Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resenha do Capítulo do livro, Curso de direito Constitucional Araújo, Luiz Alberto David. Curso de Direito Constitucional/Luís Alberto David Araújo, Vidal Serrano Nunes Júnior- 18.ed.rev; atual até EC 76 de 28 de novembro de 2013- São Paulo.515 p. Esta obra é resultado das pesquisas de Luís Adalberto David Araújo, Mestre Doutor e Livre Docente em Direito Constitucional e Vidal Serrano Nunes Júnior, procurador de justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, buscando retratar sobre a O ESTADO DE DEFESA E O ESTADO DE SÍTIO, no direito constitucional, assim o autor faz uma breve analise sobre cada tópico. O livro o capitulo é dividido em 4 parágrafos que tratam um pouco mais a fundo sobre cada assunto abordado, trazendo seus pontos críticos e características de cada Estado. Sob a rubrica “ Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas”, a Constituição Federal, em seu Título V, trouxe a disciplina jurídica fundamental do estado de defesa, do estado de sítio, das forças armadas e da segurança pública. Os dois primeiros são instrumentos normativos colocados à disposição do estado para a superação das chamadas situações de crise, enquanto as forças armadas e a segurança pública constituem produto da conjugação de diversas instituições voltadas ou a defesa do país ou a proteção da sociedade. No segundo parágrafo examina o Estado de Defesa, a carta de 1988 houve por bem assentar o sistema constitucional de crises em dois distintos institutos: o estado de defesa e o estado de sítio. A peculiaridade está em que, embora ambos sejam pontuados pelo característico da legalidade extraordinária, as medidas colocadas à disposição do Poder Judiciário da União no estado de defesa são menos gravosas aos direitos fundamentais do que aquelas adotáveis no estado de sítio. Por isso, pode – se afirmar que o estado de defesa defere ao Executivo Federal poderes mais restritos do que aqueles que lhe são conferidos no estado de sítio, tornando incontroversa a afirmação do Manoel Gonçalves Ferreira Filho no sentido de que o estado de defesa ‘ consiste numa forma mais branda de estado de sítio. ” Ao analisar o estado de defesa, entendemos que o estado de defesa pode ser decretado para preservar, ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social, ameaçadas por grave e eminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de graves proporções de natureza. Logo o estado de defesa tem dois pressupostos materiais: a grave perturbação da ordem pública ou da paz social, mercê de instabilidade institucional ou de calamidade de grandes perturbações na natureza e que a ordem pública ou a paz social não possam ser restabelecidas pelos instrumentos coercitivos normais. Possui também três pressupostos formais a previa oitava do Conselho da Republica e do Conselho de Defesa Nacional, Decreto do presidente da república, e a submissão do ato. Verifica se que a competência para decretação do estado de defesa é do presidente da República, pois os pareceres emitidos pelo Conselho da Republica e pelo Conselho de Defesa Nacional não são vinculantes. O estado de defesa deve ficar circunscrito a localidades determinadas sendo a defesa sua extensão a todo pais. Neste caso, a medida eventualmente cabível seria o estado de sitio. O tempo de duração do estado de defesa é de, no máximo, trinta dias, podendo ser renovado por uma vez. As garantias de proteção da liberdade do indivíduo ficam substituídas pelas seguintes, a prisão por crime contra o estado que é acompanhada pela declaração do estado físico mental, sendo vedado a incomunicabilidade do preso, permanecendo o indivíduo cercados de garantias quanto ao direito de locomoção, porém de forma menos abrangente. No terceiro parágrafo entende-se o estado de sítio, dentro do sistema constitucional de crises, o estado de sítio é a medida mais enérgica, já que exige situações aflitivas mais graves para que seja decretado. Nesse sentido, pode ser classificado em repressivo e defensivo. Sendo repressivo aquele que tem como pressupostos materiais a ocorrência de comoção grave de repercussão nacional constitui pressuposto elementar, pois sua falta, a hipótese seria de estado de defesa. De outro lado houver fatos que denunciem a ineficácia do estado de defesa como, por exemplo, o transcurso de sessenta dias sem que a situação de crise tenha sido superada, pode-se igualmente decretar o estado de sítio, que possui rol mais amplo de medidas para a solução da pendência. Neste estado repressivo só podem ser adotados as seguintes medidas coercitivas: obrigação de permanência em localidade determinada, detenção em edifícios não são destinados a essa finalidade, restrições, suspensão de liberdade de reunião, busca e apreensão em domicílio sem as formalidades constitucionais, intervenção em empresas de serviços públicos e requisição de bens. Não podendo ser decretado prazo superior a trinta dias, nem renovado, a cada vez por período superior, embora sejam passiveis sucessivas renovações. Defensivo é aquele que tem por pressuposto material é a declaração de estado de guerra ou da resposta de agressão armada estrangeira. Por fim, este capitulo tem as disposições comuns, a mesa do congresso, ouvidos os líderes partidários, designará comissão de cinco parlamentares para acompanhar e fiscalizar a execução dos estados de defesa e de sitio. Cessado o estado de defesa ou de sitio, terminam os seus efeitos, sem prejuízo de responsabilidade, devendo o presidente mandar relatório circunscionado ao congresso. Logo, tanto o estado de defesa como o de sítio podem gerar processo por crime de responsabilidade, em razão de em parte eventualmente desafiarem manifestação judicial, sob o vértice civil ou criminal.
Compartilhar