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* * FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO I ELYZABETH DA CRUZ CARDOSO. PROFA TITULAR DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF INSTITUTO DE SAÚDE DE NOVA FRIBURGO. DISCIPLINAS DE FISIOLOGIA HUMANA CURSOS DE ODONTOLOGIA E FONOAUDIOLOGIA * * OBJETIVOS Rever os aspectos anatômicos dos órgãos e estruturas que compõem o sistema urinário. Definir as funções do sistema urinário particularmente a do rim. Estudar a fisiologia do néfron. Entender o processo de filtração renal, fluxo renal e taxa de filtração glomerular e suas particularidades de controle. Entender o processo de reabsorção e secreção tubular renal, excreção e conceitos do clearence renal Estudar o fenômeno da micção pela bexiga * * ÓRGÃOS E ESTRUTURAS DO SISTEMA URINÁRIO Foto: https://www.anatomiadocorpo.com/sistema-urinario/rins/ * * O QUE É A URINA? É um composto formado principalmente de água (95%, em média), mas contém também ureia, ácido úrico, sal e outras substâncias, sendo expelida durante o ato de urinar (micção). A urina é o produto final, resultante da excreção renal. O volume, a acidez e a concentração de sais na urina são regulados pelo ADH e pela ALD atuam nos rins para garantir que a água, os sais e o equilíbrio ácido-base do organismo se mantenham dentro de estreitos limites. Em condições normais há a produção diária de 1,5 a 2,0 L de urina. * * FUNÇÃO RENAL Filtração do sangue para eliminar substâncias em excesso e produtos finais do metabolismo celular formando a urina. Regulação do equilíbrio hidroeletrolítico do LEC Regulação da osmolaridade pressão sanguínea equilíbrio ácido-base Produção e liberação de hormônios Renina Prostaglandinas renais Eritropoietina Vitamina D * * RINS Localizado no espaço retroperitoneal da parede abdominal posterior. Cápsula e tecido adiposo Borda medial côncava: Hilo Córtex e Medula: Produção da urina por um sistema tublar Cálices (maiores e menores) formam a pelve e direcionam a urina para o ureter * * UNIDADE FUNCIONAL DO RIM NEFRON (GLOMÉRULO RENAL E TUBULOS) + DUCTO COLETOR * * CIRCULAÇÃO RENAL * * NEFRON CORTICAL E NEFRON JUSTA MEDULAR Glomérulo Renal Túbulo proximal Alça de Henle* Túbulo Distal Mácula densa Aparelho justaglomerular Ducto Coletor * * RELAÇÃO VASOS E TUBULOS RENAIS – COMPOSIÇÃO DA URINA * * NO GLOMÉRULO RENAL OCORRE A FILTRAÇÃO DO SANGUE É a primeira passagem dos solutos para a urina NÃO É SELETIVA BARREIRA DE FILTRAÇÃO Física para moléculas com mais de 4nm Eletroquímica contra a passagem de moléculas aniônicas. Proteínas plasmáticas * * Composta por 3 camadas: Endotélio capilar Membrana basal glomerular Glicoproteínas negativas Parede interna da cápsula de Bowman BARREIRA DE FILTRAÇÃO MEMBRANA FILTRANTE * * NO GLOMÉRULO RENAL OCORRE A FILTRAÇÃO DO SANGUE Célula mesangial contém filamentos de miofibrila e características contráteis. Sensíveis a ANGIOTENSINA II e ao Peptídio Atrial Natriurético PAPEL NO CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO DOS CAPILARES * * FUNÇÃO DO GLOMÉRULO RENAL FILTRAÇÃO GLOMERULAR É o processo de transferência dos solutos presentes no sangue para a urina que acontece nos capilares glomerulares que estão na cápsula de Bowman. É a primeira passagem dos solutos para a urina Característica de “capilarização” entre a circulação arterial (arteriolas aferente e eferente) provoca pressões elevadas no tufo capilar (45 – 50mmHg) quando comparado aos capilares peritubulares (10 -15mmHg) possibilitando a filtração glomerular. * * PRESSÃO HIDROSTÁTICA AO LONGO DA CIRCULAÇÃO RENAL Fonte: Curi e Procópio (2009) * * FILTRAÇÃO GLOMERULAR PRESSÃO DE FILTRAÇÃO * * FUNÇÃO