos  contradição opõe o princípio segundo o qual "o feri e e o nao ser nao e Parmênides, a partir do princípio estabelecidqã conclui que o ser é único, imutável, infinito e imóveLã Entretanto, não há como n egar a existência do movi-ã mento no mundo, pois as coisas nascem e morremá mudam de lugar e se expõem em in6lnita multiphg cidade. Segundo Parmênides, porém, o moviment existe apenas no mzz/zdo se/zsípe/, e a percepção pelos sentidos é ilusória, porque baseada na opina (dóxcz, em grego), e, por isso mesmo, não é conHiável SÓ o mando /nZe/zkú'e/ é verdadeiro, pois está subm- tido ao princípio que mais tarde Aristóteles chamou de identidade e de não contradição. 'P!!p;!;wa;!l;!olpu Outros filósofos pré-socráticos foram citados no capítulo 3,"0 nascimento da fllosoíla", no qual tam bém há o mapa da Grécia Antiga com a localização da cidade de origem de cada um deles. » Heráclito: tudo flui Heráclito (544-484 a.C.) nasce u em Éfeso, naJânia. Tal como seus contemporâneos, procura compre- ender a multiplicidade do real. Ao contrário deles, porém, não rejeita as contradições e quer apreender Unidade 3 0 conhecimento E;l: olnijdp) apepiaA ep e3snq y (ç?[s[n eia ep ]]] )asl opi?e] sauaBo](] ap E? ? t?some:f sleu.i y elosolç PP t?lio+slt4 euun ap soi:fslgai soilauulid se epeiaplsum 'solosglç sop seuli+nop sep oç5elldwoy,.iaA anca, 'u/aqdoiõ a '.,oç] u ]do,, 'oxgp ogaig o(] egei8oxo(] ,e:figos ap ezall:fns,, nglugls oms/qdg5 ieuegua ap oç5ualul uum '94-çuu ap 'osopdn oluJ) open ap esn anb uigngle 'eras no 'seuisgos c?8aidwa anb alanbe ieuluuouap lied OAjleiofad opl+uas o nli lnbpe ouuJa+ o a:fuauuiolia+sod ,.eliopaqes ap los sa:foid ,, 'l oy]auu no ],o]q çs,,'sgqdos ogaig o(] 'e+syoS notHBt -auaqn TaA?ty{ Ol?Tuldi op3dac o+uauJ -!Tdllp 'uiaJJO IAOtU ( 'laAgua 'optaal; sop iodpi.luoo as ? uupit?sst?d sassaaa.lul forno 'oçs -ua9st? una sa.luptoiauioo soTad ep?zTiotpA 'pT t?l omap T?p ooTaga+ t?apT o tupieioqpTa sp+sUos SO eotsUm B a PTuiouoi+sp ? 'pll+ -auioaS E 'uaT+gui-lTap B uapiaAloAuasap 'sooTigSplTd sop oç5}ppi-l pu :po!-l?lpTP a poiig-lai '(saiopelolu! se oçs IBnb BP) poli?ui?iS :sopn+sa ap olmliino uun ap oç5pioqeTa plad 'TaAç-lou Toy ouçsua op oç5Pztleula+ STS p pipd oç5lnqtiluoo pnS opolsaH a oiauioH sel .aod sop eArlponpa oç5Tppil ç as-opupTnouTA 'oduua-f nas ou alaoy o+Tnui play?nHu} mplaolaxa s?+syos se 'pyosoliy pp aoppTio)STq 'casa?f aauaaM. opun$aS V19010W113 saioTia-lsod sojosgly iod se+!ay -- sesoTouapua] sazaA spllnm -- selougJayal ap uigte 'sptypiSoxop spu sppTunai 'seaqo sons ap s(B -uauiSpiJ uíplsal sou gs se-lsyos sop 'soo!+yioos-gid se uioo naalmo ouioo ip.L soi-lno ai-lua 'souappgdlH a ootpgld 'mpuulspiJ. t?puto a :sita ap 'st?!ddJH :('O'e: 08Ê:-98k) t?lUolS pu 'otougal ap 'spTSigD í(=)p tlt- -ç;8t,) t?iapqy ap 'spioSy30id :uiBioy sosouiPI smu SO saIR.rogS ap saiolnoolJa-luÇ OÇS salap sun8F a eotssFto poodg pp a-tapd uuazpJ st?.lstyos SO souaat?5aui03 slenb soTad 'uaodg pssap oçs su-lsyos se uigquipl 'mTIJtod a lpaou 'eT8otodoilup B pipd se-luauipuoR -sanb se uueielTduie 'seot8gtouisoa sag-tsanb uaassR -nosTP ppuTU pioquia 'opoJlad assap saioppsuad SO por-lsJ.lip a p3T.IITod epm psua-luT naAtoAuasap st?ualy p l-l?i ouiap B opupnb 'pSaiS t?in+Tno up painy pood? pu a-luEuiaAoS 'salaligd ap OTno?s o ouioo oploaquw uiÊ)qu?+ g Dt? A OTnogs O sala193sliy ap ai-lsau To5 a-luaulioTia-lsod anb 'o!+pTd OTndlaslp nas a salpiogS a-tapd uuazBI opoliad assa(l seualy ap apupta E lied spluglm sep as-noooTsap TuinITno oilua3 0 '(=)p AI a A solno?s) oolss?lo no malga os opoliad ON ieluauin8xe op Balce e :selsHos SO }as o,, it oduia+ 'las OP opnl,, o o+uaui -9solU 'pTaT]] ooll?xoouiap leap} o a eolls)Jos y < TTL\X OTnogs op nadoina omsluluunll o t?uSlsap anb çuiaTP oçssaadxa B opup+tuiT 'pâa.zF funil/Mnt.'' opeuluuouap aas B nosspd opuloTUT sala iod opoliad o ')(IX oln3gs ou [aSaH Jod sopB+TtTqpai upioy se.] sãos se anb apta(l PTouç+ioduT eiTapBpiaA ens ip-l .essas ap eAT-le+ua-l pu e-Igual opôs ua) eol-lsHos up hein-fp !i opor o-liam ap uiaSuuuT B 'o+uplua ON elaolpul Ç PApoTtdp as OEU anb tpluapl3p olpJ ap as-pAe+pl+ apepiaA eu '..iaqps op soTi?uaoiau, ap soppuit?qo ias uuplpod Ten3oatalut lorPA iouaui ap splsíUos sunBlp aS oloJJO nas SPTnt? spp mplzPI 'iu]osotU ap oxnt op uuaiep as pipd soo]l a]uauia] -uafoyns ulaJas oçu iod 'a Blp?ui asspT) ç ult?!3ua-l iad a+uawTpiaS sulstyos se 'o-lu?+ua ON 'soABlosa sop oç5pdnao 't?louglslsqns ap oqluqPi+ op pppiaqll eAp:lsa anb ?r 'oduia.l ap apt?pTTTqtuodslp ep 'elas no OTog op PApzoS slod 'pn+oata+ut apepmí+u pp OTBgTU -!ido t?t4u! elos?a30lslat? t? 'pS!-luy t?!o?iD eu :oipdai uin lnbp aqu) ..oç3Tn.ITlsoid.. ap PApsn3p se sa.lpiagS pnb olad OAljouu 'sulnp spTad ipiqoo uueApuu n.lsoo sp.l sujos se 'soauçiodulalu03 smas a p olppuçasa piBd sutapí ap oç5etn3iT3 a-luessaaut ç as-ulemap a-luaui taAlssod 'sp.lsUos sop SBDjjslialoBipo 'sPTig+Tppiluo0 sagluldo ap OF5p+Taou E a ipsuad op olaJ:.uaxa a-]ue] -suor O 'ip8nt uinquau uia uai?xy as umas 'a-luuiaut-lT oulsua uun ap as-updnoo 'oSa# opunui op sa-lied se sppol ap soPulA soSoSepad a sotqgs soppiaplsuoa uialas ap o-lEI o g sol-yay!-luap! essod anb o zaATP.L D;sãos ap OÇ5eu$jsap t? qos soptunai saioppsuad se ai.lua poupa) appplsiaAlp auloua Tq 'iPSnT oitaulTid ui:l aoaiayo sou oç5tppi} t? anb s?lsHos se aaqos epBd -in.lap oçsü ç uipaBAat anb soar.loura se sollnul oçS saTa+glsT [y a oç-Ibid 'sa-leiogS ap spoT+Jjo sep esnPO iod sopra-laidialu! Frui aiduuas uieio] sp+slJos SO op eli Jod eF eP og o8oy o, -Tqe+suT opp+uas 0 'souç. anb e3nl siod 'soí -pdp sal( anb O s SPUI 'SBS ou grua( sapTu?uaied a o+TTo?iaH ap o+uauipsuad o ie.radns ue-lua:l saTalglsT.ry a OE3pjd ruim a+uelpe souiaiaA apeptTpaa pu las apor oçu ipsuad souilnSasuoo oçu anb o a oluauJpsuad op shot-lu?pT OBS sgu ap uioJ UJa:lstxa anb SPSTm sp uosz/ad o a ias o ai?z/a apor.?/z/apí e ? sapTu?uJiud ap plloa+ pp selou?nbasuoa SPP Ruía .e as .n119+o;s]J e n]99]. 