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Língua Portuguesa para Receita Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales - Aula 03
______________________AULA 03______________________
Olá, meus amigos e futuros servidores públicos!
Na aula 03, apresentarei dois assuntos recorrentes nas 
provas da ESAF:
- sintaxe da oração (análise sintática); e
- sintaxe do período (com o valor semântico das conjunções).
Para refletir:
"Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é 
alguém que acredite que ele possa ser realizado."
(Roberto Shinyashiki)
Mãos à obra!
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Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales - Aula 03
SINTAXE DA ORAÇÃO
Antes de entrarmos no estudo das funções sintáticas propriamente ditas, 
apresentarei alguns conceitos introdutórios e necessários ao nosso estudo:
Classificação Conceito Exemplos
Frase
nominal
Não apresenta verbo. Por essa razão, não serve 
para a análise sintática.
Silêncio!
Que atitude bonita, meu 
filho!
Apresenta verbo, podendo ter ou não sentido Deseio aue você seia
completo.
A frase pode ser:
aprovado.
Chorou copiosamente.
Declarativa: expressa um fato. Você será aprovado no 
concurso.
Frase verbal 
(ou Oração)
Interrogativa: expressa pergunta ou dúvida. 
Imperativa: expressa ordem, pedido.
Que horas são? 
Estude!
Exclamativa: expressa admiração. 
Optativa: expressa desejo.
Quão bonita é sua filha! 
Passemos no concurso!
Imprecativa: expressa praga, maldição." Maldito seja o árbitro 
daquela partida!
Período Expressão verbal de sentido completo, iniciado Deseio aue você seiapor letra maiúscula e encerrado por ponto final. aprovado.
Feitas as considerações iniciais, veremos os termos essenciais, integrantes e 
acessórios da oração.
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
Os termos essenciais da oração são sujeito e predicado.
O SUJEITO
A gramática tradicional define sujeito como "o termo sobre o qual se faz uma 
declaração”.
Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia.
Sujeito: O aluno.
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Aqui, apresento uma dica a vocês: para localizar o sujeito da oração, façam uma 
pergunta ao verbo. Por exemplo, na frase "O aluno estuda seis horas por dia.”, devemos 
perguntar “Quem é que estuda seis horas por dia ?”. A resposta obtida será o sujeito da 
oração: “O aluno”. Para coisas, fazemos a pergunta “O quê ...?".
Outro aspecto digno de consideração é o núcleo do sujeito. O núcleo será a 
palavra mais importante, pois será com ela que o verbo, em regra, concordará:
“O aluno (= Ele) estuda seis horas por dia”.
O núcleo do sujeito pode ter natureza substantiva (substantivo, palavra 
substantivada, numeral substantivo ou pronome substantivo) ou verbal (oração subordinada 
substantiva subjetiva - que caracteriza o sujeito oracional).
Exemplos:
João conversa muito. (João = substantivo - núcleo do sujeito)
O amar dá cor à vida. (amar = palavra substantivada - núcleo do sujeito)
Três é demais. (Três = numeral substantivo - núcleo do sujeito)
Ele é bom demais. (Ele = pronome substantivo - núcleo do sujeito) 
é importante que você estude muito. (estude = verbo - núcleo do sujeito oracional)
Já o predicado, outro termo essencial da oração, é definido como “tudo o que se 
declara do sujeito”.
Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia.
Predicado: estuda seis horas por dia.
Uma vez encontrado o sujeito (“O aluno”), tudo o que sobrar fará parte da estrutura 
do predicado: “estuda seis horas por dia”.
Seguindo os demais exemplos apresentados acima, os respectivos predicados são:
João conversa muito. (conversa muito = predicado)
O amar dá cor à vida. (dá cor à vida = predicado)
Três é demais. (é demais = predicado)
Ele é bom demais. (é bom demais = predicado)
É importante que você estude muito. (É importante = predicado)
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
Quanto à classificação, o sujeito pode ser:
> Simples - formado por apenas um núcleo.
Exemplo: João conversa muito.
Sujeito: João.
Núcleo do sujeito: João.
> Composto - formado por dois ou mais núcleos.
Exemplo: João e Maria conversam muito.
Sujeito: João e Maria.
Núcleos do sujeito: João; Maria.
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> Indeterminado - aquele que existe, mas que não é possível ser identificá-lo. 
Exemplo: Falaram sobre os alunos.
O sujeito indeterminado ocorrerá com:
- verbo na terceira pessoa do plural, sem que haja referência a sujeito expresso no 
contexto.
Exemplo: Falaram sobre os alunos. (alguém praticou a ação de “falar”, mas, sem uma 
referência expressa no contexto, não é possível identificá-lo)
Dicas estratégicas!
1§) Quando houver referência expressa no contexto, ainda que o verbo esteja na 
terceira pessoa do plural, o sujeito será determinado.
Exemplo: Os professores gostam desta turma. Falaram sobre os alunos. (o sujeito de 
“falaram” é o termo “os professores”)
2§) É importante observar que, quando a forma verbal estiver no imperativo, ainda 
que não haja referência no contexto, o sujeito não será indeterminado, e sim desinencial.
Exemplos: Falem sobre os alunos. (através da desinência número-pessoal “-m”, é 
possível identificar o sujeito: “vocês”)
3§) Com outras pessoas do discurso, não haverá sujeito indeterminado, e sim sujeito 
desinencial.
Exemplo: Passaremos no concurso.
No exemplo acima, a desinência número-pessoal “-mos” indica que o sujeito é a 
forma pronominal “nós”.
- verbo que, em regra, não seja transitivo direto e que esteja na terceira pessoa do 
singular, acompanhado da partícula SE (indeterminação do sujeito).
Exemplo: Precisa-se de empacotadores. (alguém precisa de empacotadores, mas não é 
possível fazer a identificação.)
Na frase acima, o verbo “precisar” é transitivo indireto, pois rege a preposição “de” 
(alguém precisa DE algo). Sendo assim, ficará, obrigatoriamente, na terceira pessoa do 
singular.
Lembram-se de lições passadas? Vamos recordar.
A partícula SE (índice de indeterminação do sujeito) aparecerá com verbos 
transitivos indiretos, intransitivos, de ligação ou transitivos diretos cujos objetos diretos 
sejam preposicionados. Nestes casos, os verbos permanecerão sempre na terceira pessoa 
do singular.
a) verbo transitivo indireto (verbo que exige, obrigatoriamente, o emprego de preposição 
antes de seu complemento, chamado objeto indireto):
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Precisa-se de empacotadores.
VTI I.I.S. OI
Os verbos transitivos indiretos mais recorrentes em provas são: precisar, necessitar, 
obedecer, desobedecer, aludir, anuir, referir-se, tratar-se.
Trata-se de problemas particulares.
VTI I.I.S. OI
Aludiu-se a diversas questões.
VTI I.I.S. OI
b) verbo intransitivo (verbo de sentido completo):
Vive-se bem no Rio de Janeiro.
