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REDAÇÃO ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

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Aluna: Daiane de Lima Rezende
Pós-Graduação: Gestão Do Ensino Superior Público E Privado
Disciplina: Ética e Responsabilidade Social e Profissional
Ética e Responsabilidade social
A ética está voltada para a atuação do homem, tal como é ou deveria ser, podendo-se dizer que ela gera normas e regras com intuito de orientar as condutas humanas em suas relações sociais e organizacionais.
Entendemos por Responsabilidade Social como uma forma de se programar soluções para os problemas sociais, cultivando um conjunto de valores e formando uma cultura interna e externa e tem como alicerce para sustentação a ética e a Cidadania.
Pensar em responsabilidade social é pensar em ética. Como já tivemos uma base da ética na competência anterior, acredito que possamos dar mais esse passo na construção do nosso conhecimento A responsabilidade social tem como base que a atividade de negócios e a sociedade estejam interligadas. Isso cria certas expectativas na sociedade em relação ao modo como a organização se comporta e no modo como ela gerencia seus negócios. Assim, a responsabilidade social passa a ser uma estratégia importante das empresas que buscam um retorno institucional a partir das suas práticas sociais.
Responsabilidade Social, portanto, diz respeito à maneira como as empresas realizam seus negócios: os critérios que utilizam para a tomada de decisões, os valores que definem suas prioridades e os relacionamentos com todos os públicos, com os quais interagem, não custa repetir O negócio baseado em princípios socialmente responsáveis não só cumpre suas obrigações legais como vai além. Tem por premissa relações éticas e transparentes, e assim, ganha condições de manter o melhor relacionamento com parceiros e fornecedores, clientes e funcionários, governo e sociedade.
Ou seja, quem posta em responsabilidade e diálogo vem conquistando mais clientes e o respeito da sociedade Diretrizes para Implementação da Responsabilidade Social nas Empresas.
A responsabilidade social é muito mais do que um conceito. É um valor pessoal e institucional que se reflete nas atitudes das empresas, dos empresários e de todos os seus funcionários.
Para muitas empresas exercer responsabilidade social é simplesmente fazer doações e desempenhar ações de filantropia. Tais empresas apenas praticam ações de responsabilidade social e, em muitos anos, de forma esporádica e casual.
Existem sete diretrizes para a implantação da Responsabilidade Social nas organizações:
Adotar valores e trabalhar com transparência.
Valorizar empregados e colaboradores.
Fazer sempre mais pelo meio ambiente.
Envolver parceiros e fornecedores.
Proteger clientes e consumidores.
Promover sua comunidade.
Comprometer-se com o bem comum.
Abordar o tema da Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é ir além do modismo ou dos sonhos alternativos assistencialistas. A sociedade atual possui mecanismos vorazes que consomem pessoas e a natureza, que excluem e segregam um grande contingente de seres humanos. Ao tratar do tema com a seriedade necessária, será inevitável o questionamento da estrutura social e econômica vigente em nossa sociedade.
A responsabilidade social que de fato interessa é aquela que habilidosamente se articula com uma práxis transformadora plena, ou seja, que supera a prática como uma estratégia de mercado, um mero assistencialismo caracterizado pela ausência de proposta emancipatória, que, repentinamente, segue imprimindo e legitimando uma ordem social injusta e perversa em que as pessoas são “coisificadas” e as coisas são dignificadas.
Existem atualmente inúmeras certificações e premiações para corporações que se apresentam como socialmente responsáveis, a partir de diversos indicadores. Como apontamos nos parágrafos anteriores, é sempre necessário observar quais são as reais motivações na busca destes prêmios e certificações, pois eles acabam atribuindo valores para a imagem corporativa que se associa às práticas socialmente aceitas como éticas.
As empresas são agentes sociais, pois elas criam novas formas de sociabilidade e relações sociais, “elas controlam determinados bens, estabelecem novas relações na sociedade onde estão inseridas e provocam modificações no ambiente sociocultural”.
