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Aula 8 - Pierre Bourdieu

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Pierre Bourdieu (1930 – 2002)
A educação e as desigualdades sociais
Profa. Ma. Rose Martins Tavares
A
U
L
A
8
Biografia
•Nasceu em 1 de agosto de 1930, na França.
•Estudou na École Normale Supérieure e cumpriu serviço militar na
Argélia.
•Graduado em Filosofia, com ênfase em Antropologia e Sociologia.
• Professor de Filosofia na Universidade de Sorbonne;
• Diretor e professor de Sociologia na École des Hautes Études em
Scienses Socialese;
• Em 1982 ocupou a cadeira de Sociologia de Cóllege de France, o
Olímpo da academia francesa.
• Faleceu em 23 de janeiro de 2002.
Principais Obras
• A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino (1978);
• O Poder Simbólico (1992);
• Razões Práticas: Sobre a teoria da ação (1996)
• As Regras da Arte: génese e estrutura do campo literário (1996);
• Sobre a Televisâo (1997);
• Razões Práticas: sobre a teoria da acção (1997);
• O Que Falar Quer Dizer: a economia das trocas simbólicas(1998).
• A dominação masculina (1999).
Principais Obras
• Contrafogos: táticas para resistir à invasão neoliberal (1998);
• Meditações Pascalianas (2001);
• Contrafogos 2: por um movimento social europeu (2001);
• A Produção da Crença: contribuição para uma economia dos
bens simbólicos (2001)
• As Estruturas Sociais da Economia (2001);
• Lições da Aula: aula inaugural proferida no Collége de France
em 23 de abril de 1982 (2001);
• Questões de Sociologia (2003);
• A economia das trocas simbólicas (2003);
• O senso prático (2009)
Principais Obras
• Esboço de Uma Teoria da Prática, Precedido de Três Estudos de
Etnologia Cabila (2002);
• O Amor Pela Arte: museus de arte na europa e seu público (2003);
• A Miséria do Mundo (2003).
• Esboço para uma Autoanálise (2004).
• Para uma Sociologia da Ciência (2004)
• Os Usos Sociais da Ciência: por uma sociologia clínica do campo
científico (2004).
• Ofício de Sociólogo: metodologia da pesquisa na sociologia (2004)
• A Distinção: crítica social do julgamento (2007).
• Sociology is a Martial (2010).
A EDUCAÇÃO E AS DESIGUALDADES SOCIAIS
O papel de democratização 
atribuído aos sistemas de ensino 
no sentido de diminuir a 
distância entre as classes e 
grupos é FALSO.
A EDUCAÇÃO E AS 
DESIGUALDADES SOCIAIS
As chances entre alunos
são desiguais, alguns estariam
numa condição mais favorável do
que outros para atenderem às
exigências, muitas vezes
implícitas, da escola;
A educação e as desigualdades sociais
O sistema escolar impõe 
uma norma lingüística e cultural 
determinada mais aproximada 
aquela que é parte do universo 
simbólico das famílias burguesas, e 
distanciada daquela dos setores 
populares. 
A educação e as desigualdades sociais
O êxito ou o fracasso das 
crianças na escola se explica 
pela distância de sua cultura ou 
língua em relação à cultura e à 
língua da escola.
A educação e as desigualdades sociais
O sistema escolar reproduz, assim, 
a nível social, O CAPITAL CULTURAL da 
classe social dominante que é a cultura 
que tem prestígio e valor social com seus 
(valores, gostos, costumes e hábitos) e, 
por fim, a própria classe social;
A educação e as 
desigualdades sociais
Os valores e hábitos das
classes menos privilegiadas são
tratados como qualquer coisa
menos como cultura.
E é assim que o domínio
simbólico atua, pois adquire
força ao definir a cultura da
classe social dominante como
única cultura, a CULTURA
ERUDITA.
CULTURA ERUDITA
• CULTURA ERUDITA, também
conhecida como cultura de elite
ou cultura superior.
• Ao contrário da cultura popular,
a cultura erudita é quase
exclusiva para pessoas com
capacidade financeira elevada.
PAPEL DA ESCOLA
Postura conservadora na 
medida em que ela reproduz e 
legitima as desigualdades 
sociais existentes. 
A educação e as desigualdades sociais
“Certas estruturas adotadas pela 
instituição escolar reforçariam esta 
desigualdade, uma vez que, “tratando, 
formalmente, de modo igual, em 
direitos e deveres, quem é diferente, a 
escola privilegiaria, dissimuladamente, 
quem por sua bagagem familiar, já é 
privilegiado”. 
A educação e as desigualdades sociais
Com mãos na cabeça, alunos no DF são revistados por 
PMs durante aula
Ação tem apoio da escola, do
Governo DF e do Ministério Público;
sindicato critica.
Um dia antes, estudante foi
detido por desacato por não permitir
revista.
A revista foi pedida pela direção da
escola, para tentar coibir a entrada de
armas e drogas na instituição. Nada foi
encontrado durante a ação da polícia.
Papel do Professor
É munida de poder simbólico para aplicar significados à realidade,
para estabelecer o que é digno, culto ou valioso, como por exemplo
exibir filmes europeus para seus alunos, etc.
