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Resumo FEB - Questões

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1- Caracterize o modelo econômico de colonização adotado por países europeus nos séculos 
XV e XVI. 
Consistia em transformar a colônia em produtoras de especiarias que não podiam ser obtidas na 
Europa, principalmente devido ao clima. Toda a produção colonial estava destinada à metrópole, 
que comprava a baixos preços e revendia na Europa, acumulando os lucros desta transação. 
2- Caracterize a sociedade feudal: 
Tinha como bases o poder descentralizado, a economia agropastoril e o trabalho dos servos. 
3- O que se entende por mercantilismo? 
Política econômica de caráter protecionista que se desenvolveu na Europa ao longo dos séculos 
XVI, XVII e XVIII. Sua base é o acúmulo de capital, protecionismo alfandegário e balança de 
comércio favorável. 
4- Defina Pacto Colonial: 
Conjunto de relações econômicas e políticas que subordinavam a colônia à metrópole. No plano 
político a dominação era exercida por meio da presença de autoridades civis nomeadas pela 
metrópole e cujo desempenho era assegurado pela ocupação militar. No campo econômico, o Pacto 
Colonial significava uma série de obrigações de compra e venda da colônia para com a metrópole, 
sendo os mecanismos desse comércio controlados de forma monopolista pelas companhias de 
comércio. 
5- Diferencie economia de subsistência de economia mercantil: 
Economia de subsistência, como o próprio nome sugere, é aquela produzida para autoconsumo, em 
que o produtor não se distingue do consumidor, sendo desnecessário o uso de dinheiro. Economia 
mercantil, ao contrário, é aquela em que o produto é direcionado ao mercado; a consequente 
separação entre produtores e consumidores torna necessária a intermediação monetária. 
6- O que foi o movimento conhecido como BANDEIRAS? 
Constituíam uma espécie de expedição armada que desbravava os sertões a fim de escravizar 
indígenas ou descobrir ouro, o que intensificou a ocupação do continente sul-americano. 
7- Discorra sobre as missões jesuíticas: 
Eram núcleos de povoação indígena que visavam a defender os índios do aprisionamento pelos 
colonizadores brancos. Tratava-se de empreendimento comerciais, porém seus métodos de 
cooptação não se baseavam na escravização do nativo, como faziam os colonizadores, e sim na 
catequese. 
8- Comente sobre a crise colonial agrícola: 
A crise colonial agrícola decorreu de dois aspectos complementares, um de caráter interno, e outro, 
externo. O primeiro foi a expansão dos mercados da colônia, resultado direto do aumento da 
população e do incremento da produção. Surgiram, em consequência, conflitos de interesses entre 
colonos e metrópole. 
9- Pacto Colonial passou a ser um empecilho à expansão dos negócios e consequentemente aos 
ganhos dos colonos, V ou F? Justifique. 
V, tendo em vista que o monopólio comercial e produtivo formalizado no pacto colonial era uma 
barreira para o capital industrial e para a produção em grande escala. Funcionava como um entrave 
à expansão da economia doméstica. 
10- Caracterize o período que se seguiu ao processo de independência do país: 
No campo externo, crescia o déficit comercial resultante, sobretudo, de dois fatores. Primeiro, a 
extensão de vantagens comerciais dadas a outros países além da Inglaterra. Segundo, as culturas da 
cana-de-açúcar e do algodão, principais fontes de recursos externos (moeda estrangeira), sofriam 
crescente concorrência no mercado internacional. 
No plano interno, agravava-se rapidamente o déficit público. Isso ocorreu em função do aumento 
das despesas militares. Os conflitos regionais multiplicaram-se, e houve também disputas 
territoriais, como as Guerras Cisplatinas. Além disso, o Brasil se viu obrigado a pagar uma 
indenização a Portugal para ter sua independência reconhecida. 
Durante esse período houve uma queda importante das receitas alfandegárias, resultado direto da 
adoção de medidas direcionadas à prática do livre cambismo. 
11- Quais fatores incentivaram a produção do café para o mercado externo? 
Pelo lado da demanda, o crescimento dos mercados europeu e norte-americano, em função do 
avanço da indústria e da urbanização, foi fundamental. Ao mesmo tempo, do lado da oferta, o 
colapso da produção haitiana determinou um importante aumento dos preços internacionais, 
estimulando a entrada do Brasil nesse mercado. Contava ainda, a favor do produto, uma 
característica crucial para o momento: a baixa capitalização requerida para o processo produtivo, 
bem mais reduzida do que na economia açucareira. Concorriam para isso a utilização extensiva da 
terra, com técnicas rudimentares e de fácil acesso, e as menores necessidades de reposição de 
maquinário, pois os equipamentos eram bem simples e, em grande parte, de fabricação local. 