V I I.I.S. adj. adv. adjunto adverbial
c) verbo de ligação:
É-se feliz no Rio de Janeiro.
VL I.I.S. pred. suj. adjunto adverbial
d) verbo transitivo direto em que haja objeto direto preposicionado, ou seja, quando a 
preposição não é regida pela forma verbal:
Comeu-se do bolo.
VTD I.I.S. ODP
Dica estratégica!
Na frase "Comeu-se do bolo.”, a preposição "de” não é exigida pelo verbo "comer”, 
sendo empregada tão somente para a contribuição do sentido: alguém (que não é possível 
identificar) comeu parte do bolo.
Conforme estudamos acima, não será admitida a transposição de voz verbal quando 
houver objeto direto preposicionado.Notem, ainda, que a retirada da preposição "de” alteraria sintática e semanticamente 
a estrutura da frase:
Comeu-se do bolo. (sujeito indeterminado: Comeu parte do bolo.)
índice de indeterminação do sujeito
Comeu-se o bolo. (sujeito: "o bolo” - voz passiva sintética - O bolo foi comido.)
I
pronome apassivador
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A partícula SE pode ser classificada, ainda, como parte integrante do verbo (PIV).
Exemplo: Queixou-se da prova.
VTI PIV OI
Parte integrante do verbo versus Índice de indeterminação do sujeito
Alguns alunos sempre me perguntam: "Professor, como saberei se a partícula SE é 
parte integrante do verbo ou índice de indeterminação do sujeito?”.
Amigos e amigas, há um método prático: para diferençar as formas, tentem encaixar 
o substantivo "João” antes do verbo. Se a frase não fizer sentido ou se este for alterado, a 
partícula SE será índice de indeterminação do sujeito. Por outro lado, se a frase fizer 
sentido, a partícula será parte integrante do verbo. Vamos visualizar na prática.
Exemplos:
Precisa-se de cozinheiro.
Queixou-se da prova.
Nos exemplos acima, ambos os verbos são transitivos indiretos, ou seja, exigem 
objeto indireto como complemento. Tendo essa noção, tentaremos encaixar o substantivo 
"João” nas frases.
(João) Precisa-se de cozinheiro.
Percebemos que, ao inserir o substantivo "João” no período acima, a frase não faz 
sentido. Logo, a partícula SE é índice de indeterminação do sujeito.
Precisa-se de cozinheiro.
VTI I.I.S. OI
(João) Queixou-se da prova.
No período acima, a inserção do substantivo "João” não alterou o sentido da frase. 
Logo, a partícula SE é parte integrante do verbo.
Queixou-se da prova.
VTI í PIV OI
Outros exemplos:
Necessita-se de dinheiro.
Desculpou-se do ocorrido.
Novamente, nos exemplos acima, ambos os verbos são transitivos indiretos, ou 
seja, exigem objeto indireto como complemento. Assim, tentaremos encaixar o substantivo 
"João” nas frases.
(João) Necessita-se de dinheiro.
Percebemos que, ao inserir o substantivo "João” no período acima, a frase não faz 
sentido. Logo, a partícula SE é índice de indeterminação do sujeito.
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Necessita-se de dinheiro.
VTI I.I.S. OI
(João) Desculpou-se do ocorrido.
No período acima, a inserção do substantivo "João” não alterou o sentido da frase. 
Logo, a partícula SE é parte integrante do verbo.
Desculpou-se do ocorrido.
VTI PIV OI
Outros exemplos:
Vive-se bem aqui. 
Sentou-se na cadeira rapidamente.
Nos exemplos acima, ambos os verbos são intransitivos. Tendo essa noção, 
tentaremos encaixar o substantivo "João” nas frases.
(João) Vive-se bem aqui.
Percebemos que, ao inserir o substantivo "João” no período acima, a frase não faz 
sentido. Logo, a partícula SE é índice de indeterminação do sujeito.
Vive-se bem aqui.
VI I.I.S. adjuntos adverbiais
(João) Sentou-se na cadeira rapidamente.
No período acima, a inserção do substantivo "João” não alterou o sentido da frase. 
Logo, a partícula SE é parte integrante do verbo.
Sentou-se na cadeira rapidamente.
VI PIV adj. adv. adj. adv.
1. (ESAF-2006/ANEEL-Adaptada) Em relação ao texto, analise o item a seguir.
Apesar das dificuldades, o Programa de Metas foi executado e seus resultados manifestam- 
se na transformação da estrutura produtiva nacional. O governo JK, que soube mobilizar 
com maestria a herança de Vargas e elevar a auto-estima do povo brasileiro, realizou-se em 
condições democráticas, com liberdade de imprensa e tolerância política. A taxa de inflação, 
que em 1956 foi de 12,5%, no final do governo JK, elevou-se para o patamar de 30,5%. A
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Nação, por sua vez, obteve um crescimento econômico médio de 8,1% ao ano. Apesar das 
pressões do Fundo Monetário Internacional (FMI), que já advogava o “equilíbrio fiscal” e o 
Estado mínimo para o Brasil, e de setores conservadores da vida brasileira, JK conseguiu 
elevar o PIB nacional em cerca de 143%. E tudo isto ocorreu em um contexto marcado por 
um déficit de transações correntes que atingiu 20% das exportações em 1957 e 37% em 
1960, o que ampliava a fragilidade externa e fazia declinar a condição de solvência da 
economia brasileira. No entanto, foi graças ao controle do câmbio e ao regime de incentivos 
criados que as importações de bens de consumo duráveis foram contidas.
(Rodrigo L. Medeiros, com adaptações)
I. Em “manifestam-se” (linhas 1 e 2) o “se” é índice de indeterminação do sujeito.
Comentário: Analisando o contexto do trecho “seus resultados manifestam-se”, 
percebemos que o sujeito do verbo “manifestar” é a expressão “seus resultados”. Como há 
apenas um núcleo - “resultados” -, o sujeito é simples, e não indeterminado. Logo, a 
partícula “se” não pode ser índice de indeterminação do sujeito. Então, qual a classificação 
correta? Amigos, o verbo “manifestar” assume transitividade direta e traz uma ideia de 
passividade (os resultados são manifestados). Logo, temos uma voz passiva sintética (ou 
pronominal), e o “se” é pronome apassivador.
Gabarito: Errado.
2. (ESAF-2009/Ministério da Fazenda-Adaptada) Em relação ao texto abaixo, analise o 
item a seguir.
Os mercados financeiros entraram em março assombrados pelo maior prejuízo trimestral da 
história corporativa dos Estados Unidos - a perda de US$ 61,7 bilhões contabilizada pela 
seguradora American International Group (AIG) no quarto trimestre de 2008. No ano, o 
prejuízo chegou a US$ 99,3 bilhões. O Tesouro americano anunciou a disposição de injetar 
mais US$ 30 bilhões na seguradora, já socorrida em setembro com dinheiro do contribuinte. 
