3 Antiprotozoários e Anti-helmínticos

25/02/2019 Pro f. F er na ndo Antip r oto z oários e Anti -h elm ín ticos F o car : Mecanism o de açã o Exemplos de medi ca ment o s Si te pa r a ve r o s m eca ni s mos de açã o \u2192 D RUGBAN K T ab ela: Medicam e nto Mec. D e a ção Efei t o s a dver so s Mi cr o r ga ni s mos Anti pr o t o zoá r ios \u2018 \u2019 T o d os o s mi cr o r gan i smo s p ro t ist a s euca r i o t a s \u2013 c o nsti t u í d o s po r uma únic a célul a \u2018 \u2019 Co nsider açõ e s \u2022 Fár maco s ant ipro tozo ár ios \u2013 u so há ano s \u2022 Mui t o s a nt ipro t o zoá r i o s ef i ca zes sã o t ó xicos em do s es t er ap êu t icas \u2022 MAI ORI A não é se gur a pa r a gest a ntes \u2022 Acomet e m po pu laçõe s po b r es ( países em des envo lvi ment o ) - c o ndiçõe s sa nit ár i as pre cár i a s. - T r yp anosoma = T. cr u zi (Do e nças de Cha gas ) - L ei sh m ania = L. br a zil ie n sis , L. ch a ga si (L e i sh mani o s e) - G ia r d ia = G. la m b lia (giard í a se) - T r ich omon as = T. v ag inal is ( tricomon i a se) - E n t a m oeb a = E. h y st oli t ica (ameb í a se o u desint er ia) - T oxop la sma = T. g on di i ( t o xo plasmose ) - Pl asmod ium = P. f al cip a r u m, P. vi va x, P. mal aria e ( malár i a ) 1. Tr yp a n oso m a \u2013 D o ença de Cha gas - si nal de Romanã - c ar diomi o p ati a A mi tocô ndr ia é uma e stru t u r a i mpo r tant e p o r q ue é uti li zada co mo a lv o pa ra o s mecani s m o s d o s medicam e ntos anti pr o tozo ár ios . Medicam e nto int er f er e na b -o xidação \u2192 gli có li se F ár maco : B ENZNI DA ZOL (Rada nil ) : der ivado 2 \u2013 nit r o i mi da zol (t r atament o po r 6 0 d i a s \u2013 2 a 3 vez e s ao di a ). Mec a ni s m o d e aç ão : a t u am na m i to cô ndr ia \u2192 a fo r mação de ânions s upe r ó x i d o s (O 2 ) e H 2 O 2 \u2192 d i mi nu i a sí ntese de D NA, RN A e p r o teí na ; esti mul a m a de gr ad ação macr o molecular e a sínt ese i rr e gular d o D NA. Na mi t o cô n dr i a o b en zni da zol r ea g e fo r mand o a s es pécies r e ati vas de O 2 (ERO S) qu e vão a lt er a r a s e nzi mas do met a b o li smo do p r o tozo ár io \u2192 r e su l ta na mo r t e do p r o tozo ár i o . (pr i mei r a vi a d esco b er ta) Be nzni dazo l \u2192 N T RY / OYE (enzi m a s ) \u2192 ge ra nd o gli o xa l (co mpo n e nt e t ó x i co fo r mad o pelas enzi mas) \u2192 afini dad e c o m pr o teí na s, RNA e D N A \u2192 leva a mut açã o \u2192 p ar ad a do ci clo do pro to zoár io \u2192 r e sult a e m m o r te. Efei t o s a dver sos: ano r e xia, ver t igens, der mati t e s, cefa lei a, so no lênci a , do r es ab do mi na i s. (T G I e SN C) Co ntraindi cad o na ge stação , i nd epe nde nt e do trim estre . O m ini stér i o da S a úde d i sp o nibi li za o Nifur t im o x é uti li zado co mo alt er na t iva de t r a t a ment o . O m e ca n i smo de açã o é muit o pa r ecido co m o B e nzni dazo l po r q ue t a mbém ger a e spé ci es r ea ti va s de o x i g ênio, p o r ém o a l vo é o utro . L igam- se a l i pídeo s, p r o t e í n as e D NA, lesando memb r an as. El e é mais t o xico do q ue o be nzni dazo l (ano r e xia, emagr ecim ento , v ô mi t o s , par e st esias i r r ev er sív e i s e po li neu r o pa t ia) Si s t e ma anti o x i d ante \u2192 via da s p entos es. A pe sso a qu e t em de fic iênci a de gli co se -6- f o sfa t o tem o s i stema anti o x i da nte danifi cad o . 