Buscar

Revisão flavonoides em alimentos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FLAVONÓIDES PRESENTES EM ALIMENTOS: 
CARACTERÍSTICAS, IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE E PROPRIEDADES 
FISIOLÓGICAS 
 
FLAVONÓIDES PRESENTES EM ALIMENTOS: 
CARACTERÍSTICAS, IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE E PROPRIEDADES 
FISIOLÓGICAS 
 
 
Alana Randra Correa
1
, Réssi Mara Sobrinho 
1
, Daiana Cristina Oliveira
1
, Geórgia das 
Graças Pena 
2
, Juliana Cristina de Almeida
 3
, Ricardo Antônio Zatti 
3
, Karina Zanoti 
Fonseca.
4 
 
 
 
1 Nutricionistas, ex alunas da FaSaR, - Faculdade e Colégio Santa Rita, Conselheiro Lafaiete, MG. 
2 Mestre em Ciências Biológicas, Professora da FaSaR - Faculdade e Colégio Santa Rita, Conselheiro Lafaiete, MG. 
 3 Mestrandos em Ciências Farmacêuticas, UFOP – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, MG. 
4 Mestranda em Ciências Farmacêuticas, Professora e Coordenadora do Curso de Nutrição da FaSaR - Faculdade e Colégio Santa 
Rita, Conselheiro Lafaiete, MG. 
 
Artigo Publicado na Revista Ágora, Ano III, nº4, v. 1, p. 3-15, 2009 
 
RESUMO 
 
O processo de transição epidemiológica no Brasil tem sido marcado por modificações nos padrões de morbi-
mortalidade, havendo aumento da expectativa de vida e a redução nas taxas de mortalidade por doenças infecciosas e 
por outro lado, houve aumento da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Estudos tem apresentado 
resultados que comprovam a presença de substâncias biologicamente ativas, que podem produzir efeitos benéficos 
prevenindo o aparecimento dessas doenças ou amenizando a evolução das mesmas. Os flavonóides são compostos 
polifenólicos presentes em frutas, grãos e vegetais que desempenham uma série de atividades fisiológicas. O consumo 
desses compostos tem sido associado a efeitos protetores contra diversas enfermidades. Cabe destacar ainda que o 
estímulo da utilização de alimentos ricos em flavonóides tem como objetivo: prevenir ou minimizar os sintomas das 
doenças, melhorando assim o estado de saúde das pessoas. O objetivo deste artigo é apresentar os principais flavonóides 
presentes nos alimentos através da busca de informações na literatura científica, relacionando as suas principais 
características, propriedades, bem como os efeitos benéficos concedidos à saúde. É necessário que as informações 
acerca dos benefícios do consumo de flavonóides e suas fontes sejam mais difundidas no intuito de melhorar a 
qualidade de vidas de todas as pessoas. 
 
Palavras – chave: Flavonóides. Alimentos. Saúde. 
 
ABSTRACT 
The process of epidemiological transition in Brazil has been marked by changes in patterns of morbidity and mortality, 
with increased life expectancy and reduction in mortality rates from infectious diseases and on the other hand, there was 
increased prevalence of chronic diseases. Studies have shown results that confirm the presence of biologically active 
substances, which may produce beneficial effects by preventing the onset of these diseases or ease of changing them. 
The flavonoids are polyphenolic compounds present in fruits, grains and vegetables that play a variety of physiological 
activities. The consumption of these compounds has been associated with protective effect against various diseases. It is 
worth mentioning that the encouragement of the use of foods rich in flavonoids aims to: prevent or minimize the 
symptoms of diseases, thus improving the health status of people. In the present report, we present the main flavonoids 
present in food through the search for information in the literature, listing their main characteristics, properties, and the 
benefits granted to health. It is necessary that information about the benefits of consumption of flavonoids and their 
sources are more widespread in order to improve the quality of lives of all people. 
 