Na Europa, a notícia ruim para as bolsas foi a redução de 70% do lucro anual do Banco 
HSBC, de US$ 19,1 bilhões para US$ 5,7 bilhões. Enquanto suas ações caíam 15%, o 
banco informava o fechamento das operações de financiamento ao consumidor nos 
Estados Unidos, com dispensa de 6.100 funcionários. Com demissões de milhares e perdas 
de bilhões dominando o noticiário de negócios no dia a dia, os sinais de reativação da 
economia mundial continuam fora do radar. E isso não é o pior. No fim do ano passado, 
havia a esperança de se iniciar 2009 com a crise financeira contida. Se isso tivesse 
acontecido, os governos poderiam concentrar-se no combate à retração econômica e ao 
desemprego. Aquela esperança foi logo des feita.
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009)
I. Em “concentrar-se” (linha 13), o “-se” indica sujeito indeterminado.
Comentário: Segundo o contexto, o sujeito do verbo “concentrar” está expresso: “os 
governos”. Para encontrá-lo, poderiamos fazer a pergunta ao verbo: “Quem poderia se 
concentrar?”. A resposta seria “os governos”. Como há apenas um núcleo, função 
desempenhada pelo vocábulo “governos”, o sujeito é simples. Portanto, não há que se falar 
em índice de indeterminação do sujeito. E qual a classificação do “se”? No trecho “os 
governos poderiam concentrar-se”, a forma em destaque é um pronome reflexivo, pois o 
sujeito pratica e sofre a ação verbal.
Gabarito: Errado.
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3. (ESAF-2010/SUSEP-Adaptada) Em relação às estruturas linguísticas do texto, 
analise os itens a seguir.
Dados do Sine — uma rede pública de agências de emprego, associada ao Ministério do 
Trabalho — mostram que apenas 39% das vagas ali oferecidasem 2009 foram 
preenchidas. Em 2008, na mesma rede, 42% haviam sido ocupadas; no ano anterior, 48%. 
Ou seja, mesmo com um índice de desemprego ainda relativamente alto, de 8,9% no ano 
passado, o país vive o paradoxo de criar vagas e não encontrar profissionais que as 
preencham. A explicação, dizem as empresas, está, sobretudo, na escolaridade precária 
dos trabalhadores.
O fenômeno já se fazia sentir com força, no final de 2009, na procura por engenheiros. 
Agora se vê que a carência de profissionais se espraia para vários níveis de formação - 
sobram vagas para farmacêuticos, mas também para eletricistas e torneiros.
Trata-se de um problema grave, para o qual não há solução simples nem imediata. A rede 
educacional do país, com suas falhas e distorções distribuídas do ensino fundamental à 
universidade, mostra-se incapaz de oferecer ao mercado de trabalho mão de obra 
competente.
(Folha de S. Paulo, Editorial, 17/02/2010, com adaptações)
I. Em “se espraia” (€.9) o termo “se” funciona como indicador de sujeito 
indeterminado.
II. A forma verbal “mostra-se” (€.13) tem como sujeito “distorções distribuídas do 
ensino fundamental à universidade” (€.12 e 13).
Comentário: Vamos analisar cada item.
I. Errado. No excerto “a carência de profissionais se espraia para vários...”, a expressão em 
destaque desempenha a função de sujeito do verbo “espraiar” (estender). Poderíamos fazer 
essa constatação fazendo a pergunta “O que se espraia para vários níveis de formação?” 
ao verbo. Como resposta, obteríamos a expressão “a carência de profissionais. Como há 
apenas um núcleo, função desempenhada pelo vocábulo “carência”, o sujeito é simples. 
Portanto, o “se” não é índice de indeterminação do sujeito, e sim pronome reflexivo.
II. Errado. No contexto, o sujeito da forma verbal “mostra-se” é a expressão “A rede 
educacional do país”. Essa constatação pode ser feita por meio da pergunta “O que se 
mostra incapaz de oferecer ao mercado de trabalho mão de obra competente?” ao verbo. 
Como resposta, obtemos a locução “A rede educacional do país”. Percebam, ainda, que é 
possível identificar que a expressão “distorções distribuídas do ensino fundamental à 
universidade” não é sujeito da forma verbal “mostra-se” por meio da vírgula empregada no 
excerto “... distorções distribuídas do ensino fundamental à universidade, mostra-se...”. 
Conforme veremos em aulas futuras, esse sinal de pontuação (a vírgula) não deve separar 
o sujeito do verbo.
Gabarito: Errados.
4. (ESAF-2009/Receita Federal-Adaptada) Em relação ao texto, analise a opção a 
seguir.
Há alguma esperança de que a diminuição do desmatamento no Brasil possa se manter e 
não seja apenas, e mais uma vez, o reflexo da redução das atividades econômicas causada 
pela crise global. Mas as notícias ruins agora vêm de outras frentes. As emissões de gases 
que provocam o efeito estufa pela indústria cresceram 77% entre 1994 e 2007, segundo
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estimativas do Ministério do Meio Ambiente a partir de dados do IBGE e da Empresa de 
Pesquisa Energética. Para piorar, as fontes de energia se tornaram mais "sujas”, com o 
aumento de 122% do CO2 lançado na atmosfera, percentual muito acima dos 71% da 
ampliação da geração no período. Assim, enquanto as emissões por desmatamento tendem 
a se reduzir para algo entre 55% e 60% do total, as da indústria e do uso de combustíveis 
fósseis ganham mais força.
(Editorial, Valor Econômico, 1/9/2009)
I. Em “possa se manter" o pronome “se” indica sujeito indeterminado.
Comentário: Por meio do contexto percebemos que a locução verbal "possa se manter” 
tem como sujeito explícito a expressão "a diminuição do desmatamento no Brasil”. A 
transitividade da locução verbal "possa se manter” é verificada no verbo principal "manter” 
(o último). Como se trata de um verbo transitivo direto (manter o quê?) e há ideia de 
passividade - A diminuição do desmatamento no Brasil é mantida - , a partícula "se” é 
pronome apassivador.
Gabarito: Errado.
> Inexistente - ocorre com verbos impessoais e que, por essa razão, deverão figurar, 
em regra, na terceira pessoa do singular. O sujeito inexistente proporciona à oração a 
classificação de oração sem sujeito. Isso é importantíssimo para um assunto que veremos 
na aula seguinte: sintaxe de concordância.
O sujeito será inexistente nos seguintes casos:
a) verbos que expressam fenômenos da natureza no sentido denotativo, dicionarizado. 
Exemplo: Choveu durante o casamento.
Se o verbo for empregado no sentifflo conotativo, isto é, figurado, terá um sujeito.
Exemplo: Choveram flores durante o casamento.
No exemplo "Choveram flores durante o casamento.”, o verbo "chover” está 
empregado no sentido conotativo, significando "cair”. Portanto, deve concordar com o 
sujeito "flores”. Nesse caso, portanto, será pessoal.
b) verbo haver, significando existir, acontecer ou ocorrer, ou indicando tempo pretérito.
Exemplos: Havia trezentas pessoas no local de prova.