'LL oln:Fede) o a+lnsum 'iaslnb aS ouusauu is e len81 9 las opo:f 'eras no 'y = y lenb o opun8as 'apor.r;uap/ ap o/4iu/id o ? salap WO n18gl ep solda)ulid se iel nuuioJ a nlsl:le+aw ep og5ni:fsum e ie:fuawepun+ lied sapluguuied ap selapl se uuewo+ sala+g:fsliy opn:faiqos solosglg se o)lssçp opoliad ON 'uuelpP o?u za.A SOUIBtiUt çq toJ an a+ueTP sc sePol 'al li da aristocracia rural. Nessas circunstâncias, a exi- gência que os so6lstas satisfazem na Grécia de seu tempo é de ordem essencialmente prática, voltada para a vida, pois iniciavam os jovens na arte da retó rica, instrumento indispensável para que os cida- dãos participassem da assembleia democrática. Por deslumbrarem seus alunos com o brilhan cismo de sua retórica, foram duramente criticados pelos seguidores de Sócrates, que os acusavam de não se importarem com a verdade, pois, afeitos que eram à arte de persuadir, reduziam seus discursos a opiniões relativistas. Além disso, sabemos como Sócrates e Platão não tinham simpatia pela demo- cracia, por causa do risco da demagogia. Os melhores deles, no entanto, buscavam aperfeiçoar os instrumentos da razão, ou seja, a coerência e o rigor da argumentação. Não bastava dizer o que se conside- rava verdadeiro, era preciso demonstra-lo pelo racio- cínio. Pode se dizer que aí se encontra o embrião (b lógica, mais tarde desenvolvida por Aristóteles. Protágoras, um dos mais importantes sofistas, dizia que "o homem é a medida de todas as coisas'. Esse fragmento -- entre os poucos conservados de seus escritos perdidos -- pode ser entendido como a exaltação da capacidade humana de construir a ver- dade: o /egos não mais é divino, mas decorre do exer- cício técnico da razão humana, a quem cabe confron- tar as diversas concepções possíveis de verdade. :] Sócrates e o conceito Sócrates (c.470-399 a.C.) nada deixou escrito. Suas ideias foram divulgadas por Xenofonte e Platão, dois de seus discípulos. Nos diálogos de Platão, Sócrates sempre figura como o principal interlocutor. Já o comediógrafo Aristófanes o ridiculariza ao incluí-lo: entre os soHlstas. Para criticar os sofistas, Platão usava o conceito de phórmakon, que significa ao mesmo tempo "remé dio"e "veneno". É venenoquando os sofistas usam a linguagem com eloquência pa ra seduzir, iludir. enga na r. adulara assembleia sem se importar com a ver- dade. Quando a linguagem seria "remédio"? Se os soHlstas foram acusados pelos seus detrato res de pronunciar discursos vazios, essa fama deve-se ao fato de que alguns deles deram excessiva aten- ção ao aspecto formal da exposição e da defesa das ideias. E também porque em geral os soâlstas esta- vam convencidos de que a persuasão é o instrumento por excelência do cidadão na cidade democrática. PARA SABER MAIS Se quiser consulte o tópico "A experiência fl losóflca no final do capítulo 1, onde já discorremos sobre o método e o pensamento de Sócratesl l Sócrates costumava conversar com todos, fos- sem velhos ou moços, nobres ou escravos. A partir do pressuposto "só sei que nada sei", que consiste justamente na sabedoria de reconhecer a própria ignorância, inicia a busca do saber. Os métodos de indagação de Sócrates provocaram os poderosos do seu tempo, que o levaram ao tribunal sob a acusa-i ção de não crer nos deuses da cidade e de corromper a mocidade. Por essa razão foi condenado à morte. Qual é, porém, o "perigo" de seu método? Ele começa pela fase "destrutiva", a iron/a, termo que em grego significa "perguntar, cingindo ignorar' Diante do oponente, que se diz conhecedor de deter- minado assunto, Sócrates afirma inicialmente nada saber. Com hábeis perguntas, desmonta as certezas: até que o outro reconheça a própria ignorância (ou desista da discussão). A segunda etapa do método, a maíéaf/ca (em grego, "parto"), foi assim denominada em homenaá .gem à sua mãe, que era parteira. Segundo Sócrateq enquanto ela fazia parto de corpos, ele "dava à luz'i ideias novas. Após destruir o saber meramente opinativo (a dóxa), em diálogo com seu interlocutor.l Ü F l i B i ] d »Protágoras representado em mosaico da sala de leitura principal da Biblioteca James Harmon Hoose, 2004. Unidade 3 O conhecimento apepioA ep e)snq y i sa[eiogS ap oo18g]opo]aui ossaooid op oç5e] o]]dxa t? uioo sanóp7 ogolylp op ouinsal aopaoaiplosa uin ?q lgT B gkl svulS?d seN t,661 'asuallTspiíi :olnpd OBS 'salalglslay B sooll?loas-gid sop :penso/fop o?.íp?s?z/ ? o?inpoi?aT 'eualliBly 'lnyH) aEllnsuo3 'Jo+n30 a+uau ;znl ç E sa+PJ3 Buaui( wa) PJ "0) Bl31 spzalia pppu al ia-lap a .ipaouj anb ou aTg áop 'a+Joui iaduaoi OP Bobo ap sopa ptldold a lslsuo: Jlllt?d 'v 'soy 'se t'ooz le5uei] x eli8unH) epgiD s eua+y ap smlduullo so8oí sou eWlJ8S] Zeot;gsoltl oçssnastp e ezed openbape oluaunpaoold uin g osso :olladsal e as-auototsod a eltUatl (q Zse+stlos soe oçleld a saluxooS zod seliaJ se9Huo sep OAtjeotput g sulAeled uioo iluilx8sa oppuas anb ui3 (e :saglsanb sç epuodsax a selsllos se alqos uiail o etalatl elnl e xmuaA elpd llqeq sleui g wanb laA ap uil; e uieluoJ;uoo as salollsodo se puiu8sa eu anb souiaqeS oçlpld ap 'sarzbo7 o8olçtp op lelotun olunssp o ? 'sotsput8 sou uietpuazde sogtlue so8azg se anb soba! sop um 'eunl8sa ep alce y ).#q#' E E E o aiqc o:fxa+ wn iezalaquua, no ,,ezailsap u]o] e)ueiq eu.lie lesn,, nç;Llu81s anb 'ioiioLfeiAÉ?led e u.lm alloJO ouusaul O ia+ç?qap 'il+m s[p uu?q ul e+ ng]u81s !ew]lgsa ap a+le e in]+eid 'i]uu]i8s] a:feqap op as-eAlnbsa io+n)olialul o as opn+aiqos 'og)mos E?uun g+e p)u eAe ogu alPqap o no eil+ai as a:fuau odo o anbiod apeplnul+um w?:f oçu sml+aiode sogolçlp SO l..ezatiaJut,, '.,assed wl ., 'o+u e:Fiod '..o€5eBau,. e '..tuas es -sed,, 'soiod o8ai8 op) eliode e oltadsai zlp anÕ oJl+giody/ 'a oç5t?anpa iod apta:lua as anb o 'pias no 'oçssn3 -stp Pesa wapaoalup anb se:lTaouoo ap o-lTadsai t? ip8 -PpuT o? oçssmslp B pluaTloai sa-lPiagS suaAor sop OÇ3BUJioH t?u t?uili8sa ap oulsua op PTouç:l:odui! e aiqos iaiiooslp E sopPpmuoo oçs seTOIN a sanbel slPiaua$ se 'io/oa o(7 no 'sanóp'7 o$oT?TP ON e5T:tsnl Trás p5T:lsnr B anb uioo zul anb olmbe 't?fas no 'o81p ap o?zoi e le tyTuSls p pssed anb '(..pslaA -uoo,, '..eüu]ed,, 'uanuioo uiager6utT eu) Fogo/ ouula] o t?zITT+n sa+eaDgS a+uaiayTP opTluas saqt-opuep 'opep -!-loo op se lt?sn no spAou spmppd iP:luaAu! esloaid aluaospu piyosoly t? 