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Dificuldades de Aprendizagem na Alfabetização


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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ALFABETIZAÇÃO DE UM ALUNO DO 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
LEARNING DIFFICULTIES IN LITERACY OF A STUDENT 2ND YEAR BASIC EDUCATION
Maria Luiza Ramos- marizinha_ramos@hotmail.com
 Profª Dra. Fabiana Sayuri Sameshima- fabianasameshima@yahoo.com.br
					
RESUMO
	O objetivo deste trabalho foi analisar os níveis de leitura e escrita de um aluno do 2º ano do ensino fundamental denominado de aluno A, no decorrer de um semestre, além das estratégias aplicadas em aula, visando um ensino de qualidade que desse maior autonomia e diversidade na sua interpretação. O trabalho foi desenvolvido no ano de 2013, por meio da sondagem, realizada com professor e aluno de uma escola Estadual na cidade de Lins, de classe regular com alunos inclusos com deficiência intelectual e com dificuldade tanto na leitura como na escrita. A técnica de pesquisa empregada foi à pesquisa descritiva, trabalhando com os dados adquiridos da realidade do aluno. Os resultados demonstraram que no campo municipal de ensino, existe uma informação da legislação sobre as diretrizes nacionais, com uma capacitação continuada e apoio para os educadores e alguns materiais para atendimento da educação especial no 2º ano do ensino fundamental. Em relação ao estudo do aluno A desenvolvido aqui neste trabalho, constatou-se que é possível por meio de um trabalho específico, obter um avanço de aprendizado especial tanto na leitura como da escrita, empregando técnicas e ferramentas adequadas para progresso do educando. A partir deste estudo, espera-se aperfeiçoar, apreciar e apurar a formação do educador, pois este é o maior responsável pela solidificação do crescimento do aluno. 
Palavras-chave: Dificuldade de aprendizagem. Alfabetização. Leitura. Escrita
ABSTRACT
	The objective of this study was to analyze the levels of reading and writing a student of 2nd year of elementary school called Student A, in the course of a semester, in addition to the strategies applied in class, seeking a quality education to give greater autonomy and diversity in its interpretation. The work was developed in 2013, through the survey, conducted with the teacher and student in a state school in the city of Lins, regular class with included students with intellectual disabilities and difficulties both in reading and writing. The technique used was the descriptive survey research, working with the data acquired from the reality of the student. The results showed that the municipal teaching field, there is information about the legislation national guidelines, with continued training and support for educators and some materials for students with special education in the 2nd year of elementary school. In relation to the student's study developed here in this study, it was found that it is possible by means of a specific job, get a special advance learning both in reading and writing, using appropriate techniques and tools to progress the student. From this study, it is expected to improve, enjoy and establish teachers' education, as this is the most responsible for the solidification of student growth.
Keywords: Learning Disabilities. Literacy. Reading. Writing
INTRODUÇÃO
A alfabetização é o processo de apropriação do sistema de escrita, conquista dos princípios alfabéticos e ortográficos que possibilita ao aluno ler e escrever com autonomia, sendo esse, um processo gradual e indispensável.
Aprender a ler e a escrever é muito mais que adquirir habilidades básicas, é principalmente construir, obter e atribuir sentido e significado à aprendizagem.
Reconhecer a possibilidade de que diferentes fatores podem influenciar o aprendizado é condição importante para se evitar diagnósticos equivocados, onde o principal prejudicado é o educando. 
A eficácia do trabalho educativo em sala de aula depende do conhecimento da realidade socioeconômica e cultural dos alunos e do comprometimento das famílias com seu processo de alfabetização e aprendizagem.
O fracasso do aluno também pode ser entendido como um fracasso da escola por não saber lidar com a diversidade dos seus alunos. É preciso que o professor atente para as diferentes formas de ensinar, pois, há muitas maneiras de aprender. O professor deve ter consciência da importância de criar vínculos com os seus alunos através das atividades cotidianas, construindo e reconstruindo sempre novos vínculos, mais fortes e positivos.