Key – words: Flavonois. Food. Health. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O processo de transição epidemiológica no Brasil tem sido marcado por modificações nos 
padrões de morbi-mortalidade. Como indicadores dessas mudanças pode-se considerar o aumento 
da expectativa de vida e a redução nas taxas de mortalidade por doenças infecciosas, revelando 
assim melhorias no padrão de saúde. Por outro lado, houve um aumento gradativo da prevalência de 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que predominam no quadro epidemiológico. Desta 
forma, a contribuição da ciência tem sido fundamental, pois estudos relacionados a essa área têm 
apresentado resultados que comprovam a presença de substâncias biologicamente ativas em 
diversos alimentos, com efeitos benéficos (AFFONSO e SONATI, 2007). 
A saúde e o consumo alimentar são fatores importantes para o estado nutricional, e este 
depende da disponibilidade do alimento, pela atenção ou cuidado, pelo ambiente e pela renda. 
 Mudanças nos padrões das dietas de indivíduos e populações têm marcado a transição 
nutricional revelando alto consumo de alimentos de origem animal, de açúcares e farinhas 
refinadas, e o baixo consumo de cereais integrais e fibras, associados ainda à diminuição da 
atividade física (PHILIPPI, 2007). 
As alterações que vão modificando os hábitos desvirtuam alguns princípios fundamentais da 
boa nutrição e são encarados como normais, mas apresentam erros que podem ser prejudiciais se 
não nos conscientizarmos a tempo (ANGELIS, 2005). Isto reflete especialmente a diminuição do 
consumo de alimentos vegetais in natura e ao aumento do consumo de alimentos processados 
(DOMENE e VITOLO, 2005). Segundo Salgado e Almeida (2008), com a melhora dos padrões de 
vida, a população está se transformando em uma população obesa, com menos saúde e dependente 
de medicamentos. Mas não é somente para todas essas necessidades, é preciso também, proteger o 
organismo contra os riscos por agressões genéticas e do meio ambiente, incluindo os hábitos 
alimentares, amenizando riscos ou, protelado-os, através de uma nutrição preventiva (ANGELIS, 
2001). 
Na década de 80, os japoneses introduziram um novo conceito em alimentos, frutos de 
estudos colaborativos entre o governo, universidades e fabricantes de alimentos: Food for Specified 
Health Use (CÂNDIDO, 2002). Esta nova concepção de alimentos, então chamados “alimentos 
funcionais”, foi uma estratégia com o objetivo de desenvolver alimentos saudáveis para uma 
população que envelhecia e apresentava uma grande expectativa de vida (MORAES e COLLA, 
2006). 
As Ciências da Alimentação e da Nutrição tem procurado conhecer a interação 
alimento/nutriente no organismo, os efeitos da carência ou do excesso de nutrientes sobre os tecidos 
e/ou células (FERRARI e TORRES, 2002). Com as novas pesquisas sobre “alimentos funcionais”, 
surge a nutracêutica que estuda a função terapêutica de substâncias naturalmente presentes em 
determinados tipos de alimento denominados compostos bioativos, que apresentam efeitos 
benéficos (MACHADO e SANTIAGO, 2001). 
Estudos sobre os efeitos terapêuticos das substâncias fitoquímicas têm enfatizado os 
benefícios adicionais do consumo habitual de vegetais em grande quantidade e variedade. No 
entanto, o consumo de frutas e hortaliças está longe de ser o ideal em praticamente todos os países 
do mundo (MACHADO e SANTIAGO, 2001). 
Entre as substâncias bioativas, Angelis (2005) ressalta que os flavonóides são compostos 
polifenólicos presentes em frutas e vegetais e seu consumo tem sido associado a efeitos protetores 
contra doenças neurodegenerativas e câncer. Diversos estudos revelam que os efeitos antioxidantes 
se devem à capacidade de diminuir os radicais livres. A partir dessas informações, entende-se 
porque os flavonóides tem ganhado cada vez mais interesse para as atividades farmacológicas. 
O presente artigo tem como objetivo apresentar os principais flavonóides encontrados nos 
alimentos atravésda busca de informações na literatura científica, relacionando as suas principais 
características, propriedades, e efeitos benéficos concedidos à saúde. 
 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
1 Conceito 
 
Os flavonóides são compostos polifenólicos, cuja síntese não ocorre na espécie humana. 
Englobam uma classe muito importante de pigmentos naturais, encontrados com grande freqüência 
na natureza, especialmente em frutas e vegetais. Foram considerados sem nenhum valor nutricional, 
até a demonstração da ação redutora da fragilidade capilar de alguns deles (ANGELIS, 2005; 
RAMIREZ, et al., 2004; BOBBIO e BOBBIO, 2003). 
Esses compostos foram descobertos pelo prêmio Nobel Szent-György, em 1930, a partir do 
isolamento de uma substância proveniente da casca do limão, a citrina, que regulava a 
permeabilidade dos capilares. Flavonóides foram chamados desde o início de vitamina P 
(permeabilidade) e vitamina C2 porque foram encontradas algumas unidades semelhantes à 
vitamina C (MARTÍNEZ-FLÓREZ, et al., 2002). 
Considerados metabólitos secundários das plantas, em resposta ao estímulo ambiental, os 
flavonóides integram uma classe de substâncias químicas com grande variedade estrutural, 
funcionando como agentes de defesa contra predadores, como os microrganismos patogênicos 
(ALVES, 2001) e ainda atuam na atração de insetos pelas plantas para a sua polinização. Ocorrem 
de forma livre (agliconas) ou ligada a açúcares (glicosídeos) (TORRES, 2001; BEVILAQUA, 
SCHIEDECK e SCHWENGBER, 2007). 
Apesar do termo flavonóide derivar do latim flavus, que significa amarelo, observa-se que os 
grupos flavonóis e flavonas são incolores e que a classe das antocianinas possuem substâncias que 
variam no seu espectro de coloração do verde ao azul (LOPES, et al., 2000). 
 
2 Estrutura básica e tipos 
 
Os flavonóides apresentam-se como compostos heterocíclicos com oxigênio na molécula, 
cuja estrutura básica é - C6-C3-C6-, sendo que duas partes da molécula com seis carbonos são anéis 
aromáticos (FIG.1). São glicosídios de polihidroxi e polimetoxi derivados do 2-fenilbenzopirilium 
ou íon flavilium (BOBBIO e BOBBIO, 2003; RIBEIRO e SERAVALLI, 2004). 
 
Figura 1: Estrutura química básica do flavonóide 
 Fonte: Martínez-Flórez, et al., 2002 
 
De todos os pigmentos que existem nos vegetais com a estrutura fenilbenzopirona, as 
flavonas e os flavonóis são os mais abundantes, dos quais aproximadamente 300 compostos já 
foram identificados. Com relação à cor dos vegetais, se limita aos vegetais amarelados, e à co-
pigmentação com antocianinas (BOBBIO e BOBBIO, 2003). 
 
