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5 ETAPAS DA ABORDAGEM PRIMÁRIA (ABCDE) O objetivo da abordagem primária à vítima de trauma é identificar da maneira mais rápida possível situações que coloquem ou possa colocar a vida em risco e que tragam atenção imediata pela equipe. Deve ser rápido, organizado e eficiente de forma que permita decisões em relação ao atendimento, dando ao paciente maiores chances de sobrevida. Dentro da abordagem de trauma, nós precisamos desenvolver 5 etapas básicas em relação a abordagem primária. Dentro dessas 5 etapas primárias, existem duas delas que são feitas fora dessa sequência. Abordagens fora das 5 abordagens primárias. 1° Segurança de cena. Onde você irá realizar a segurança da sua equipe e do doente também. Principalmente numa via urbana. 2° Cinemática do trauma. Avaliar as possíveis lesões observando as cenas e identificando o que pode ou não ter acontecido nesse paciente. É muito mais fácil você tratar um paciente se você souber onde procurar a lesão. Não basta apenas identificá-las, saber tratá-las é muito importante. 5 abordagens primárias. Dentro da abordagem primária desenvolvida pelo HTPLS, existem 5 etapas bem simples chamadas de ABCDE. A (Airway) = Controle cervical e Vias aéreas É o caminho da via área, ou via aérea principal. O principal e mais importante a entender e fazer é que na letra A é feita um controle manual da cervical e o controle/tratamento da via aérea do paciente. Vias aéreas e controle da coluna cervical. Nessa primeira fase do atendimento, o médico deve checar se o paciente está com as vias aéreas desobstruídas. É importante verificar se não há corpos estranhos impedindo a respiração, fraturas de face ou qualquer lesão na coluna cervical. Todo o processo deve ser tátil, verificando sinais de edemas ou sangramentos e observando se a vítima não emite qualquer som durante a respiração, tosse ou apresenta alguma agitação. Garantida a permeabilização, o colar cervical deve ser colocado. B (Breathing) = Respiração Nessa etapa, iremos realizar a qualidade da respiração desse paciente, é muito importante quem é da área da saúde, saber avaliar os níveis da respiração em relação a profundidade e frequência. Nesse ponto, é necessário observar os movimentos do tórax, fazer auscultas a fim de eliminar qualquer lesão torácica e, se necessário, utilizar métodos de ventilação mecânica para restabelecer a respiração. É claro que quanto mais rápido for essa ventilação pior vai se o estado do paciente. Através da respiração nós também conseguimos avaliar a gravidade do paciente e até determinar algumas situações diferenciadas, um exemplo é o choque, que pode ser pré diagnosticado aqui na letra B, uma taquipneia ou taquipneia severa pode indicar classe 2 ou classe 3 de choque. C (Circulation) = Circulação/hemorragia Nessa etapa, nós devemos ter uma preocupação com o controle da hemorragia, pulso, pele e perfusão. Após os primeiros procedimentos, é preciso ter cuidado para que o paciente não entre em quadros como a hipovolemia (diminuição anormal do volume do sangue), pois como consequência, o choque hemorrágico pode acontecer. Então, apalpar, aferir o dorso e descobrir de onde surgiu a hemorragia é o primeiro passo para a mesma. Não deixar que o acidentado continue perdendo sangue enquanto está sendo atendido pode ser decisivo para a sobrevida do mesmo. D (Disability) = Estado neurológico Aqui vamos avaliar os níveis de respostas neurológicas do paciente. Primeira coisa que se faz nessa etapa é obrigatoriamente a avaliação pupilar do paciente, saber se ele tem uma fotorreagencia, descobrir se essa pupila está reagindo a luz ou ao estímulo da abertura ocular quando você abre o olho do paciente e ele tem uma reação à luz do dia, ou a luz induzida, que é a luz da caneta pupilar. Depois, seja encaminhada e classificada pela Escala de Glasgow. E (Exposure) = Exposição da vítima A vítima deve ser despida, para assim facilitar nosso trabalho e evite novos traumas. Nesse procedimento, é comum que a temperatura do corpo baixe, deixando os cidadãos mais suscetíveis à hipotermia. Com isso, outros problemas podem surgir. Também seria a hora de colocar o cordão cervical, fazer o rolamento, colocar na maca, avaliar a possibilidade de imobilizar fraturas ou não, ou até mesmo a possibilidade de transportar o paciente o mais rápido possível.
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