12- Explique a decadência do café na região do Vale do Paraíba: 
A decadência da cultura do café no Vale é explicada diretamente pelas bases assumidas no seu 
processo de produção, sobretudo no que diz respeito à utilização das terras e à mão-de-obra escrava 
insistentemente empregada ao longo da segunda metade do século XIX, quando sua oferta tornou-se 
definitivamente escassa. Ao mesmo tempo, a decadência da cafeicultura implicou a inadimplência 
crescente dos produtores junto aos comissários, levando-os também a uma situação financeira 
complicada. A quebra de casas comissárias, por sua vez, atingiu também bancos em que os 
emissários descontavam títulos para obter recursos. Esse processo foi responsável por uma 
importante redução da disponibilidade de crédito para a produção, o que dificultou ainda mais a 
continuidade do negócio. Apesar de algumas tentativas de diversificação produtiva com o algodão e 
o açúcar, no intuito de fugir da grande dependência da 
Plantação de café, a maior parte das fazendas do Vale do Paraíba mais próximas da capital entrou 
em um processo irreversível de falência. Como resultado, a produção de café passou a se 
concentrar, definitivamente, na região conhecida como Oeste Paulista. 
13- Diferencie o sistema de parcerias do sistema de colonato: 
A produção do café no oeste paulista apresentou duas formas bem marcadas de utilização da mão-
de-obra imigrante. Primeiro aconteceu o sistema de parceria, marcando o chamado oeste velho 
paulista, momento inicial de inserção dos imigrantes. A segunda forma, o sistema de colonato, no 
Oeste novo paulista, inaugurou a formação das bases de relações capitalistas de produção, de acordo 
com a interpretação de importantes autores na historiografia brasileira. 
O sistema consistia de uma proposta divulgada na Europa agentes contratados por Vergueiro 
visando contratar trabalha dispostos ao serviço na lavoura, recebendo em troca lotes de p café 
adultos – preparados, portanto, para a produção. Metade do 
Da colheita (cotas de pagamento) seria dos imigrantes, logicamente após a dedução dos custos de 
transporte, impostos e comissões – daí a definição de parceria. Ao trabalhador caberia ainda a 
exploração de subsistência – e, se houvesse excedentes, seriam também repartidos com o 
proprietário. Apesar do conceito de parceria, todo o processo comercialização e contabilidade ficava 
a cargo do proprietário. 
No entorno de 1870, o colonato aparecia como o novo formato encontrado para garantir os fluxos 
de imigração para a cafeicultura, trazendo mudanças significativas em relação ao sistema de 
parceria. Além da criação de uma forma de pagamento direto ao colono, pelo menos em parte do 
total que era devido pelo seu trabalho na lavoura, o fazendeiro foi obrigado a arcar com despesas de 
viagens e do primeiro ano de trabalho. Também era concedida ao imigrante uma fatia de terra para 
o plantio de artigos para subsistência. 
14- Comente sobre as consequências da desvalorização cambial: 
A desvalorização cambial era uma realidadedecorrente de dois fatores: (1) redução da entrada de 
moeda estrangeira no país, devido à queda do preço internacional do café, e (2) pressão política 
exercida pelos cafeicultores, visando preservar seus ganhos em moeda nacional. 
A desvalorização da taxa de câmbio, era o que garantia aos cafeicultores a manutenção de sua renda 
em moeda nacional. 
Esse quadro implicava a continuidade da expansão das lavouras e, consequentemente, da oferta de 
café no mercado internacional, determinando uma grande queda dos preços do produto. 
15- Descreva as principais mudanças da política econômica, ocorridas a partir do governo 
Campos Sales. 
Quando a República foi proclamada, instaurou-se um governo provisório, comandado pelo 
marechal Deodoro da Fonseca. Deodoro se manteve no poder até novembro de 1891, quando tentou 
dar um golpe de Estado e dissolver o Congresso. A campanha legalista de Floriano Peixoto, outro 
militar, derrotou as pretensões de Deodoro colocando Floriano Peixoto no poder, o que prolongou 
até 1894 a República da Espada. 