'opoui asma(l pluasaidai B anb ps-iaATun o '..TS uua t?5!+snr,, e g anb o iaqPS ianb sa+piogS 'p5ltsnf ap sagssaadxa spsiaAR) sp spppiauunua uialas sgdp :B3T)snr up olduuaxa o souiauio.L a-luplp }od wlssB a apezTuaP e 'apepald B 'eTpiBAoo e 'ula8Bi03 B ? anb o t?:lun8iad soSoTgtp se:lTnuu uia osso aod 'slpaoui sag+sanb se e6aTmTid sa:lBiogS 'spsiaAuoa st?N 'sooT]9lode soSoT?TP soPeuipqo se oçs :eATlluyap oçsnlouoo Pum e PApSaqo as aaduas uuau 'lpuU ou 'anb iPiquual uioq ? a 'oç:IBID ap soSol -?!p sou opei]snTT uiaq ?:]sa ossaooid asse un upEa ap ..oi:luap ap,, assles oluauuloatiuoo o anb opoua ap 'o;?aouoi op o?3?uZÉap up pimoid ç oloju! t?App E l OT-JnT)u! o 9f 'lo+ salpmg$ STOP 'oB] sons 'o:l! ula8uioa ap o3laouoo o st?uu 'sosorpioo soseo ap solduiaxa OBS oçu panooid saleaogS anb o 'uiyuX saQXTPd st?p sostnduiT soe uua:lsTsai anb sop a Bo!-IJlod pp soSTaad se no p5uaop p uue-luaijua anb sop 'soiTaquTipui sop uiaSeioo e ouuoo 'paianS ap se-le se uJPssPdei:lln anb uiaSt3ioo ap soda-l soi-lno e-l!) sosoípa03 las ap uiumap osso iod ulau spul 'esoje-lupAsap OB31sod pum B oSluiluT o ip5ioJ a iunoal uia alslsuoD pol-l?.l urna soilaiiang ap soTduuaxa FP sa:lpi3gS ..osoreloo uuauuoq o ? eql e.leq ap oduJm ou aSoy OEU a oSluulu! o eluaijua anb alanbH, :iapuodsaa lloEy PqoB sanb?l ..ZuiaSBioo e ? anb o., :eSepu! a s?lap puas aqloosa sa-lpiogS 'sap n3im sp ailua(l apn-fila ? anb o aiqos 'PplnSas uia app -U0#U03 -taxa op ,JaA B Jtr B 0tU09 ( ap sopé/ SBST00 S 'se:lstyos 'S8 PP OÇuqt -oloul olc -apTsuoo ioSu o a l ipo3layia li Platão: o mundo das ideias A alegoria da caverna representa as etapas da educação de um filósofo, ao sair do mundo das sombras (das aparências) para alcançar o conheci- mento verdadeiro. Após essa experiência, ele deve voltar à caverna para orientar os demais e assumir o governo da cidade. Por isso a análise da alegoria pode ser feita pelo menos sob dois pontos de vista: opo/#/co: com o retorno do filósofo-político que conhece a arte de governar; e o ep/sfemoZ(5gico: quando o filósofo volta ,para despertar nos outros o conhecimento verdadeiro. Para melhor sintetizar a teoria do conhecimento de Platão, recorremos ao livro Vll de .4 /?epúb/;ca, em que é relatada a famosa "alegoria da caverna":: pessoas estão acorrentadas desde a infância em uma caverna, de tal modo que enxergam apenas a parede ao fundo, na qual são projetadas sombras, que eles pensam ser a realidade. Trata-se porém da sombra de marione- tes, empunhadas por pessoas atrás de um muro, que também esconde uma fogueira. Se um dos indivíduos conseguisse se soltar das correntes para contemplar à luz do dia os rerdczde/ros o@efos, ao regressar à caverna seus antigos companheiros o tomariam por louco e não acreditariam em suas palawas. Í+!!a !!Bla;!!;!alar A valorizacão da filosofia como conhecimento superior leva Platào à idealização do re/:P/óso$o para o Estado ser bem governado, é preciso que 'os filósofos se tornem reis, ou que os reis se tor- nem filósofos". Consulte o capítulo 23, "A política normativa Platão (428 347 a.C.) era na ver- dade o apelido de Arístocles de Atenas (talvez porque tivesse ombros largos ou o corpo meio quadrado-.l, nascido de famí- lia aristocrática. Após a conde nação de Sócrates, seu mestre. viajou por vários lugares, tentou P/anão. de Rafael em vão interferir no governo de Sanzio,l5o6 l5lo. Síracusa(Sicíliajeporflm retor- '' nou a Arenas. onde fundou a escola denominada Academia. Seus diálogos -- em que a maioria traz Sócrates como interlocutor principal -- abrangem as várias áreas da íllosofla nascente, e por isso é o primeiro fl lósofo sistemático do pensamento ociden- tal. Sua influência foi sentida no helenismo Ineopla- tonismol e adaptada à doutrina cristã inicialmente por Agostinho de Hipona 1354-43o). Até hoje vigora m muitas de suas ideias sobre a relação corpo-alma, a política aristocrática e a crença na superioridade do espírito em detrimento dos sentidos. ! P E! Platão distingue dois tipos de conhecimento: o sensível e o inteligível, que se subdividem em outros graus. Observando a ilustração da caverna, identi6lca- mos quatro formas da realidade: as sombras: a aparência sensível das coisas; as marionetes: a representação de animais, plan- tas etc., ou seja, das próprias coisas sensíveis; . o exterior da caverna: a realidade das ideias; . o Sol: a suprema ideia do bem. O muro representa a separação de dois tipos de conhecimento: o sensível (que corresponde às duas primeiras formas de realidade) e o inteligível (às duas últimas). & P 11 u stracã o rep resenta ndo a alegoria da caverna . de Platã o, 2001 © P Ver a Leitura complementar, no final do capítulo. Unidade 3 O conhecimento el olnildp) apepiaA ep e)snq y soidnuiid a sepupssa sep og31n+ul ep 'olelpauul o+uauupat4um op e+]nsai anb ]enpa]a]u] apep]A] E? E? ] slsagly sede+a iod 'eras no 'og5n pap no/a o€5npu] iod Piada anb o]uJ)o])ei o ] o/oup/G loiAll op leug ou 'oliçlnqno/\ o laA) OJosgjç o auiio]um t?]leA 'egoso]g ul ] o8o g[p 'ogssms]p ? 'uu n uim op]]uas ON n]+g]e](] / a+sixa gs souauiguay sop opunui o 'apepaaA e3tuti B o?s suTapT sp ouao=) sopé:luas sop soupSua sop oçã -pindap t?lad a oç5elduua+uoo plad souulBui.tp anb 'slaA?:lnuil selou?ssa sp 'slpiaS selap! se ?q 'TaAJsuas opunui otigsnlt op puuTop 'anb oç:lua souiaqaoaac[ 'ol3eTd ap sna(l o :ezalatl puiaidnS p uigquiu-l g ouaadns uatl o :l uua8 op uapdTOT:lied o:luenbua oçuas uia+slxa oç.u leias uia salas SO loS op eaoy?-lauu ç apuod sáaioa 'ptioSalB pu -- SBpol ap leias STeua B a o?3 -!aliad uia ulTP STpua 2 'uiatl op PTapT p ?lsa spTap odor ou a 'sppezTnbaeaalq o?s sl?aaS spTap! sy slaA?-lnua! a spun splapT sç STaAg+nua a setdl-ITgui spsloa sep as-ipAala puulp p yiPI anb 'aluapuaase e3T-lgleTP plad opt?5ueole g taAISTta+uT opunuu O 'apepTTuai pilapepaaA B 'taA?-l -nula 'eun aas aAap aq7aqp ap o?ap.? 22 'sodTI sopuTieA STeuü sop spqTaqp spiauaguT uaPlstxa anb ouJsaui 'old ulaxa iod opunuu oilapppiaA op Biquuos Band 'ou -gsnl! g :oluaumouu op 'apupTorTdlllnuu ep Pool o ? 