Prévia do material em texto
Laboratório de Eletrônica GELT1027 Turma ELT0801N – BG 2o Semestre de 2019 Professora Thaís Winkert Grupo: _________________________________________-_____________ _________________________________________-_____________ _________________________________________-_____________ 3 Sumário Experiência 01 – Diodos semicondutores ..................................................................................... 4 1. Objetivos ................................................................................................................................ 4 2. Lista de Materiais ................................................................................................................. 4 3. Especificações do Diodo ...................................................................................................... 4 4. Prática..................................................................................................................................... 6 4.1. Teste com diodos semicondutores ............................................................................. 6 4.2. Curva Característica ..................................................................................................... 8 4.3. Circuitos Alternativos ................................................................................................ 10 4.4. Construção do Gráfico ............................................................................................... 10 4.5. Características V x I obtidas com o Osciloscópio ..................................................... 4 5. Observações teóricas ............................................................................................................ 5 6. Discussões ............................................................................................................................. 6 7. Conclusões ............................................................................................................................. 6 Experiência 02 – Circuitos com diodos retificadores e diodo Zener ......................................... 7 1. Objetivos ................................................................................................................................ 7 2. Lista de Materiais ................................................................................................................. 7 3. Prática..................................................................................................................................... 8 3.1. Circuitos básicos ........................................................................................................... 8 3.2. Grampeador ................................................................................................................ 10 3.3. Dobrador de tensão de ½ onda ................................................................................ 11 3.4. Dobrador de tensão de onda completa ................................................................... 12 3.5. Diodo Zener – Curva Característica ........................................................................ 14 4. Observações teóricas .......................................................................................................... 16 5. Discussões ........................................................................................................................... 17 6. Conclusões ........................................................................................................................... 18 4 Experiência 01 – Diodos semicondutores 1. Objetivos • Testar diodos utilizando multímetro digital. • Desenhar a curva característica tensão vs. corrente. • Comparação dos resultados práticos com os teóricos. 2. Lista de Materiais • Fonte de tensão contínua ajustável 15V/1A • Multímetro digital • Osciloscópio de dois canais • Gerador de funções • Resistor 1/3 W, 5%,1 kΩ(1) 10 kΩ(1) 100 kΩ(1) 1 MΩ(1) • Potenciômetro 4k7 ou 10 kΩ • Diodos semicondutores: o 1N4001/1N4007 - retificador (1) o 1N4148 - retificador rápido (1) o 1N758/C10 - zener 10V, 400mW (1) o LED (1) 3. Especificações do Diodo Diodo é o termo utilizado para dispositivo eletrônico de dois terminais (eletrodos). Diodos semicondutores de silício, não necessariamente elementos de apenas uma junção, são designados por 1Nxxxx. Diodos retificadores são componentes eletrônicos de dois terminais com a propriedade de permitir a passagem de corrente em apenas um sentido. Diodo retificador semicondutor é constituído de apenas uma junção PN. Para utilizar o diodo retificador devemos verificar, no mínimo, as seguintes especificações: • Tensão (PIV, VRR) • Corrente (eficaz, média, pico) • Potência (média, pico) • Resistência térmica e dissipador de calor. O valor máximo de corrente que o diodo pode conduzir, que deve ser menor que o máximo absoluto (maximum ratings), é limitado pela máxima temperatura suportável pela junção (125oC a 200oC). 