O presidente seguinte foi Prudente de Moraes, civil e paulista, que foi eleito pelo povo. Prudente de 
Moraes deu início ao período que ficou conhecido como República do Café-com-Leite e consolida a 
presença dos civis no governo do país. Foi substituído, ao final de seu mandato, por Campos Sales, 
também representante da oligarquia cafeeira paulista. 
Apoiada em um discurso de base liberal, que valorizava o papel do mercado e os efeitos negativos 
da intervenção governamental, a política econômica do governo Campos Sales citava a ineficiência 
produtiva no Brasil (tanto no campo quanto na indústria nascente) como justificativa para uma 
mudança radical nos rumos do país. O principal mentor desse governo era o ministro da Fazenda, 
Joaquim Murtinho. 
Na verdade, a meta primordial do presidente era a obtenção de novos recursos externos para 
resolver o problema de solvência das finanças públicas. Logo ao tomar posse, o novo presidente foi 
à Europa em busca desses recursos. Campos Sales assinou o II FUNDING LOAN, negociando uma 
consolidação da dívida externa brasileira com novas condições (mais favoráveis) de pagamento. Em 
contrapartida, firmou uma série de compromissos para a condução da política econômica do país. 
O objetivo principal da nova política econômica era bastante claro: definir uma trajetória de 
saneamento monetário capaz de impor uma inversão dos movimentos da taxa cambial, permitindo a 
valorização da moeda nacional. Por trás disso estava o firme propósito de garantir condições para o 
pagamento da dívida externa consolidada no início do governo. 
16- Disserte de forma resumida sobre o Convênio de Taubaté. 
Havia a ameaça de mais uma crise de superprodução. Exercendo sua enorme capacidade de 
interferência no poder, especialmente através do governo da província de São Paulo, os 
cafeicultores conseguiram negociar uma vantajosa solução para o problema. Conhecida como 
Convênio de Taubaté, esta solução foi firmada em 1906 pelos presidentes das províncias de São 
Paulo (Jorge Tibiriçá), Minas Gerais (Francisco Salles) e Rio de Janeiro (Nilo Peçanha), – os três 
maiores produtores de café –, mesmo contando com a oposição de Rodrigues Alves, o então 
presidente da República. 
O Convênio estabeleceu que: 
(a) haveria a compra de excedentes de produção pelos governos estaduais envolvidos; 
(b) a compra seria viabilizada por meio de um financiamento de 15 milhões de libras esterlinas; 
(c) o gasto com a compra do excedente de café seria coberto pela criação de um imposto em ouro 
aplicado a cada saca exportada de café; 
(d) um fundo seria criado para estabilizar a taxa de câmbio, impedindo sua constante valorização – 
que funcionaria na forma de uma CAIXA DE CONVERSÃO; 
(e) seriam tomadas medidas para desencorajar a expansão das lavouras no longo prazo, como a 
definição de taxas proibitivas. 
Essas medidas mudariam significativamente a orientação da política econômica do país no que diz 
respeito às exportações de café. O Convênio de Taubaté determinou, nesse sentido, a 
institucionalização da prática de controle de estoques para regular o preço internacional, artifício 
permitido pela enorme parcela do mercado internacional ocupada pela produção brasileira. 
 
1. Comente as raízes históricas dos desequilíbrios regionais surgidos no período de 1850 a 
1930. 
Basicamente, o aluno deve ser capaz de analisar a situação do nosso país, até meados do século 
XIX: as regiões eram caracterizadas como ilhas regionais, sem guardar relações econômicas entre 
si. De 1850 a 1930, a expansão cafeeira e a industrialização romperam este isolamento regional, 
fazendo surgir uma economia centrada em São Paulo. Isso tornou as demais regiões dependentes do 
dinamismo paulista. A análise da experiência de ocupação econômica do território, no contexto 
histórico em que ela ocorreu, demonstrou uma forte polarização espacial a partir do processo de 
industrialização brasileiro, muito identificado com a industrialização paulista. 
2. Mencione uma característica que distinguia a mineração da economia canavieira. 
Uma característica que distinguia a mineração da cultura canavieira era a concentração da 
população em cidades, necessitando de abastecimento alimentar, o que impulsionou a economia do 
interior da Colônia. 