3 Principais flavonóides 
 
De acordo Martínez-Flórez (2002), dependendo da substituição e do nível de oxidação no 
anel C3, os flavonóides podem ser divididos em 14 classes, sendo os que incluem na dieta humana 
divididos essencialmente em 7 grupos: 
Antocianidinas: são substâncias com base no núcleo flavano, ocorrem na natureza como 
agliconas. Possuem um grupo hidroxila na posição 3 e duas ligações duplas, uma entre o átomo de 
oxigênio e o carbono 2 e outra entre os carbonos 3 e 4 (FIG. 2) (SILVA, 2001; COULTATE, 2004). 
Nesse grupo encontram-se as antocianinas que são antocianidinas ligadas a açúcares, na 
forma de glicosídeos. Esses compostos podem ser encontrados nas frutas: Jambolão, Mirtilo, Uva 
(Vitis vinífera e Vitis labrusca) e nas hortaliças: Repolho Roxo e Beterraba. A diversidade dos 
padrões de glicosilação resulta em quantidades inumeráveis de antocianinas. Esses pigmentos são 
hidrossolúveis, amplamente distribuídos no reino vegetal. Seu espectro de cor vai do vermelho ao 
azul, apresentando-se também como uma mistura de ambas as cores resultando em tons de púrpura. 
As antocianidinas mais freqüentes são: pelargonidina, cianidina, peonidina, delfinidina, petunidina e 
malvidina (FIG. 2) (DEGÁSPARI e WASZCZYNSKYJ, 2004; COULTATE, 2004). 
 
 
 
 
Antocianinas R1 R2 
Cianidina OH H 
Peonidina OCH3 H 
Delfinidina OH OH 
Petunidina OCH3 OH 
Malvidina OCH3 OCH3 
Pelargonidina OCH3 OCH3 
 
Figura 2. Principais antocianidinas. 
 
O termo antocianinas deriva da palavra grega: anthos, flor e kyanos, azul (ELBE e 
SCHWARTZ, 2000). São facilmente degradadas pelo aumento da temperatura e apresentam maior 
estabilidade em condições ácidas. A degradação pode ocorrer também durante a extração do 
vegetal, processamento e estocagem de alimentos (RIBEIRO e SERAVALLI, 2004). 
Flavanóis: os flavano-3-ol caracterizam-se por possuírem um anel heterocíclico saturado e 
um grupo hidroxila na posição 3. Os carbonos 2 e 3 são os centros assimétricos da molécula 
(HASLAM, 1990). 
 
 
Catequinas R 
Catequina H 
Galocatequina OH 
 
 
 
 
 
Epicatequinas R1 R2 
Epicatequina H H 
Epigalocatequina OH H 
 
Figura 3. Principais flavanóis 
 
Flavanonas: são substâncias sem cor e diferem quimicamente das flavonas por terem uma 
ligação saturada entre os carbonos nas posições dois e três. Encontradas em grandes quantidades 
nas frutas cítricas, através de reações químicas simples, dão origem às di-hidrochalconas, 
compostos de sabor doce bem acentuado, e substitutos em potencial da sacarose (BOBBIO e 
BOBBIO, 2003). Possuem um grupo carbonila na posição 4. A hesperidina, naringina, naringenina 
são as principais flavanonas encontradas na natureza. (MARTÍNEZ-FLÓREZ, et al. 2002). 
 
Flavonas: possuem um grupo carbonila na posição 4 e uma ligação dupla entre as posições 
2,3 (MARTÍNEZ-FLÓREZ, et al.,2002). 
 
Flavonóis: possuem um grupo carbonila na posição 4, um grupo hidroxila na posição 3 e 
uma ligação dupla entre as posições 2,3 (MARTINEZ- FLORES, et al.,2004). Os mais comuns são 
o campferol (encontrado na Vitis labrusca), a quercetina e a miricetina e entre eles o mais 
importante é sem dúvida a rutina (quercetina 3-rutinosídio) composto com atividade biológica 
(BOBBIO e BOBBIO, 2003). A rutina é encontrada em frutas cítricas e hortaliças folhosas. 
 
 
 
Flavonóis R1 R2 
Quercetina OH H 
Caempferol H H 
Miricetina OH OH 
 
Figura 5: Principais flavonóis 
 
Isoflavonóides: pertencem à classe dos fitoestrógenos e estão amplamente distribuídos no 
reino vegetal. As concentrações destes compostos são relativamente maiores nas leguminosas e, em 
particular, na soja (Glycine max), sendo que as principais isoflavonas encontradas na soja e seus 
derivados são a daidzeína, a genisteína e a gliciteína, as quais apresentam-se como várias formas de 
conjugados glicosídicos, dependendo da extensão do processamento ou fermentação. Os produtos 
fermentados de soja predominam não só a genisteína, mas também a daidzeína, devido à ação de 
glicosidases bacterianas. Sendo assim, a maior parte da proteína de soja que é utilizada pela 
indústria de alimentos contém isoflavonas em concentrações variadas (SETCHELL, 1998 apud 
ESTEVES e MONTEIRO, 2001). Nas últimas décadas, tem havido um grande interesse nos 
fitoestrógenos e em particular nos potenciais benefícios que uma dieta rica nestes compostos pode 
conferir no controle de muitas doenças crônicas (SETCHELL, 1998 apud ESTEVES e 
MONTEIRO, 2001). Possuem um grupo carbonila na posição 4 e no anel B encontra-se ligado ao 
restante da molécula através do carbono 3. Podem ainda possuir uma ligação dupla entre os 
carbonos 2 e 3 (FIG. 5) (MARTÍNEZ-FLÓREZ, et al., 2002). 
 