A relação professor/aluno torna o aluno capaz ou incapaz. Se o professor tratá-lo como incapaz, não será bem sucedido, não permitirá a sua aprendizagem e o seu desenvolvimento. Se o professor mostrar-se despreparado para lidar com o problema apresentado, mais chances terão de transferir suas dificuldades para o aluno.
O aluno, ao perceber que apresenta dificuldades em sua aprendizagem, muitas vezes começa a apresentar desinteresse, desatenção, irresponsabilidade, agressividade, etc. A dificuldade acarreta sofrimentos e nenhum aluno apresenta baixo rendimento por vontade própria.
1	CONCEITO DE DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM (DA)
	
	Muitas são as definições que abrangem as Dificuldades de Aprendizagem (DA) e ainda não há uma concordância quanto a estas especificações, assim como em relação ao termo empregado. 
	A família e a escola são de fundamental importância para a aprendizagem, visto que é na família que a criança contrai conquistas iniciais tanto intelectuais como afetivas, e que serão decisivas na estruturação de seu modelo de aprendizagem, onde futuramente utilizará para a conquista da ampliação de seus conhecimentos.
	De acordo com Correia (2007) a primeira definição de DA foi sugerida por Samuel Kirk no seu livro Educação da Criança Excepcional e se referia a:
[...] um atraso, desordem ou imaturidade num ou mais processos da linguagem falada, da leitura, da ortografia, da caligrafia ou da aritmética, resultantes de uma possível disfunção cerebral e/ou distúrbios de comportamento e não dependentes de uma deficiência mental, de uma privação sensorial, de uma privação cultural ou de um conjunto de fatores pedagógicos. (KIRK, apud CORREIA, 2007, p.1)
Conforme o autor acima citado, esta definição influenciou outros investigadores como BATEMAN que propôs uma nova definição ainda hoje importante, onde afirma que:
[...] uma criança com dificuldades de aprendizagem é aquela que manifesta uma discrepância educacional significativa entre o seu potencial intelectual estimado e o seu nível atual de realização, relacionada com as desordens básicas dos processos de aprendizagem que podem ser ou não acompanhadas por disfunção do sistema nervoso central [...]. (BATEMAN, apud CORREIA, 2007, p.1)
Estas duas definições vêm constituir a base fundamental para as definições atuais de DA das quais se pode destacar duas pela sua importância atual: 
A primeira e mais aceitável internacionalmente é denominada Individuals with Disabilities Education Act (IDEA), que diz:
[...] Dificuldades de aprendizagem específica significa uma perturbação num ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos na compreensão ou utilização da linguagem falada ou escrita, que pode manifestar-se por uma aptidão imperfeita de escutar, pensar, ler, escrever, soletrar, ou fazer cálculos matemáticos. (FEDERAL REGISTER apud CORREIA, 1991, p. 7)
E a segunda definição de D.A. foi elaborada pelo National Joint Committee on Learning Disabilities (NJCLD) diz: citada por Smith et al apud Correia (1991) diz:
[...] Dificuldades de aprendizagem é um termo genérico que diz respeito a um grupo heterogéneo de desordens manifestadas por problemas significativos na aquisição e uso das capacidades de escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou matemáticas. Estas desordens, presumivelmente devidas a uma disfunção do sistema nervoso central, são intrínsecas ao indivíduo e podem ocorrer durante toda a sua vida. (SMITH et al apud CORREIA,1991, p.8)
Dentre as definições encontradas, segue-se abaixo uma escrita e debatidapor 15 especialistas:
A DA traduz uma irregularidade biopsicossocial de desenvolvimento global e dialético da criança; que normalmente traduz na maioria dos casos problemas de lateralização e de praxia ideo-motora, dificuldades de orientação espacial e sucessão temporal e outros tantos fatores inerentes a uma desorganização da constelação psicomotora, que impede a ligação entre os elementos constituintes da linguagem e as formas concretas de expressão que as simbolizam. (FONSECA apud FONSECA, 2008, p. 567)
Conforme Guarnieri (2012) as crianças apresentam problemas em relação à: atividade motora, hiperatividade ou hipoatividade, dificuldade de coordenação, atenção, baixo nível de concentração, dispersão, problemas na codificação/ decodificação simbólica, irregularidades na lectoescrita, disgrafias, desajustes emocionais leves, baixa autoestima, dificuldades de memória e percepção.
