Termos importantes ao estudo do controle de microrganismos

Microbiologia TERMOS IMPOR TANTES AO ESTUDO DO CONTROLE DE MICR ORGANISMOS 1 Sumário Introdução .................................................................................................................................... 2 Objetivos ....................................................................................................................................... 2 1. Termos impo rtantes ao estudo do co ntrole de mic rorganismos ................................ . 2 1.1. Esterilização .................................................................................................................. 2 1.2. Esterilização com ercial ................................................................................................ 3 1.3. Antissepsia .................................................................................................................... 4 1.4. Desinfecção ................................................................................................................... 4 1.5. Sanitização ................................................................................................................... 4 1.6. Sufixo “ - cida” ................................................................................................................ 4 1.7. Sufixo “ - stático” ............................................................................................................ 5 Exercícios ...................................................................................................................................... 5 Gabarito ........................................................................................................................................ 5 Resumo ......................................................................................................................................... 7 2 Introdução Nas apostilas “ O tratamento c om anti-virais ” , além da conceituação, vimos as principais bactérias e vírus causa dores de infecções . No século XIX, o médico húngaro Ignaz Semmelweis comparou o número de casos d e infecção em duas cl ínicas. Em uma clínic a, os estudantes de medicina circulavam sem nenhum cont role entre as sal as de necropsia e atendimento a os pacientes. Já na s egunda clínica, o acesso aos pacientes era mais controlado e, assim, o número de infecçõe s era menor. Através dessa observação, o méd ico tornou obrigatório para toda a equipe das clínicas a lavagem das mãos com mic robicida , reduzindo drasticamente o número de infecções . O controle de microrg anismos é essencial para i nibir a p ropaga ção de bactérias patogênicas, conservar alimentos e medicamentos, evitar a contaminação tanto da á gua como do me io ambiente, entre outras inúmeras utilizações. Assim, muitos cientistas continuam desenvolvendo métod os de controle de microrganismos. Nesta apostila, iremos aprender alguns termos i mportantes no estudo d o controle d e microrganismos, bem como suas definições. Veremos também a difere nça entre alguns te rmos e também de a lguns sufixos muit o util izados no controle de microrganismos. Objetivos • Conhecer termos importantes para o estudo e entendimento dos métodos de controle de microrganismos; • Aprender os conceitos relacionados aos termos. 1. Termos importantes ao estudo do controle de microrganismos A seguir, veremos alguns termos muito utilizados no controle de microrganismos tanto em relação ao p rocesso como em relação ao efeito sobre os microrganismos. 1.1. Esterilização A esterilização é a destruição total ou remoção completa de mi crorgani smos, incluindo os endósporos . 3 Os end ósporos são e struturas prese ntes nas b actérias q ue conferem a elas resistência quando se encontram em meio desfa vorável a sua sobrevivência. Os tipos mais comuns de esterilização são p or calor s ec o (por exemplo, forno) e por c alor úmido sob pressão (por exemplo, a autoclave, figura seguinte ), por radiação e por filtração. Autoclave de ester ilização. 1.2. Esterilização c omercial A esterilização comercial é um tipo de esterilização que reduz consideravelmente os end ósporos de Clostridium botulinum a uma quantidade segura, impedindo a contaminação d os alimentos, mas sem d egradá-los. A esterilização comercial util iza vapor sob pressão como em uma au toclave , mas difere por não ser tão rigorosa quanto à est erilização completa. Na esterilização comercial, os end óspor os de Clostridium botulinum são reduzid os por 12 ciclos logarítmicos, ou seja, após o tratamento poderá haver uma quantidade mínima de endósporos. Mesmo assim, esse processo é considerado bastante seguro. FIQUE ATENTO Você sabe por que não devemos comp rar alimentos enlatados quando a lata está “estufada ”? Os alimentos enlatad os passam por um processo de esterilização comercial para e vitar a contaminação. No entanto, latas danificadas podem permitir a proliferação de Clostridium botulinum , ou seja, bactérias que sobrevivem  esterilização comercial pode ge rminar e crescer, podendo causar casos graves de intoxicação alimentar. 01 4 1.3. Antissepsia A antissepsia é a destruição de patógenos em tecidos vivos. Patógenos ou agentes patogênicos ou agente s etiológicos são orga nismos que podem causar doenças. São e xemplos de antissépticos: solução detergente de clor exidina a 4 %, com 4% de álcool etílico, álcool etílico a 70% e solução de álcool iodado a 0,5 ou 1 %. 