'sopé:luas sotad opTqaoiad 'TaAJsuas opunui O sprapT spp o '7aa ãz/a u7 opz/nm op 'sou -auiguaJ sop o '/a'ysz/as opunm o an8ul:lsTP olleld 'spzap? spp pzioa/ pu :saaoTaadns soe oluauuloaquoa op saaoTaayul sneaS sop uiaSEssed B e:luasaidai TOS op oBsTA e pipd SBaquuos sep iTPS o:luauToaquoa op sopas sop B l-lgTelPe iodxa oç-IBID lied aseq ap aulas anb piojy+aui e g pulaAeo ep elaoSaTP y eolugleld eopglelp y q 'ipiquual g iaoaquoo 'spaApled sei:lno uüH SEploauiiopP se5uBiqtuaT sp quite uu i ]iadsap eipd o?/saio seuadu oçs sopT+ uas se ouuoa PolTdxa OBjejd 'o?ou?os?u?mai PP o?i oa/ PTad ..ewp ep OTnuO+,, o opuaapTsuoo 'odiou op oiTauols[id leulo] as ou pppiSap as opupnb aoanbsa opn] seus 'splapT st?p opunu o opt?tduialuoo eTia+ çr o+Taldsa Dana o anb agdns oçleld Zseligsnl! selou?i .ede sup opunuu o aesspdBilTn TaAJssod ? ouioD SÇ) spnl ap s el0u90sluluax eP el:oall < l F k } F b F k E F l E IS uua oleAEn ap E?lapa,. ep edl)l:Lied o+uenbua oleAn g gs oleAn uun oç+eld lied 'sa+uaiallp suagelad a a+iod uum 'oleAn ap serei ap apepalieA ep iesady ís -ueTC ?s F b F F soi3n o :o+t Paul)alalul OB51nlul m1+9soll+ oluauu paq u m b t ! > anb :oÚo olu;tolouPIP) mll?lodly oluJ)ol)eJ mliçuia+euu la ?JS/da) e!)u9!) ! f Jouu}3}1opial4 l aap on souauüguay sop opunu o a 'oap;z/amiodias op aiayai as SPtap! spp opunuu o :puualqoid o aAlosai o!:Ibid laAgu! ç) las o uüanb eaEd 'saplu?uuipd ap o a 'las op telouassa apPpltTqplnuu e uuuatye anb 'o-lllo?iaH ap o3uampsuad o allua OB5lsodo B ipiadns ?lno oid OF-jBtcl anb ie-l -lsuoa souiapod 'smT+Fmos- -gad sop o+!adsai B o-llp Toy anb o souiieiquial aS sala+g+sliy aod pppollTio aluaun?inp apiu+slpuu 'opóPdz z7iPdPP o?i oa/ ep as-e-lui.L pldgi no Piquuos spuadt? g IBnb op seTap! SPP opunui op udlo!+aed anb wa Pptpau pu oluauu pata u m o+uam e-roA Is/lyd) p)uan :slaAJsuas sapeplleai \ J anb ool loxgP) ogluldo toJsmlla ) laAJsuas op sua8euul :P3sl.4 a plioSall Jiuinssi aAap at '!3atiuo st?P OPI eP seda n!}91elP ogsumse V Hadem -- que entre os romanos se chamava Plutão -- designa ao mesmo tempo o deus e o mundo dos mortos. também conhecido por Infernos (ou "mundo inferior". por isso não se confunde com o inferno cristão) e para lá iam as almas após a morte. Era o mundo escuro das trevas, temido por todos. Hadem fazia-se acompanhar por Cérbero, um cão de várias cabeças e cauda em forma de serpente. Guardião dos Infernos. acolhia com grande gentileza a entrada dos mortos. mas impedia com ferocidade a sua saída. Escultu ra do século IV representando glutão IHadesl e o cão Cérbero Assim explica Platão no diálogo JMê/zo/z A alma é, pois, imortall renasceu repetidas vezes na existência e contemplou todas as coisas existentes tanto na Terra como no Hadem e por isso não há nada que ela não conheçam Não é de espantar que ela seja capaz de evocar ã memória a lembrança de objetos que viu anteriormente, e que se relacionam tanto com a virtude como com as outras coisas existentes. Toda a natureza, com efeito, é uma só, é um todo orgânico, e o espírito já viu todas as coisas; logo, nada impede que ao nos lembrarmos de uma coisa o que nós, homens, chamamos de 'saber' todas as outras coisas acorram imediata e maquinalmente à nossa consciência. ]...] Pois sempre, toda investigação e ciência são apenas simples recordação. Podemos não concordar na íntegra com a teoria da reminiscência de Platão, mas pergu ntamos se não a aceitaríamos em parte sob o seguinte aspecto: quando nos defrontamos com algo novo, seja um texto, uma imagem, um relato, só o compreen deremos melhor se já tivermos um "pré-conhe cimento" do assunto. Por exemplo, uma pessoa não conseguirá entender um texto extraído de um tratado avançado de física caso nunca tenha estu- dado essa ciência antes. Você saberia dar outros exemplos? a Desde o momento em que a razão se separou do pensamento mítico, os Hllósofos gregos criaram con- ceitos para instrumentalizá-la no esforço de com- preensão do real. Entre as diversas contribuições destaca-se a de Aristóteles, pela elaboração dos princípios da lógica e dos conceitos que explicassem o ser em gera/, área da HilosoHla que hoje reconhece- mos como mez(!#síca. Embora sempre façamos refe- rência à metafísica de Aristóteles, ele próprio usava a denominação./i/os(@a prime/ríz. Aristóteles: a metafísica A fala transcrita no texto é de Sócrates, que con- versa com Mênon. Para ilustrar a teoria da reminis- cência, chama um escravo e Ihe pede que examine umas figuras sensíveis e, por meio de perguntas, o estimula a "lembrar-se" das ideias e a descobrir uma PLATÃO. j14ã/zo/z. 8] d Unidade 3 0 conhecimento et olnildp) apepiaA ep eisnq y oçluldo ep soueSua se iPaadrls laAJssod g lpnb op ;otan iod 'spsnpo st?Tad o-luaunoaquoi 'oiTapBpiaA ::o-luauiloaqu09 0uloo plouglo e auUap salalglsTiy segURo selos o)uauilootluoo O q llod 'nlsJJe:faw 'nlggl ap seaiç seu opn:faiqos 'ep unia:fai owm arot4 ?+e nauewiad 'euiapoW apepl pp il+ied e sppliJos snllln sep iesady seso1811ai sasa} sç ope+depe 'io81A u]o] n18inssai o+uaules uad nas 'e]paW apep] ep sopeaui w] (..ieu4uluut?).. 'o?+od a '..ap elloA ç,, '.riam ogai8 opl m/+?+odríad owm epeuglsap g sazaA sç nll?:fo:fslie egosolB e osso iod 'na3]] op uu]piero]ad weAeu4u]uum so]ndJ) s[p se a saia:fg:fs]iy 'sun81e opungaS op!] o]ody ap olduua:f op OL4ujzjA ias iod opeuieL4) LUJSSe ")'p olzÍ; ula 'na)]] o nopunJ 'seua+y e e:f]oA a(] elugpmeW ep 'apueiD o 'aipuexaly elieuio+ as anb soue EL ap waAof op io:fdmaid loJ a saie8nl sosiaAlp iod nor elA ')e Ztg una 'ogleld ap allouu E? sgdy ,.apepiaA OLSL 9OSL epo81uueslew seuu'oçleld ap 'olzueS lae+ed ogluup noS,, :nmyl+snr apie+ ap 'sa/a+g+s/iy' sleuu anb snl+ln iod epeaui ailua lo:f al+sauu oe apepll apg y og+eld ap eluuapEoy e no:fuanbaiJ sala:fg:fsliy 'soue ZL se apsap 'seua+y ul] o?/,l/õo+sa ap oç5c?u81sap e aqnai 'sazaA sç 'osso iod P[ugpnc?W eu 'ei18e:fs] uua nn seuoe zzç;-t'8€) sala+g+sliy 'q a: sol sa( UI uc OP sapPpaTidoid Sons a las o aiqos it+aHai op 'so+!aa -uoo cassa lpuluipxa t?olsHp+aui ç aqt?a 'o-lup+ua ON o-la apeplpai 'apppHqlssod 'appplssa9au 'apepíun 'oB3Tay -iad 'anual 'opo-l 'ato?dsa 'oiau?8 'p5uaialrp 'oE5tsodo 'apt?pT-luapr oui03 'aTa B a+uauit?laia) sopé?STT solTmuoa sosiaAlp B a las oe aluauipnu!