Para que o problema seja logo percebido é preciso que a atuação seja detectada rapidamente e identificada a DA com uma observação cuidada sobre os comportamentos da criança. Os profissionais mais especialmente os educadores, professores e pais devem estar vigilantes a um conjunto de sinais, que a criança apresenta, continuadamente e repetidamente, visto não existir indicadores recolhidos para a identificação das DA.
ESTRATÉGIA FACILITADORA PARA O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
As estratégias vão ajudar os alunos com dificuldades na aprendizagem e proporcionar uma educação inclusiva sendo “indispensável analisar adaptações a estabelecer e determinar os fatores a reajustar ou modificar, para que os alunos ultrapassem as insuficiências que apresentam em determinadas áreas”. (MARTINS, 2009, p.1)
	A leitura hoje em dia passou a ser vista como um processo de interação entre autor/texto/leitor e o conceito de leitura que consta nos Parâmetros Curriculares do Ensino Fundamental afirma que: 
A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem, etc. (BRASIL, 1998, p.69-70) 
	Na percepção de Ferreiro (2001) a leitura e a escrita tradicional são consideradas como objeto de instrução sistemática, pertencente à escola, sendo que as atividades de interpretação e de escrita principiam antes da própria escolarização. 
A linguagem escrita, como também a linguagem oral, apresenta natureza caracterizada, isto é “a escrita não é uma vestimenta da oralidade ou apenas uma representação gráfica da fala. Escrever leva à ascensão social, principalmente escrever na modalidade culta”. (BERNARDINO, 2007, p. 28)
Portanto cabe à escola, ensinar à escrita, bem como continuar dando elementos para que a criança permaneça a desenvolver a linguagem oral que trouxe consigo ao adentrar na escola, devendo ser essa oralidade instigada e aprimorada. 
	Segundo Enock (2013) o letramento, embora não seja consequência natural da alfabetização, faz com que o individuo letrado seja mais alfabetizado e mais poderoso que o letrado não alfabetizado. 
	Frente a este pensamento se conclui inocentemente que a condição de alfabetizado e letrado, seja satisfatória para avalizar o exercício pleno da cidadania, principalmente se for considerado os altos níveis referentes à pobreza e a miséria, que vem se alargando e mostram um grande número de excluídos sociais e culturais aqui no Brasil.
A escrita é um elemento importante e atraente, merecendo ser conhecido e descoberto pelas crianças desde muito cedo, para ampliarem seu lado intelectual desde o início da sua entrada no meio escolar. 
	Segundo Mesquita (2013) a aprendizagem da língua escrita não se consegue por um processo entre sons e letras ou entre letras e sons, isto porque as crianças, quando aprendem a ler e a escrever, constroem pressuposições sobre essas relações, que se caracterizam como a língua escrita era ensinada anteriormente. 
	 “Apresentar à criança os tipos de letras, cursiva e de fôrma, é um procedimento que a põe em contato com as diversas formas de escrita e faz com que o seu aprendizado seja mais rápido”. (MESQUITA, 2013, p.1)
A leitura é uma alternativa pedagógica eficaz na construção do interesse da criança pelos estudos, pois, quando despertamos para a leitura no inicio da vida escolar, é grande a possibilidade de tornarmos adultos que adotam a leitura como hábito e em consequência, conhecemos as formas corretas de escrever, pronunciar e compreender textos. (ENOCK, 2013, p.1)
	Em muitos casos os professores dão início à alfabetização exclusivamente com a letra de fôrma e depois de um longo período é que iniciam a letra cursiva. 
	A alfabetização terá melhor resultado caso essas relações sejam trabalhadas conjuntamente com textos, leitura e com o lúdico sendo parte primordial das propostas. 