2. Le ish m ania \u2013 Leishmani o s e L eishmani o se s ( viscera l/Calaz a r e T e gumentar/ cu t â nea / m uco s a) É im po r t a nt e s ab er q ua l ti po de l eishmani o s e par a o di agn ó sti co . \u2756 Le i sh mani o s e T egu ment a r Americana (L T A) \u2192 f o r ma cut â nea 1 e f o r ma mucos a 2 - Ant i mo niat o de N -m e t il -gl u cam ina (Glucant im e ) (20 1 e 30 2 d i a s co nse cut ivos \u2013 m e dic a ment o de es co lha ) - I so t io nato de Pentami di na - Anfo t e r i cina B O a nt im o n i a t o de N -m eti l- glucam i n a (anti moniat o de meglum ina) tem co mo mecani s m o d e açã o : pr ó - d r o ga \u2013 c o nver ti do o a nt im ô n i o t r ival e nte ap ó s su a admi nist r açã o \u2013 i nter fe rê nci a n o p r o ce ss o de B -ox idaçã o d e á ci d o s g r a x o s e gli có l ise do pa r as i ta, levando à uma de pleção dos nív e is de AT P i n t r a celul a r . Efei t o s adve r s o s : i n t e r fer e no T GI, al ter aç õ e s h epá t icas e dist úr b ios car dioló gi co s , mi algi a s, do r es a bdo mi nais. Não de ve s er a dmi nist r ado em gr ávidas. A pentam idi na tem o mecanism o de açã o nã o mui to c o mpr een di d o , m a s t e m i nter fer ê nci a co m o m e t a bo li smo d o par a si ta e ini bição da sínt ese de D NA, RNA, fo sf o li pídeo s e pr o t e í n as. Efei t o s adve rs o s: de sco nf o r t o po r se r vi a int r ave n o sa , ca usa d i stúr bio s d o T GI, mau go s t o na b o ca, co nfu sã o /a l u ci na ção , tontur as. A an f o ter i cina B t em c o mo mecanism o de açã o a l igação no e r go s t e r o l da mem b r ana \u2013 muda ndo sua p er meab i li da de \u2013 po r o s. Efei t o s a dver so s : f eb r e e calafr i o s , lesão ren al e tro mbo f lebit es . Po de ser us ado em ge stant e s. \u2756 Le i sh mani o s e V iscer al - Ant i mo niat o d e N -m eti l- glucami na (Glucant i me) - Des o x i co lat o d e Anfo te r i cina B (gestant e s e paci e ntes com f ato r es de r i sco de ó b it o ) - Anfo t e r i cina B L i p o sso m al (m e di cament o de e sco lha) * A Anf o terici na B li po s so mal ap r ese nta meno s e fe i tos adver so s e é mai s cara . 3. Gi ardi a \u2013 Giard í a se - Secni da zol - Tini dazo l - Met r o nidazol (espe ci f i cidade p o r a nae r ó b i a s) Mecanism o de a ção : pr ó -far mac o \u2013 é a ti vado po r q ue t em gr u p o ni tro q ue at u a co mo r e cepto r de elét r o ns , f o r mand o c o mpos t o s t óxi co s e r a di ca i s li vr es (ERO S) qu e s e l i ga m no D N A e nas p ro t e í nas \u2013 m o r te. Efei t o s a dver s o s: per tur ba çõ es no T G I, s a b o r metál ico, q ue i mo r vaginal e u r e t r a l, gi n eco masti a. 4. T r i co mo ní a se \u2013 Trich omon a s v a gi n al is - Met r o ni d azol , T ini da zo l , Se cnidazol , Ornidazol, Car nidazol, Ni mo r azo l. O b s: em ver mel h o tem no SUS. Mesmas o pçõ e s da giar dí a se . 5. Ameb í a se \u2013 Ent a m oeb a h istoly t ica - Met r o nidazol, Tini da zol, T eclo z a m e Secni da zol. O tecl o zam t e m u m mecanism o d e a çã o dife r en t e d o s o utr o s, mas a c r ed i ta -se q ue ele i nterf er e n o met ab o l ism o do s fo sf o li pídeo s da s membra nas do s mi cr o r g anism o s \u2013 l ise o s móti ca. (a i nd a é de sco nh eci d o e sse mecanism o ) Efei t o s a dver so s : per turb açõ es no TG I (vôm it o s, náu se as, do r e s), ce fa l e i a . 