Em "Havia trezentas pessoas no local de prova.”, o verbo haver é impessoal (não 
apresenta sujeito). Na construção, o verbo assume transitividade direta. Logo, o termo 
"trezentas pessoas” é seu objeto direto.
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Os verbos existir, acontecer e ocorrer são pessoais, ou seja, devem concordar 
com o sujeito da oração.
Exemplos:
Existiam trezentas pessoas no local de prova. (trezentas pessoas = sujeito) 
Aconteceram episódios fantásticos. (episódios fantásticos = sujeito)
Ocorreram muitos vazamentos radioativos. (muitos vazamentos radioativos = sujeito)
Há dois anos que não a vejo.
No exemplo "Há dois anos que não a vejo.”, o verbo haver foi empregado para 
indicar tempo pretérito, passado. Logo, não tem sujeito.
c) verbos fazer, indicando tempo pretérito ou tempo da natureza.
Exemplo: Faz dois anos que não a vejo.
No ano passado, fez verões muito quentes no Brasil.
d) verbo ser, indicando hora, distância ou datação.
Exemplos: Hoje são trinta de junho. (o verbo "ser” concorda com o numeral "nove”.) 
Hoje é dia trinta de junho. (o verbo "ser” concorda com o vocábulo "dia”.)
São doze horas e trinta minutos. (o verbo "ser” concorda com o numeral "doze”.)
É meio-dia e meia. (o verbo "ser” concorda com "meio-dia”.)
Do curso ao trabalho são vinte metros de distância. (o verbo "ser” concorda com "vinte”)
e) verbos chegar e bastar, significando parar.
Exemplos: Chega de blá-blá-blá!
Basta de discussões!
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> Oracional - é aquele que desempenha a função de sujeito, tendo um verbo 
como núcleo. Equivale a uma oração subordinada substantiva subjetiva. Sempre que 
ocorrer, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular.
Exemplo: É importante que você estude muito. ("que você estude muito = sujeito oracional 
- oração subordinada substantiva subjetiva). O núcleo é a forma verbal "estude”.
Para facilitar a análise, substituam oração em destaque pelo pronome "ISSO”:
ISSO é importante. 
sujeito
Portanto, a expressão "que você estude muito” desempenha a função de sujeito 
oracional.
Outro exemplo: Estudar e brincar é fundamental às crianças.
No exemplo acima, "Estudar e brincar” é o sujeito oracional. O verbo da oração 
subordinada deve, obrigatoriamente, permanecer na terceira pessoa do singular.
Para facilitar a análise, substitua oração por "ISSO”:
ISSO é fundamental às crianças.
Portanto, a expressão "Estudar e brincar” desempenha a função de sujeito oracional.5. (ESAF-2004/Instituto Rio Branco) Assinale a frase do texto que constitui uma 
oração sem sujeito.
O direito nada pode sem a ética, e não pode haver paz sem justiça. Toda regra de Justiça 
envolve amor, que resume, em seu mais amplo sentido, a verdadeira ideia da convivência 
entre os homens.
(José de Aguiar Dias, A ética e o direito, com adaptações)
a) O direito nada pode sem a ética.
b) [...] não pode haver paz sem justiça.
c) Toda regra de Justiça envolve amor.
d) que resume [...] a verdadeira ideia da convivência entre os homens.
e) [...] em seu mais amplo sentido [...]
Comentário: Vamos analisar cada assertiva.
A) Errada. O sujeito da forma verbal "pode” é a expressão "O direito”. Como há apenas um 
núcleo ("direito”), o sujeito é simples.
B) Esta é a resposta da questão. No contexto, o verbo "haver” , constante da locução 
verbal "pode haver”, foi empregado no sentido de "existir” . Sendo assim, é impessoal,
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transmitindo essa impessoalidade ao verbo auxiliar "pode”. Consequentemente, a 
expressão "paz sem justiça” desempenha a função de objeto direto da locução. Portanto, 
temos um caso de oração sem sujeito ou sujeito inexistente.
C) Errada. No período "Toda regra de Justiça envolve amor.”, o sujeito da forma verbal 
"envolve” é a expressão "Toda regra de Justiça”. O núcleo é o vocábulo "regra”, 
configurando, portanto, sujeito simples.
D) Errada. No contexto, a função de sujeito é desempenhada pelo pronome relativo "que”. 
Veremos, adiante, que toda oração iniciada por esse elemento será subordinada adjetiva. 
Aguardem! (rs...)
E) Errada. Percebam que não há verbo no trecho "em seu mais amplo sentido”. Portanto, 
não há sequer uma oração, e sim uma frase nominal.
Gabarito: B.
CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO
Quanto à classificação, o predicado pode ser verbal, nominal ou verbo- 
-nominal. A ESAF não exige, em suas provas, a identificação dos tipos de 
predicados. Entretanto, estudar este assunto é importante para compreender a 
sintaxe.
> Predicado verbal - é aquele que tem como núcleo um verbo que exprime 
ação, fenômeno ou movimento. Em outras palavras, o predicado será verbal 
quando houver formas verbais transitivas diretas, transitivas indiretas, 
transitivas diretas e indiretas ou intransitivas. Das três classificações possíveis, 
é a única que não contém predicativo.
Exemplos:
Os alunos fizeram a prova.
No exemplo acima, temos:
Sujeito ^ Os alunos 
núcleo do sujeito ^ alunos 
predicado verbal ^ fizeram a prova
núcleo do predicado verbal ^ fizeram (Fizeram o quê? - verbo transitivo direto) 
objeto direto ^ a prova
Os alunos gostaram da prova.
No exemplo acima, temos:
Sujeito ^ Os alunos 
núcleo do sujeito ^ alunos 
predicado verbal ^ gostaram da prova
núcleo do predicado verbal ^ gostaram (Gostaram de quê? - verbo transitivo indireto) 
objeto direto ^ da prova
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Os alunos deram parabéns aos professores.
No exemplo acima, temos:
Sujeito ^ Os alunos 
núcleo do sujeito ^ alunos
predicado verbal ^ deram parabéns aos professores
núcleo do predicado verbal ^ deram (Deram uma coisa a alguém - verbo transitivo 
direto e indireto) 
objeto direto ^ parabéns 
objeto indireto ^ aos professores
Os alunos foram ao local de prova.
No exemplo acima, temos:
Sujeito ^ Os alunos
núcleo do sujeito ^ alunos
predicado verbal ^ foram ao local de prova
núcleo do predicado verbal ^ foram (verbo intransitivo - não necessita de complemento) 
adjunto adverbial de lugar ^ ao local de prova
> Predicado nominal - é aquele que tem como núcleo um nome (substantivo, 
adjetivo ou pronome) ligado ao sujeito por meio de um verbo de ligação.
O núcleo do predicado nominal é o predicativo do sujeito, termo que 
proporciona qualidade, estado ou característica.
Exemplos:
O rapaz está machucado.
No exemplo acima, temos:
Sujeito ^ O rapaz
predicado nominal ^ está machucado (o verbo "estar” é de ligação) 
núcleo do predicado nominal ^ machucado
O professor ficou feliz com a aprovação dos alunos.