5 Em regime de operação contínuo esta temperatura pode ser calculada da seguinte forma: 𝜃𝐽 = 𝜃𝐴 + 𝑃𝐷 . 𝑅𝜃(𝐽−𝐴) 𝜃𝐽 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑛çã𝑜 [º𝐶] 𝜃𝐴 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐴𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 [º𝐶] 𝑃𝐷 = 𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 [𝑊] 𝑅𝜃(𝐽−𝐴) = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑗𝑢𝑛çã𝑜 𝑒 𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 [º𝐶/𝑊] Quanto maior a corrente, maior será a dissipação de potência no diodo. A potência média dissipada no diodo pode ser calculada pela seguinte equação: A resistência térmica depende da montagem, do tamanho do dissipador de calor e da ventilação disponível. Quanto maior o dissipador de calor, menor será esta resistência térmica. Em regime pulsado ou em ciclos intermitentes, o cálculo da temperatura da junção é muito mais complexo. Recomendamos a leitura dos manuais fornecidos pelos fabricantes de diodos. Para diodos retificadores de potência devemos especificar: tensão reversa de pico repetitivo e não repetitivo, corrente eficaz, média, de pico repetitivo e não repetitivo, corrente de sobrecarga, corrente de surto, di/dt, dv/dt, I² t, tempo de comutação ou recuperação, corrente reversa, queda de tensão direta, carga de recuperação reversa, etc. Devemos ainda especificar o dissipador de calor, o circuito snubber e fusíveis. Na Tabela abaixo temos alguns valores típicos para diodos de potência. IFAV 15 200 A IFSM (Tj = 25ºC) 320 6.000 A IFSM (Tj = 125ºC) 390 5.000 A I2t (Tj = 125ºC) 390 125.000 A2s IR (Tj = 125ºC) 2,5 9 mA VF (Tj = 25ºC) 1,85(75A) 1,35 (600A) V Vt 0,85 0,8 V Rt 15 0,8 mΩ RthJC 2 0,2 ºC/W 6 4. Prática 4.1. Teste com diodos semicondutores Podemos testar um diodo rapidamente através de um multímetro. Na maioria dos casos podemos verificar se o diodo está queimado ou não. ATENÇÃO: Nos multímetros digitais devemos utilizar a escala especial para teste de diodos. Se o teste do diodo indicar a mesma leitura em ambas direções (menor que 0.5) provavelmente esta junção estará em curto-circuito. Por outro lado, se indicar OL em ambas direções, esta junção estará aberta ou trata-se de outro elemento. ATENÇÃO: Nos multímetros digitais a tensão produzida na função RESISTENCIA (Ω) é menor que 0,2V, menor que a barreira de potencial do diodo, portanto indicará ABERTO (over load) nas duas direções (ou polaridades). Nos multímetros analógicos o teste é feito na escala de resistência. O resultado será oposto ao do DMM uma vez que a polaridadedos terminais do Ohmimetro é invertida. O terminal negativo da bateria está conectada ao terminal (+) ou (V/Ω) do multímetro analógico Testar os diodos semicondutores utilizando dois multímetros digitais diferentes. • Siga o procedimento conforme manual de operação do multímetro: • Utilizar a escala especial para teste de diodos. • Ligar a ponta de prova vermelha ao conector (V/Ω) e a ponta de prova preta ao conector (COM) do DMM (Digital MultiMeter). • Conectar a extremidade da ponta de prova vermelha (+) ao anodo do diodo e a extremidade da ponta de prova preta (-) ao catodo do diodo. ATENÇÃO: NUNCA tocar na parte metálica da ponta de prova • Desta forma o diodo estará polarizado diretamente. O multímetro deverá indicar um valor entre 0.6 e 0.8. Este valor é a barreira de potencial do diodo e depende do diodo 7 testado e principalmente da corrente de teste fornecida pelo multímetro (entre 0,5 e 2mA). • Os LED’s apresentam uma barreira de potencial superior a 2 V, limite na maioria dos multímetros digitais, portanto o teste indicará Over Load mesmo na polarização direta. Porém será possível observar uma pequena emissão de luz. • Polarizando o diodo reversamente, terminal vermelho no catodo e terminal preto no anodo do diodo, o multímetro indicará Over Load (ou 1). Figura 01 – Teste com Diodos Tabela de Respostas 01 – Teste com Diodos DMM Diodo Direto Reverso Direto Reverso 1N4001 