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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO LETRAS – LIBRAS FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO PROF. ANDRE LUIZ CAMPOS JANEL MENDONÇA DE LUCENA – 201907103422 MANAUS 10 DE SETEMBRO DE 2019 TEMA: DA ATIVIDADE DE PRÁTICA CURRICULAR OBJETIVOS: Analisar a forma de aprendizado dos alunos na aula de Filosofia, e dos procedimentos utilizados. Refletir das interações professor/aluno, e do conhecimento apreendido. INTRODUÇÃO TEORICA A escola é um âmbito onde alunos, família e a equipe administrativa vivem situações onde as relações efetuam para resolução de conflitos, contudo interações e cooperação entre si. Conforme Piaget (2006), há uma classificação entre as relações: coação e cooperação. No processo das relações interpessoais os familiares, a instituição e os sujeitos que participam dela, estão estreitamente relacionadas aos efeitos finais nos procedimentos de aprendizagem. A sala de aula, as relações interpessoais entre professor/aluno, são construídos vínculos com aprendizagem, e um dos aspectos importantes é a construção da confiança entre eles, por meio de trocas de experiências. Muitas vezes no meio da aprendizagem o professor se torna um vínculo favorável ou desfavorável, devido há um certo tipo de disciplina que ministra. No caso da disciplina de Filosofia, muitos alunos se tornam inertes nos processos de aprendizagem, cabe o processo fazer com que aula se torne aprazível e animada, construindo um vínculo de confiança. Alguns estudiosos do comportamento humano fundamenta que a interação é fundamental em sala de aula, para Piaget (2006) há um desenvolvimento psicomotor, Maturana (2004) afirma que desenvolve o emocional, Vinyamata (2005) soluciona conceitos de conflitos e de gestão educacional. Ainda continua com Maturana (2004), há diferenças de emoções e sentimentos, elas são postas, as emoções são ações que definem as relações de um indivíduo, são próprias e quando modificadas as emoções, as ações também são alteradas. Piaget (2006), refere-se que existe dois tipos de interações: coação que significa autoridade e respeito parcial, e cooperação é igualdade e respeito recíproco. Ferreira (2006) analisa para que haja coação e cooperação precisa-se um exercício de democracia, deixar o individualismo e que haja propostas pedagógicas que atraia a comunidade familiar e escolar, com práticas de diálogos, visando a escola como meio de socialização, interagindo experiências, respeitando mutuamente uns aos outros, uma escola organizada com parâmetros democráticos e participativos. O que são caracterizados no ato de ensinar e aprender são as relações, por intermédio dos vínculos entres os indivíduos e isso é iniciado no meio familiar, que é a base afetiva da relação. A criança e o adulto estabelece uma comunicação afetiva. Quando não há essa afetividade no âmbito familiar, o aluno traz consigo ações conflitantes para a escola, a escola deve estar preparada para receber esses alunos quando não há no seio familiar uma afetividade boa. Para Vieira e Lopes (2010) a afetividade constrói a auto estima, como o indivíduo é um ser social e sempre está buscando a satisfação e estabilidade pessoal, diante de mudanças culturais e morais da sociedade atual, a estabilidade social não é encontrada no meio familiar, por isso muitas vezes que a escola tem formas de criar processos com que esse aluno se adapte, busque e satisfaça afetivamente. A escola tem condições de se tornar um ambiente onde professores haja como facilitadores de ensino e gestores de conflitos interpessoais. O educador facilitador é diferente do educador tradicional da educação, as diferenças são grandes, um capaz apenas de depositar informações aos seus alunos para que eles possam tirar suas próprias conclusões, o outro permite que os alunos participem de deliberações e soluções dos conflitos existentes (Alzate (2005). Nesse parâmetro, o ambiente escolar onde o professor facilitador possa introduzir temas de conflitos, onde os alunos discutem o assunto que possam entender como solucionar, que seja de modo pacifico. O professor não tenha só introduzir o conteúdo programático, mas transmitir assuntos que educa os alunos para a vida. Nesse sentido, é preciso que os órgãos competentes invista nos profissionais educadores, para que de modo, possa desenvolver habilidades necessárias e que possa intervir nas questões de conflitos trazidos por alunos. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Diante da abordagem dos objetivos a pesquisa foi bibliográfica e investigativa de modo etnográfico, onde Marconi e Lakatos (2004), afirma que etnografia é simplesmente “o estudo de descrição” de determinados indivíduos em seu aspecto cultural e social. Por meio de entrevista e observação em sala de aula foi analisado da prática do procedimento do ensino de Filosofia, onde o professor deu um tema sobre “a caverna de Platão”, o que significava e o que cada um pensa o que é a caverna. Fazendo com que o aluno possa construir um pensamento crítico e com significados. Alguns alunos não souberem expor seus pensamentos, pois não estão acostumados a debates, outros por vergonha, e alguns não quiseram optar. Mas o que foi chamado atenção, um aluno disse que a caverna era um “momento intrínseco do seu ser”, de querer ficar sozinho e não compartilhar seu problema, somente consigo mesmo. Foi feito uma entrevista com o professor depois da aula, com perguntas simples. A única observação que foi feita, o professor tem que dá o conteúdo programático, uma vez na semana ele faz debates com tema sorteado pelo aluno, escrito no papel e colocado numa caixa. ROTEIRO DA ENTREVISTA 1. Pra você o que é ensinar? É transmissão de conhecimentos, relação professor/aluno, trazendo troca de informações e experiências, ocorrendo crescimento para a vida, está muito além do ato de ensinar, nós professores familiarizamos com os alunos e nos envolvemos com cada situação que surge na vida dos alunos. 