No exemplo acima, temos: 
sujeito ^ O professor
predicado nominal ^ ficou feliz com a aprovação dos alunos
núcleo do predicado nominal ^ feliz
adjunto adverbial de causa ^ com a aprovação dos alunos
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Dicas importantes!
1â) Verbo de ligação é aquele que unicamente serve para atribuir característica ou 
estado ao sujeito. Para que haja predicado nominal, é imprescindível a presença de 
um predicativo.
Exemplos: O rapaz está machucado. / O professor é extrovertido.
Caso não apareça o predicativo, o predicado não será nominal, e sim verbal. 
Exemplo: O rapaz está aqui. (aqui = adjunto adverbial de lugar)
Na oração "O rapaz está aqui.” , o verbo "estar” é intransitivo.
2â) O verbo de ligação pode expressar alguns aspectos. 
Exemplos:
O candidato é dedicado. (aspecto: permanência)
O candidato está focado. (aspecto: transitoriedade)
O candidato parece entusiasmado. (aspecto: aparência)
Importante!
Predicativo é a qualidade, estado ou característica atribuída ao sujeito ou ao
objeto.
Exemplos:
O candidato é dedicado.
No exemplo acima, a forma verbal "é” deve ser classificada como verbo de 
ligação. Por consequência, "dedicado” será o predicativo do sujeito.
Consideramos o candidato dedicado.
No exemplo "Consideramos o candidato dedicado.” , o verbo "considerar” é 
transitivo direto. Por consequência, "o candidato dedicado” será o objeto direto, ao 
passo que "dedicado” será o predicativo (característica, estado) do objeto.
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> Predicado verbo-nominal - é a mistura dos predicados verbal e nominal, ou 
seja, aquele que apresenta dois núcleos: um verbo (transitivo ou intransitivo) e um 
nome (predicativo).
Exemplo:
O candidato fazia a prova tenso.
No exemplo acima, temos dois núcleos: o verbo "fazer” (transitivo direto) e o 
nome "tenso” (predicativo do sujeito, que atribui um estado ao sujeito "O candidato” .
sujeito ^ O candidato
predicado verbo-nominal ^ fazia a prova tenso
núcleo do predicado verbo-nominal ^ fazia (verbo transitivo direto)
objeto direto ^ a prova
núcleo do predicado verbo-nominal ^ tenso (predicativo do sujeito)
Para facilitar a análise, encaixe o verbo "estar” antes do predicativo:
O candidato fazia a prova (e estava) tenso.
TERMOS INTEGRANTES
Os termos integrantes da oração são os complementos verbais (objeto 
direto e objeto indireto), agente da passiva e complemento nominal.
Por definição, os complementos verbais completam o sentido de verbos 
transitivos.
> Objeto direto - complemento de verbo transitivo direto, isto é, liga-se ao 
verbo sem a obrigatoriedade de preposição.
Exemplo: Comprei flores.
No exemplo acima, temos:
sujeito desinencial ^ eu (marcado pela desinência número-pessoal "-i”) 
predicado verbal ^ comprei flores
núcleo do predicado verbal ^ comprei (verbo transitivo direto - não rege preposição) 
objeto direto ^ flores
Dica estratégica!
O núcleo do objeto direto pode ter base substantiva (substantivo ou 
palavra/expressão substantivada ou pronome) ou verbal (oração subordinada 
substantiva objetiva direta - que caracteriza o objeto direto oracional).
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Exemplos:
Comprei flores. (flores ^ substantivo - núcleo do objeto direto)
Encontrei você. (você ^ pronome - núcleo do objeto direto)
Desejo que você estude muito. (estude ^ verbo - núcleo do objeto direto oracional)
Em certos casos, ainda que o verbo não exija o emprego de preposição, esta 
poderá anteceder o objeto direto com a finalidade de clareza e de estilo. É o que 
chamamos de objeto direto preposicionado.
Exemplo: Comeu-se do bolo. (Comeu-se parte do bolo.)
No exemplo acima, "do bolo” é objeto direto preposicionado. A preposição foi 
empregada não pela exigência do verbo “comer” , mas sim para contribuição do 
sentido.
E quando o objeto direto preposicionado pode ser empregado? Vejamos:
- com verbos que expressam sentimentos.
Exemplo: Amo a Deus e a meus familiares. (a preposição “a” proporciona estilo à 
frase.)
- para evitar ambiguidade.
Exemplo: Venceu o Flamengo o Vasco. (frase ambígua)
A ordem direta da frase acima seria “O Vasco venceu o Flamengo.”. 
Entretanto, como não houve o emprego da ordem direta (sujeito + verbo + 
complemento + adjunto), será necessário empregar a preposição para evitar a 
ambiguidade de sentido:
Venceu ao Flamengo o Vasco. (= O Vasco venceu o Flamengo.)
- para realçar uma parte.
Exemplo: Ele comeu do bolo. (Ele comeu parte do bolo.)
O policial sacou da arma. (O policial sacou parte da arma.)
O objeto direto pode, ainda, aparecer repetido na frase. É o que chamamos 
de objeto direto pleonástico.
Exemplo: A prova, entregue-a ao professor amanhã.
No exemplo “A prova, entregue-a ao professor amanhã.”, a forma pronominal 
oblíqua “-a” repete o objeto direto “A prova”. Por essa razão, é classificado como 
objeto direto pleonástico.
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> Objeto indireto - complemento de verbo transitivo indireto, isto é, ligado ao 
verbo com a obrigatoriedade de preposição.
Exemplos:
Nós gostamos de doce.
Na frase acima, o verbo "gostar” rege a preposição "de”, a qual deve ser 
obrigatoriamente empregada (Gostamos DE quê?).
Confio em sua aprovação.
No período "Confio em sua aprovação.”, o verbo "confiar” exige a preposição 
"em”. Por essa razão, "em sua aprovação” será objeto indireto.
Dica estratégica!
O núcleo do objeto indireto pode ter base substantiva (substantivo ou 
palavra/expressão substantivada ou pronome) ou verbal (oração subordinada 
substantiva objetiva indireta - que caracteriza o objeto indireto oracional).
Exemplos:
Obedecemos às ordens. (ordens = substantivo - núcleo do objeto indireto)
Fiz uma pergunta a você. (você = pronome - núcleo do objeto indireto)
Necessitamos de que você estude muito. (estude = verbo - núcleo do objeto 
indireto oracional)
O objeto indireto pode aparecer repetido na estrutura frasal. É o que 
chamamos de objeto indireto pleonástico.
Exemplo: Ao guarda, devemos obedecer-lhe.
Em "Ao guarda, devemos obedecer-lhe.” , o pronome oblíquo "lhe” repete o 
objeto indireto "Ao guarda”. Por isso, é classificado como objeto indireto pleonástico.
AGENTE DA PASSIVA
Agente da passiva - termo que pratica a ação na voz passiva. Sempre será 
introduzido pelas preposições de ou por (ou pela contração da preposição arcaica 
"per” + artigo definido "o”, "a”, "os”, "as” = pelo, pela, pelos, pelas).
