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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/268429027 Identificação de Bactérias Causadoras de Infecção Hospitalar e Avaliação da Tolerância a Antibióticos Article CITATIONS 4 READS 1,486 8 authors, including: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: revisando artigo dele para publicação... View project Lilian Carneiro Universidade Federal de Goiás 15 PUBLICATIONS 54 CITATIONS SEE PROFILE Marcos Pesquero Universidade Estadual de Goiás 22 PUBLICATIONS 413 CITATIONS SEE PROFILE Available from: Marcos Pesquero Retrieved on: 31 October 2016 NewsLab - edição 86 - 2008 106 Identificação de Bactérias Causadoras de Infecção Hospitalar e Avaliação da Tolerância a Antibióticos Lílian C. Carneiro1, Thyana T. Carvalhares1, Marcos Antônio Pesquero2, Rosangela Coelho Quintana1, Sarah Borges Feitosa1, Jales Elias Filho2, Marcos André Costa Oliveira2 1 - Laboratório de Microbiologia, Universidade Estadual de Goiás, GO 2 - Laboratório de Ecologia, Universidade Estadual de Goiás, GO Artigo Resumo Summary Em função da abrangência sobre enteropatogenicidade e ação de antimicrobianos, decidiu-se focar um aspecto ligado ao tema. Este trabalho isola e identifica bactérias carreadas por formiga em vários pontos de um ambiente hospitalar e analisa a tolerância dessas bactérias enteropatogênicas isoladas aos seguintes antimicrobianos: ampicilina, penicilina, ceftriaxona, eritromicina e ceftazidima, em relação a seis gêneros bacteria- nos isolados. Foram realizadas seis coletas de formigas a cada dois meses no Hospital Regional de Morrinhos, GO, desde o mês de setembro de 2005. Utilizou-se uma isca de carboidrato e uma de proteína por ambiente em período diurno. Somente uma espécie de formi- ga do gênero Pheidole foi identificada ao longo das coletas. Previamente as formigas foram imersas em caldo BHI, depois procedeu-se ao semeio em ágar, MacConckey, cled, salmonella shigella – SS, ágar sangue, PCA (ágar para contagem) e foram realizadas provas bioquímicas: lactose, glicose, H2S, uréase, L-TDª, motilidade indol, lisina, oxidase e citrato de Simmons, sensíveis para identificação bacteriana. Os resultados apontam uma maior prevalência de Escherichia coli em todos os pontos estudados, salientando que durante a pesquisa foram encontrados carreadores contaminados em todos os ambientes hospitalares pesquisados. Também foi feito antibio- grama e a espécie Staphylococcus sp apresentou resistências para todos os antibióticos testados e o antibiótico eritromicina não inibiu o crescimento de nenhum microrganismo. Os resultados alertam para a necessidade de implantação de um sistema de controle microbiológico no hospital. Palavras-chave: Análise microbiológica, resistência antimi- crobiana e saúde pública Identification of bacteria that cause hospital in- fections and evaluation of tolerance to antibiotics Because of the enteropathogenicity and antimicrobial ac- tions, we decided to focus an aspect related to this subject. This work isolates and identifies bacteria carried for ant in many points of a hospital and analyzes the tolerance of these enteropathogens bacteria isolated to the antimicrobial: am- picilin, penicillin, ceftriaxone, eritromicine and ceftazidime, regarding six isolated bacterial species. Since September 2005 were had been accomplished six ants’ collections every two months in the public Hospital of Morrinhos city - GO. We used one carbohydrate and one protein baits per area in diurnal period. Only Pheidole gender ant was identified along the collections. Previously the ants were immersed in BHI broth, and after that was then sowed: MacConckey agar, cled agar, salmonella shigella agar – SS, blood agar, ACP (countains to agar) and it was realized some biochemistry tests: