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Trafico de pessoas

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TRAFICO DE PESSOAS.
A partir do século XIX, a legislação internacional passou a voltar seus esforços na proibição desse tráfico já que, com o tráfico negreiro, mulheres europeias eram trazidas por redes internacionais de traficantes para a Europa e Estados Unidos da América e para as colônias para trabalhar como prostitutas. Surgem a partir de 1904 os primeiros instrumentos legais para combater o tráfico nacional e internacional de mulheres, que mais tarde foi chamado de tráfico de pessoas. As convenções compreendiam o tráfico como todo ato de captura ou aquisição de um indivíduo para vendê-lo ou trocá-lo.
No século XX, a Organização das Nações Unidas (ONU) manteve a construção de diversas convenções e discussões sobre as ramificações do tráfico de pessoas. Em 1956, a Convenção de Genebra focou para outros pontos importantes, como o casamento forçado de mulheres em troca de vantagem econômica; a entrega, lucrativa ou não, de menores de 18 anos a terceiros para exploração. A Convenção de Genebra também confirmou a importância de os países membros estabelecerem medidas administrativas para modificar as práticas ligadas à escravidão, assim definir como crime essa e outras condutas ligadas ao transporte de pessoas de um país a outro e a privação de suas liberdades.
Em 1998 o Estatuto do Tribunal Penal Internacional passou a definir a escravidão sexual e a prostituição forçada como crimes internacionais de guerra, contra a humanidade. Assim, a Assembleia Geral da ONU apresentou uma proposta intensamente discutida durante o ano de 1999, que foi aprovada como Protocolo de Palermo (2000) por meio do qual o tráfico de pessoas se tornou um crime comum a várias nações.
A partir de 2000, vários protocolos e convenções foram adicionados a mecanismos da ONU para que os Estados-membros mantenham esforços de combater o tráfico de seres humanos, passando a se basear em alguns mecanismos como:
Programa contra o Tráfico de Seres Humanos, em colaboração com o Instituto das Nações Unidas de Pesquisa sobre Justiça e Crime Inter-regional (UNICRI);
Protocolo Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças;
O tráfico humano é o comércio de seres humanos, mais comumente para fins de escravidão sexual, trabalho forçado ou exploração sexual comercial, tráfico de drogas ou outros produtos; para a extração de órgãos ou tecidos, incluindo para uso de barriga de aluguel e remoção de óvulos; ou ainda para cônjuge no contexto de um casamento forçado.
O tráfico humano deu mais de 31,6 bilhões de dólares do comércio internacional por ano em 2015 e é pensado para ser uma das atividades de maior crescimento das organizações criminosas transnacionais. O tráfico de pessoas é condenado como uma violação dos direitos humanos por convenções internacionais e está sujeito a uma diretiva da União Europeia.
O Brasil com a Lei 13344/16 conformou nosso Ordenamento Jurídico com Ordenamento Internacional, pois havia um descompasso entre eles. O Tráfico de Pessoas estava relacionado apenas e exclusivamente à exploração sexual nacional e internacional (art 231 e 231-A CP), em contrapartida as convençôes internacionais eram mais amplas.
LEI 13.344 DE OUTUBRO DE 2016, JUNTAMENTE COM ARTIGO 149 CP.
Sobre o tráfico internacional de pessoas encontra-se em nosso ordenamento jurídico, o Artigo 3° do Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças. Onde a Organização das Nações Unidas (ONU), define tráfico de pessoas como “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo-se à ameaça ou ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração”. Com a lei 13.344/2016 temos como principais aspectos fazer repressão e prevenção ao tráfico interno e internacional de pessoas seja eles cometidos no território Nacional contra vítima brasileira ou estrangeira com a intenção de remover órgãos, tecidos ou partes do corpo, forçar o trabalho escravo ou de servidão, adoção ilegal ou para fins de exploração sexual, com pena aumentada caso a retire do território nacional, e no exterior contra vítimas brasileiras, com o aumento de pena caso seja cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência, agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função, sendo um crime incondicional de competência da justiça Estadual, salvo se forem transaciona, pois ai caberá à justiça Federal, todos tipificados nos artigos 149 e 149-A do Código Penal Brasileiro. A Lei também tem como intuito combater o tráfico de pessoas respeitando a dignidade da pessoa humana, garantir cidadania e direitos humanos e não discriminar as vítimas em função de gênero, orientação sexual, origem étnica ou social, raça escolhas políticas, profissão ou religião. Essa lei reforça e incentiva a sociedade a participar do controle social, visa o fortalecimento do pacto federal e o enfraquecimento do tráfico de pessoa, cobrando ação do governo, e preservando o sigilo das vítimas e dos procedimentos administrativos. 
Para sua prevenção seria plausível campanhas sócio educativas e de conscientização, incentivos a mobilização e participação de todos, e elaboração de projetos com a finalidade. No âmbito da proteção e assistência da vítima deve-se dar um parecer judicial, social com abrigos provisórios e um atendimento humanizado sempre preservando a identidade e reinserindo a pessoa na sociedade.
Apontamento sobre essa lei em relação ao julgado https://trf-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/586875680/apelacao-criminal-acr-50009820620134047216-sc-5000982-0620134047216?ref=serp podemos observar que a Lei foi interpretada de maneira literal já que descaracterizou o crime por falta de adequação na conduta descrita como crime, pois com o consentimento da vítima não há que se falar em conduta criminosa, no caso exposto só seria crime se o tráfico com a finalidade de exploração sexual fosse sem o consentimento da vítima se a mesma fosse ludibriada engana. 
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia/trafico-internacional-pessoas.htm
https://www.politize.com.br/trafico-de-pessoas-no-brasil-e-no-mundo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fico_de_pessoas
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm
https://trf-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/586875680/apelacao-criminal-acr-50009820620134047216-sc-5000982-0620134047216?ref=serp

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