Exemplos:
Ayrton Senna foi ovacionado por todos os presentes. (voz passiva analítica)
Na voz ativa, teremos "Todos os presentes ovacionaram Ayrton Senna”.
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Ayrton Senna foi ovacionado pelos presentes. (voz passiva analítica) 
Na voz ativa, teremos "Os presentes ovacionaram Ayrton Senna”.
Ayrton Senna é estimado de todos os brasileiros. (voz passiva analítica) 
Na voz ativa, teremos "Todos os brasileiros estimam Ayrton Senna”.
COMPLEMENTO NOMINAL
Complemento nominal - termo sempre regido de preposição que 
complementa o sentido de adjetivos, substantivos abstratos ou advérbios. Em outras 
palavras, o complemento nominal completa a ideia de um nome.
Exemplos:
Ele age igual a você.
Em "Ele age igual a você.”, o termo "a você” complementa a ideia do adjetivo 
"igual”. Por essa razão, deve ser classificado como complemento nominal.
Não tenho interesse por você.
Em "Não tenho interesse por você.” , a expressão "por você” complementa a 
ideia do substantivo "interesse”. Logo, deve ser classificado como complemento 
nominal.
Moro próximo a você.
No exemplo acima, "a você” complementa a ideia do advérbio "próximo”. 
Sendo assim, deve ser classificado como complemento nominal.
TERMOS ACESSÓRIOS
Os termos acessórios da oração são adjunto adnominal, adjunto adverbial 
e aposto.
O ADJUNTO ADNOMINAL
Adjunto adnominal - termo de função adjetiva e que, por isso, caracteriza 
ou delimita o substantivo.
A função de adjunto adnominal será exercida por artigo, adjetivo, numeral 
adjetivo, pronome adjetivo, locução adjetiva ou oração adjetiva.
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Exemplos:
N
A
P
A
L
umeral adjetivo - Dois aluno 
r t ig o -O s alunos passaram, 
ronome adjetivo - Aqueles alunos p a s s a r a m ^ ~ ~ ^ ^ ^ 
djetivo - Os alunos brasilienses passaram. 
ocuçáo adjetiva - Os alunos de Brasília passaram. ---------►
liga-se ao 
nome SEM 
preposição
liga-se ao 
nome COM 
preposição
Oração adjetiva - Os alunos J que moram em Brasília / passaram.
C om plem ento N om inal 
(com preposição)
A djun to adnom inal 
(com ou sem preposição)
Será sempre complemento nominal ao se Será sempre adjunto adnominal ao se
relacionar com ad jetivos e advérb ios relacionar com substan tivos concretos
Ele aae iaual a você. Dois alunos passaram.
Este filme é impróprio para m enores Os alunos passaram.
Moro próximo a você. A queles alunos passaram.
Falou relativamente ao livro Os alunos brasilienses passaram.
Os alunos de Brasília passaram.
Os alunos que m oram em Brasília
passaram.
Poderá ser complemento nominal ao se Poderá ser adjunto adnominal ao se
relacionar com su bstan tivos abstratos relacionar com substantivos abstratos.
Vimos a construção da casa. Vimos a construção de João.
Invenção do te lefone Invenção do professor.
Em “Vimos a construção da casa.” , o termo Em “Vimos a construção de João.”, o
“da casa" indica um elemento paciente, isto é, termo “de João" indica posse (a construção
quem recebe a ação. Logo, será complemento pertence a João). Logo, será adjunto
nominal. adnominal.
Em “Invenção do te lefone”, o termo “do Em “Invenção do professor.", o termo “do
professor” indica agente, isto é, quem
seja, quem recebe a ação. Logo, será pratica a ação. Logo, será adjunto
complemento nominal. adnominal.
6. (ESAF-2006/ANEEL-Adaptada) A respeito das estruturas sintáticas do texto, analise o 
item a seguir.
A classe média está mudando. Essa classe média é herdeira da porção Bélgica da Belíndia 
(mistura de Bélgica e Índia, expressão usada na década de 70 para explicar a desigualdade 
no Brasil). Ela antes tinha acesso ao sistema financeiro habitacional, a universidades 
públicas, à expansão de empresas estatais cheias de ofertas de trabalho e à indexação, 
que reajustava o dinheiro nos bancos. Na década de 90, essas facilidades acabaram e a 
classe média passou a ter mais gastos. É como se ela tivesse viajado sempre de executiva 
e agora tivesse de andar de econômica. Em compensação, existe uma população que era 
de baixarenda e ascendeu.
(Adaptado de Ricardo Neves, Correio Braziliense, 22 de fevereiro de 2006)
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I. As estruturas linguísticas mostram que “acesso” (l.3) é complementado, sintática e 
semanticamente, pelas quatro expressões centradas, respectivamente, em “sistema” 
(l.3), “universidades” (l.3), “expansão” (l.4) e “indexação” (l.4).
Comentário: No contexto, o substantivo abstrato "acesso” rege o emprego da preposição 
"a”, a qual iniciará a estrutura do complemento. Analisando o trecho "acesso ao sistema 
financeiro habitacional, a universidades públicas, à expansão de empresas estatais cheias 
de ofertas de trabalho e à indexação”, percebemos que há quatro elementos coordenados 
complementando o sentido do nome "acesso”:
...acesso ao sistema financeiro habitacional
...acesso (...) a universidades
...acesso (...) à expansão
...acesso (...) à indexação
“...acesso ao sistema, (acesso) a universidades, (acesso) à expansão, (acesso) à 
indexação...”
Gabarito: Certo.
ADJUNTO ADVERBIAL
Adjunto adverbial - termo que modifica adjetivo, verbo ou advérbio.
Para memorizar, o adjunto adverbial modifica:
A djetivo - Eu sou bastante tranquilo.
V erbo - Na faculdade, eu estudava muito.
A dvérbio - Você escreve muito bem.
CLAS p IFICAÇÃO
Para efeito de prova, o mais importante é a ideia que o adjunto adverbial transmite. 
Vejamos algumas:
- causa : O mendigo morreu de fome.
- companhia : A esposa viajou com minha sogra.
- negação: Vocês não serão reprovados.
- afirmação: Certamente vocês gabaritarão a prova de língua portuguesa.
- dúvida: Provavelmente vocês gabaritarão todas as questões.
- finalidade: Visitou o restaurante para fiscalização.
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- instrumento: Escrevi a prova a lápis.
- intensidade: Gosto muito de vocês.
- lugar: Passamos as férias em casa.
- meio: Viajarei para a Europa de avião.
- modo: Fez a prova apressadamente.
- tempo: Estudarei à noite.
- concessão: Sem fazer a inscrição, não faremos a prova.
APOSTO
Aposto - termo de natureza substantiva que explica, esclarece ou resume 
um elemento.
CLASSIFICAÇÃO
O aposto pode ser:
> Explicativo - por definição, é usado para explicar um termo. Na frase, 
aparece entre vírgulas, travessões ou parênteses.