+um as-uiaiayai selou?ta sp sapo-l 'pias nO uiapuadap smnb sop soTdlouud se a uueSllsaAu! sela anb o.tajqo o 'uinuíoo o:luauiepun} o optou?TO spl+no st? sepo+ B mauaoy anb eoTSHu+aui E S sair?tno!-lied sag5euluuialap Sons ap a-luauia-luapuadapul las o 'g o+sT '..las o3upnbua ias o,, ppn-lsa as lenb eu 'eUosollJ t?p ieapnu a.liedep as-p.lpiJ. sopTluas sop saque-lslp slpul sp 'o-tuu+lod 'a 'sTusaaATun STpui spsnea sp t?3snq anb B spui '-- TaAls uas oluauiloaquoo op souiT3ipd anb ?l ia3aqu03 op uuapao pu piTauiTad ? oçu pnauaTJd eyosoly y lnai nsloo p ollaouoo op ol?5unbapn eu alsTsuoo ala p.ipd anb 'appplaA ç iuSaq) apta-raid saia-]g]sliy 'o+uamToaquoo op PTioa] pns PTad o-lla3u03 0 alpalsqp uapd oquTun?o oiTapep -laA 'oç5n pap elad slodap '-- pstoaidun anbiod 'Blid -giduaT oç3BI.lsqe euln ezTia-l) i a oç5pzTTpiaua8 ap ossmoid uu n g anb -- oç5nput PTad a-luauTeíolui 'slpsiaAlun sollaouoo se pioqpTa 'saipTno!-lapd sps -TOD snp slaAJsuas suaSeuil SPP optar-lit?d 'ol3ala.lut o Tpnb ptad 'oç5t?i-lsqP PTad uppolTdxa g SBlap! sup UJaStio B 'aTa piBd 'mlugleld falou?9sluTuai pp t?u -oa-l t? B t-llm saTalg-lsriy 'olDadsp asma qos :o+uaw -!oaliuoo op a-luoy pitautid p oçs sopé-luas SO Ol+no op uin uiapuadap sala ouüoa ini.lsuouuap a pu -olopl op TaAJsuas oluauiloaquoo o irnSut+stp pat3d soa -!sHP.lau] solla3uoo se psn ui?qmp.L 'o(hm uun ap oe5 -layiad t? 'o+p o 'Buuoy t? ouuoo t?uu p t? auyap sala:lg+sW '(Buiioy) quite a (euç).lpu.i) odiou aalua oç5pTai B apoltdxa op 'puulllç p lsaN pzz//p o aipos a po?s@a?aly seiqo spu e+sodxa g 311?-1o-lslie o:luauuraaqu03 0p PTioal y ! 8' 0 > 0 $ 0 () )>Z 0 0=> S U e L U :0 0 ! F F E É E [ E ! k } E E E E } l l ç) anb o las ap at3xlap uvas 'olu no ia-l apor t?!ouçlsqns p anb olnqlilp o g aluaplap o ' a anb o ellas oeu eTouçlsqns B 'asse?-IREI aqT as 'anb opoui IPI ap PT3 u?+sqns ç wgAu09 anb o+nqTa+p o ? elas?ssa p . sípluapíou no slplouassa las uaapod so]nqTi]B sass] solnqli:lP sop aliodns o '..oulsauu TS uia ? anb OTTnbp,, ? el3uylsqns y PTauçlsqns pum ç) algwa anb aaç; eppo :p70z/??sons ap o+laouoo ou TaAIS çla3u! o a TaAJsuas opunu o nTunai 'oçlpTc[ ap selapT spp uíioa] t? ip-tTafaa t?apd 'anbiod ..plla] y n?o op splap} su zpi.l,, salalglsliy anb iazlp as-pulnlso) aluap!)o a opugssa :Dpu gisqnS s?saPO oi+enb st?p elioa-l B iapuaaiduuoD t?ipd uaaAlas 'zaA t?ns aod 'se.ltaiuoo sais:l play).luuu-PuiioJ !p!)uç?lod- o.lt? :a-luapl3e-el3u?ssa-píouçlsqns :ojosgttJ OTad seppzITea.r slp+uauippunJ sag5ullstp s?l-l laAalo sap souipA 'post?+o+sTip UTioa} B iapualua ei?d TaAISTTa-luT opunuü a laAJsuas opunuu ai-lua ol5Tsodo B aiqos TpolPpa oç5e+aidia+uT tens a OBjpjd ap spTapT sep 13láoal B psnoal 'olup-l lied o+uaui }Aoui op 'p5uepntu ep Bzalnluu E iapuaaaduíoo a oluauiloaquoo OP el:ool V q laAJsuas opunw op o:fuawj)aL4 um OE? seAl+elai saQ+sanb sep wgle og+sa anb 'e)lslJ e wapumsuei+ an b seca:f ap i falei:f iod '..wgl e,, owm oplpua:fua lo;f 'lc?l)edsa a+uaweind '..slodap., asma 'a:fuawiolia+sod ,nlsl:f ep slodap,, 'eras no 'oi/sÚo+am :mlslJ ap s eiqo se sêde oi/am/}doÚoso/l/' e no)olm 'sala:fg:fsliy ap seiqo se inglssep oe 'sapos ap mluoipuy opuenb ')e l oln)?s ou nlgins m/sláo+aw owia:f 0 Haripe:l:i:uí:ü'l:raE IÜ li Por exemplo: a substância individual "esta pes soa" tem como características essenciais os atri- butos da humanidade (Aristóteles diria que a racionalidade é a essência do ser humano). Os aci- dentais são, entre outros, ser gordo, velho ou belo, atributos que não mudam o ser humano na sua essencia. Matéria e forma Além dos conceitos de essência e acidente, Aristóteles recorre às noções de n'zafér;a e ./brmcz. Todo ser é constituído de matéria e forma, princí- pios indissociáveis. blatéria é o princípio indeterminado de que o mundo físico é composto, é "aquilo de que é feito algo". Trata-se da matéria indeterminada. Quando nos reíêrimos à matéria concreta, tra- ta .cn H n mnf/r;n epal/,7 Hn Forma é "aquilo que faz com que uma coisa seja o que é". Nesse sentido, a forma é geral (o que íaz com que todo animal ou vegetal sejam o que sãos. ! PARA SABER MAIS A semente, q ua ndo enterrada, tende a desenvolver se e a tra nsforma r se na arvore que e em potência. Porta nto, todo ser tende a tornar atual a forma que tem em si como potência A forma é o princípio inteligível, a essência comum aos indivíduos da mesma espécie pela qual todos são o que são, enquanto a matéria é pu ra pas- sividade e contém a forma empofê/zc;íz. O movimento (devir) é explicado por meio das noções de substância e acidente, de matéria e forma. Para Aristóteles, todo ser tende a tornar atual a forma que tem em si como potência. Por exemplo, a semente, quando enterrada, tende a se desenvolver e a se transformar no carvalho que é em potência. Ao afirmar que todo ser tem em potência a sua essência, Aristóteles desenvolve a teoria essenc/a- //sta, que perdurou até a época contemporânea filósofos como Ma rx, Níetzsche e Sa rtre a critica ram quando aplicada para compreender o ser humano Para Marx, não há essência humana, porque o ser humano se produz pelo trabalho, conforme seu contexto histórico-social. Nietzsche recusou todos os modelos metafísicos para o mundo e para nós mesmos. Para Sartre, apenas as coisas e os animais são"em si",enquanto o ser humano é"para-si", por estaraberto à possibilidade de construirele próprio sua existência Potência e ato Ao explicitar os conceitos de matéria e íbrma, é necessário recorrer aos de pofé/zc/cz e afo, que expli- cam como dois seres diferentes podem entrar em relação, aquando um sobre o outro. Então: . A potência é a capacidade de tornar-se alguma coisa, é aquilo que uma coisa poderá vir a ser. Para se atualizar, todo ser precisa sofrer a ação de outro já em ato. O ato é a essência (a forma) da coisa tal como e aqui e agora. Recapitulando os conceitos aristotélicos: todo ser é uma substância constituída de matéria e forma; a matéria é potência, o que tende a ser; a forma é o ato. O movimento é, portanto, a forma atualizando a matéria, é a passagem da potência ao ato, do pos- sível ao real. O conceito aristotélico de potênc/a não deve ser confundido com força: trata-se de uma potenc/a/i- dade, a ausência de perfeição em um ser que pode vir a possuir essa perfeição. Nesse sentido, até hoje costumamos nos referiràs potencialidades de cada um de nós. Seguindo o critério aristotélico, refeita: quais são suas potencialidades essenciais? E as acidentais? Não se trata de uma atualização de uma vez por todas, porque cada ser continua em movimento, recebendo novas formas: os seres vivos nascem e morrem, o feto se transforma em criança e, na sequência, em adolescente, jovem, idoso e assim por diante. Unidade 3 0 conhecimento .d 6S13'=nu ]l!!l!:!!! apepaaA ep üsnq y o?3eld smb ouoo 'star?