2. Como você escolhe seus procedimentos de ensino? A escolha dos temas trabalhados em sala de aula, é de acordo com a realidade da turma, o ensino se torna bem mais aprazível, quando comunicamos de forma sucinta e clara, muitas vezes em nossas temas há debates, e o assunto é discutido em grupos. 3. Você se baseia em algum teórico? Qual? Como? Positivo, Jean Piaget e Paulo Freire, procurando instigar a curiosidade do aluno, fazendo que eles procurem respostas a partir nos conhecimentos adquiridos e interação com seus companheiros e família. 4. Como acontece as relações interpessoais em sala de aula? Como você trabalha os conflitos? Acredito que no processo educacional, as relações interpessoais tem que ser construído por meio da confiança entre professor/aluno, respeitando os limites, construindo uma convivência próxima, resolvendo conflitos, ouvindo a cada um e negociando opiniões e desejos. É de suma importância o envolvimento da família, por meio de reuniões, onde são informados sobre os diversos as aspectos e procedimentos da aprendizagem dos alunos, quando há um conflito ou situação mais grave, pode-se ser trabalhado até individualmente para ser solucionado. Usa-se e-mail, telefone, entrevistas na orientação educacional como também ajuda do orientador e da direção escolar, para ajudar nestas questões conflitantes. 5. O ensino dessa matéria Filosofia, tem resolvido conflitos ou até mesmo os alunos tem encontrado soluções para certas situações para sua vida? Quando os alunos estão interagidos entre si, há debates, tenho observado como eles tem analisado certas situações, dando opiniões, como eles pensam. Isso não ocorre sempre em todas as turmas; tem uma turma que é mais difícil não se interage bem com a disciplina, durante a aula, tenho que trabalhar com temas bem atuais, de escolha livre e que gostem. Falar de Platão, Aristóteles entre outros filósofos, não interessa para eles, dou o básico, para ter o conhecimento, mas não aprofundo muito. CONCLUSÃO No desenvolvimento ensino-aprendizagem a motivacao é o agente principal para que os alunos aprendam e adquirem de modo satisfatorios o conhecimento. Portanto, o planejamento do professor é um coeficiente impotante, pois o modo como planejamento é realizado faz com que desperte o interesse dos alunos e trabalhe temas que eles possam se interagir entre si, na tomadas de decisoes e atitudes positivas em sala de aula, pos são indispensaveis à criacao de ambiente saudavel e motivador em propriacao das oportunidades na aprendizagem. O professor deve estar pronto e o plano de aula disponivel, que pode ser flexivel de acordo com as necessidades dos alunos. A aula de Filosofia pode se tornar chata se o professor não se tornar motivador. Foi observado que durante a aula o sorteio de temas a ser debatido em sala de aula situacoes reis, vivencias trazidas pelos alunos. O ensino-aprendizagem tem que ser organizado no tempo, espaco, no coletivo ou até mesmo de forma individual se for necessario. A intereção entre professor/aluno é importante, acreditando que o potencial dos alunos é positivo por intermédio das atividades realizadas. As atividades são relacionadas mediante os temas trazidos pelos alunos, são postos no mural os temas, gerando conhecimentos e experiencias preexistentes, incentivando-os de forma significativa, não tornando o aluno meros depósito de informações. Essas experiencias se refletem na construcao dos saberes junto e por intermedio dos alunos. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALZATE, Ramon. Resolução de Conflitos: transformação das escolas. In BOGMAN, Robert e Binklen, Sari Knop. FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Formação continuada e gestão da educação. Portugal: Porto, 1994. ______ formação continuada e gestão da educação. São Paulo: Cortez, 2006. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. DE A. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004. MATURANA, Humberto R; ZÖLLER, Gerda Verden. Amar e Brincar: Fundamento esquecidos do humano. São Paulo: Palas Athena, 2004. PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro, 2006. _____ O Julgamento moral na criança. São Paulo: Mestre Jou, 1977. VIEIRA, Adriana Silva; LOPES, Maristela Diniz. A Afetividade entre professor e aluno no processo de aprendizagem escolar na Educação Infantil e séries iniciais. Trabalho de Conclusão de Curso em Pedagogia do Centro Universitário Salesiano Auxilium de Lins. São Paulo: 2010. VINYAMATA, Eduard. Compreender o conflito e agir educativamente. In: VYNIAMATA, Eduard (org). Aprender a partir do conflito: conflitologia. Porto Alegre, Artmed, 2005.
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