Papel do Professor
O professor se vê como coadjuvante na reprodução e 
legitimação de desigualdades sociais ao demandar de todos 
aos quais leciona habilidades, rigores acadêmicos e 
disponibilidade para os estudos.
Papel do Aluno
Os alunos não são indivíduos abstratos que competem em condições 
relativamente igualitárias na escola, mas atores socialmente constituídos 
que trazem, em larga medida incorporada, uma bagagem social e cultural 
diferenciada e mais ou menos rentável no mercado escolar. 
Papel do Aluno
• O grau variado de sucesso alcançado pelos alunos ao
longo de seus percursos escolares não poderia ser
explicado por seus dons pessoais, mas por sua
origem social, que os colocaria em condições mais ou
menos favoráveis diante das exigências escolares.
Resumo: AS PRINCIPAIS CATEGORIAS DE ANÁLISE 
DA EDUCAÇÃO
ESCOLA CONSERVADORA
VIOLÊNCIA SIMBÓLICA
CAPITAL CULTURAL
ESCOLA CONSERVADORA
• O ensino é de fato conservador.
• Avaliação escolar.
• Demais classe: um saber
estranho e alienante.
Violência Simbólica
• Criado com o objetivo
de elucidar as relações
de dominação.
• A raiz da violência
simbólica estaria
presente nos símbolos
e signos culturais.
Violência Simbólica
Violência Simbólica: a escola passou a ser o
Espaço da reprodução e legitimação das desigualdades sociais. 
• Um dos grandes problemas educacionais no Brasil refere-se ao
CURRÍCULO das escolas que tem como base a cultura da classe
social burguesa e assim se expressa na linguagem dessa classe e
é transmitido também através do código cultural da classe social
dominante, o que é indecifrável para as crianças e jovens das
classes sociais menos favorecidas as quais são dominadas.
Violência Simbólica: a escola passou a ser o 
Espaço da reprodução e legitimação das desigualdades 
sociais.
O indivíduo que tem mais “capital cultural”, a cultura que é 
considerada e disseminada na escola pela classe social dominante 
é quem consegue ter “êxitos”, os indivíduos que não possuem o 
capital cultural são “excluídos” do sistema educacional “violência 
simbólica”. 
A violência simbólica é entendida por Bourdieu como:
“violência insensível, invisível as suas próprias vítimas, que 
se exerce essencialmente pelas vias puramente simbólicas 
da comunicação e do conhecimento, ou, mais 
precisamente, do desconhecimento, do reconhecimento ou, 
em última instância, do sentimento”. 
Como podemos perceber a violência simbólica na 
escola?
• O aluno é vítima da exclusão
social, mas não percebe:
• O professor (a) pode excluir o
aluno pelo fato do mesmo não
utilizar em seu vocabulário a
norma culta da língua;
• Os alunos que são de família
com capital cultural, reconhece
a sua linguagem.
Assim, Bourdieu passou a ver escola como....
COMO O ESPAÇO DA REPRODUÇÃOE LEGITIMAÇÃO 
DAS DESIGUALDADES SOCIAIS. 
Por que ...
“A educação, perdera o papel que lhe fora atribuído de
instância transformadora e democratizadora das
sociedades e passa a ser vista como uma das principais
instituições por meio da qual se mantêm e se legitimam os
privilégios sociais”.
Capital Cultural
• Hipótese indispensável para dar conta da
desigualdade de desempenho escolar das
crianças provenientes das diferentes classes
sociais.
• O capital Cultural tem a ver com aquilo que é
aprendizado e que possa gerar lucros em
termos de sucesso da sociedade.
• Boa parte herdada na primeira socialização
familiar.
Bourdieu (1998) afirma que o capital cultural pode existir sob 
três formas: 
• ESTADO INCORPORADO
• ESTADO OBJETIVADO 
• ESTADO INSTITUCIONALIZADO 
O capital cultural no estado incorporado
Apresenta-se como disposições ou
predisposições duradouras que se entranham no
corpo de uma pessoa, tornando-se suas
propriedades físicas
ex.: posturas corporais, esquemas mentais,
habilidades linguísticas, preferências estéticas,
competências intelectuais, etc.);
O capital cultural no estado objetivado
• Relaciona-se com a posse de bens
materiais como: quadros, livros,
dicionários, instrumentos, máquinas.
• No entanto, para a compreensão
simbólica de tais objetos, o sujeito
necessita do capital cultural incorporado.
o capital cultural no estado institucionalizado 
Manifesta-se como atestado e
reconhecimento institucional
de competências culturais
adquiridas
Ex.: o diploma e todo tipo de
certificados escolares.
“Não há democracia 
efetiva sem um 
verdadeiro poder critico”
Pierre Bourdieu
REFERÊNCIAS
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz. Rio de 
Janeiro: Bertrand do Brasil, 1989.
VOSS, Rita Ribeiro. Desigualdade social e educação no pensamento de 
Pierre Bourdieu. Revista Fronteira das Educação [online], Recife, v. 1, n. 1, 
2015. Disponível em: <http://www.fronteirasdaeducacao.org. Acesso em: 14 
abr. 2017.

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