	É preciso uma atenção maior à alfabetização logo nas séries iniciais da escolaridade, isto é, no ciclo inicial de aprendizagem e com miais ênfase ainda a criança que apresenta uma deficiência mental. 
	O acompanhamento pedagógico proporciona uma melhor inclusão, tanto no processo de leitura como no da escrita. Incentivar a criança nesse processo de aprendizagem com algo voltado para o seu interesse é um dos principais pontos de equilíbrio em seu desenvolvimento. 
3 O PROFESSOR E A ALFABETIZAÇÃO
O professor frente ao avanço da tecnologia atual, e esta, inserida ao ensino aprendizagem da educação, faz com que o educador tenha um papel de alfabetizador no processo de letramento, visto que pode trabalhar com grupos, realizando uma leitura diferenciada e valorizando o conhecimento anterior do aluno. Conforme Caetano (2008) o processo do letramento vai além da alfabetização no campo do ler e do escrever. 
Para a formação dos professores alfabetizadores, esses contam com a sua própria formação continuada, seus objetivos específicos, as políticas governamentais, acompanhamento técnico e materiais específicos que possibilitam condições reais de trabalho, identificando até onde chegam às políticas públicas educacionais brasileiras, em conjunto com a política econômica e social para a formação dos professores.
Por meio de atividades lúdicas, o aluno desenvolve sua capacidade tanto de leitura como de escrita, progredindo nas diferentes proposições sobre o funcionamento do preceito de escrita.
O educador deve entender o seu papel de maneira expressiva ao aluno, para que ele possa escrever, ler e compreender a significação dos diversos tipos de textos de uso social. “Portanto deve ter a preocupação não só em ensinar a grafia das letras e sua decodificação, mas sim, em favorecer a obtenção de uma série de competência ao aluno”. (CAETANO, 2008, p.1)
Na sala de aula o professor tem um conjunto de alunos na sua sala de aula que são diferentes e cada qual caminha por processos do letramento distintos. 
Surge a partir desta observação a necessidade de desenvolver um trabalho diferenciado com os alunos, visto esses se encontrarem em níveis silábicos próprios. O trabalho proposto engloba agrupamentos e atividades alternadas, induzindo o aluno a ter diariamente um desafio para ultrapassar e alcançar os objetivos propostos no trabalho, educando com qualidade.
Deve ser considerado que a alfabetização, escolarização e a disponibilidade de uma variedade tanto de material escrito como impresso, são condições indispensáveis, entretanto, não suficientes para o letramento, tanto na questão individual como na social. 
Para Ferreiro (2001) o processo de alfabetização depende tanto do alfabetizador como do educando que deve reconstruir uma relação entre linguagem oral e escrita e a escola tem como uma de suas funções alfabetizar os alunos em um contexto que envolva as práticas sociais de leitura e escrita.
“O processo alfabetizador é um processo de interação com a língua, em que os educandos tornam-se produtores e realizam ações de reflexão sobre a linguagem” (PIRES, FERREIRAe LIMA, 2010, p. 6) e o professor alfabetizador deve conhecer a língua que ensina. 
 O educador deve se formar com um olhar direcionado para a formação de cidadãos que saibam questionar, que sejam críticos e que saibam refletir sobre as questões que os cercam. É preciso que o professor faça mudanças para ocorrerem as mudanças e uma formação de qualidade, dará ao educador a condição necessária para que venha contribuir na formação de seres reflexivos. 
4 ESTUDO DE CASO
Os objetivos deste estudo foram analisar os níveis de escrita de um aluno do 2º ano do ensino fundamental no decorrer de um semestre, além de observar a resposta frente às metodologias e estratégias aplicadas em aula, visando um ensino de qualidade que dê aos alunos o comando da língua escrita, maior autonomia e diversidade na interpretação. 
O trabalho foi desenvolvido no período de fevereiro a julho de 2013, por meio da sondagem, realizada com professor sobre a sistemática empregada em sala de aula do 2º ano do Ensino Fundamental de uma escola Estadual na cidade de Lins. Foi proposto o uso de estratégias diferenciadas, voltadas às necessidades do aluno, de acordo com seu nível de dificuldade.