3. Comente sobre o principal fator que favoreceu a cultura cafeeira em relação à paulista. 
O fator mais importante a favor da cultura cafeeira paulista, em relação à fluminense, estava nas 
relações de trabalho, livre no oeste paulista e escravo no Estado do Rio de Janeiro. A proibição do 
tráfico negreiro, em 1850, elevou os preços dos escravos, o que estimulou a emigração de 
trabalhadores europeus, interessados em se tornar pequenos proprietários. A necessidade de poupar 
fez do emigrante um trabalhador muito mais produtivo do que o escravo. Além disso, o trabalhador 
livre era consumidor, e o escravo não era o que impactava significativamente a formação do 
mercado consumidor, necessário para estimular o surgimento de indústrias. 
4. Existe relação entre a cultura do café e o surgimento das cidades? 
Por ser uma atividade muito dependente de mão-de-obra (agora constituída de trabalhadores livres), 
houve estímulo ao surgimento de muitas cidades: ao deslocar-se o plantio de novos cafezais, a terra 
era reconvertida para outros usos agrícolas, intensificando uma agricultura mercantil iniciada pelos 
trabalhadores em regime de colonato. Ao receber permissão para cultivar alimentos paralelamente 
ao café, os trabalhadores produziram uma agricultura mercantil que permitiu o abastecimento das 
cidades, contribuindo para sua consolidação, e conseqüente não-reversão, como no caso da 
Amazônia. 
5. Discorra sobre a Revolução de 30. Destaque as transformações políticas. 
A Revolução de 30 representou um marco político que separa dois modelos de desenvolvimento 
econômico. Até 1930, o país havia sido caracterizado pelo modelo de desenvolvimento primário-
exportador. A partir de então, prevaleceu o modelo de desenvolvimento de INDUSTRIALIZAÇÃO 
SUBSTITUTIVA DE IMPORTAÇÕES. Houve, também, uma mudança no papel do Estado, que 
passou a intervir de maneira mais direta na economia. Esta revolução significou um rompimento 
institucional, pois a ordem política vigente desde a Proclamação da República, em 1889, foi 
superada com a tomada do poder por um governo revolucionário. Marcou o início do processo de 
transformação social brasileira de eminentemente rural a sociedade de base urbana. Finalmente, 
constituiu uma ruptura econômica, pois o eixo da economia brasileira deslocou-se da agro 
exportação para a indústria. 
Liderada por GETÚLIO VARGAS, a Revolução de 1930 delimita a passagem deum modelo de 
desenvolvimento voltado “para fora”, isto é, para o mercado externo (o modelo primário-
exportador), para um modelo “voltado para dentro”, isto é, para o mercado interno – o modelo de 
industrialização substitutiva de importações (ISI). Nessa passagem, houve significativa mudança no 
papel do Estado, que se tornou um importante ator econômico nesse novo modelo de 
desenvolvimento. 
A principal transformação política suscitada pela Revolução de 1930 foi o fortalecimento do poder 
do governo central diante dos governos estaduais. 
6. Caracterize o período que ficou conhecido com Governo Provisório. 
O governo provisório foi marcado pela acomodação, no interior das classes dominantes, de novos 
interesses econômicos. Politicamente, caracterizou-se pela disputa entre o TENENTISMO e os 
quadros políticos tradicionais. Ambos seriam derrotados pelo Governo Vargas. 
Durante o Governo Provisório, a crise econômica foi enfrentada mediante a declaração de moratória 
da dívida externa e a política de queima de parte da produção cafeeira. 
Politicamente, contudo, a crise evoluiu para a reação do estado de São Paulo, por meio da 
REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA, contra o governo provisório e em defesa de um marco 
legal para o país. 
7. Quais foram os principais motores da industrialização? 
A industrialização teve como motores principais, num primeiro momento, o declínio dos preços do 
café no cenário internacional e a necessidade de obter os produtos que eram importados, mas que 
devido à desvalorização de nossa moeda tornavam-se cada vez mais caros. 
8. Fale sobre a Teoria dos Choques Adversos e a Ótica do Capitalismo Tardio. 
Teoria dos Choque Adversos - Esta foi a primeira teoria que se propôs a explicar o início da 
industrialização. Baseia-se fundamentalmente no fato de que o Brasil dependia diretamente do setor 
externo para crescer e acumular capital, sendo um país caracteristicamente agroexportador. 
Na sua primeira versão, mais extremada, a Teoria dos Choques Adversos declarava que qualquer 
crise externa levaria a um DESEQUILÍBRIO EXTERNO, gerando um mercado interno propício 
para o desenvolvimento da indústria doméstica. O aumento nos preços das importações permitiria 
que essa indústria interna aproveitasse a demanda antes satisfeita pelos produtos importados. 