 
 
Isoflavonas R1 R2 
Daidzeína H H 
Genisteína 
O
H 
H 
Gliciteína H OCH3 
 
 Figura 5: Principais isoflavonas 
 
Chalconas e Auronas: são flavonóides coloridos. A cor vermelha do açafrão é devida a 
uma chalcona, a cartamidina queé encontrada na forma de glicosídio com o açúcar (glucose) ligado 
na posição oito (FIG. 7) (BOBBIO e BOBBIO, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 Chalconas Auronas 
Figura 7 : Chalconas e Auronas 
 
4 Características dos flavonóides 
 
Os flavonóides destacam-se devido às suas diversas atividades sobre os sistemas biológicos. 
Estão presentes em alimentos, bem como em várias plantas medicinais. Embora muitas das 
propriedades farmacológicas dos flavonóides ainda não tenham sido comprovadas in vivo, o seu 
consumo deve ser estimulado, para que a população possa se beneficiar do valor nutricional e dos 
potenciais efeitos terapêuticos destes compostos (ARAÚJO, et al., 2005). 
OH OH
OH
O
O
2
3a
7a
5
6
2'
6'
4'
Essas substâncias estão presentes na maioria das frutas, principalmente nas cítricas e em 
uvas; nos vegetais; nas ervas aromáticas; grãos de cereais e soja, e em várias hortaliças, sendo 
consumidas pelo homem na dieta diária há tempos. Manifestam-se nas plantas fornecendo o brilho 
do azul, do vermelho e do laranja nas folhas, flores e frutos. (FERREIRA, OLIVEIRA e 
CARVALHO, 2008). 
Segundo Martínez-Flórez, et al. (2002), esses compostos não possuem as características de 
vitaminas: não são aminas, apresentam ação protetora e devido à impossibilidade do corpo humano 
em produzi-los, por isso merecem ser incorporadas no grupo de nutrientes essenciais. 
Eles desempenham um importante papel na biologia vegetal, respondem à luz e ao controle 
dos níveis do crescimento e diferenciação de plantas. Atuam como antifúngico e bactericida, 
conferem a coloração, que pode contribuir para os fenômenos de polinização e ter uma significativa 
capacidade de fixar ferro e cobre (FORMICA e REGELSON apud MARTÍNEZ-FLÓREZ et al., 
2002). 
 
5 Importância dos flavonóides para a saúde 
 
Os flavonóides têm ganhado cada vez mais interesse devido ao seu largo espectro de 
atividades farmacológicas e ao seu potencial efeito benéfico para a saúde. Sendo assim, pesquisas 
referentes à sua ação tem demonstrado que podem atenuar o estresse oxidativo em diversos 
processos patológicos, como o câncer, diabetes mellitus, doenças neurodegenerativas, aterosclerose, 
entre outras (MOURA, 2006). 
 Os efeitos biológicos dos flavonóides têm apresentado resultados promissores no tratamento 
das DCNT, sendo que: 
 
A utilização de flavonóides como fonte terapêutica tem sido descrita em diversos trabalhos 
científicos, entretanto, ainda se faz necessária uma melhor compreensão do seu papel 
sobre o organismo. Estudos que tem por objetivo a descoberta de novas terapêuticas ainda 
se encontram em desenvolvimento em grandes centros de pesquisa. As pesquisas 
realizadas em faculdades e, principalmente, nas universidades, possuem um papel 
importante nessas descobertas, pois contribuem com a inserção de novos profissionais no 
meio científico, incentivam o desenvolvimento de pesquisas e permitem o crescimento 
científico-cultural da sociedade (FERREIRA, OLIVEIRA e CARVALHO, 2008). 
 
 
Estudos estão sendo realizados com o objetivo de caracterizar esses pigmentos, identificar a 
rota metabólica e elucidar os mecanismos de ação em relação à manutenção da saúde e prevenção 
de doenças. Entre esses efeitos estão as propriedades antioxidantes destes compostos, em razão do 
seu papel protetor na gênese de muitas DCNT (COSTA, 2008). 
Verifica-se que as pesquisas envolvendo agentes antioxidantes em espécies vegetais devem 
continuar, pois são de suma importância tanto para a indústria de alimentos quanto para a indústria 
farmacêutica. No que diz respeito ao ramo alimentício, essas pesquisas se mostram importantes no 
sentido de obter aditivos com menos efeitos colaterais e características indesejáveis que são 
observadas nos atuais antioxidantes empregados em produtos alimentícios. Já na indústria 
farmacêutica a busca é por substâncias para compor medicamentos de excelência quanto aos 
aspectos funcionais no combate aos radicais livres e todos os possíveis danos que podem causar à 
saúde humana (DEGÁSPARI e WASZCZYNSKYJ, 2004). 
 
6 Ação dos flavonóides contra radicais livres 
 
No início dos anos 80, houve um aumento considerável em encontrar antioxidantes naturais 
para o emprego em produtos alimentícios ou para uso farmacêutico, com o intuito de substituir 
antioxidantes sintéticos, os quais tem sido restringidos devido ao seu potencial de toxicidade 
(DEGÁSPARI e WASZCZYNSKYJ, 2004). 
 Segundo Maurício (2006), o termo radical livre é usado para designar qualquer espécie que 
possua em sua estrutura eletrônica um ou mais elétrons desemparelhados. A existência desses 
elétrons desemparelhados confere a esses radicais uma alta reatividade frente a outras moléculas. 
Podem ser eletricamente neutros ou carregados positiva ou negativamente. Normalmente, o produto 
final de uma reação, que intervém em um radical livre, é o começo de outra, com a qual o estresse 
oxidativo se mantém (GARCIA, 2002). 
É importante ressaltar que a maioria das defesas antioxidantes não-enzimáticas não são 
sintetizadas endogenamente por animais, devendo ser obtidas a partir da dieta. Logo existe uma 
relação íntima entre nutrição e defesa antioxidante (MAURÍCIO, 2006). 
Considerando a importância do oxigênio para o ser humano e os mecanismos de defesa 
sobre os efeitos de toxicidade tem-se que: 
 
Os organismos aeróbicos somente são capazes de sobreviver sob uma atmosfera rica em 
O2, graças ao desenvolvimento de eficientes sistemas de defesa antioxidante. A existência 
de substâncias capazes de minimizar os efeitos oxidantes deste gás sobre os componentes 
celulares é, portanto de crucial importância para a manutenção da vida aeróbica na terra 
(MAURÍCIO, 2006, p. 9). 
 