	A coleta de dados foi realizada por meio da análise de sondagem com o aluno, que ocorria mensalmente e a técnica de pesquisa empregada será a pesquisa descritiva, trabalhando com os dados adquiridos da realidade do aluno.
4.1 Descrição do participante
O aluno A tem a idade de oito anos. Sua habilidade de escrita se restringe a utilização de grafismo e outros símbolos. Quanto a sua habilidade de leitura, esta estabelece relação entre a fala e a escrita. 
4.2 Coleta de dados
A coleta de dados foi realizada por meio de sondagens mensal e bimestral com aplicação de estratégias facilitadoras para o processo de desenvolvimento da escrita e da leitura. 
Na 1ª sondagem realizada em fevereiro de 2013, o aluno se encontrava no nível silábico com valor sonoro na transição para silábico-alfabetico, conforme ilustra a figura 1.
 Figura 1: 1ª sondagem
 Fonte: Elaborado pela própria autora
Neste primeiro mês foram utilizadas como estratégias a distribuição das letras do alfabeto móvel para melhor manipulação por parte do aluno, além de jogos pedagógicos e auxílio do professor.
No início de março foi realizada a 2ª sondagem com diagnóstico de silábico alfabético onde já descrevia a palavra atribuindo sentido, porém não segmentava as palavras contidas na frase. As estratégias usadas desenvolveram tanto a leitura como a escrita por meio de parlendas. Os jogos trabalhados foram os de memória e brincadeira da forca. O primeiro foi trabalhado com a distribuição das cartas para a formação de pares e o segundo para a formação das palavras.
Na 3ª sondagem o aluno permaneceu no mesmo estágio, porém apresentou melhora com relação a estruturação frasal, com o aparecimento da segmentação das palavras, conforme figura 2. As estratégias empregadas para o desenvolvimento da leitura e escrita foram as cruzadinhas e circular palavras no texto. O jogo usado foi o bingo das palavras onde o professor colocava em uma sacola cartões com as letras do alfabeto, onde se sorteava uma letra e quem a tivesse, marcava a cartela com sementes ou tampinhas. 
 
 Figura 2: 3ª sondagem
 Fonte: Elaborado pela própria autora
Com a 4ª sondagem realizada no mês de maio, o aluno estava no nível alfabético, visto que conseguia escrever as palavras por completo sem o auxílio do professor e das letras móveis. Já compreendia a função social da escrita, conhecia o valor sonoro de todas as letras, apresentava estabilidade na escrita das palavras, compreendendo que cada letra tinha uma correspondência sonora, como pode ser observado na figura 3:
 Figura 3: 4ª sondagem
 Fonte: Elaborado pela própria autora
Após o período de acompanhamento foi constatado que o aluno progrediu quanto às hipóteses de escrita, partindo de Silábico com valor sonoro para a Alfabética. Apesar da melhora, constatamos que as técnicas e os instrumentos empregados na intervenção ainda não são ideais, visto que o progresso do aluno se deu de forma lenta e sem grandes proporções. 
	
CONCLUSÃO
A escola  deve fornecer um ensino de qualidade para constituir cidadãos que saibam refletir, pensar, batalhar pelos seus direitos e desempenhar seus deveres, com integridade, consideração e solidariedade.
Um dos maiores objetivos para a formação do novo educador é ter atitudes e vir a tomar as decisões acertadas frente às situações problemas, mudando a sua forma de agir e se abrindo para um novo aprender. Este objetivo contribui para que os educandos venham a pensar em uma forma de solucionarem seus próprios problemas de suas vidas diárias. Em resumo, é o novo aprender que gera a nova prática da atitude do novo fazer.