Nessa chamada “versão extrema”, a Teoria dos Choques Adversos busca explicar o 
desenvolvimento industrial da América Latina (e, particularmente, do Brasil) como uma resposta 
positiva da INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO aos choques externos, especialmente a partir da 
I Guerra Mundial. Um ponto-chave, contudo, não se resolve nessa discussão: a crise externa e o 
aumento do preço das importações afetam da mesma forma os BENS DE CAPITAL, interferindo 
negativamente na decisão de investir. 
A Ótica do Capitalismo Tardio - A ÓTICA DO CAPITALISMO TARDIO foi defendida por Maria 
da Conceição Tavares (1974). É uma visão original porque tenta identificar a origem e a 
consolidação do capital industrial no Brasil, correlacionando-as com o caráter de dependência do 
capitalismo brasileiro. 
Assim como a teoria anterior, essa interpretação diz que o setor cafeeiro foi o responsável pela 
criação das condições favoráveis ao surgimento do capital industrial. Aqui, o setor cafeeiro é 
identificado como a origem da industrialização, por possibilitar a acumulação prévia de capital, a 
emergência do mercado de trabalho livre e o aumento da capacidade de importação do Brasil. 
9. O que representava o processo de substituição de importações? 
O processo de substituição de importações definido pela Cepal não representava uma redução no 
volume de importações. Na verdade, embora as importações diminuíssem em alguns setores, 
elevavam-se em outros setores mais complexos na medida em que a produção industrial avançava. 
10. Como se deu a política de defesa dos preços do café, adotada durante o governo Vargas? 
Quando a economia cafeeira passou a enfrentar crises de superprodução, a partir de 1894, a reação 
foi o estabelecimento de política de sustentação da renda dos cafeicultores, inicialmente através das 
desvalorizações cambiais, que permitiam a manutenção da receita das exportações, sustentando-lhe 
a lucratividade ao mesmo tempo em que encarecia as importações. Isso criava estímulo à 
industrialização substitutiva de importações. 
 A partir de 1906, a política de sustentação da renda da cafeicultura passou a ter como base a 
compra dos excedentes de produção, o que continuava a assegurar a renda do negócio e, portanto, o 
nível de emprego nessa atividade. A manutenção do nível de emprego e o encarecimento das 
importações levaram à migração dos lucros da atividade cafeeira para financiar os empreendimentos 
industriais. 
As medidas de defesa do café determinaram uma drástica redução da quantidade exportada do 
produto, pela destruição de boa parte da produção nacional nos anos iniciais da década de 1930. 
Como o Brasil, 
Maior produtor e exportador mundial de café, contribuía com parcela altamente significativa das 
exportações totais (cerca de 70%), a restrição da oferta afetava todo o mercado internacional, 
impedindo uma queda de preços ainda mais dramática. 
Os excedentes de café queimados foram comprados pelo governo. O financiamento da política de 
valorização do café teve efeitos expansionistas, pois os gastos do governo destinados às compras 
dos excedentes refletiam importante aumento da oferta de moeda e do crédito interno. 
 
 
Apesar de não funcionar na recuperação do preço internacional do café (mesmo com a retomada do 
crescimento da economia mundial a partir de 1933/34), esse modelo garantiu uma importante forma 
de sustentação do nível de renda interna no período de crise (FURTADO, 1980). 
Para manter a renda dos setores vinculados à exportação, ocorreram sistemáticas desvalorizações do 
câmbio. Essa desvalorização, como você já viu diversas vezes, encarecia os produtos importados 
em moeda nacional e, por consequência, aumentava a capacidade competitiva da indústria local. 
11. O que se entende por deterioração dos termos de troca? 
A ideia central do conceito de deterioração dos termos de troca reside na tendência histórica de 
transferência de renda dos países periféricos (exportadores de bens primários) para os países 
centrais (detentores da tecnologia). Essa transferência de renda eleva continuamente os níveis de 
subdesenvolvimento periférico – resultado dos diferentes graus de especialização produtiva dos 
países centrais e periféricos. 