 
Para Cerqueira, Medeiros e Augusto (2007), as defesas antioxidantes endógenas são 
efetivas, porém não são infalíveis. Assim sendo, o consumo de alimentos que contenham 
substâncias antioxidantes se faz necessário. Sabendo-se que os flavonóides representam potentes 
antioxidantes, seu consumo deve ser considerado como protetor à produção dos radicais livres. 
 
7 Propriedades fisiológicas dos flavonóides 
 
Os efeitos benéficos dos flavonóides em relação à nutrição e saúde estão relacionados às 
suas propriedades antioxidantes, pois são carreadores diretos de radicais livres e desta forma 
desempenham um papel importante na prevenção de doenças. 
De acordo com sua estrutura, apresentam ação farmacológica variada capaz de atuar na 
diminuição da permeabilidade e da fragilidade dos vasos sanguíneos, ação anti-inflamatória, 
antiespasmódica, antiviral e antibacteriana (BEVILAQUA, SCHIEDECK e SCHWENGBER, 
2007). 
Os principais responsáveis pela atividade antioxidante são os dois grupos hidroxila na 
posição 3´,4´ do anel B, a dupla ligação em conjugação com um grupo cetônico no carbono 4 do 
anel C e os grupos hidroxila dos carbonos 5 e 7 do anel A (FIG. 8) (MAURÍCIO, 2006). 
 
 Figura : Flavonóides e atividade antioxidante 
 
Entre todas as doenças em que o excesso de estresse oxidativo tenha sido implicado, as 
doenças cardiovasculares (DCV) são as mais evidentes. O estudo feito por Silva et al. (2006), 
demonstrou que alguns flavonóides, nomeadamente a quercetina e a rutina, protegem os eritrócitos 
da lesão oxidante, o que sugere a sua eventual aplicação como adjuvantes na terapêutica. Testes 
realizados com flavonóides mostraram a inibição da peroxidação lipídica, da hemólise e da 
formação de metahemoglobina (SILVA, BEIRÃO e FERNANDES, 2006). 
Segundo Dornas et al. (2007), o mecanismoantiaterosclerótico da quercetina pode ser 
devido a propriedades antioxidantes evidenciado pela redução da formação de malonaldeído 
(MDA) em animais co-administrados com flavonóides e dietas ricas em lipídios. Sendo assim, 
agentes farmacológicos são capazes de eliminar radicais livres e/ou inibir peroxidação lipídica, 
protegendo os neurônios de injúria oxidativa podendo prover completo uso na prevenção ou 
tratamento de desordens neurodegenerativas causadas por estresse oxidativo. Essa atividade 
antioxidante dos flavonóides está relacionada à sua habilidade de desativar moléculas reativas de 
oxigênio singlete (COSTA e ROSA, 2008). 
Outro mecanismo de ação importante dos flavonóides tem sido observado em processos 
tumorais e está associado ao efeito da antiproliferação celular. A proliferação desregulada ocasiona 
o aumento da suscetibilidade para neoplasia. Por outro lado, a prevenção do câncer esta associada à 
inibição, reversão ou retardamento da hiperproliferação celular. Pesquisas mostram que as 
propriedades antiproliferativas de flavonóides e isoflavonóides atuam como inibidores da 
proliferação celular em linhagens de células tumorais humanas (COSTA e ROSA, 2006). 
Os flavonóides possuem papel importante no controle do câncer do pulmão, do fígado, dos 
rins e da mama. De acordo com as pesquisas, a genisteína e a daidzeína, flavonóides presentes na 
soja, tem apresentado efeito anti-cancerígeno. Em populações que consomem dietas ricas em soja e 
seus derivados, é possível observar uma menor incidência de determinados tipos de câncer de cólon, 
mama e próstata, quando comparadas com populações que não consomem esses alimentos. 
(FERREIRA, OLIVEIRA e CARVALHO, 2008). 
De acordo com os estudos de Zhang, Vareed e Nair (2005) apud Lima, et al. (2006), foi 
constatado o efeito inibitório da cianidina, delfinidina, pelargonidina, petunidina e malvidina na 
proliferação de células humanas cancerígenas, originadas em diferentes partes do corpo: estômago, 
cólon, mama, pulmão e sistema nervoso central. Tais compostos possuem uma série de 
propriedades farmacológicas que os fazem atuar sobre diversos sistemas biológicos (RAMIREZ et 
al., 2004). 
Os flavonóides também atuam como protetores do funcionamento do fígado, possuem 
atividade antialérgica e auxiliam no controle da osteoporose. Além disso, outros estudos 
comprovaram que esses metabólitos possuem atividades antibacteriana e antifúngica, e podem ainda 
auxiliar no tratamento da Leishmaniose e da Doença de Chagas (FERREIRA, OLIVEIRA e 
CARVALHO, 2008). 
Os efeitos antioxidantes relacionados à regulação da pressão arterial também tem sido objeto 
de estudos, considerando que: 
 
O consumo de frutas, vegetais e chás contendo altas concentrações de flavonóides pode 
levar a uma diminuição da pressão sangüínea e pode dar proteção contra doença coronária 
cardíaca. É possível que seus efeitos antioxidantes sejam responsáveis, pelo menos em 
parte, por este efeito protetor. Estudos admitem que indivíduos com elevada pressão 
sangüínea tenham níveis circulantes de flavonóides relativamente baixos comparados com 
os indivíduos que são normotensos. Indivíduos hipertensos com uma dieta baixa em 
flavonóides terão uma prevalência aumentada de doença coronária cardíaca. Este 
mecanismo deve ser examinado e, se for verdadeiro, sugere efeitos benéficos de frutas, 
vegetais e chás sobre doenças cardiovasculares (ARAÚJO et al., 2005, p. 189). 
 