-l nun selou?ssa spp opunu o aeTio uiau (saplu?uipd ouüoo) ]as op apt?pTtlqouaT B ipoUI.lsnr osToaid g OBU 'oss! uuoD 'lpnpulput estai upBO B sopeallde OES so+Taouoo souisau sassa 'sTesaaATun so3Taouoa uü09 ZPI as oluauuToaquoo o as 'sala-lg-tsi:rV eapd oçlEld ap seTap} st?p t?!ioal B no-tlajai 'a:luaupn$1 laAlsuas opunuu ot? o.luauimoui o opulzn pai 'laAgulT g [as o anb opBuaíUP ia-] iod 'sapTu?unpd eoT]Tio opouí oulsaui o(l 'oduua-l ouisauü o? las o?u a las apod oçu las uln anb 'oç51pBi-]uoo ap OTd]ouTad otad ']] aoauBuu .iad anb opte a ppnuu a nb oSp ?q oç5euiaoysut?i} t?po} uJa anb t?ilsuouiap saTalg-lsTay 'o+uauimou a+uB+suoa uia PAe]sa opn] [enb o opurüas 'o.]]]o?iaH ei-]uo3 oç.Ibid a sapTu?uuat?d 'o-lTlo?aaH opn-laJqos 'uieaap aoa-lup o anb soyosglU se n03T:lTao 'soolsHP-lauu saltão uoo se a sooT8gT soFd;aulid cassa uio:y(..eoTtglo:lslip n)TSgl,, 'l l otnlldm aaA) leuaoy poTSgl up soldloulid se naoataqe+sa salalg+sTay 'poTSHelauu pp uagW 'ouça-la g sala:lglslW piBd aé: 'o:]uauiTAou o uieaT]dxa anb spsnuo sp OBS st?ss] '(3-la psot8ltai oç5oAap e 'eu g18 B 'ezataq B :en2?lsa e iazpy ap apBplputy p) pllay g psloo B /pnó o pipdolTnbe g 7auZ/'psntlo e . :(aiTnbpe en+?lsa B anb euiioy e) ias o apz/a7 psToo B anb OTTnbB g /omiofesnBO B . :(Blapoui B anb lolln3sa o) o?z/a ? to op oslnduiT ?p anb elanbp g a/ua?o@a Psn?o p . i(alouüJ'euü o) p3Tay g psTm B anõ ap olTnbp g 7p?ia/p esneo e. :pn-l?-lsa euinu 'olduiaxa iod 'etP9W aPeeI ep sop+suo solosgtlJ solar ollala p pppAat salalglslxy ap einllalal B uieatput soluz se a uniel o plpd oç5nppll y (sesnea selar oluauiloatiuoo) oillu6oo mn/DsnDD :eo lg olslle Ptougla ep aseq B ulPlquial anb splatnqel uie8aizeo solup 'ellosoltJ ep oçqlepaui op open oy (80ST) otzueS laeletl ap 03sal;p 'p!/osoilJ ap aqle+aQ saxossooa)ue soe solo)glslxy op eo )}x) g anb ..oç5Tayaad, ouioo 'Tpi:lp opn-l ala 'oç5ea:lt? iod aAoui sna(l :lpuU psnea ouoo uiTS spu 'a+ualoya psnpo ouço ao:loura oiTauiud o g o?u sna(l anbiod ZlaAgui! opuas 'laAouu apod sna(l ouloo 'olHE-lua ON a.lua.l slxa opor ap uiTaulrid BsnB=) 'oTl?ssaoaN aaS 'oinc[ o:ly ? sna(l 'sala:lglsTW opurüaS '(etoug+od euinquau umas) olp oind uan uigquip:l g (Ol+no uinquau iod opuoul las o?u aod) TaAguil Jo:loW oiTauaTid asse pso1811ai ogu a mggsolg ? nll?+ o+slie P18oloa+ e osso iod ,.o+uauuesuad ap o+uauu esuad,, g 'ouusaw is e esuad anb 'o+uawesuad oind ? a]] a+uauilenplAlpul salas se ewe ulau nat4um oçu sna(] 'sa]a:fg]s]iy opun8aS iope]i) ? oçu sna(] olue+iod 'euia+a g t?li? euu ç? 'so81:fue so8ai8 se lied (alua8u13uoo OFU a) olaçssaoau las uin 'ppesnpouT zaA ?ns aod 'esnpo eaTauiTid euln }!:lTuipe osloaad ? 'st?snuo ap PTau?nuas eu o-lTuyu! op il o?u eaPd 'aluBlp iod uiTssp a 'a-tuaSuT:luso g uJ?quis:l anb 'las Olmo iod opTznpoid loy aluaSu!.l uoo las opo:l 'Trás nO suta t? saioTia+xa susnpo iod st3plznpoad oçs anb ilnTouoo osToaid ? '-- eTau?.l .sua pns ap o?zt?l p spuusauu !s uia u93 oçu STod -- sa?z/a8z/z7z/oi oçs sesloa se as 'anbiod sna(l 'Eras no 'oll?ssaoau a ioTiadns aas uun ap PT)uglsTxa ep o:luauiloaquoaai OB epal spsToo sp ai-lua sag5elaa spp OE5liosap y PTSoToa+ puinu 'oumlp ou pooquiasap eoTTg-lo:lsue etyosoTiy ep eoTiga-l pin-lni-lsa B epo.L 'leuty a a)ualaya 'puiioy 'lplaa-lBuu :osnoi pipd sopé-luas oi-lpnb ?H eTidgid g aqT atü BuuioJ t3 iBz]]t?aa ap uia) ias opo:] anb elougpua] t?u a:lsTsuo) ilAap O ..Ol+no iod opTAoui aluau -eTiessaoau g aAoui as anb o opn+,, :sala+93suy ui03 0piooe ap apor//22snoo ap o?<zou?id o oiela slpua WEuio-l saiolia-luP sag5eiapTsuoo sy sosno] oilonb sop olioa} ylaAguil lo)OW o4aulxd :snaQ < 'P ! !a ;!;vla ;!l;!a !pu impregnação religiosa nos princípios morais, tacos e jurídicos da sociedade medieval. Como não poderia deixar de ser, a grande tão discutida pelos intelectuais da Idade Mi a relação entre razão e fé, entre 6llosoHla e te- Destacaremos aqui duas tendências Htlosófii patrística e a escolástica. No período posterior à fllosoíla clássica teve início o helenismo, marcado pela influência oriental. As principais expressõesfl losóficas fora m o estoicismo, o epicurismo e o ceticismo.Trata remos dos dois prk meiros no capítulo 20, "Teorias éticas". Quanto ao ceticismo, sugerimos consultar o capítulo g,"0 que podemos conhecer?' b Paüística 8 A Idade Média compreende mil anos de história (do séc. V ao XV). Após a queda do Império Romano, armaram-se os novos reinos bárbaros. Lentamente bi introduzida a ordem feudal, de natureza aristo crática, em cujo topo da pirâmide encontravam-se os nobres e o clero. A Igreja Católica consolidou-se como força espi- ritual e política. A influência religiosa deveu-se a diversos motivos. A Igreja representava um ele- mento agregador, numa época em que a Europa estava bastante fragmentada. Do ponto de vista cultural, atuou de man eira decisiva, pois a herança Breca-latina foi preservada nos mosteiros. Em um mundo em que nem os nobres sabiam ler, os monges eram os únicos letrados, o que justinlca a A filosofia medieval: razão e fé A pafrúfíca é a filosofia dos chamados P; da Igreja, que teve início no período de de cia do Império Romano, quando o cristianist expandia, a partir do século ll -- portanto, na Antiguidade. No esforço de converter os pj combater as heresias e justinlcar a íé, aqueles rel sos escreveram obras de apologética, para jusl o pensamento cristão. / Pagão. Aquele que não foi batizado. No contexto, os religiosos chamavam pagãos os filósofos gregos, por terem vivido antes do cristianismo. Heresia. Doutrina que se opõe aos dogmas da Igreja. Apologética. A apo/ogia é um "discu rso pa ra justificar; defender ou louvar". A apologética tin ha por objetivo jus- tificar racionalmente a fé cristã e defendê-la das heresias. 