6. Toxop l asma - T o x o plasmo se Esque ma tera pêu t ico : Su lfadiaz ina + P irim etami na + ácido fo lí nico Anti f o lat o s : i nfluenciam na sí n t e se do ácido f ó li co q u e é i mpo r t a nte p ar a a pr o du ção de D NA e RNA. \u2192 sulfad i a zi na e Pi r im eta mi na Pi r im e tam ina i nibe a enzima di- h i d ro fo s fato r e dutase (D H F R ) e a Sulfadiaz ina i nibe a di- hidro ptero a to s i ntet a se d o pa r a si ta, re su l tando na i nibi çã o d a sínt ese vi tal do áci do t etraidro fó li co , um p r ecur s o r do s á ci do s nu cl e i co s (D NA e RNA) O á ci do folí nico é usa do em ass o ci a ção c o m essa s d ro ga s par a mi n i mi zar o s efe i to s mi elo t ó xicos da Pi r im etami na, No r malm ente na g es t a ção co m t oxo plasmos e agu da é uti l iz a do Espi r ami cina (m a cro lí deo ) o u Cl i nd ami ci na (li nco sa mi da) \u2192 m e canism o de ação : ambo s i nter fe r em na sínt e se de p r o teí n as. Elas se li ga m na sub unidade 5 0S do r i b o sso m o, e nt r e sít i o P e A ( r esponsáveis pe l a tr a nslo caçã o d o a mi no ácido nã o fo r mando peptí deo s ). Rea çõ es adver sa s: per tur ba çõ es do T G I. 7. P la smodi u m \u2013 Malár i a As f ase s mais se nsívei s a o s m ed i camentos sã o : ass ex ua do o u gam e tóci to (estágio sang uíneo ). O pr o toz o ár io no e stagi o sa ngu í n eo es t á d entro da h emáci a , e ele s e ali ment a de he m o glob ina. N o vacú o lo ali ment a r h á enzi mas digesti vas qu e qu eb r am a he m o glob ina e m ami no á ci do s e g r upo HEME(t ó xico p a ra o p ro t o zo ár i o ). Então ess e g r up o HEME pr ecisa s er po li meriz a do r esu lt ando em um c o mpo sto chamado he m o zo í na (pi gment o malár i co ). A cl o r o qu i na c o n segu e e nt r ar nesse vacúo lo al im e nt a r , e seu acúmul o caus a var i a çã o de pH d eixand o o me io m a i s bá sic o , i n i b i n do a po li mer i zação d o gr up o HEME , f i can do c o mpo nente t ó xico dentro do vacúo lo. Resu l tando em efeit o tó xico a o p r o t o zoá r i o . Mecanism o de açã o da clor o qu i na : e la entr a n o vacúo l o a l im e nt a r , alt er a ndo se u valor , e esse aument o i n i b e a po l i mer i zação do gr u po HEME. O b s: o qu e r e sult a em efeit o t ó xico a o pr o tozo á r io é que h á o gr u po HEME n ão po li meriz a do . Efei t o s a dver s o s c o muns: pe r t u r ba ç õ e s a o T GI, d o r d e c a be ça, e r u pç õ e s cutâne as, ur ti car i a s. Efei t o s mais s e ver o s: c o nfu sã o mental , co nvuls õ e s, q ue da d a pr ess ão san guínea, alt er a çõ es no el e tro car diog r ama e vi s ão dupla o u bo r r ada . Anti - h elm ínt ic o s (ver m e s) - Nemat ó de o s: A sca r is lumbr icoi d es (lombr ina), Ancyl ost oma duode n al is e N eca t or america n o s (amar elão ), Ent e r o b i u s ve rmi cular e s (Oxi ú r us \u2013 T ux ina), Trich u r is tr ich iur a ( ve r eme do chicote) e S t r on gy lo id es st e r cor al is . - P latel mi ntos : S ch istosoma m as on i (es qu i sto sso mo se ) e Ta enia sa gi n ata e sol ium (Ta e nia). Be nzi m idazó l icos : Me b e n da zo l e Albenda zo l Mecanism o d e a çã o : l igação a o s mi cro t ú b ulo s i mpedindo su a montagem, di mi nu i nd o a captação de gli co se \u2192 meno r pro d ução de AT P Efei t o s a dve r so s: pr i ncipal mente sint o mas gas t r o int es t inai s b r and o s (d o r e s e di a r r eia) Co ntraindi caçã o : ges t a nt e s ( 1 0 trim es t r e ); r ea çõ es alér gicas. Nematóde o s: A. lu mbr i c oi de s; Ent erobi u s ve r m i c u la r es ; T. t r ich i u r a e Ancyl ost oma d u ode n al is . Pamoa t o de p i r an t e l (nã o t em no SU S): é um a esco lha a lt er na t iva pa ra o t r a t a ment o da ASCARIDÍASE ( va ntagem: atua t a mbém na anci