Existe hoje no Brasil um farto material documentado revelando essa relação entre ditadura e organizações empresariais. Outros países, tanto no continente americano como no africano também possuem documentos desse mesmo tipo. Este episódio demonstra a dimensão de atuação e as responsabilidades que recaem sobre as empresas e seus gestores na vida política e na sociedade em que elas se encontram.
Na condição de “pessoas jurídicas” as organizações possuem valores? Em princípio podemos dizer que não, visto que os valores são humanos, inerentes às pessoas. Contudo, as empresas são dirigidas por pessoas que, por sua vez, possuem determinados valores éticos e humanos, portanto, são as pessoas dirigentes das organizações, que possuem valores.
Assim a ética, também a empresarial, será exercida a partir dos valores partilhados e dialogados pela sociedade. E toda as vezes que as práticas se distanciarem dos valores consagrados pelo grupo se incorrerá na ausência da ética. Um valor consagrado por nossa sociedade é a vida humana. Assim, toda prática que resulta em ameaça à manutenção da vida é repudiada e tende a ser condenada. É, portanto, não ética. Por outro lado, ações que valorizam a vida são tomadas como práticas em consonância com a ética. Parece simples, mas, não é. Como existem outros valores presentes na sociedade, a tomada de decisões sempre será algo complexo, já que incorrerá, necessariamente, em uma escolha baseada nesses valores. Aqui voltamos uma questão crucial de nossos estudos: os valores que fundamentam as práticas empresariais coincidem com os valores éticos? Daí decorre a necessidade de uma reflexão permanente sobre a RSE, pois as práticas responsáveis devem garantir este encontro entre os valores da organização e a ética, mesmo sob pena de redução dos ganhos. 
Quando adentramos a reflexão filosófica, entendemos que os valores éticos resultam dos desejos humanos. Assim, por exemplo, a justiça é um valor porque há pessoas que a desejam. Semelhantemente, a verdade passa a ser um valor porque há pessoas que desejam a verdade como fundamento das relações humanas. 
A ética aqui é entendida como “lugar habitável”, isto é, lugar de viver e conviver, espaço que possibilita a vida, o bom e o justo para o ser humano. Enquanto espaço humano, não é dado ao ser humano, mas por ele construído ou incessantemente reconstruído
Cidadania é uma expressão que guarda uma grande complexidade. De modo geral, podemos dizer que cidadania resulta do gozo do direito. Diferente do senso comum que insiste na ideia de que cidadania é a “relação entre direitos e deveres”, cidadania é, primeira e fundamentalmente, o exercício do direito.
Vimos que a ética é a busca da melhor forma de viver e conviver. É tornar o mundo um lugar habitável, ou seja, em que a vida seja possível e plena em sua realização e na relação com as outras pessoas.
A palavra responsabilidade tem um sentido muito interessante. Significa ‘dar uma resposta com habilidade’, ou seja, atender uma determinada situação de forma habilidosa. Neste sentido, ela se relaciona a ética, que, por sua vez, busca tornar o lugar habitável para a convivência humana. A responsabilidade profissional implica, portanto, em buscar constantemente a melhor forma de viver e trabalhar no ambiente corporativo, em atender aos anseios da comunidade interna e externa, em conciliar os conflitos gerados pela ação social da empresa e os desejos das pessoas a ela ligada direta ou indiretamente. 
Ética e RSE são conceitos que se relacionam dinamicamente. São campos independentes, mas, que necessariamente, precisam caminhar juntos.
Os programas de RSE surgiram de modomais intenso, nos anos 1990, no mesmo contexto do avanço das políticas neoliberais no Brasil. Sobre estes programas pairam muitas críticas e indagações. Entre as críticas, a mais contundente é que tais iniciativas têm como objetivo projetar a imagem da organização para a sociedade, que “consome” esta imagem ao se associar a ela, comprando produtos ou utilizando seus serviços.
Por outro lado, os programas de RSE contribuem também para barrar práticas nocivas para a sociedade tais como processos industriais poluidores, ausência de segurança no trabalho, utilização de trabalho infantil, e inibir a situação de trabalho análogo à escravidão.
A RSE é um elemento que contribui para sinalizar essa contradição, não obstante ela não se apresente como um objetivo central da RSE.

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