Exemplo: Pelé, o rei do futebol, fez mais de mil gols.
Pelé - o rei do futebol - fez mais de mil gols.
Pelé (o rei do futebol) fez mais de mil gols.
Dica estratégica!
O aposto também pode ser oracional, isto é, ter um verbo em sua estrutura. 
Exemplo: Desejo o seguinte: que vocês sejam aprovados no concurso.
Para facilitar a análise, substitua pelo pronome "ISSO”:
Desejo o seguinte: isso.
> Especificativo (ou apelativo) - liga-se a um substantivo para indicar-lhe sua 
espécie. Não é separado por vírgulas, travessões ou parênteses.
Exemplos: O rio Amazonas é um dos maiores do mundo.
A cidade de Londres é linda.
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> Enumerativo - desenvolve o termo anterior.
Exemplo: Gabaritei as seguintes disciplinas: Direito Constitucional, Direito 
Administrativo e Língua Portuguesa.
> Resumitivo (ou recapitulativo) - por definição, recapitula/resume o que foi 
mencionado anteriormente.
Exemplos: Gritos, festas, batuques: nada desviava seu foco.
> Distributivo - referem-se a elementos no texto.
Exemplo: Vasco e Corinthians são dois grandes clubes de futebol: este é o atual 
campeão brasileiro e aquele vencerá o brasileirão deste ano.
Dica estratégica!
O aposto pode referir-se a uma oração inteira.
Exemplo: Vocês gabaritarão as questões, o que me deixará muito feliz.
Na frase acima, o pronome demonstrativo "o” exerce a função de aposto, 
referindo-se à oração "Vocês gabaritarão as questões”.
VOCATIVO
Vocativo - termo que indica um chamamento. Não está ligado diretamente a 
outros termos da oração.
Exemplos: Candidatos, estudem para a prova.
Estudem, candidatos, para a prova.
Estudem para a prova, candidatos.
Professor, posso entrar na sala?
Posso entrar na sala, professor?
Dica estratégica!
Aposto e vocativo não se confundem. Para facilitar a diferenciação, o 
vocativo admite o emprego da interjeição "Ó”, sendo um diálogo. O aposto, por não 
admite o emprego da mencionada interjeição, caracterizando uma declaração.
Exemplos: (Ó) Professor Fabiano, posso entrar ? (É um diálogo. Logo, "Professor 
Fabiano” é um vocativo.)
Fabiano, professor de língua portuguesa, gosta do que faz. (É uma declaração. 
Logo, "professor de língua portuguesa” é um aposto.)
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7. (ESAF-2000/Receita Federal)
Em dezembro do ano passado, milhares de pessoas tomaram as ruas de Seattle nos 
Estados Unidos, para protestar contra uma reunião da Organização Mundial de Comércio, 
que tentava aprovar mais uma rodada de liberalização comercial (a chamada Rodada do 
Milênio). Conseguiram barrar a negociação, que ficou para um futuro para lá de incerto, e, 
de quebra, ridicularizaram ninguém menos que o presidente americano Bill Clinton, o 
anfitrião do encontro. Há poucas semanas, o novo alvo da fúria antiglobalizante foi o Fundo 
Monetário Internacional, que realizava sua reunião anual em Praga, a bela capital da 
República Tcheca. Mais uma vez, milhares de pessoas ganharam as ruas e forçaram os 
organizadores do encontro a antecipar o fim da reunião. A voz rouca das ruas parece gritar 
em uníssono um sonoro não à globalização e ao liberalismo.
Quanto às estruturas sintáticas do texto, assinale a opção incorreta.
a) O sujeito de “conseguiram” e de “ridicularizaram” é "milhares de pessoas”.
b) “a antecipar o fim da reunião” funciona como objeto indireto.
c) A expressão “a bela capital da República Tcheca” tem a função de aposto de “Praga”.
d) “os organizadores do encontro” tem a função de objeto direto.
e) “o anfitrião do encontro” tem a função de objeto direto.
Comentário: Vamos analisar cada opção.
A) Certa. A expressão “milhares de pessoas” é sujeito das formas verbais “conseguiram” e 
“ridicularizam”. Por meio do contexto, percebam que, ainda que o sujeito “milhares de 
pessoas” esteja em períodos distintos, há referência contextual a essa locução. Vejam o 
excerto:
“Em dezembro do ano passado, milhares de pessoas tomaram as ruas de Seattle nos 
Estados Unidos, para protestar contra uma reunião da Organização Mundial de Comércio, 
que tentava aprovar mais uma rodada de liberalização comercial (a chamada Rodada do 
Milênio). (Milhares de pessoas) Conseguiram barrar a negociação, que ficou para um 
futuro para lá de incerto, e, de quebra, (milhares de pessoas) ridicularizaram ninguém 
menos que o presidente americano Bill Clinton, o anfitrião do encontro.
B) Certa. No contexto, o verbo “forçar” é transitivo direto e indireto, ou seja, exige dois 
complementos verbais:
“os organizadores do encontro” - objeto direto
“a antecipar o fim da reunião” - objeto indireto.
Portanto, a afirmativa do examinador está correta.
Percebam, ainda, que há o verbo “antecipar” no objeto indireto. Sendo assim, temos 
um objeto indireto oracional, equivalente a uma oração subordinada substantiva objetiva 
indireta.
C) Certa. No trecho “sua reunião anual em Praga, a bela capital da República Tcheca”, o 
segmento destacado é um aposto explicativo (único tipo de aposto separado por vírgula).D) Certa. Ao analisar a opção (B), identificamos que a expressão “os organizadores do 
encontro” desempenha a função de objeto direto do verbo “forçar”.
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E) Esta é a resposta da questão. Analisando o trecho “...ridicularizaram ninguém menos 
que o presidente americano Bill Clinton, o anfitrião do encontro”, percebemos que a 
expressão destacada desempenha a função de aposto. Notem, ainda, que a natureza dessa 
locução é explicativa. Portanto, temos um aposto explicativo (novamente separado por 
vírgula).
Gabarito: E.
8. (ESAF-2002/Receita Federal) Considere o seguinte período do texto para analisar os 
esquemas propostos abaixo: “Descumprir a lei gera o risco da punição prevista pelo Código 
Penal ou de sofrer sanções civis.”
A = Descumprir a lei 
B = gera o risco
C = da punição prevista pelo Código Penal 
D = de sofrer sanções civis
j
Considerando que as setas representam relações sintáticas entre as expressões 
linguísticas, assinale a opção que corresponde à estrutura do período.
Comentário: Para resolver esta questão, vamos identificar cada função sintática no 
período.
A = Descumprir a lei :: sujeito oracional (porque contém verbo na estrutura)
B = gera o risco :: gera (VTD: núcleo do predicado verbal); o risco (objeto direto) 
C = da punição prevista pelo Código Penal :: complementa o sentido do nome “risco”, o qual 
rege emprego da preposição “de”. Portanto, é complemento nominal.