lactose, glicose, H2S, urease, L-TDª, motility, indol, lysine, oxidase and Simmons citrate, sensitive tests for bacterial identification. The results show a larger prevalence of Escherichia coli in all studied points, pointing out that during the research was found contaminated carrier in all searched hospitable environments. Antimicrobial tests were realized and the Staphylococcus sp bacteria introduced resistances for all of the antibiotics tried and the eritromicine antibiotic didn’t inhibit the growth of no microorganism. The results appoint to the need of implantation of a system for hospital microbiological control. Keywords: Microbiological analysis, antimicrobial resis- tance and public health NewsLab - edição 86 - 2008 108 IntroduçãoIntrodução A s infecções entéricas cons-tituem um dos problemas mais graves na maioria dos paí- ses em desenvolvimento. A alta incidência de casos, assim como a morbimortalidade, refletem as condições de saneamento e um nível sociocultural e econômico precários (14). Entre os fatores predisponentes dessas infecções estão o próprio doente, os mi- crorganismos determinantes de tais infecções e o meio ambiente hospitalar (15). As bactérias encontradas neste trabalho possuem ação entérica no organismo humano e estão rela- cionadas a infecções hospitalares. A Escherichia coli foi a primeira ca- tegoria diarreiogênica identificada. Há propensão elevada de crianças adquirirem a infecção em hospitais públicos. As infecções por E. coli são muito mais freqüentes em crianças pobres dos grandes cen- tros urbanos. Outra bactéria isolada foi a Salmonella, verificando-se um aumento do seu isolamento nos últimos anos. Um aspecto de extrema importância tem sido o aumento expressivo da ocorrência de amostras multirresistentes aos antimicrobianos. As Aeromonas também têm emergido como importantes patógenos humanos e o trato gastrointestinal parece ser a principal fonte de infecção, acarretando em doença diarréica de curta duração. Os Enterococcus constituem um importante grupo de microor- ganismos que se destacam como patógenos oportunistas. Podem surgir surtos de infecções hos- pitalares e as espécies de maior freqüência podem geralmente ser encontradas como membros da microbiota normal, sobretudo do trato intestinal de seres hu- manos. Os Staphylococcus também são membros da microbiota normal da pele e mucosas, mas podem cau- sar infecção em diferentes órgãos e tecidos. Há espécies que são oportunistas, associados, em ge- ral, com infecções hospitalares. A Klebsiel la pode causar pneumonia, embora seja mais comum a sua implicação em infecções hospitares (aparelho urinário e feridas), em particular em doente imunologicamente deprimido (13). Determinadas bactérias en- teropatogênicas são isoladas freqüentemente em infecções ocorridas em enfermarias e pe- diatrias de unidades hospitalares (15). Constata-se que pacientes hospitalizados ou indivíduos cujas defesas foram enfraquecidas por doenças ou terapias estão sus- ceptíveis também a patógenos oportunistas. Alguns microorga- nismos envolvidos em infecções tornam-se resistentes às drogas antimicrobianas comumente usa- das nos ambientes hospitalares (2). A emergência de patógenos resistentes a antibióticos é um fenômeno de preocupação na área clínica e na farmacêutica, pois sua resistência pode comprometer o tratamento de infecções alimen- tares severas (9). O descobrimento da penicilina abriu o campo da terapia antibi- ótica, ampliando a descoberta e comercialização de demais anti- bióticos (1). Um dado antibiótico tem que satisfazer muitos critérios de seleção para sua ótima ativida- de, incluindo entrada, retenção, distribuição subcelular, expressão da atividade nos compartimentos infectados, susceptibilidade da bactéria nos sítios de infecçãocom atenção para