1N4148 1N758* LED** 8 4.2. Curva Característica 4.2.1. Polarização Direta O procedimento para obter a curva característica do diodo na polarização direta é medir a tensão no diodo para vários valores de corrente. O método utilizado depende do tipo de fonte de corrente contínua disponível. Pode ser uma fonte de corrente ou uma fonte de tensão, fixa ou ajustável. Se a fonte de tensão for fixa será necessária a utilização de potenciômetro. O método apresentado na Figura 2 utiliza uma fonte de tensão ajustável em série com um resistor. O valor da resistência depende da faixa do valor da corrente desejada. Figura 02 – Circuito para levantamento da curva característica do diodo na polarização direta. ATENÇÃO: Devido ao baixo valor da tensão a ser medida recomenda-se utilizar a configuração “tensão real” ou “curta derivação”. Medir e anotar os valores de Vd para os valores de Id indicados na Tabela de resultados 2. Observe que a faixa de varredura da corrente é muito alta 20mA/2uA=10.000:1, ou seja, quatro décadas. Por este motivo adotamos uma varredura logarítmica com sequência 1-2-5. Calcular a “resistência dinâmica” do diodo “rd” somente para alguns pontos. 𝑟𝑑 = ∆𝑉 ∆𝐼 Para corrente de 10µ considere os valores para 5µA e 20µA. Compare este resultado com a equação 𝑟𝑑 = 25𝑚 𝐼𝐷 Calcular o valor real da corrente no diodo quando o amperímetro indicar 1mA. Considere 10MΩ como resistência do voltímetro. 9 R [Ω] Id [A] Vd [V] Rd [Ω] E [V] 1M 2µ - 5 µ - 10u 100k 20 µ - 50 µ - 100 µ 10k 200 µ - 500 µ - 1m 1k 2m - 5m - 10m 100 20m - 4.2.2. Polarização Reversa Na polarização reversa o procedimento deve ser oposto ao da polarização direta. Agora devemos medir a corrente para vários valores de tensão. ATENÇÃO: Devido ao alto valor da resistência do diodo na polarização reversa, recomenda-se utilizar a configuração “corrente real” ou “Londa Derivação”. Montar o circuito da Figura 3 - basta inverter a polaridade do diodo. Medir e anotar os valores de IR, VR e E indicados na Tabela de resultados 3. **Verificar o efeito de carregamento causado pelo voltímetro configurado como “tensão real” medindo a corrente com e sem o voltímetro conectado em paralelo ao diodo. Esta corrente é na realidade a corrente que circula no Voltímetro e não no diodo, uma vez que a corrente reversa do diodo não ultrapassa algumas dezenas de nA (10-9A). 10 Figura 03 – Circuito para levantamento da curva característica do diodo na polarização reversa. Tabela de Respostas 03 – Polarização reversa do Diodo E [V] Vr [V] IR [A] IR** [A] 5,0 10,0 15,0 ** com voltímetro em paralelo ao diodo 4.3. Circuitos Alternativos Desenhar o esquema e descrever o procedimento para realização da Etapa II (curva característica) utilizando uma fonte de alimentação fixa de +12V e um potenciômetro de a) 1MΩ e b) 10kΩ. 4.4. Construção do Gráfico Com os dados da Tabela de resultado 2, desenhe a curva característica I x V em gráfico linear (Figura 4) utilizando duas escalas para o eixo Y (200uA e 20mA) e em gráfico logarítmico (Figura 5). Desenhar, no gráfico linear, as retas de carga para E=2V e R= 1kΩ 3 Figura 04 – Curva característica do diodo na polarização direta – gráfico linear. 3 Figura 05 – Curva característica do diodo na polarização direta – gráfico logaritmo. 4 4.5. Características V x I obtidas com o Osciloscópio Para observar a curva característica do diodo através do osciloscópio basta configurar o circuito como retificador, utilizando um transformador ou um gerador de sinais com GND isolado, e conectar o osciloscópio conforme a Figura 6. Atenção: Isolar o GND de um dos instrumentos, osciloscópio ou gerador de funções, utilizando um plug adaptador para o cabo de força. Lembre-se que o terceiro pino do cabo de força está ligado à carcaça e ao GND do equipamento. Figura 6: Circuito para observação da curva característica do diodo retificador com osciloscópio. Ajuste o osciloscópio no modo X-Y com o canal 2 INVERTIDO e com os eixos no centro da tela. Canal CH1 (eixo X) – tensão do diodo; Canal CH2 (eixo Y) – tensão no resistor Ajuste a amplitude da onda triangular em 20V pico a pico (sem off set) e observe a curva na tela do osciloscópio Desenhe a curva na Figura 7 com Y=5V/DIV-DC e com X=5V/DIV-DC ou X=0,5V/DIV- DC. 5 Figura 7: Curva característica do diodo. 5. Observações teóricas Comente sobre os dados teóricos retirados dos datasheets dos componentes utilizados. 