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1 
 
Quim. Nova 
 
ENSAIO DO JAR TEST COM A ÁGUA CAPTADA PELA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE 
ÁGUA PUREZA EM ITABIRA – MG 
 
Júlia Lage Magalhães Caldeiraª, Júlia de Brito Simiãoª, Edison Aparecido Laurindoª 
ªInstituto de Ciências Puras e Aplicadas - Universidade Federal de Itajubá, 35903-087, Itabira - MG, 
Brasil 
 
 
This paper reports on the importance of applying the Jar-test method in a water treatment plant. 
The objective of the experiment is to determine the optimal amount of coagulant, in this case 
the coagulant used for the tests was aluminum sulfate (Al2SO4) and the ideal pH range for better 
coagulant performance. For this, experiments were performed with a given sample of raw water 
submitted to the Jar-test experiment, then the results were analyzed. After analyzing these 
results, it was possible to observe which is the best pH range and the optimal amount of 
coagulant. It was found that in all analyzes there is always the one with the best performance 
and thus it is possible to ascertain among them the best concentration, for an optimal result. 
 
Keywords: Jar Test; Aluminum sulfate; Coagulation; Flocculation; Decantation.
 
INTRODUÇÃO 
A água bruta captada para 
distribuição possui uma série de impurezas, 
como partículas coloidais e 
microrganismos. Normalmente, essas 
partículas presentes na água possuem 
cargas negativas, impedindo que elas 
aproximem-se entre si, o que faz com que 
elas permaneçam em suspensão. De acordo 
com Peterson Moraes (2012), para que as 
impurezas sejam removidas é necessário 
alterar as características da água 
possibilitando que as partículas se unam e 
sedimentem. 
A água para ser consumida precisa 
apresentar condições de uso adequadas, que 
respeitem o padrão de potabilidade, para 
não causar danos a saúde. Para auxiliar o 
tratamento existe o método do Teste de 
Jarros (Jar Test). Esse teste consiste em 
um procedimento bastante empregado nas 
Estações de Tratamento de Água (ETA), 
para a determinação das dosagens ótimas 
de coagulante e pH a ser empregado para o 
tratamento da água. 
O Jar Test simula as etapas de 
coagulação, floculação e decantação de 
uma ETA para amostras de 2 L. Por possuir 
6 jarros, pode-se variar a dose de 
coagulante, pH ou os tipos de coagulantes a 
serem empregados afim de se determinar a 
melhor faixa de operação para a água que 
será tratada. 
O sulfato de alumínio é comumente 
empregado na etapa de coagulação das 
ETAs devido ao baixo custo e a faixa ampla 
de pH. Esse coagulante, em contato com a 
água atua com dois principais mecanismos, 
sendo eles: a neutralização de cargas devido 
a presença de uma espécie hidrolisada com 
carga positiva; o transporte da espécie 
hidrolisada possibilitando contato com as 
partículas para serem desestabilizadas; e a 
varredura onde as partículas se agregam 
umas às outras formando flocos maiores. 
Entretanto, independente do mecanismo 
predominante, o pH desempenha um papel 
fundamental para o tempo de vida da 
espécie hidrolisada. 
 
 
2 
 
PARTE EXPERIMENTAL 
 
Materiais 
➔ Equipamento Jar-Test; 
➔ Becker de 100 mL; 
➔ Piceta com água destilada; 
➔ Sonda multiparâmetros; 
➔ Espectrofotômetro; 
➔ Turbidímetro; 
➔ Balança analítica; 
➔ Sulfato de Alumínio 
(Al2SO4) a 1%; 
➔ Filtro de papel Whatmann; 
➔ Funil; 
➔ Suporte universal; 
➔ Ácido clorídrico (HCl); 
➔ Hidróxido de sódio 
(NaOH). 
 
Métodos 
 Inicialmente foram determinados 
alguns parâmetros da água bruta, sendo 
eles: pH, cor aparente, turbidez e 
condutividade elétrica. Logo em seguida, 
foram adicionados em cada jarro do 
equipamento de Jar Test, 2 L de amostra. 
De acordo com a literatura, a 
concentração média utilizada de Al2SO4 é 
de 30 mg/L. Para realização da primeira 
parte do ensaio variou-se a massa de 
Al2SO4 para mais e menos de 30 mg/L, 
como mostra a tabela 1 abaixo. Entretanto, 
como a amostra era de 2 L, dobrou-se a 
concentração. 
 
Tabela 1: Concentração de AL2SO4.
Amostra Massa de Al2SO4 (mg/L) Massa colocada no Jar Test (mg) 
1 
 
15 33,0 
2 
 
20 
 
40,0 
3 
 
25 50,2 
4 
 
30 60,1 
5 35 70,2 
 
6 40 80,9 
Fonte: Autores deste trabalho (2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Figura 1: Jar Test 
 
 
 
Fonte: Autores deste trabalho (2019). 
 
