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Pubalgia: Causas, Sintomas e Tratamentos

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PUBALGIA
A PUBALGIA refere-se à síndrome dolorosa multifatorial da sínfise púbica e das estruturas adjacentes.
Embora não haja um consenso na literatura de sua etiologia, a teoria mais aceita e discutida seria um desequilíbrio das musculaturas responsáveis pelos movimentos do quadril, em especial os adutores e flexores de quadril e o reto abdominal, resultando em um aumento das forças de cisalhamento na sínfise púbica, gerando sobrecarga, inflamação, dor e limitação nos movimentos do quadril. 
O mecanismo de lesão engloba movimentos de hiperextensão repetitiva do tronco em associação com hiperabdução da coxa, com tração do periósteo na inserção do músculo reto abdominal ou na origem do músculo adutor longo da pelve. 
Descobriu-se que a pubalgia ocorre em função da intensa atividade física (sobrecarga de exercícios) onde a sínfise púbica sofre uma tensão exercida pelos músculos adutores da coxa e do reto-abdominal, causando um atrito degenerativo que leva à instabilidade da articulação.
Doença progressiva e crônica, causando inflamação do osso, da cartilagem, dos ligamentos e dos tendões ao redor da sínfise púbica.
Comum nos jogadores de futebol pelo movimento de chute, entre outros esportes que exijam corridas. Movimentos laterais rápidos são mais susceptíveis a essa lesão. Durante o movimento do chute ou do arranque desses atletas há uma concentração de forças muito grande nessa região.
O diagnóstico é alcançado através de uma avaliação dos sintomas, juntamente com uma avaliação biomecânica. No exame clínico, observa-se a presença de uma exacerbação de sensibilidade no tubérculo púbico anterior. A dor também pode ser mimetizada pela flexão do quadril, rotação interna e contração da musculatura abdominal. O importante no diagnóstico é estabelecer uma relação entre o histórico e o exame físico.
80% dos casos os pacientes referem dor na região do adutor e 40% ao redor da sínfise púbica, em cerca de 30% dessas pessoas podem referir dor na região baixa do abdome e cerca de 12% mesmo no quadril. 
Pubalgia Crônica: é uma lesão por esforços repetitivos ou “OVERUSE” (Overuse é um termo utilizado para designar o excesso de repetições em um determinado movimento, provocando microtraumas locais. Ocorre através de treinamento físico vigoroso; movimento biomecânico incorreto e rápida aceleração da intensidade, duração ou frequência da atividade física esportiva).
MANOBRA DE GRAVA:
Usada para testar a instabilidade da sínfise púbica e o desequilíbrio da musculatura adutora e do reto abdominal. 
Para execução da Manobra a intenção é tencionar toda musculatura que tenha sua origem próxima da sínfise púbica.
No teste o paciente posiciona-se em decúbito dorsal, faz flexão de quadril e joelho Bilateralmente, pés próximos um do outro, terapeuta realiza uma abdução de quadril bilateral, apoia com antebraço, e pede pro paciente fazer uma adução (vai fazer isometria) e ao mesmo tempo uma abdominal se a dor não permitir o movimento a manobra é considerada positiva.
FOCO DO TRATAMENTO: Ganho de amplitude de movimento para adução e abdução; diminuição da sintomatologia da pubalgia e melhora na flexibilidade muscular de quadríceps, isquiotibiais, adutores e abdutores.
A primeira fase consiste em diminuir a inflamação local e consequentemente a dor; 
A segunda consiste no fortalecimento dos músculos para evitar o retorno da dor e estabilizar a articulação. 
Fase 1:
Crioterapia durante 15 minutos, 3 a 4 vezes por dia.
Na lesão aguda, utilizar: TENS Convencional (F – 80Hz e T- 60Hz); Ultrassom Pulsado (100Hz) 
Técnicas de alongamentos ativos e passivos nos músculos isquiotibiais, retofemoral, iliopsoas, adutores, rotadores externos de quadril e quadrado lombar.
Fase 2:
Quando a dor começar a diminuir, iniciar os Exercícios de fortalecimento da musculatura do CORE, músculos do abdômen, adutores, reto femoral, iliopsoas e sartório devem ser realizados com assistência de cargas graduais, para que não gerem grandes impactos e restabeleçam o quadro doloroso ao paciente.
Em casos de hipomobilidade de quadril, utilizar as técnicas de mobilizações de quadril e pelve para restauração da ADM
A diminuição da intensidade de treinos ou dos gestos causadores de maior estresse contribui para a recuperação da lesão. ㅤ
A reintegração do atleta ao esporte deve ser ativa e supervisionada, a combinação de alguns elementos proprioceptivos podem ser integrados, como:
• Corridas de baixa intensidade + Alongamentos ativos.
• Exercícios físicos + trabalhos de equilíbrio, pliometria e agilidade.
• Corridas em velocidade moderada/alta + movimentos de fixação/partida.