1.4. Desinfecção A desinfecção é a destruição de patógenos em objetos inanimados. A desinfecção pode ser por métodos físicos ou químicos. São ex emplos de de sinf etantes químicos: cloro e c reolina. Já a desinfecção térmica por vapor é um exemplo de desinfecção física. 1.5. Sanitização A sanitização é um tratamento que tem como objetivo reduzir a quantidade d e microrganismos em utensílios a níveis seguros, o que dimi nui as chances de transmissão de uma doença. Em restaurantes, por exemplo, a sanitização de louças e talheres costuma ser feita através de lavagens em altas temperaturas, evitando a transmissão de doenças . 1.6. Sufixo “ - cida” Dois sufixos muito comuns em relação ao efeito sobre os microrganismos são os sufixos “ - cida” e “ - stático” . Sufixos são elementos adicionados ao final de um radic al, atribuindo significados que podem ser diferentes . O sufixo “ - ci da” está associado à “destruição”. Assim, te rmos como germicida está relacionado à destruição de germes. Assim, agentes microbic idas matam microrganismos , agentes bactericidas eliminam bactérias; agentes fungicidas eliminam fungos, agentes viricidas eliminam vírus, agentes algic idas destroem algas e assim por diante. É importante ressaltar que apesar de agentes bactericidas destruirem bactérias, não nece ssariamente eliminam total mente os endósporos . Já agentes esporicidas são capazes de destruir especificamente os endósporos . 5 1.7. S ufixo “ - stático” Agentes microbiostáti cos são agentes que inibem o crescimento de microrganismos, mas que não necessariamente os destroem. Assim , um agente bacteriostático inibe especificamente o crescimento de bactérias enqua nto que agentes fungistáticos inibem espec ificamente o cre scimento de fungos (figura seguinte) . O congelamento rápido em nitrogênio líquido é u ma forma de preservação de microrganismos que pode ser considerado microbiostátic o. Enxaguantes bucais costumam apresentar ação bactericida e bacteriostát icas. SAIBA MAIS Exercícios 1. (Autora, 20 19) Ag entes microbicidas, com efeito letal para microrgani smos com endósporos, que são utilizados em artigos hospitalares: Quer saber mais sobre os termos utilizados no controle de microrganismos? Leia o artigo: Assepsia e antissepsia: técnicas de esterilização, publicado em 20 08 por Takachi Moriya e Jose Luiz Pimenta Módena no Simpósio: fundamentos em cl ínica cirúrgica - 1ª Parte , Capítulo III. 02 6 a) Desinfetantes; b) Antissépticas; c) Esterilizantes; d) Sanitizantes. 2. (Autora, 2019) Analise as asserções abaixo e selecione a alternativa correta: I. Para destruir patógenos de um objeto utiliza-se a desinfecção. II. Esse método é utilizado para objetos inanimados. a) As asserções I e II são falsas; b) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é justific ativa da I; c) A asserção I é verdadeira e a II é falsa; d) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é justificativa da I. 3. (Autora, 2019) Em relação a antissepsia, é CORRETO afirmar: a) O detergente de clorex idina a 4 % é um exemplo de antisséptico; b) O álcool 100% é um exempl o de antisséptico; c) A antissepsia é a destruição de patógenos em objetos inanimados; d) A solução de álcool iodado não pode ser utilizado como antisséptico. Gabarito 1. Letra C. A esterilização é a d estruição total ou remoç ão completa de microrganismos, incluindo os endósporos. 2. Letra B. A desinfecção é a destruição de patógenos em objetos inanim ados. 3. Letra A. O detergente d e clorexidina a 4 % é um ótimo exemplo de antisséptico, amplamente utilizado. 7 Resumo Vimos nessa apostila alguns termos muito uti lizados no controle de microrganismos. A destruição d e microrganismos pode ser total ou p arcial. Se a destruição for total e incluir os e ndósporos, o processo se chama esterilização completa um exemplo d e e sterilização é a autoclave. Já a esteri lização comercial reduz a quantidade de endósporos de Clostridium botulinum a um nível considerado seguro e é muito utilizada pela indústria pa ra p reservação de alimentos enlatados. Quando a destruição dos microrganismos for pa rcial , é chama da de antissepsia se for em tecidos vivos e é chamada de desinfecção se for e m objetos inanimados. Um exemplo de antisséptico muito utilizado em diferentes a mbientes é o álcool 70%. Além disso, há ainda a sanitização, que é um tr atamento q ue diminui a quantidade de microrganismos em utensílios a níveis seguros. Vimos também os sufixos “ - cida” e “ - stático” . O sufixo “ - cida” está associado  el iminação d e microrganismos enq uanto que o sufixo “ - stático” está associado  inibição do crescimento de microrganismos. Assim, os agentes microbicidas eliminam totalmente os microrganismos enquanto que os agentes microbiostáticos inibem o crescimento de microrganismos. 8 Referências bibliográficas ÁVILA, M. O.; SANTOS, P. H. S.; GOIS, F. N.; FURTADO, M. C. ; REIS, I. A. O. A importância do contro le das condições microbiológicas e higiênico s anitárias na prevenção de doenças transmitidas por alimentos - uma revisão de literatura . Disponível em: https://aplicacoes.ifs.edu.br/periodicos/index.php/REC/article/view/55/39. Acesso em: 04 março 2019. MORIYA, T. ; MÓDENA, J. L. P. Assepsia e antissepsia: t écnicas de esterilização. S impósio: fundamentos em clínica cirúrgica - 1ª Parte , Capítulo III. 2008. TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. P orto Alegre: Artmed, 2 017. Referências imagéti cas Figura 01 e 02. PIXABAY.

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