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Texto Complementar - VIOLAÇÃO À DIREITO FUNDAMENTAL – AUSÊNCIA DE CONDUTA ÉTICA ORGANIZACIONAL

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Texto Complementar 
 
Disciplina: Instituições de Direito 
Professor: Roberta Toledo 
 
VIOLAÇÃO À DIREITO FUNDAMENTAL – AUSÊNCIA DE CONDUTA ÉTICA 
ORGANIZACIONAL 
 
 
Em trinta e um de julho de 2018, foram presos, no Paraná, executivos suspeitos de 
integrarem uma quadrilha que controlaria de forma indevida o preço final dos 
combustíveis nas bombas dos postos restringindo o mercado e prejudicando 
consumidores. 
 
Leia abaixo a notícia sobre as medidas tomadas pela Polícia Civil do Paraná e consulte 
outras informações em < https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/08/justica-manda-soltar-
executivos-da-raizen-presos-em-operacao-da-policia-civil.shtml>: 
 
Polícia prende 8 em operação contra cartel que envolve BR, Raízen e Ipiranga 
Foram expedidos 8 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão, tendo entre os 
alvos as sedes administrativas das distribuidoras suspeitas 
31/07/2018 - 09H46 - ATUALIZADA ÀS 13H41 - POR REUTERS 
 
A Polícia Civil do Paraná deflagrou nesta terça-feira operação para prender gerentes 
e assessores comerciais das distribuidoras de combustíveis BR, Ipiranga e Raízen, as 
três maiores do país, por suspeita de formarem uma quadrilha para controlar o preço 
final dos combustíveis nas bombas dos postos de gasolina, informou a polícia 
paranaense. 
Oito executivos das três empresas foram presos por suspeita de envolvimento no 
esquema, e policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão nas sedes 
administrativas das distribuidoras na capital paranaense, informaram a Polícia Civil e 
o Ministério Público do Paraná em comunicados. 
"A suspeita é que estas distribuidoras controlam de forma indevida e criminosa o preço 
final dos combustíveis nas bombas dos postos de gasolina com bandeira das 
distribuidoras restringindo assim o mercado e prejudicando a livre concorrência", disse 
a Polícia Civil em nota oficial. 
De acordo com os investigadores, representantes das distribuidoras vendiam o litro do 
combustível de acordo com o preço que seria praticado pelos donos dos postos de 
forma a controlar o preço nas bombas, impedindo a livre concorrência. 
Entre os presos estão três assessores comerciais da BR, um gerente comercial e um 
assessor da Ipiranga e um gerente e dois assessores comerciais da Raízen. Um 
gerente da BR também foi alvo de mandado de busca e apreensão. 
A BR Distribuidora é controlada pela Petrobras, a Raízen é uma joint venture entre 
Cosan e Shell, e a Ipiranga pertence ao grupo Ultrapar. As ações das empresas 
listadas na B3 operavam em queda acentuada nesta terça-feira. 
 
A operação "Margem Controlada" foi deflagrada após mais de um ano de investigação 
da Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil e da Promotoria de Justiça de 
Defesa do Consumidor de Curitiba, um órgão do Ministério Público do Paraná, a partir 
de denúncia de donos de postos de combustíveis de Curitiba. 
As investigações, que contaram com delações premiadas e ações controladas com a 
participação de donos de postos, apontaram que gerentes e assessores comerciais 
das três distribuidoras vendiam o litro do combustível de acordo com o preço que seria 
cobrado pelo dono do posto da respectiva bandeira. 
"As investigações descobriram que, além de controlarem os preços nos postos, as 
distribuidoras contavam com serviço de motoboys que circulavam por Curitiba tirando 
fotos dos preços cobrados pelos postos para saberem se estavam de acordo com a 
negociação feita no momento da compra do combustível", disse o MP em comunicado. 
Em um exemplo concreto citado pelos investigadores, uma distribuidora apresentou 
aos postos de sua bandeira três opções de valores de compra e de venda, e se o 
acordo não fosse cumprido poderia haver retaliações. Quem comprasse a gasolina a 
R$ 3,20, teria de vender a R$ 3,39; quem comprasse a R$ 3,25, teria de vender a R$ 
3,49, e quem pagasse R$ 3,32, teria de vender a R$ 3,59. 
Empresas se pronunciam 
A Raízen informou que acompanha o caso e está à disposição das autoridades 
responsáveis para esclarecimentos. "Importante reforçar que os preços nos postos de 
combustíveis são definidos exclusivamente pelo revendedor, e a Raízen não tem 
qualquer ingerência sobre isso. A empresa opera em total conformidade com a 
legislação vigente e atua sempre de forma competitiva, em respeito ao consumidor e 
a favor da livre concorrência", diz a empresa. 
A BR Distribuidora, por sua vez, informou que "pauta sua atuação pelas melhores 
práticas comerciais, concorrenciais, a ética e o respeito ao consumidor, exigindo o 
mesmo comportamento de seus parceiros e força de trabalho". 
 
 
Fonte: 
(https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2018/07/policia-investiga-br-ipiranga-e-raizen-por-suspeita-
de-cartel-nos-precos-de-combustiveis.html)

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