Em relação à questão levantada neste estudo acerca ao alto índice de dificuldade de aprendizagem nas séries iniciais, obtivemos como resposta que as DA estão relacionadas à realidade em que a criança está inserida, e ao ambiente escolar, onde os professores precisam de formação adequada para empregar técnicas que contribuam para esse processo de aprendizagem. Estratégias diferenciadas, adequadas e planejadas as necessidades dos alunos, cada qual com seu nível de dificuldade, podem promover e com melhor nível o procedimento de ensino-aprendizagem, permitindo a imersão do aluno na linguagem oral e escrita. 
Atualmente ainda acontece uma desatenção quanto à leitura e à escrita, levando o aluno a um rendimento escolar baixo, sobretudo no 2º ano do ensino fundamental. O trabalho preventivo focado na sondagem, na observação nos mostra a situação real, possibilitando captar prováveis perturbações no processo de aprendizagem.
O professor reconhecendo a sua missão de educador e a escola redefinindo seus padrões de atendimento e a sua finalidade que é a de educar sem descriminar, considerando qualquer criança com DA, torna viável o aprender.
A criança especificamente as com DA precisam de um trabalho que envolva ambiente familiar, escolar e social agindo em conjunto, em que a família saiba lidar com esta situação diferenciada para que haja uma conduta de evolução classificada na evolução do quadro, como o mais normal possível e colaborando com a escola que o educando está inserido. 
Portanto, se pode afirmar que a formação continuada do educador contribui para torna-lo mais reflexivo e independente no seu processo de escolha no que se refere aos materiais que irá escolher para trabalhar. Esta reflexão sobre sua maneira de dar aulas redireciona a novas direções, com elaboração de novas ferramentas, adequadas ao seu exercício de docente.
Professores alfabetizadores sempre se depararam com desafios diários e conseguir as respostas a essas questões é o seu grande desafio.
O educador produz conhecimento na sala de aula, levando a uma transformação porque é um agente de mudanças e conduz a uma reflexão sobre uma maior igualdade entre seus alunos nos espaços sociais que se encontram, bem como levando este saber ao convívio da sociedade como um todo.
 REFERÊNCIAS
BERNARDINO, M. C. S. Dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita na primeira série do ensino fundamental. Biblioteca Digital PUC Campinas, Campinas, 2007. Disponível em: < http://bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/services/monografias/Marcia%20C.%20S.%20Bernardino.pdf.>. Acesso em: 16 mar. 2014.
BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CAETANO, A. V. O papel do professor no processo do letramento e a situação atual da educação no estado, no município em que vive e o local de trabalho. Blog Love – Adriana Caetano, [s.l], 2014. Disponível em: < http://adrianacaetano.loveblog.com.br/47843/O-papel-do-professor-no-processo-do-letramento-e-a-situacao-atual-da-educacao-no-Estado-no-municipi/>. Acesso em: 19 maio. 2014.
CORREIA, L. M. Dificuldades de aprendizagem: contributos para a clarificação e unificação de conceitos. Braga: Associação dos Psicólogos Portugueses, 1991.
_______. L. M. Para uma definição portuguesa de dificuldades de aprendizagem específicas. SciELO Brasil – Scientific Eletronic Library Online, São Paulo, 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382007000200002 >. Acesso em: 16 mar. 2014.
ENOCK, D. A importância do professor no processo de alfabetização. Blog Enock Douglas, [s.l.], 2013. Disponível em: < http://enockdouglas.blogspot.com.br/2013/01/a-importancia-do-professor-no-processo.html>. Acesso em: 20 maio. 2014.
FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. 24. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
FONSECA, V. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem. Alegre. Artmed, 2008.
GUARNIERI, G. Dificuldades de aprendizagem. Blog Gabriela Guarnieri Psicopedagoga, [s.l.], 2012. Disponível em: < http://gabrielaguarnieripsicopedagoga.blogspot.com.br/search/label/Dificuldades%20de%20Aprendizagem >. Acesso em: 16 mar. 2014.
MESQUITA, G. Leitura e escrita de crianças com deficiência mental no ciclo. Inicial de aprendizagem do ensino fundamental de 9 anos. UEL Portal – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2013. Disponível em: < http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2013/AT16-2013/AT16-007.pdf >. Acesso em: 18 mar. 2014.
Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP

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