No cérebro, as concentrações elevadas de espécies reativas de oxigênio (EROs) podem ser 
importantes mediadores dos danos causados aos ácidos nucléicos (DNA), lipídios e proteínas, 
contribuindo para o envelhecimento associado à idade e as doenças neurodegenerativas, como 
doença de Alzheimer ou doença de Parkinson. O envelhecimento cerebral está associado com o 
acúmulo induzido por danos oxidativos, devido ao desequilíbrio entre defesas antioxidantes 
intracelulares e a formação de EROs (SINGH et al., 2008). 
É importante entender como os antioxidantes atuam dentro das células, pois existe uma 
grande variedade de células que diferem entre si na atividade metabólica e, consequentemente, nas 
suas reações redox. Experimentos com humanos permitem avaliar a biodisponibilidade e através de 
biomarcadores obter uma visão geral de eficácia antioxidante (COLLINS, 2005). 
 
8 Presença de flavonóides em alimentos 
 
Atualmente, não são somente as qualidades nutricionais das frutas e vegetais que interessam 
aos pesquisadores. Tais alimentos apresentam muito mais do que nutrientes, pois contém 
substâncias que auxiliam na prevenção e no controle de doenças. Essas substâncias são 
denominadas componentes ativos ou fitoquímicos. O Brasil é um país privilegiado por cultivar 
centenas de espécies de frutas, hortaliças e grãos e de oferecer boa parte deles com custo menor, 
especialmente os considerados da estação (SALGADO, 2008). 
É evidente que a alimentação é um fator importante, que pode acelerar ou reduzir processos 
degenerativos. Portanto, existe um grande interesse pela alimentação equilibrada com o objetivo de 
tentar interromper danos celulares relacionados à produção excessiva de radicais livres no 
organismo. A qualidade na alimentação pode otimizar a saúde e prolongar a vida, e ainda prevenir 
doenças. Levando em consideração a fração lipídica dos alimentos para que as dietas não 
incorporem grandes quantidades de ácidos graxos polissaturados, pois são facilmente oxidados 
(GARCIA, 2002). 
O conteúdo de fitoquímico em frutas pode ser afetado pelo grau de maturação no momento 
da colheita, por diferenças genéticas entre cultivares, condições ambientais, durante a colheita, 
condições de estocagem pós-colheita e pela manipulação da amostra (SEVERO et al., 2007). 
Questões importantes como: quantas porções e variedades de frutas e hortaliças e outras 
fontes que devem ser consumidas para que as doenças sejam evitadas e se consiga melhor qualidade 
de vida, e quanto o organismo consegue absorver e utilizar dos flavonóides são ainda difíceis de 
responder. O que se sabe é que, após consumir alimentos ricos em flavonóides, esses são 
absorvidos, metabolizados e distribuídos em diferentes tecidos/órgãos do corpo, sendo que já foram 
encontrados nos tecidos do estômago, jejuno, fígado, rins, plasma e até no cérebro (VIZZOTTO, 
2008b). 
 
CONCLUSÃO 
 Visto que os flavonóides possuem atividade fisiológica interessante à manutenção da saúde, 
que interagem em processos vitais e que estão presentes em frutas, hortaliças e grãos, torna-se 
importante a divulgação destas informações no intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AFFONSO, Christianne de Vasconcelos; SONATI, Jaqueline Girnos. Alimentos funcionais e seus 
benefícios à saúde das Populações. In: VILARTA, Roberto; GUTIERREZ, Gustavo Luís; 
CARVALHO, Teresa Helena Portela Freire; GONÇALVES, Aguinaldo (Org.) Qualidade de vida 
e novas tecnologias. Campinas: Ipes Editorial, 2007, p. 115-120. 
 
ALVES, Hélio de Mattos. A diversidade química das plantas como fonte de fitofármacos. In: 
Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, n.3, maio, 2001, p. 10-15. 
 
Luís Eduardo Corrêa Antunes. AMORA-PRETA: NOVA OPÇÃO DE CULTIVO NO BRASIL 
Ciência Rural, Santa Maria, v.32, n.1, p.151-158, 2002. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/cr/v32n1/a26v32n1.pdf acesso em 27 de janeiro, 9:38. 
 
ANGELIS, Rebeca Carlota. Novos conceitos em nutrição. Reflexões a respeito do elo dieta e 
saúde. In: Arquivos de Gastroenterologia, v.38, n.4, 2001, p.20 -30. 
 
ANGELIS, Rebeca Carlota. A Importância dos Alimentos Vegetais na Proteção da Saúde. 2 ed. 
São Paulo: Atheneu, 2005, 317 p. 
 
ARAÚJO, Paulo Webster Bezerra;QUINTANS JÚNIOR, Lucindo José; VASCONCELOS, 
Henrique Dória; ALMEIDA, Jackson Roberto Guedes da Silva. Flavonóides e Hipertensão. In: 
Revista Brasileira de Hipertensão, v.12, n.3, 2005, p. 188-189. 
 