TUBULAR Regulação do volume urinário e do pH do LEC MECANISMO DE REABSORÇÃO TUBULAR É quando uma substância é filtrada pelo glomérulo e retorna posteriormente para o sangue. MECANISMO DE SECREÇÃO TUBULAR É uma substância que não é filtrada pelo glomérulo e se desloca dos vasos sanguíneos para dentro da luz do túbulo. (sai na urina) O volume de filtração é sempre maior do que o da reabsorção O trabalho de reabsorção e secreção é efetuado ao longo dos túbulos criando diferentes gradientes de concentração * * MECANISMOS DE TRANSPORTE PELOS TÚBULOS RENAIS Via transcelular : carreadores ou canais iônicos Difusão simples Difusão facilitada Transporte ativo primário Transporte ativo secundário Via paracelular: tigh junctions * * TRANSPORTE PELOS TÚBULOS RENAIS Tigh junction * * REABSORÇÃO TUBULAR 99% do líquido filtrado é reabsorvido pelo túbulo proximal Nefron distal controla seletivamente íons e água. TRANSPORTE TRANSCELULAR VIA PARACELULAR Canais de vazamento ou Carreadores de difusão facilitada Usados para solutos que se movem a favor de seu gradiente de concentração. Transporte ativo primário ou secundário Para moléculas que se movem contra o seu gradiente de concentração. * * SECREÇÃO TUBULAR Dependente do transporte de membranas É UM PROCESSO ATIVO (SECUNDÁRIO) E REQUER O TRANSPORTE DE SUBSTRATOS CONTRA SEU GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO Exemplo: Penicilina e probenecide Redução da velocidade de secreção da penicilina * * FILTRAÇÃO GLOMERULAR, SECREÇÃO E REABSORÇÃO TUBULAR E EXCREÇÃO URINÁRIA * * CONCENTRAÇÃO OSMÓTICA DA URINA FORMADA * * EXCREÇÃO URINÁRIA * * EXCREÇÃO É DEPENDENTE DA FRAÇÃO DE FILTRAÇÃO É DEPENDENTE DO VOLUME SANGUÍNEO E DA PRESSÃO DE FILTRAÇÃO Apenas 20 % do plasma que passa através do glomérulo é filtrado. Menos de 1% do líquido filtrado é excretado * * HEMODINÂMICA RENAL Pressão de filtração Os rins recebem 20% do Débito Cardíaco Débito Cardíaco é 5 L/min Fluxo sanguíneo renal (FSR) quantidade de sangue recebida pelo rim/min 1.000 ml sangue/min = 600 ml plasma/min. Taxa de filtração glomerular (TFG) Filtrados: 20% TFG = 120 ml/min. 172,8 litros (180 L /dia aproximadamente) * * Resistência das arteríolas aferente e eferente Alterações de pressão arterial central levam a alterações de resistência vascular das arteríolas. Existem mecanismos de regulação para o rim se adaptar as necessidades do organismo em diferentes situações. Fenômeno de auto-regulação para alterações de pressão da artéria renal entre 80 e 200 mmHg não prejudicam o FSR e TFG Mecanismo miogênico Balanço tubuloglomerular FLUXO SANGUÍNEO RENAL (FSR) E A TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR (TFG) * * A autoregulação renal do FSR e TFG é dada pelo mecanismo intrínseco miogênico do músculo liso arteriolar (Aferente e Eferente). Contração/relaxamento x tensão parede vascular Distensão da parede arteriolar promove uma contração muscular Aumento da pressão = contração arteriolar Diminuição da pressão = relaxamento arteriolar Estiramento parede vascular pela pressão = abre canais de cátions = influxo de cálcio MECANISMO MIOGÊNICO * * FSR E TFG MUDAM QUANDO RESISTENCIA DAS ARTERÍOLAS MUDAM Vasocontrição da artéria aferente diminui a FSR e a TFG Pressão hidrostática * * FSR E TFG MUDAM QUANDO RESISTENCIA DAS ARTERÍOLAS MUDAM Vasocontrição da artéria eferente diminui a FSR e aumenta a TFG Pressão hidrostática * * RETROALIMENTAÇÃO TÚBULO GLOMERULAR APARELHO JUSTAGLOMERULAR Percepção para quantidade maiores de volume nos túbulos MÁCULA DENSA - células permeáveis ao NaCl com canais de Cl- e de Ca++ Despolarização pela saída de Cl- e entrada de Ca++ libera agentes vasomotores Atuam nas CÉLULAS