a sua fase de crescimento (11). Antibióticos são amplamente usados para tratamento e pro- filaxia de infecções, a ponto de corresponderem de 30% a 50% dos gastos hospitalares com me- dicamentos (4). Vários estudos analisaram o padrão de pres- crição em hospitais de ensino e assistenciais, constatando que de 25% a 50% das prescrições eram inadequadas, principalmen- te devido à escolha incorreta do medicamento, dose ou tempo de tratamento (12). Depois de várias décadas de antibioticoterapia continuamente bem-sucedida contra infecções bacterianas, estamos agora en- frentando um prospecto preocu- pante: a evolução acelerada de resistência para com os antibióti- cos de importantes patógenos hu- manos (8). Certas espécies bacte- rianas têm conseguido adaptar-se aos antibióticos mediante seleção progressiva de clones resistentes. A resistência é transmitida a seus descendentes e a outras bactérias da mesma espécie e de espécies distintas (1). Em função da abrangência so- bre enteropatogenicidade e ação de antimicrobianos, decidiu-se fo- calizar um aspecto ligado ao tema. Este trabalho isola e identifica bactérias carreadas por formiga em vários pontos de um ambiente hospitalar e analisa a tolerância dessas bactérias enteropatogêni- cas isoladas aos seguintes antimi- crobianos: ampicilina, penicilina, NewsLab - edição 86 - 2008 110 Metodologia Resultados cefatriaxona, eritromicina e cef- tazidima, em relação aos gêneros bacterianos isolados. Metodologia O trabalho foi desenvolvido inicialmente no Hospital Regional de Morrinhos – GO e a escolha do local se justifica pelo maior fluxo de pacientes. As pesquisas se ini- ciaram em setembro de 2005 com a coleta de formigas, realizada a cada dois meses durante um ano em 48 ambientes do hospital atra- vés de iscas de carboidrato (doce de leite) e proteína (salsicha) em período diurno. As formigas foram coletadas com pinça de ponta fina este- rilizada e acondicionadas em sacos plásticos esterilizados e etiquetados segundo o ambiente hospitalar. As coletas foram re- alizadas com luvas esterilizadas e manipuladas no laboratório de biologia da Universidade Estadual de Goiás. Previamente as formigas foram imersas em caldo BHI, permanecendo por 24 horas para análise inicial da presença de cultura positiva e prossegui- mento da identificação. Após a amostra do caldo BHI turvar, o semeio era procedido em ágar Mac Conckey, onde cresceram colônias sugestivas para E. coli e Klebsiella. O semeio em ágar salmonella shigella (SS) propi- ciou resultados sugestivos para a espécie Salmonella. Procedeu- se então à semeadura em ágar sangue, onde foram identificadas colônias sugestivas para as espé- cies Enterococcus, Aeromonas e Staphylococcus. ágar PCA (ágar para contagem) foi utilizado como estimativa quantitativa do crescimento bacteriano; ágar Cled foi usado para selecionar fermentadores de lactose e co- loração de gram para ajudar na identificação; provas bioquímicas foram realizadas para concluir o diagnóstico: lactose, glicose, H2S, urease, L-TDª, motilidade indol, lisina, oxidase e citrato de Simmons, sensíveis para identi- ficação das bactérias (7). A determinação da resistên- cia ou sensibilidade foi realizada utilizando-se discos de antibióticos de concentrações estabelecidas, através da diluição da amostra nas concentrações de 101 a 107 e inoculação das amostras em ágar Mueller Hinton, recomendado pelo National Comittee for Clinical La- boratory Standards. Os pontos de corte dos halos de sensibilidade e resistência foram aqueles publi- cados pelo National Comittee for Clinical Laboratory (10). Resultados Este trabalho determinou o potencial das espécies de for- migas Pheidole como vetores de bactérias em ambiente hospitalar no município de Morrinhos, GO, analisando as espécies bacte- rianas isoladas