BEVILAQUA, Gilberto Peripolli; SCHIEDECK, Gustavo; SCHWENGBER, Jose Ernani. 
Identificação e tecnologia de plantas medicinais da flora de clima temperado. In: EMBRAPA- 
Circular Técnica, v.61, 2007, 29 p. 
 
BIESKI, Isanete Geraldini Costa. Plantas medicinais e aromáticas no Sistema Único de Saúde 
da região sul de Cuiabá-MT. 2005. 92 f. Monografia (Especialização) - Universidade Federal de 
Lavras, Programa de Pós-Graduação em Plantas Medicinais. 
 
BIESKI, Isanete Geraldini Costa. Utilização de medicamentos fitoterápicos com ênfase na 
Uncaria tomentosa will d.c., dispensados em farmácias de manipulação na grande Cuiabá – 
MT. 2006. 76 f. Monografia (Especialização) - Universidade Federal de Lavras, Programa de Pós-
Graduação em Farmacologia. 
 
BOBBIO, Florinda Orsati; BOBBIO, Paulo. Introdução à química de alimentos. 3 ed. São Paulo: 
Varela, 2003, p. 218- 233. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. 
Departamento de Assistência Farmacêutica. Política nacional de plantas medicinais e 
fitoterápicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, 
Departamento de Assistência Farmacêutica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006a, 60 p. 
 
BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). Resolução nº 402, de 30 de julho de 2007. 
Regulamenta a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura frescas, ou como 
planta droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas, e dá outras providências. 
Brasília, 2007. 
 
CÂNDIDO, Lys Mary Bileski. O Estado da Arte Alimentos Funcionais e Nutracêuticos no Brasil. 
In: DIAS, José Manuel Cabral de Sousa; REIS, Linda (Ed.). EMBRAPA- Encontro Franco 
Brasileiro de Biociência e Biotecnologia, Alimentos Funcionais e Nutracêuticos. Brasília, 2002, 
15 p. 
 
CERQUEIRA, Fernanda Menezes; MEDEIROS, Marisa Helena Gennari; AUGUSTO, Ohara. 
Antioxidantes dietéticos: controvérsias e perspectivas. In: Química Nova, v.30, n.2, 2007, p. 441-
449. 
 
COLLINS, Andrew R. Assays for oxidative stress and antioxidant status: applications to 
research into the biological effectiveness of polyphenols. In: American Journal of Clinical 
Nutrition, v. 81, 2005, p. 261S–217S. 
 
COSTA, Neuza Maria Brunoro; ROSA, Carla Oliveira Barbosa (Ed.). Alimentos Funcionais. 
Viçosa, 2006, 202 p. 
 
COSTA, Neuza Maria Brunoro; ROSA, Carla de Oliveira Barbosa (Ed.). Alimentos Funcionais: 
Benefícios Para A Saúde. Viçosa, 2008, 298 p. 
 
COULTATE, Tom. Alimentos: a química de seus componentes. FRAZZON, Jeverson et al. 
(Trad.), 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004, p. 154-159. 
 
DEGÁSPARI, Cláudia Helena; WASZCZYNSKYJ, Nina. Propriedades antioxidantes de 
compostos fenólicos. In: Visão Acadêmica, v.5, n.1, 2004, p. 33-40. 
 
DOMENE, Semíramis Martins Álvares; VITOLO, Márcia Regina. Consumo de Vegetais no Brasil. 
In: ANGELIS, Rebeca Carlota. A Importância dos Alimentos Vegetais na Proteção da Saúde. 2 
ed. São Paulo: Atheneu, 2005, 317 p. 
 
DORNAS, Waleska Claúdia; OLIVEIRA, Tânia Toledo; RODRIGUES-DAS-DORES, Rosana 
Gonçalves; SANTOS, Alex Ferreira.; NAGEM, Tanus Jorge. Flavonóides: potencial terapêutico no 
estresse oxidativo. In: Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, v. 28, n.3, 2007, p. 
241- 249. 
 
FERRARI, Carlos Kusano Bucalen; TORRES, Elizabeth Aparecida Ferraz Silva. Perspectivas da 
pesquisa em biologia molecular aplicada à nutrição. In: Interciência, v.27, n. 11, 2002, p. 1-7. 
FERREIRA, Ênio; OLIVEIRA, Reuser Lima; CARVALHO, Viníciuos Ferreira. Flavonóides: um 
potente agente terapêutico. In: Diário de Itabira, Itabira, nº 4054, 22 abr. 2008. 
 
FRANÇA, Inácia Sátiro Xavier; SOUZA, Jeová Alves; BAPTISTA, Rosilene dos Santos; BRITTO, 
Virgínia Rossana Pereira. Medicina popular: benefícios e malefícios das plantas medicinais. In: 
Revista Brasileira de Enfermagem, v.61, n. 2, 2008, p. 201-208. 
GARCIA, José Antônio Villegas. Efeitos dos Antioxidantes Fenólicos na Prática Desportiva. In: 
Fitness e Performance Journal, v. 1, n. 4, out/dez, 2002, p.10-15. 
HASLAM, E. In Vitro Veritas: Oligomeric Procyanidins and the ageing of red wines. In: 
Phytochemistry, v. 19, 1990, p.2577-2582. 
LOPES, Renato Matos; OLIVEIRA, Tânia Toledo; NAGEM, Tanus Jorge; PINTO, Aloísio da 
Silva. Farmacologia de flavonóides no controle hiperlipidêmico em animais experimentais. In: 
Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento, Brasília, n. 17, p. 18-22, nov/dez, 2000l, p. 18-22. 
 