l os t o mí a se, enter o bíase e neca t o r í a se). Mecanism o d e açã o : b l o q ue i a a t r a nsmi ssã o neu r o muscular d o ve r me po r des po lar i zação (p ar a li s i a espáti ca) \u2192 BN M \u2013 ati vação r e cepto re s ni co tí nicos \u2013 i nter ação q ue ca us a des po lar i zação i ntensa levand o a p ar a li si a / e tam bé m i nibi çã o d as co li nes t e r ase s (qu anti da de d e a ceti l co li na na fe nda au ment a , i nter agindo c o m o r e cepto r r esu lt ando em pa r ali sia). (RE AÇÃ O DIRET A N O RECE PT OR / RE AÇÃ O IND IRET A AUME NT AND O ACET IL CO L INA N A F END A) Efei t o s a dver so s : di s t ú r bios no TG I, c e fa lei a . Co ntraindi caçã o : ges t a nt e s e cr ianças m eno r es de 1 ano . Nematóde o s: A. l u m bricoi de s ; En t erobi u s ve r micu la r is ; A n cyl ost oma d u od enal is; Neca t or a mer i c a n os . Ivermect ina (t e m no SU S) Mecanism o de a ção : pa r a li si a po r ati vação d e uma famí li a de canais pa r a o cl o r eto, ca u sand o hiper po la r iz açã o e m c o ns eq uê nci a do a umento da co ncentra ção int r ace lul a r do clor e t o . (efe i to i n i b i tó rio ) Efei t o s adver s o s: p er turb a çõ es no T G I (náus ea s, v ô mi tos ) , fe b r e , t o ntur a , pr ur ido. Co ntraindi cad o : ges t a nt e s Nematóde o s: A sca r is lumbr ico id es e S t r on gy lo id es st er cor a lis Pra zi q u a ntel 1 e Oxamni q u ina 2 Mecanism o de açã o 1 : vacu o li zação do t e gumento do h e lm int o , co m f o r maçã o d e vesícul a s na cu t ícul a \u2192 r o mpe \u2192 de s i ntegr açã o d o par a sit a. Est im ula a e nt r a da de Na + e Ca 2+ (co ntratura d a musculatura ) \u2013 Can al iônico par a cá lc io (alvo). Mecanism o de açã o 2 : pa r ece es t a r r elaci o n ado c o m a capa ci da de de ini bição i r r eve r sí vel da sí n t e se do s áci do s nu cl e i co s no s \u2018 \u2019 ve rmes\u2019 \u2019 \u2013 a lquil açã o do D NA. Efei t o s adver so s 1 e 2 : de sco nf o r t o ab do mi nal (dor e n áu sea s), di a r r eia, cefalei a , t o nt u r a e so no l ê nci a \u2013 es t e s e fe i tos sã o tra nsit ó r i o s e do s e d epe nde nt es T r amatóde o s: esqu i s t o sso mo se cau sad a p o r S . m a n son i Ni clo sami da Mecanism o de açã o : d e s aclop ament o d a forforil ação o x i d ati va o u e sti mu l a ção da AT Pase ( d epleção de AT P \u2013 d i mi nuição de en er gia) \u2192 l igar a o D N A e dan i ficá -l o . Efei t o s a dver so s : di s t ú r bios ga st r o i ntesti nais e d o r es abdo mi nais. Cestó deo s : Ta en i a s aginat a e Ta enia soli u m (pr azi q ua ntel o u ni cl o sami da ). T. sol ium \u2192 neur o ci s t icerco s e (meben dazo l, a lbenda zol e prazi q ua ntel ) Ni tazox an ida (Anni ta) : não t em no S U S T em um ampl o e spe ct r o . 1- Pro tozo á rios e He lm ínt i co s : i nterf er ê nci a na e nzi ma pir u vato -fer r ed o x i na o x i do r r edu t a se (P F OR) \u2013 met a bo li smo ener géti co (a i nd a h á d uvi d as) PFOR : tran sf o r m a piru v ato e m a ceti l -Coa (aceti l- Co a é im po r tant e n o ci clo de Kre bs ) 2- Vírus : ini b i ção da sínt es e d a e strutur a viral \u2013 ini b e a mul ti pli cação Efei t o s a dversos : do r a bdo mi nal, diar r e i a , vô mi t o s, tontur a, cef alei a , pru r i do , r i nit e, sud o r ese e a ument o da s g l â ndu las sa l ivar es.

3 Antiprotozoários e Anti-helmínticos

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Farmacologia I

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