e a tolerância dessas bactérias a determinados antibióticos. No Gráfico 1 observamos quais bactérias foram mais isoladas e identificadas nos vários ambien- tes hospitalares ao serem trans- portadas pelos vetores. Notamos que a espécie Esche- ria coli foi a mais encontrada, re- presentado 68% (49) das espécies isoladas. Após identificar as espécies de bactérias que estavam sendo carreadas pelas formigas, fo- ram analisados os pontos mais acometidos, considerando todos os ambientes do hospital e os resultados são representados no Gráfico 2. Ao analisar o gráfico nota-se que na maioria dos pontos estu- dados foi encontrado apenas um isolado durante toda a pesquisa. Considerando que foram realiza- das seis coletas (uma a cada dois meses), verifica-se que não houve uma freqüência de positividade em todas as coletas realizadas. Foi realizado também um es- tudo de dados para determinar a ocorrência dos agentes bacteria- nos por ambiente hospitalar – os Gráfico 1. Bactérias carreadas por formigas isoladas no hospital NewsLab - edição 86 - 2008 112 Gráfico 2. Frequência de área pesquisadas por número de bactérias encontradas Gráfico 3. Ocorrência de bactérias encontradas por ambiente hospitalar dados estão demonstrados no Gráfico 3. Foram pesquisadas 48 áreas diferentes. Ao observar os resulta- dos percebe-se que os ambientes do banheiro, laboratórios, clínicas (masculina e feminina) e isolamen- to foram os quatro pontos mais acometidos. O banheiro teve maior acometimento de Staphylococcus sp e os demais ambientes da bacté- ria E. coli (dados não mostrados). A Tabela 1 mostra o resultado do antibiograma referente às bac- térias isoladas por meio do vetor Pheidole. Cinco antimicrobianos foram testados em seis espécies de bac- térias identificadas. O antibiótico eritromicina foi o menos eficiente e todos os isolados apresentaram resistência quando testados. Por outro lado, o antibiótico ceftria- xona apresentou maior eficiência ao inibir o crescimento de quatro espécies. O Staphylococcus sp foi a única espécie isolada que não apresentou sensibilidade a ne- nhum dos antibióticos testados. 12 10 8 6 4 2 0 4 2 4 5 7 9 4 6 5 3 2 2 1 3 Ba nh eir os Be rçá rio Cl íni ca Co ns ult óri os Co zin ha En fer ma ria s Es ter iliz aç ão Iso lam en to lab or ató rio s La ctá rio Pe dia tria Po sto de en fer ma ge m Sa la de ae ro so l Sa la de ci rur gia Sa la de ge ss o Sa la de su tur a Re an im aç ão Espécies de Bactérias Fr eq uê nc ia a bs ol ut a 11 1 8 Tabela 1. Perfil de resistência a antimicrobianos de bactérias isoladas no hospital regional do município de Morrinhos – GO Espécies/antibióticos Caz Amp Eri Cro Pen Escherichia coli S R R S r Salmonella R s R S S Staphylococcus sp R R R r r Klebsiella sp S R R R r Enterococcus sp R S r R S Aeromonas S R R S R Caz: ceftazidima; Amp: ampicilina; Eri: eiritromicina; Cro: ceftriaxona; Pen: penicilina R: resistência; S: sensibilidade; s: sensibilidade intermediária; r: resistência intermediária 113NewsLab - edição 86 - 2008 DiscussãoDiscussão Em nosso trabalho a espécie E. coli foi a mais fre- qüente, seguida de Staphylococcus sp, Enterococcus e posteriormente Klebsiella e Aeromonas sp.. Blatt e Miranda, 2005, realizaram uma análise do perfil de microorganismos causados de infecções do trato urinário em pacientes hospitalizados e detectaram que a bactéria E. coli foi predominante, seguida da espécie Klebsiella. Pode surgir uma divergência de ocorrência devido à diversidade de microorganismos isolados, sendo essa uma dasetapas básicas para o estabelecimento de estratégias particularizadas de controle de infecção hospitalar (3). Ao analisar o Gráfico 2 notamos que em todos os ambientes houve isolamento de microorganismos, sendo que em 29 (60,4%) dos ambientes estudados houve a ocorrência de apenas uma