6 6. Discussões 7. Conclusões Data Observações Thaís Winkert 7 Experiência 02 – Circuitos com diodos retificadores e diodo Zener 1. Objetivos O objetivo desta aula é verificar experimentalmente o funcionamento de alguns circuitos com diodo retificador e diodo zener. • Limitadores (clippers) • Grampeadores (clampers) • Dobrador e multiplicador de tensão • Regulador zener 2. Lista de Materiais • Osciloscópio de dois canais • Multímetro digital • Fonte +15VDC ajustável • Gerador de funções • Diodo retificador 1N4148 (4) • Diodo Zener 1N751A/5V1/400mW (2) • Capacitores 100nF/250V~ (3) • Resistores 1/3W, 5% o 200(1) o 1k (2) o 2k(2) o 10k (1) o 200k (1) o 1M (1) 8 3. Prática 3.1. Circuitos básicos Monte os circuitos retificadores ½ onda a seguir. Ajuste o gerador de funções com uma onda senoidal, ______Vp-p com frequência de ______kHz. Desenhe a curva nas Figuras 2 e 3. Figura 1 – Circuitos retificadores ½ onda Figura 2 – Tensão de entrada e na carga para o circuito a 9 Figura 3– Tensãode entrada e na carga para o circuito b Discussões a) Qual foi o efeito da adição do capacitor em série com o gerador de funções? b) Por que isso aconteceu? Pesquise a teoria e explique 10 3.2. Grampeador Monte o circuito grampeador ½ onda a seguir. Ajuste o gerador de funções com uma onda senoidal, ______ Vp-p com frequência de _____ kHz. Desenhe a curva na Figura 5. Figura 4– Circuito grampeador de tensão Figura 5 – Tensão de entrada e na carga para o circuito grampeador Observe Vi(t) através do CH1 e Vo(t) através de CH2 do osciloscópio. Medir a tensão média e a tensão de pico através do osciloscópio. Ajuste o OffSet de Vi(t) e verifique que a componente contínua em Vi(t) NÃO altera o resultado em Vo(t). Esta componente contínua é absorvida pelo capacitor C1. 11 Tabela de Respostas 01 – Circuito Grampeador Vi p-p [V] 10 10 10 20 Vi DC [V] 0 -5 +5 0 Vomax [V] VoAve [V] VC1Ave [V] Atenção: Não desmonte este circuito. Adicione o segundo diodo conforme o diagrama esquemático do dobrador de tensão. 3.3. Dobrador de tensão de ½ onda Monte o circuito dobrador de tensão de ½ onda a seguir. Ajuste o gerador de funções com uma onda senoidal, ______ Vp-p com frequência de _____ kHz. Desenhe a curva na Figura 7. Figura 6– Circuito dobrador de tensão de ½ onda *Calcular o valor teórico da tensão de ondulação. Ver Anexo 1 no final deste roteiro. Frequência da ondulação: ___________Hz Observe que a componente contínua em Vi(t) NÃO altera o resultado em Vo(t). Esta componente contínua é absorvida pelo capacitor C1. 12 Figura 7 – Tensão de entrada e na carga para o circuito dobrador de tensão Tabela de Respostas 02 – Circuito Dobrador de Tensão Vi p-p [V] 10 10 10 20 Vi DC [V] 0 -5 +5 0 Vomax [V] VoAve [V] VC1Ave [V] VOPP [V] VOPP (T)[V] 3.4. Dobrador de tensão de onda completa Monte o circuito dobrador de tensão de ½ onda a seguir. Ajuste o gerador de funções com uma onda senoidal, ______ Vp-p com frequência de _____ kHz. Desenhe a curva na Figura 9. Neste circuito o capacitor C1 carrega no semiciclo positivo de Vi enquanto que C2 carrega no semi-ciclo negativo de Vi. 13 ATENÇÂO: ISOLAR o GND do gerador de funções para executar a próxima etapa. Provavelmente o GND do osciloscópio estará ligado ao GND do gerador de funções através do cabo de força de três pinos. Atenção: Neste circuito o GND do gerador de funções não é o mesmo do GND da carga RL, portanto não será possível observar simultaneamente os dois sinais Vi(t) e Vo(t). *Calcular o valor teórico da tensão de ondulação. Ver Anexo 1 no final deste roteiro. Figura 8– Circuito dobrador de tensão de ½ onda Figura 9 – Tensão de entrada e na carga para o circuito dobrador de tensão 14 Tabela de Respostas 03 – Circuito Dobrador de Tensão onda completa Vi p-p [V] 10 10 10 20 Vi DC [V] 0 -5 +5 0 Vomax [V] VoAv [V] VC1Av [V] VC2Av [V] VO PP [V] VO PP (T)[V] Vi Vo VC1 VC2 Frequência [Hz] 3.5. Diodo Zener – Curva Característica Figura 10 – Circuito para obtenção da curva característica do diodo Zener 15 Tabela de Respostas 04 – Curva característica do diodo Zener Iz = Ii = (Vi-Vz)/Rs Vi [V] Vz [V] Iz [V] Pz [mW] rz [Ω] 0 0 0 - 2 - 4 - - 0,1 - 0,2 - 0,5 - 1 2 - 5 - 10 20 - Figura 11 – Curva característica do diodo zener 16 4. Observações teóricas Pesquise a teoria dos circuitos estudados no laboratório. Qual o funcionamento teórico deles? Como funcionam? Onde são utilizados? Como calcular seus parâmetros? 4.1. Retificador ½ onda 4.2. Grampeados 4.3. Dobrador de tensão de ½ onda 17 4.4. Dobrador de tensão de onda completa 4.5. Diodo Zener 5. Discussões 18 6. Conclusões Data Observações Thaís Winkert