6 Os monges copistas cumpriram uma função importante na Idade Média ao reproduzir ou traduzir as obras clássicas. Os manuscritos, em letra gótica. eram amados com iluminuras -- ilustrações com figuras e arabescos. Cada capítulo geralmente começava com uma capitular -- a primeira letra -- em tamanho maior e ricamente trabalhada. Tratava-se de uma arte e, como tal. exigia habilidade e talento. Pense nas bibliotecas medievais. situadas em abadias e conventos, e no tempo exigido para a produção dos manuscritos. Ç)uem decidia o que precisaria ser copiado? Ç)ue pessoas tinham o acesso às obras? O que significou. no século XVI. a invenção dos tipos móveis por Gutenberg. permitindo a divulgação mais rápida de livros pela imprensa? O que mudou nos tempos atuais. com a infomtação circulando pelas infovias da intemetv Pesquise sobre a proporção de pessoas quem têm acesso à internet atualmente. Ç)uais as consequências da exclusão digital. num mundo em que a infomtação está cada vez mais digitalizada? ! Z = luminura medieval, l3oo-l3lo. Unidade 3 O conhecimento Et olnilde) opepiaA ep e)snq y 0L6t ap eppDgp eu seuade 'oçsupdxa ens gle 'sounle ap olulsal oxaumu uin e uietpuale uienngas as anb se a falsa 'unsse epuny (dSn) olned oçS ap apeptslaAtuQ e 't€6t ap elpp apeptslaAtun enaunid e spui '(PL8t uia 'lun ewtlua8ua IZ.281 uia 'soolpunl :808t uia sooúmn3-00tp?ui) XIX oIRo?s ou sope+ueldun uieíoJ salouadns sosma ']]sel8 ON sop\uQ sopets] sou '618t ua 'enaunJd e :XIX oln3gs ou seuade uien&ns sapBptslaAlun se 'oç5eztuoloo aP opolzad o8uol oe OPuaP 'eou9uiV eN llX olnogs op eles anb 'Pnale18ul eu 'pzolxO ap appptslaAtuQ ep otpgid o oulm 'aloq ?lp uialslxa eoodg planbep sag5nxtsuoo setinyl eDtlçuia+eui 'eluiouoilse 'eolsll 'ollaztp 'pulolpaw 'el;osollJ 'e}8oloal eAepnlsa as stpnb seu 'edoln3 eu l sapeptszaAtun 08 ap sleui sepppunJ l uelol MX oe X oln3gs OQ 'çs .d 1861 'assnoae'l ;slit3d 'açsnoip'7 arzb?io7s?z/ st?/Jy :aluo=l 09€ 1. a OZZ 1. oiluo sepelio sepeplsioAluR 0ZZ 1. ap saque sepelio sapeplsiaAluR t H q 4 ouloleS n sqodÇN:H .plsDiad B bb.. P ePIJ91 H ':ãilgZ.-$1:,i .. «"'p,..- equolo8 H H cn66etJ !t$ H iallledluoH ",«'« -T T H OÇt4ulAV llloola/\ n enpçd l olqouoJ9 ezuool/\ eoueuueles H PlloPelle/\ H elou91ed a H asnolnol H Shot.le0 elquulo0 .i { l + + sue91J0 a SIUvd a vdoun3 B SJa6uV 0 )lINVllV )NV330V9VUd a í' ,çgu p-q'!o o6pliquieo'ü:l: &. .#----'-!--?%éw l .9 ! \ Z € 8&UhlX ')gs :oe lllX ')gs) seladoina sapeplsaaAluR oulnby ap s?uio.L TOJ n)!lsçTODsa t?p alut?luasaidaa tedlouTad O ..plgoloal pp Baías,, ouioo pnu!.luoo Dizei B anb uia 'gJ a oçzBI ai:lua u5uBlle B nTlstsiad 'opolaad assai !+sTao elJosollJ pp oçssaadxa BAou ouoa nTSins oo?/s?/ciosa 2 'sp5ut?pnu spssap i!+ipd y len:loalalui oç5e:luauiiaJ ap atou?taoxa iod soooy uiPiuuiol as anb a 'leuolopi OTad o:lso$ o papa lpuT anb o 'Pdoin:l B ?pol iod sapupTsaaATun selada tiuT ap ol3uT.ro e TOJ ossa30id assau le-luauuepunJ eluuouolnp pns PAposnq OEzpi B anb uua sa-lpqap a oç5e.lsa:luoo ap oduua:l Orou o uiPAelounue suis aias a pfaiST t?p appplun t?p t?in-ldni ap sp5t?auiy oupqin o3uauilospuaa op oçzel ua opn:laiqos 'lX olnogs op iT-lied p ?r pin+ln) PP oduieo ou slu+uau epunJ st35uppnui uielaaiooo 'pTpgN apzpl exTeq ouloo opToaqu03 'tpAaTpaui opoliad opunSas ON saioppsuad soTi?A ?faigl pp saiped sop t?!ou?nU B aualoua !o:f 'eTp?lly apPpl t?31y ouoo PPToaqu 'lpAaTpauu opoliad op ape:latiu piTauulid eN o.laaioo ipsuad laAlssod guio-l a oçzpl t? puTunl! sna(l 'TOS o oul- TP+ :s?uaala sapppiaA spp o:luaulToaquoo o sn; ap souiaqmai 'o?iz2z/? n/? pp o?ioa/ E opung; 'spulATP seTap! st?lad ouiTlttl a-lsa nln:lllsqns spi .splapT SPP opunui a TaAJsuas opunuu,, op eal .g+pTd t?!uioloolp e noulo:laa oquTlsoSy eaTq zp a.fiou op appplo 'puodlH ap odsTq '(0Elt,-t,SI onu!+soSy toJ mllslaled pp auuou [udTouTid O '!.lsiio ?uT}3nop B u( asaluls apuPoS euun uueiuzlleai 'oçSpd oluaulpsu o opupldEpy ooTUQlptdoau uln '(0Z,Z-t,0C) ouT:loH ap eiqo ç a3uauiPloTu! ui?lallooal saipzd SO .iapua3ua pss' anb lied otai3. t? ylu8TS anb '..mo87//a/u7 7n opaiJ, olssaidxa E uuoo fitou?puas essa ezl-la:luta oqullso} upt?uTpioqns ela t? 'o+ut?.tlod 'a N pp iptttxnu oul( o?zpl p imaquooai eApalylu8TS apt?piam pu oçzel N ai-]ua p5ut?]p B 'pTpgW apPp] B ppo] aluein(l 'R ZP e0llsÇl00s: < al€ st?alSgtoa+ sapepiaA sç eolss?la P5ueiaq pp oç5pnbapp ap oqlpqBI) oe apt?pTnuT:luoo opupp 'e8Tlut? pin+Tno B uut?apupo:lai oolpgdoTOTaua iaqBS apq ] b Tomas de Aquino: apogeu da escolástica contra o saber intransigente dos escolásticos, fiéis demcais à astronomia e à física aristotélicas e, por- tanto, avessos às novidades da ciência nascente. Durante a primeira metade da Idade Média, Aristóteles era visto com desconfiança, ai nda mais por- que as traduções feitas pelos árabes teriam interpreta- ções que os religiosos viam como perigosas para a fé. A partir do século Xlll -- no período do apogeu da esco- lástica --, Tomas de Aquino ( 1225-1274), m onge domi- nicano, utilizou traduções de Aristóteles feitas direta- mente do grego. Sua obra pri ncipal, a Suma reoZ(ágccz, é a mais fecunda síntese da escolástica, por isso mesmo conhecida como filosofa aristotélico-tomista. Embora continuasse a valorizar a fé como instru-í mento de conhecimento, Tomas de Aquino não des- considera a importância do "conhecimento natu- ral". Se a razão não pode conhecer, por exemplo, a essência de Deus, pode, no entanto, demonstrar sua existência ou a criação divina do mundo. Uma des- sas provas é baseada na Me/c!