12. O que foi o nacional desenvolvimentismo? 
O nacional-desenvolvimentismo foi uma ideologia muito identificada com afirmação do Estado 
como ator de políticas, capaz de enfrentar as forças de mercado e de reverter a estagnação, mediante 
seus investimentos diretos ou por meio do apoio à iniciativa privada. Esta intervenção estatal foi 
uma das principais características do período de meio século (1930-1980) durante o qual a 
economia brasileira experimentou taxas de crescimento mais elevadas. A partir da década de 1980, 
contudo, houve uma reversão tanto do crescimento econômico quanto da intervenção do Estado na 
economia. Isso se deveu à mudança na ordem econômica internacional, bem como à gravidade da 
crise do Estado brasileiro, que enfrentava dificuldades em administrar uma dívida pública que 
crescera muito desde a década de 1970. Desde então, o nacional-desenvolvimentismo deixou de ser 
a ideologia de sustentação da economia brasileira. 
13. Identifique a importância do Plano de Metas. 
Foi com base no slogan “cinquenta anos em cinco” que o presidente Juscelino Kubitschek 
pretendeu acelerar o processo de modernização brasileiro, completando seu parque industrial com a 
criação de produtorasde máquinas e equipamentos, de infraestrutura de transporte e energia, além 
da produção de bens de consumo duráveis. A partir desses investimentos, a economia brasileira 
desenvolveria uma dinâmica típica de economias industrializadas. 
O motivo pelo qual o Plano de Metas reelaborou e aprofundou as relações entre Estado e economia 
é o resultado de duas tendências combinadas (IANNI, 1977): as exigências estabelecidas pelas 
relações de interdependência e complementaridade inerentes à estrutura econômica brasileira da 
época; e as exigências estabelecidas pela reprodução capitalista mundial, que então vivia um 
processo de internacionalização do capital. 
O Plano de Metas era constituído de 30 metas (mais a fundação de Brasília, a chamada meta-
síntese), organizadas nos seguintes grupos: energia; transportes; alimentação; indústrias de base 
(aço, alumínio, metais não-ferrosos, cimento, álcalis, papel e celulose, borracha, exportação de 
ferro, veículos motorizados, construção naval, maquinaria pesada e equipamento elétrico); e 
educação. 
14. Identifique as raízes da estagnação econômica do Brasil na década de 1960. 
A década de 1960 marcou o início de uma queda substantiva dos níveis de crescimento da economia 
brasileira, o que gerou um intenso debate acerca das causas dessa situação. Uma versão que se 
tornou predominante foi a tese da tendência estrutural à estagnação, compartilhada por vários 
pensadores associados à Cepal, definindo os traços de uma corrente interpretativa. 
De maneira sucinta, essa interpretação associava a estagnação da economia às condições estruturais 
dos países periféricos (subdesenvolvidos), em que uma grande parcela da população estava à 
margem dos setores dinâmicos dessas economias – reduzindo drasticamente o salário médio e o 
mercado consumidor, conformando uma situação de relevante concentração da renda. 
Determinada por condições históricas e pelo modelo de desenvolvimento da indústria (concentrada 
em setores intensivos em capital), a estagnação só seria superada com reformas estruturais que 
revertessem a heterogeneidade estrutural dessas economias. Entretanto, essa retomada de níveis de 
alto crescimento do PIB se deu dentro de um contexto de acirramento da concentração de renda. 
A tese levantada por Conceição e Serra (1972) leva em conta esse resultado perverso, garantindo 
que o crescimento depende apenas da qualidade dos compradores, isto é, do poder de compra do 
mercado consumidor, para o que a concentração de renda acabou sendo funcional, pois criou um 
mercado capaz de adquirir bens duráveis. 
15. Descreva as principais medidas no campo monetário e financeiro em 1964. 
Um dos determinantes básicos das reformas monetária e financeira relacionava-se à incapacidade da 
economia brasileira de funcionar com taxas crescentes de inflação sem haver garantia de 
valorização real dos ativos financeiros – como a inflação só podia ser conhecida a posteriori, a 
remuneração dos títulos não acompanhava necessariamente sua evolução, sobretudo em função da 
vigência da LEI DA USURA e da Lei do Inquilinato. Assim, havia um claro desestímulo à 
canalização das poupanças para o sistema financeiro e para a aquisição de imóveis (o valor dos 
aluguéis não corrigidos era rapidamente deteriorado em ambiente de alta inflação). 
A solução proposta foi a correção monetária, mesmo que um objetivo da política econômica, com o 
PAEG, fosse a redução dos índices de inflação. A instituição da correção monetária se deu com a 
introdução das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN), buscando garantir, na 
prática, a existência de juros reais positivos – os títulos seriam remunerados por uma taxa nominal 
de juros acrescida da variação do índice de preços. Com isso, haveria maior estímulo para as 
aquisições dos títulos da dívida interna, aspecto fundamental para a condução da política monetária.

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