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RESENHA DIREITO PENAL, CRIMINOLOGIA E POLÍTICAS CRIMINAIS

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ 
ACADÊMICO: GUILHERME HENRIQUE FARIAS 
CRIMINOLOGIA 
PROFESSORA: ADRIANA MARIA GOMES DE SOUZA SPENGLER 
 
RESENHA UNIDADE 3 “DIREITO PENAL, POLÍTICA CRIMINAL E 
CRIMINOLOGIA” 
 
Esta unidade trata do Direito Penal divido em três ciências. O próprio Direito 
Penal, as Políticas Criminais e a Criminologia. Esta separação é de suma 
importância, tendo em vista que, para um estudo mais detalhado, bem como 
para a aplicação do Direito em conformidade com a natureza dos fatos jurídicos 
e com a relação entre os sujeitos destinatários da norma, deve-se entender tanto 
as normas, como todo o processo até chegarmos a ela. 
O Direito Penal atua na consequência, enquanto a Criminologia busca a 
causa do crime. A partir de estudos criminológicos vem a Política Criminal que 
norteia o legislador. 
O Direito Penal é, como ramo do direito, baseado no sistema de controle 
social e orientação de condutas e trata o crime basicamente como norma, 
podendo ser definido como um ramo do Direito que se ocupa da tutela estatal 
dos principais bens jurídicos (vida, integridade física, integridade moral, 
patrimônio), impondo, como sanção para quem infringir suas normas, uma pena. 
Desta forma, o Direito Penal permite exclusivamente o Estado a coagir a 
liberdade individual do ser humano, para o bem da sociedade. 
O Direito Penal é uma ciência dogmática, pois busca, no intuito de decidir 
os conflitos, analisar as normas penais (normas em sentido amplo: princípios e 
regras), sua interpretação e aplicação adequadas, sem, necessariamente, 
realizar avaliações críticas ou abstrações sobre o ordenamento penal proposto. 
O estudo da Criminologia trata o crime como fato, traz uma avaliação 
empírica e uma crítica ao entendimento de crime. Dessa forma, a criminologia 
terá como objeto a análise crítica do próprio delito, do delinquente, da vítima e 
do controle social adequado à evitação das condutas delituosas, do 
encarceramento e de suas consequências na vida do encarcerado e no seu 
retorno à sociedade. 
Tanto o Direito Penal como a Criminologia estudam o crime, o criminoso e 
a criminalidade, mesmo que de formas diversas, mas com interesses 
notoriamente complementares. O primeiro por meio de seu método dedutivo e 
dogmático, o segundo por meio de seu método indutivo e empírico. 
Já as Políticas Criminais tratam o crime como algo a ser combatido, tendo 
uma avaliação estratégica na legislação, buscando a efetividade no combate ao 
crime. Trata do posicionamento do Estado (Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário). 
Por exemplo em um crime de furto, enquanto o Direito Penal fará a 
subsunção do fato à norma e a criminologia estudará suas origens, motivações 
e consequências, a Política Criminal, ao retirar seus subsídios dessas ciências, 
poderá concluir que, em furtos de valor irrisório o adequado socialmente é 
compreender que o fato praticado pelo agente não é típico, não configurando 
crime a ser punido. 
O exame realizado pela Política Criminal, por fim, serve como instrumento 
de evolução da legislação penal ou de orientação para a aplicação dessa 
legislação, no momento presente, pelos órgãos de aplicação do Direito Penal. 
Conclui-se que a ciência criminal tem três espécies autônomas mas 
interdependentes e entende-se que essas ciências são a base do sistema 
criminal. O Direito Penal se baseia na norma penal; a criminologia se baseia nas 
causas da criminalidade e a política criminal se apropriará de todo o 
conhecimento gerado pela criminologia e pelo Direito Penal para estabelecer 
quais as maneiras mais adequadas de prevenir, sempre que possível, combater, 
quando necessário, e reprimir o fato criminoso.

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