MARTÍNEZ-FLÓREZ, Susana; GONZÁLEZ-GALLEGO, Javier; CULEBRAS, Jesus; 
MUÑÓN, María Jesús. Los flavonóides: propiedades y acciones antioxidantes. In: Nutrición 
Hospitalaria, v.17, n.6, 2002, p. 271-278. 
MAURÍCIO, Ângelo de Queiroz. Estudo da atividade antioxidante do ácido caféico e da PIH: 
um polifenol natural e um quelante sintético. 2006. 82 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade 
de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Química. 
MORAES, Fernanda; COLLA, Luciane. Alimentos funcionais e nutracêuticos: definições, 
legislação e benefícios à saúde. In: Revista Eletrônica de Farmácia, v.3, n.2, 2006, p.109-122. 
 
MOURA, Maysa Dutra. Papel do flavonóide diocleína no desenvolvimento da aterosclerose em 
camundongos deficientes no gene que codifica a apolipoproteína E. 2006. 86 f. Dissertação 
(Mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Farmácia, Programa de Pós-
Graduação em Ciência de Alimentos. 
 
PASCHOAL, Valéria Cristina Provenza. A ética na prática clínica do nutricionista. In: CRN 3- 
Notícias, n.89, jan/mar, 2008, p. 13. 
 
 
SALGADO, Jocelem Mastrodi; ALMEIDA, Márcio Aurélio. Mercado de alimentos funcionais 
desafios e tendências. In: Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais (SBAF), jun. 2008, 8 p. 
 
SALGADO, Jocelem Mastrodi. Frutas, Hortaliças e Grãos integrais da Prevenção de Doenças. 
Disponível em: < http://www.sbaf.org.br/_alimentos/200506_Importancia_frutas. htm >. Acesso 
em: 19 ago, 12:42. 2008. 
 
SALGADO, Jocelem Mastrodi. Antioxidantes em laranjas e pequenas frutas vermelhas. In: 1º 
Simpósio Internacional de Alimentos Funcionais da SBAF. São Paulo: Escola Superior de 
Agricultura Luiz de Queiroz - USP, 5 jun. 2008. 
 
SALGADO, Jocelem Mastrodi. Fitoestrógenos da Soja. In: ANGELIS, Rebeca Carlota. A 
Importância dos Alimentos Vegetais na Proteção da Saúde. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2005, 317 
p. 
 
SEVERO, Joseana; AZEVEDO, Miriane Lucas; CHIM, Josiane; SCHREINERT, Railson Santos; 
SILVA, Jorge Adolfo; ROMBALDI, César Valmor. Avaliação de compostos fenólicos, 
antocianinas e poder antioxidante em morangos cvs. Aromas e Camarosa. In: XVI CIC- 
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, 27 a 28 de novembro de 2006. 
 
SILVA, JN; BEIRÃO, T; FILIPE, P; FERNANDES, A. Efeito de flavonóides no stresse oxidante e 
foto-oxidante no eritrócito humano. In: Centro de Metabolismo e Endocrinologia da Faculdade de 
Medicina de Lisboa, Lisboa, Portugal, § Disciplina de Mecanismos da Doença da Faculdade de 
Medicina de Lisboa, Lisboa, Portugal. 
 
SILVA, Marisa Barros Sousa. Flavonóides com capacidade antioxidantes. Química aplicada: 
Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade Nova Lisboa, 2001. 
 
SINGH, Manjeet; ARSENEAULT, Madeleine; SANDERSON, Thomas; MURTHY, Ven; 
RAMASSAMY, Charles. Challenges for research on polyphenols from foods in Alzheimer’s 
Disease: bioavailability, metabolism, and cellular and molecular mechanisms. In: Journal of 
Agricultural and Food Chemistry, v.56, n.13, 2008,p. 4855–4873. 
 
TOLEDO, Ana Cristina Oltramari; HIRATA, Lilian Lúcio; BUFFON, Marilene da Cruz; MIGUEL, 
Marilis Dallarmi; MIGUEL, Obdulio Gomes. Fitoterápicos: uma abordagem farmacotécnica. In: 
Revista Lecta, v.21, n. 1/2, 2003, p. 7-13. 
 
TORRES, Elizabeth Aparecida Ferraz da Silva. Alimentos em Questão: uma abordagem técnica 
para as duvidas mais comuns. São Paulo: Ponto Crítico, 2001, p. 34-39. 
 
VIZZOTTO, Márcia. Amora-preta: uma fruta antioxidante. Disponível em: < http://www. 
embrapa.br/imprensa/artigos/2008/amora-preta-uma-fruta-antioxidante/ >. Acesso em: 19 ago., 
10:34, 2008b. 
 
YUNES, Rosendo, PEDROSA; Rozangela Curi; CECHINEL FILHO, Valdir. Fármacos e 
fitoterápicos: a necessidade do desenvolvimento da indústria de fitoterápicos e fitofármacos no 
Brasil. Química Nova. v.24, n.1. 2001, p. 147-152. 
 
ZHANG, Yanjun; VARRED, Shaiju; NAIR, Muraleedharan. Human tumor cell growth inhibition 
by nontoxic anthocyanidins, the pigments in fruits and vegetables In: LIMA, Vera Lúcia 
Arroxelas Galvão; PINHEIRO, Irapuan Oliveira; NASCIMENTO, Márcia Silva; GOMES, Patrícia; 
GUERRA, Nonete Barbosa. Identificação de antocianidinas em acerolas do banco ativo de 
germoplasma da Universidade Federal Rural de Pernambuco. In: Ciência e Tecnologia dos 
Alimentos, v.26, n.4, 2006, p. 927-935.

Continue navegando