/k/ca de Aristóteles, quando o movimento do mundo em última instân- cia é explicado por Deus, causa incausada. Além disso, tal como Aristóteles, para explicar o conhecimento, Aquino reconhece a participação dos sentidos e do intelecto: o conhecimento começa pelo contado com as coisas concretas, passa pelos sentidos internos da fantasia ou imaginação até a apreensão de formas abstratas. Desse modo, o conhecimento processa um salto qualitativo desde a apreensãoda imagem, que é concreta e particular, até a elaboração da ideia, abstrata e universal. Daí em diante, a influência de Aristóteles tornou- se bastante forte, sobretudo pela ação dos padres dominicanos e, mais tarde, dos jesuítas, que desde o Renascimento, e por vários séculos, empenharam se na educação dos jovens. b A questão dos universais O que são os universais? O iznZpersa/ é o conceito, a ideia, a essência comum a todas as coisas. Por exemplo, o conceito de ser humano, animal, casa, bola, cadeira, círcúo. Desde o século XI até o XIV uma polêmica mar- cou as discussões sobre a gaesfão dos zz/zzpe aís. Em outras palavras: os gêneros e espécies têm existência separada dos objetos sensíveis? As espécies (como o cão) e os gêneros (como os animais) teriam existência real? Seriam rea/zdízdes, Zde/as ou apenaspa/arras? As principais soluções apresentadas são: realismo realismo moderado, conceptualismo e nominalismo. . Para os realistas, como Santo Anselmo (séc. XI) e Guilherme de Champeaux(séc. XII), o uni- versal tem realidade objetiva (são res, ou seja, "coisa"). Essa posição é claramente influenciada pela teoria das ideias de Platão. O realismo moderado é representado no século Xlll por Tomas de Aquino. Como aristo- télico, afirma que os universais só existem for- malmente no espírito, embora tenham funda- mento nas coisas. Para os nominalistas, como Roscelino (séc. Xl} o universal é apenas o que é expresso em um nome. Ou seja, os universais são palavras, sem nenhu ma reaHdade específica correspondente. A tendência nominalista reapareceu com algumas nuanças diferentes no século )(IV com o inglês Guilherme de Ockam, franciscano que repre- senta a reação à HilosoHia aristotélico-tomista. A posição conceptualista é intermediária entre o realismo e o nominalismo e teve como principal defensor Pedro Abelardo (séc. XII), grande mestre da polêmica. Para ele os univer- sais são conceitos, entidades mentais, que exis- tem somente no espírito. As divergências sobre os universais podem ser analisadas a partir das contradições e fissuras que se instalaram na compreensão mística do mundo medieval. Sob esse aspecto, os realistas são os par- tidários da tradição, e como tais valorizavam o u ni- versal, a autoridade, a verdade eterna representada pela fé. Para os nominalistas, o individual é mais real, o que indica o deslocamento do critério de verdade da fé e da autoridade para a razão humana. Naquele momento histórico do final da Idade Média, o nomi- nalismo representou o racionalismo burguês em oposição às forças feudais que desejava superar. PARA SABER MAIS O pensamento de Tomas de Aquillo ressurgiu no século XIX por obra do papa Leão XIII. O neo tomismo representa o esforço de restauração da fi losoüa cristã". No Brasil, encontrou terreno fértil Desde a Colónia osjesuítas ensinavam o tomismo e, em lgo8, foi fundada no Mosteiro de São Bento, em São Paulo, a Faculdade Livre de Filosofia e Letras, na qual ministraram aulas filósofos belgas segui- dores dessa tendência No entanto, se a recuperação do aristotelismo revelou-se recurso fecundo no tempo de Tomas de Aquillo, no Renascimento e na Idade Moderna a escolástica tornou-se entrave para a ciência. Basta lembrar a crítica de Descartes e a luta de Galileu Unidade 3 0 conhecimento EI oinilde) apepieA ep e3snq y ç;t, 'd 'ç;861 'palaluold UAON :oaTauef ap OQI 'prol 27p arroz/ O 'oliaquiQ '033 saTalg-lslW ap sosspd se nln8as p.lsTuío.l a.lualaaA t? oluenbua 'ouisluo-lptdoau otad pppTouanIJUT toJ euelu}.lsoSe oç5lpei-l E :..çlsTio eUosoly,, ppuuauq) UTad suplznpoi:luT sag5e3depe se spppiapTsuoo 'eipglq apppl pu nalloDO ousam O sala-lg-lsriy Bíianb ouioo 'lpnplAlpu} esloo pppo B soppottdp 'sTesaaAlun se-lTaou03 sop olaui iod opta aquoo o g Trai as no seoluglpld st?!ap! se ols slpai as :oup!+!loeiaq itAap ouça-la ou no eapluauuapd appplllqom! pu oproaquooai g ata as :las op ossaap ossou ?p as ruim uapAeatTdxa Tpnb eTad piTaueui PP uaPípuadap sojosgTlJ se aa+ua Selou?SiaAtp sy spTap atou?ssa p laoatluoo uua-lTunad sou no spsToa st?p selou?ipdt? sç uuapuaid sou anb se-luaulni+su! ouuoa oçzul pp a sopé-luas sop sag5unJ sp uup.r!:x -sTP sogaaS se anb souiA OTn-lldeo op OTOJut OX opueslAaB E; apeplleai a wa8 en8ull al+ua oç5elai e ç) ogssn)slp wa olsod g anb o 'uua8engull ep egosolB eu ouum 'sPauçioduua+um seBosoly slen+e s c? N el)u?liadxa elad o81e imat4um laAlssod g gs slod 'ls uua uua+slxa ogu selapl se anb wailnl)um oe 'se:fslleuluuou oçs l)elltpuo) a awnH 'saqqoH) selslildwa se:fosglg SO elpgW apepl ç o+li+ -sai euualqoid wn ? oç?u slesiaAlun sop og:fsanb y sipszaAlun sop ollsanb pp oltsgdoíd e aunaqltng taJlf ltnlout souüeliapod lenb eu elougpua} e anal;tluapl P'..sesl03 SB ellulf uiazelf sou opuenb seuade sou8ts ap sou8}s a sou8ts as-ulesn a aAau e azqos sepe8ad sp oleado ap e\apt ep sou8ts uiela ouoo 'sou8}s solnd meia 'enA oçu epute anb oleADo uin aui-leln8lJ eles saque eAesn na anb 'setapt se anb opor a(] [ ] le]n8uts op oç5tn]ut E 'oua]d o]uaunaaquoo o Fias assa ] (o]-çuiptp septoap ouioD opoui o elas anb lanblpnb 'ozono oçu a oleAeD asma no) ollauni8 ? anb sela.h eppudoldp eiDUBjslp p salaAllsa opuenb aluauios = otlaAeJ no ollaunz8 as pputp seqles oçu anb owsauí 'oleado uin g anb laztp sçxapod 'olzad sleui iaAtlsa opuenb 'uilJ xod 3 ouse uin no oleado uin g as epute seqtes oçu anb ousaui 'leunue uin auioo se-el-tullap 'i+ ap leunxolde as opuenÓ osualxa odzoo uin owoo el-tullap uía se-al-JplualuoD 'pus anb o sapualua oçu a a8uol ap esl03 euin81e sgA nl aS,. o5tAou oe eotldxa unssp a olfosgltl uin g auuaqltng sauluo sun81e legtlsaAut ezed ZZet wa ellçll eu oueDtutulop onalsoui uin e uiegaqo anb 'ospy o5}Aou o 'otndlastp nas a 'alltAzatse8 ap auilaqltnE) 'sg18ul oupDslouelJ uin ap elzg+stt[ e e]uoo 'oo= opaquiQ ap aDupuioz 'osol op amou O l986L) OSOJ pp amou O ap euuau Ê] o lied oç5e+d epe eu ja[[[Aia;]seE] ap auuiayl! n OI Álau uo) u eaS a losPV o31Aou ol ia+elS uel:fslit4) \ Z
Compartilhar