MESANGIAIS Diminuem o diâmetro do capilar e promovem a contração da arteríola aferente * * RETROALIMENTAÇÃO TÚBULO GLOMERULAR Aparelho Justaglomerular e TFG - Sinalização parácrina local (ATP, NO, Adenosina) TAMBÉM VIA CÉLULAS MESANGIAIS * * É o mais importante regulador do Fluxo sanguíneo renal (SRF) e da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) Inerva as arteríolas aferente e eferenteEstímulo dado pela noradrenalina promove a constrição arteriolar. Estímulo intenso: FSR e TFG (A. aferente) Estímulo moderado: FSR e TFG (A. eferente) CONTROLE DA CIRCULAÇÃO RENAL PELO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO * * APARELHO JUSTAGLOMERULAR E TFG - SINALIZAÇÃO ENDÓCRINA SISTÊMICA RENINA - ANGIOTENSINA I E II CELULAS JUSTAGLOMERULARES * * SISTEMA RENINA – ANGIOTENSINA – ALDOSTERONA SRAA Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-dl0Iv_vgAdo/U1Xny7lgUaI/AAAAAAAAGjs/79lPOY7psoE/s1600/Sistema+renina+angiotensina.png * * Autoregulação renal do FSR e TFG Miogênica e Aparelho Justaglomerular Sistema nervoso simpático (SNS) Vasoconstrição e liberação renina (células justaglomerulares) Sistema Renina -Angiotensina – Aldosterona (SRAA) Vasoconstrição arteriolar e aumento reabsorção de H2O e NaCla x K Hormônio Antidiurético (ADH ou Vasopressina) Aumento reabsorção de H2O Hormônios Peptídeos Natriuréticos (PNA) Inibição da Renina – Angiotensina I e II CONTROLE DA CIRCULAÇÃO RENAL * * DEPURAÇÃO OU CLEARANCE É uma forma não invasiva de se medir a TFG (mL/min) É a medida (taxa) na qual um soluto desaparece do corpo por excreção ou metabolização. Auxilia a determinar o manejo renal de uma sustância através da concentração da substância no plasma e na urina. (TFG = Taxa excreção urinária/Taxa plasmática) Muito utilizado para avaliar a função renal INULINA Polissacarídeo extraído da raiz de tubérculos Injetada no plasma é filtrada em 100% Não é secretada nem reabsorvida Totalmente excretada * * MICÇÃO URINA é o filtrado que deixa os ductos coletores. Via ureteres (D e E), a urina chega na bexiga urinária. Bexiga urinária pode conter até 500 mL de urina. Órgão oco com músculo liso bem desenvolvido. Colo da bexiga se liga a uretra. Abertura entre bexiga e uretra é controlada por dois esfíncteres. Esfínter interno da uretra é constituído de músculo liso Esfínter externo da uretra é constituído de músculo esquelético * * CONTROLE DA MICÇÃO * * MICÇÃO Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=jrZh98sspqg * * CONCLUSÕES O sistema urinário é composto pelos rins, uretéres, bexiga e uretra tendo como função a formação e a eliminação da urina. A eliminação dos metabólitos e do controle hídrico e ácido-base do organismo é efetuada pelos processos de filtração, secreção e excreção realizado pelo néfron. A taxa de filtração renal é mantida adequadamente por fatores locais e sistêmicos que controlam a passagem de sangue pelo glomérulo (fluxo renal). O APARELHO JUSTAGLOMERULAR controla a pressão do sangue que chega na artéria aferente do glomérulo renal por sinais parácrinos locais e endócrinos sistêmicos. Micção é de controle reflexo, central e voluntário coordenando a abertura dos esfinteres e a contração vesical para a eliminação da urina. * * LITERATURA CONSULTADA AIRES, M.M. Fisiologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. CURI, R. & ARAÚJO FILHO, J. P. Fisiologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. GUYTON, A.C. & HALL, J.E., Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Ed.9, 1997. SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana. Uma abordagem integrada. Porto Alegre: Artmed, 2010. * * *
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