Exercícios para pubalgia:
Alongamento ativo para a cadeia anterior com exercício postura rã no chão - segundo Souchard, em que o atleta permaneceu em decúbito dorsal, membros inferiores com quadris em flexão, abdução e rotação externa, joelhos flexionados, tornozelos plantifletidos e pés tocando um ao outro em inversão; membros superiores em posição anatômica. O atleta evoluía na postura estendendo os quadris e joelhos e abduzindo os ombros, mantendo os cotovelos estendidos, punhos neutros e dedos estendidos. 
Alongamento passivo de isquiotibiais e tríceps sural, em decúbito dorsal, membros superiores ao longo do corpo, o fisioterapeuta com uma das mãos estabiliza a articulação do joelho e com a outra realiza dorsiflexão de tornozelo e flexão de quadril. 
Para o autoalongamento da musculatura de quadríceps, o atleta permaneceu em decúbito ventral, quadril neutro e joelhos em flexão segurando uma faixa elástica envolta na articulação subtalar, aproximando a articulação dos glúteos. 
Para trabalhar com adutor curto foi realizado o alongamento com o atleta sentado, quadris abduzidos e rodados externamente, joelhos flexionados e a planta dos pés unidas impulsionando os joelhos na direção do solo até o seu limite de amplitude, em seguida foram colocadas às mãos na parte medial dos joelhos para oferecer resistência a contração isométrica de adutores durante seis segundos, relaxando, e em seguida aprofundando o alongamento. 
Para adutor longo o atleta permanece em supino com os joelhos estendidos, os quadris eram abduzidos sem promover rotação (afastando os membros o máximo que conseguisse), em seguida oferecia-se resistência à contração isométrica durante seis segundos e, após, era aprofundado o alongamento dos adutores. 
Alongamento e fortalecimento da musculatura envolvida no core, que é definido o centro de gravidade do corpo, ponto que se desenvolve o início de todos os movimentos. Os principais músculos do complexo são os músculos da coluna vertebral, abdominais, iliopsoas, glúteos, isquiotibiais e rotadores externos do quadril. Para este fim, os exercícios selecionados foram de ponte bipodal, unipodal, e lateral. No exercício de ponte bipodal o paciente permaneceu em decúbito dorsal, MMSS ao longo do corpo apoiados no solo, quadris e joelhos fletidos e pés apoiados no solo, pedia-se que o paciente estendesse os quadris (elevando a pelve), joelho a 90º, pés neutros posicionados sobre a maca, mantendo a posição por 30 segundos. Para o exercício de ponte unipodal o paciente iniciava em decúbito dorsal, na mesma posição anterior, pedia-se que o mesmo estendesse os quadris e em seguida estendesse um joelho mantendo o tornozelo em dorsiflexão, o outro membro com joelho a 90º, pé neutro posicionado sobre a maca, mantendo a posição por 30 segundos. Ponte Lateral Simples, deitar em decúbito lateral, apoiado no cotovelo, elevar o quadril e retornar ao solo, mantendo a contração do abdome e manutenção da postura por 30 segundos.
Para adutores de quadril deitar em decúbito lateral, apoiado no cotovelo ou no braço. Colocar o membro superior que está sobre o outro, na frente do corpo, Elevar o membro inferior que está abaixo.
Para abdutores de quadril deitar em decúbito lateral, apoiado no cotovelo ou no braço. Colocar o membro inferior na frente do corpo (joelho fletido), elevar o membro superior no seguimento
do corpo.
Fortalecimento de adutores de quadril com o atleta sentado sobre a bola suíça com uma bola pequena entre os MMII logo acima da articulação dos joelhos, solicitando que o atleta aperte a bola o máximo que conseguisse, tentando manter a contração por cinco segundos relaxando em seguida.
Caminhada lateral com faixa elástica nos joelhos – FOCO: Mobilidade e Força; MÚSCULOS ENVOLVIDOS: Abdutores de quadris, Abdominais; EQUIPAMENTO: Faixa elástica.
Agachamento com pés abduzidos Realizar o agachamento com os pés abduzidos (afastados na diagonal). Este pode ser feito em aparelhos (Smith – hack – livre com barra) ou em cima de superfícies instáveis (Bosu – disc ballance), promovendo uma melhora no equilíbrio e propriocepção.
Abdominais na direção reta e lateral durante 5 minutos.
Exercícios de equilíbrio em cima de uma superfície inclinada por 5 minutos.
Deitar de barriga para baixo, posicionar as mãos na cabeça e elevar o tronco em 5 séries de 10 repetições
Como evitar uma nova pubalgia
Para evitar o retorno da dor após a o tratamento para pubalgia deve-se realizar o fortalecimento e alongamento dos músculos envolvidos. Fortalecer os músculos da parte interna das pernas é muito importante, já que uma das possíveis causas da pubalgia é o aumento da força nos músculos laterais, que são muito solicitados no chute de bola no futebol, por exemplo.

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