espécie; em 11 (22,9%) ocorreu a presença de dois isolados por am- biente, em cinco (10,4%) apareceram três isolados e, em três ambientes (6,25%), apareceram quatro isolados. Baseados em estudos anteriores podemos sugerir que o cuidado com a higienização é a primeira opção para a diminuição desses resultados. No Gráfico 3 os resultados demonstram que os banheiros e laboratórios foram as áreas mais acome- tidas, o que reforça a falta de higienização pessoal. A infecção hospitalar (IH), atualmente, tem despertado grande interesse no meio científico, não só em decor- rência da substancial contribuição para a morbimorta- lidade dos pacientes, mas também devido à relativa simplicidade do procedimento mais importante para o seu controle: a higiene manual (HM). No estudo realizado por Harbarth et al., (2002) foi relatada a importância de intervenções educativas de modo concomitante à disponibilidade do álcool gel para a satisfatória adesão ao seu uso e a combinação da lavagem das mãos com água e sabão, conforme a disponibilidade de pias bem posicionadas, entre o profissional de saúde e o paciente, aliada à programas de informação sobre a importância da IH e da HM, para que venham a ser medidas que contribuam para o melhor controle da infecção hospitalar (6). A Tabela 1 apresenta que a bactéria E. coli mos- trou maior resistência à ampicilina (60,4%). Houve casos de sensibilidade intermediária como a Salmo- nella com relação ao antibiótico ampicilina e casos NewsLab - edição 86 - 2008 114 Correspondências para: Lílian C. Carneiro lilian.carneiro@ueg.br Referências BibliográficasReferências Bibliográficas 1. Alósa JI e Carnicerob M. Consumo de antibióticos y resistencia bacteriana a los antibióticos: algo que te concierne. Med Clin (Barc); 109: 264-270, 1997. 2. Anathan S, Ray S, Alvandi S. Enterotoxigenicity of Klebsiella pneumoniae associated with childhood gastroenteretis in Madras, India. Jorn J Infect Dis; 52:16-7, 1999. 3. Blatt JM, Miranda MC. Perfil dos microrganismos causadores de infecções dot rato urinário em pacientes internados. Rev Panam Infectol; 7(4):10-14, 2005. 4. Busto J, Vesco E, Tossello C. Alarming baseline rates of nosocomial infections and surgical profilaxis errors in a small teaching hospital from Argentina. Infect Control Hosp Epidemiol; 22: 264-5, 2001. 5. 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Gaúcha Hospitais; 10:16-26, 1992. de resistência intermediária: E coli, klebsiella e Staphylococcus sp apre- sentaram resistência intermediária para penicilina, Staphylococcus sp apresentou resistência intermediá- ria também para ceftriaxona e por último, Enterococcus sp apresentou resistência intermediária para eri- tromicina. Este estudo contribui para o co- nhecimento de taxas de resistência locais, sendo essa uma das etapas básicas para o estabelecimento de estratégias particularizadas em relação ao uso racional de antimi- crobianos. Os resultados alertam para a necessidade de implantação de um sistema de controle microbiológico no hospital. O impacto das doenças infecciosas emergentes poderá ser menor se a estrutura de Saúde Pública for reativada, de forma a poder lidar eficazmente com essas doenças. Há, também, que se voltar a pensar em termos de prevenção da doença, no desenvolvimento e implementação de estratégias de prevenção. As entidades oficiais e o público em geral não estão prepara- dos para a prevenção, sendo habitu- al esperar que surja uma epidemia para que se tratem os doentes e se ativem os mecanismos de emer- gência necessários para controlar a epidemia. Estas medidas são caras e, em geral, pouco eficazes. Agradecimentos À direção do Hospital Regional de Morrinhos, GO, pela autoriza- ção da pesquisa em todas as áreas hospitalares.
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