Para segunda parte do experimento, 
utilizou-se a melhor concentração de 
AL2SO4, determinada na primeira parte, e 
variou-se o pH para mais e menos do pH 
inicial da amostra que era de 7,04, como 
mostra a tabela 2 a seguir.
 
 
Tabela 2: Variação de pH.
Amostra pH teórico pH real 
1 
 
7,04 7,04 
2 
 
6,04 
 
5,96 
3 
 
5,04 4,90 
4 
 
8,04 8,00 
5 9,04 9,17 
 
Fonte: Autores deste trabalho (2019). 
 
 Após a adição do coagulante, cada 
jarro ficou submetido a agitação rápida por 
2 minutos (100 rpm) e 20 minutos sob 
agitação lenta (50 rpm). Após o período de 
agitação, esperou-se 20 minutos com o 
equipamento desligado para que as 
partículas se sedimentassem. 
Em seguida, a amostra foi filtrada e 
com a água após a filtração foram medidos 
os parâmetros de pH, turbidez, cor aparente 
e condutividade elétrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Figura 2: Sistema de filtração 
Fonte: Autores deste trabalho (2019). 
 Figura 3: Amostras antes da filtração 
 
 Fonte: Autores deste trabalho (2019). 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Após todos os procedimentos e 
medições foram analisados os dados 
obtidos, expostos na tabela 3 abaixo.
 
Tabela 3: Resultado da primeira parte experimental.
Amostra Massa colocada no Jar 
Test (mg) 
pH Turbidez (NTU) Cor aparente (PtCo) Condutividade elétrica 
(μS/cm) 
Amostra inicial 0 7,09 129 904 75,7 
1 
 
33,0 6,69 2,7 19 81 
2 
 
40,0 6,83 31,8 219 79,3 
3 
 
50,2 6,74 1,97 37 131,1 
4 
 
60,1 6,43 1,62 11 94,3 
5 70,2 6,62 1,99 14 77 
 
6 80,9 6,27 0,87 5 84,1 
Fonte: Autores deste trabalho (2019). 
 
 
Concluiu-se que a melhor dose de 
coagulante foi a amostra 6 com 80,9 mg, 
pois essa resultou na menor faixa de 
turbidez. 
Na etapa seguinte foi adotada essa 
mesma dose de coagulante e variou-se o 
pH, obtendo os resultados da tabela 4 a 
seguir. 
 
 
 
 
5 
 
Tabela 4: Resultado da segunda parte experimental.
 
Amostra pH inicial pH final Turbidez (NTU) Cor aparente (PtCo) 
Amostra inicial 7,04 - 101 850 
1 
 
4,90 4,34 3,11 31 
2 
 
5,96 4,72 0,97 7 
3 
 
7,04 5,93 1,25 5 
4 
 
8,00 4,76 1,08 8 
5 9,17 6,41 1,52 92 
Fonte: Autores deste trabalho (2019). 
Figura 4: Jar Test com variação de pH 
 
Fonte: Autores deste trabalho (2019). 
 
 
Conclui-se que a melhor faixa de 
pH para tratamento da amostra foi de 5,96 
que resultou na menor turbidez. 
De acordo com a Portaria Nº 2914, 
de 12 de dezembro de 2011, do Ministério 
da Saúde que dispõe sobre os 
procedimentos de controle e de vigilância 
da qualidade da água para consumo 
humano e seu padrão de potabilidade, 
determina os valores máximos permitidos 
na água como mostra a tabela 5 abaixo. 
 
Tabela 5: Valores máximos permitidos pela Portaria 2914/2011.
Fonte: Adaptado de Sabesp (2011). 
 
 
CONCLUSÃO 
 Com os testes realizados, foi 
possível concluir que para a água captada 
pela ETA Pureza, a melhor dose de Al2SO4 
éde 40 mg/L disperso na água com pH de 
5,96. 
 A utilização dessas medidas de pH 
e coagulante permitem que água tratada se 
enquadre no padrão de potabilidade exigido 
 pH Temp 
(°C) 
Turbidez (NTU) Cor aparente (PtCo) Cond. Elétrica (μS/cm) 
Portaria 2914/2011 6,5 a 9,0 20 a 30 5 15 10 a 100 
6 
 
pelo Ministério da Saúde e assegurando a 
qualidade da água a ser consumida. 
 
Referências 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA 
Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 
2011. Disponível em: 
http://site.sabesp.com.br/uploads/file/asabe
sp_doctos/kit_arsesp_portaria2914.pdf. 
Acesso em: 10 nov. 2019. 
 
PORTAL TRATAMENTO DE 
ÁGUA. Jar Test. Disponível em: 
https://www.tratamentodeagua.com.br/arti
go/jar-test/. Acesso em: 10 nov. 2019. 
 
MEDEIROS, M. A. C. D; Apostila de 
atividades experimentais: Química 
Sanitária e Laboratório de Saneamento 
I. 1. ed. Limeira: UNICAMP, 2012. p. 47-
53.

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