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D = de sofrer sanções civis :: complementa o sentido do nome "risco”, o qual rege emprego 
da preposição "de”. Portanto, é complemento nominal.
Sendo assim, percebemos que as estruturas contidas em C e D são complementos 
nominais do vocábulo "risco”.
C
Da punição prevista pelo Código Penal
A
Descumprir a lei
B
__. gera o risco
D
De sofrer sanções civis.
Portanto, o esquema que corresponde à estrutura do período encontra-se na 
opção (A).
Gabarito: A.
9. (ESAF-2010-SEFAZ/RJ-Adaptada) Em relação às ideias do texto, analise a opção a 
seguir.
A Eurostat, o organismo da União Europeia encarregado da elaboração de estatísticas 
econômicas, mostrou que, em abril, nada menos que 101 entre cada 1.000 cidadãos em 
atividade na área do euro (16 países) não conseguiram encontrar ocupação remunerada. É 
a pior situação em 12 anos.
Reduzir tudo a efeito natural da atual crise é simplismo. Flagelos assim são como os 
desastres de avião: sempre têm múltiplas causas. O crescente desemprego no mundo rico 
foi acentuado pela crise, mas é bem mais do que isso. É o resultado de algumas 
degradações acumuladas nas últimas décadas: perda de competitividade da indústria, 
rápido envelhecimento da população, custo elevado da mão de obra, falta de reformas 
políticas e econômicas.
Paradoxalmente, a crise do desemprego tende a se acentuar pelos fatores que pretendiam 
atenuar seu impacto. Assim como a antecipação da aposentadoria pretendia abrir vagas 
aos mais jovens, mas tudo o que produziu foi a deterioração das finanças dos sistemas 
previdenciários, os mecanismos de segura social vêm ajudando a criar enormes rombos, 
que, por sua vez, atiram as finanças públicas ao endividamento e à insolvência (e não 
apenas à falta de liquidez), como parece ser o caso da Grécia e talvez o de Portugal e 
Espanha. E aí chegamos a uma situação em que os instrumentos de defesa do emprego 
criam mais desemprego.
(Celso Ming, O Estado de S. Paulo, 2/6/2010)
I. O emprego de vírgulas após “Eurostat”(€.1) e após “econômicas”(€.2) justifica-se 
por isolar expressão que tem função de vocativo.
Comentário: Analisando o contexto, percebemos que o trecho "organismo da União 
Europeia encarregado da elaboração de estatísticas econômicas” tem a função de explicar 
o nome "Eurostat”. Portanto, é um aposto. Por estar entre vírgulas, identificamos que se 
trata de um aposto explicativo.
Gabarito: Errado.
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SINTAXE DO PERÍODO
Este é um momento muito aguardado não só por mim, mas também por vocês, 
candidatos, visto que a ESAF sempre exige alguma questão que trabalhe conhecimentos 
sobre período e a relação sintático-semântica entre as orações que o compõem.
Primeiramente, é preciso dizer que o período divide-se em simples e composto.
PERÍODO SIMPLES
O período simples é a estrutura que composta por uma só oração de sentido 
completo, chamada de oração absoluta. Cada oração se estrutura em torno de um verbo.
Exemplo: O aluno passou no concurso. (oração absoluta)
___________________________ PERÍODO COMPOSTO___________________________
Já o período composto é a estrutura que formada por mais de uma oração.
Exemplo: Se você estudar, acertará as questões.
15 oração 25 oração
O período composto subdivide-se em coordenação e subordinação.
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
Por que coordenação? Sempre que o período for composto por coordenação, 
deveremos entender que as orações que o compõem são independentes sintaticamente, ou 
seja, sua estrutura interna (funções sintáticas) não depende de outra oração.
Exemplo: Acordei, estudei, dormi. (as orações são independentes entre si)
15 oração 25 oração 35 oração
No período composto por coordenação, temos as orações coordenadas 
assindéticas e sindéticas. De onde provêm essas nomenclaturas?
Devo dizer a vocês que toda conjunção coordenativa é chamada de 
síndeto. No período composto por coordenação, existem orações que não trazem, 
em sua estrutura, essa modalidade de Ronjunção. Por essa razão, são chamadas de 
orações assindéticas.
Exemplo: Acordei, estudei, dormi.
15 oração 25 oração 35 oração
Na estrutura acima, as orações "Acordei”, "estudei” e "dormi” não apresentam 
conjunção coordenativa (síndeto). Sendo assim, são classificadas como orações 
coordenadas assindéticas.
Entretanto, no mesmo período composto por coordenação, existem orações 
que podem apresentar, em sua estrutura, conjunção coordenativa (síndeto). Sendo 
assim, são denominadas orações coordenadas sindéticas. Essas orações 
recebem o nome da noção semântica apresentada pela conjunção coordenativa.
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As orações coordenadas sindéticas classificam-se em:
Orações coordenadas sindéticas ... Exemplos
> aditivas - apresentam ideia de soma, 
correlação, sendo estabelecida pelos 
articuladores e , mas também, além disso, 
ademais ...
O aluno estuda e trabalha.
Não só estuda, mas também 
trabalha.
adversativas - apresentam ideia de 
oposição, contraste, sendo estabelecida pelos 
articuladores mas, porém, todavia, contudo, 
entretanto, no entanto ...
Estuda pouco, mas passou em 
vários concursos.
Foi ao cinema, no entanto dormiu.
> alternativas - apresentam ideia de 
alternância, escolha ou exclusão, sendo 
estabelecida pelos articuladores ou, já...já, 
ou...ou, ora...ora, quer...quer etc.
Deseja isso ou aquilo?
Ora estuda, ora dorme.
Iremos à praia quer chova, quer 
faça sol.
> conclusivas - apresentam ideia de 
conclusão lógica, sendo estabelecida pelos 
articuladores pois (após o verbo), portanto, 
assim, por isso, logo, em vista disso,
Estudou muito, logo acertará as 
questões.
Dormiu tarde, portanto não foi à 
aula.
então, por conseguinte ...
> explicativas - apresentam ideia de 
explicação, esclarecimento, justificativa, 
sendo estabelecida pelos articuladorespois (antes do verbo), porque, que, 
porquanto ...
Façam as questões, pois vocês 
precisam passar na prova.
Entre, que (=pois) é tarde!
Por ora, devo dizer que os conhecimentos acima são suficientes. Mais adiante, 
veremos que decorar a lista de conectivos para classificar as orações nem sempre é 
o método mais eficiente, pois as provas da ESAF exigem de vocês, candidatos, uma 
análise da relação sintático-semântica entre as orações.
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
Agora, estudaremos o período composto por subordinação. Mas, 
afinal, por que subordinação? Sempre que o período for composto por 
subordinação, deveremos entender que as orações que o compõem são 
dependentes sintaticamente, ou seja, sua estrutura interna (funções sintáticas) 
depende de outra oração.
Exemplo: Você aspira a que seja aprovado no concurso. (as orações são dependentes)
oração principal oração subordinada
A primeira oração, denominada principal, é o termo regente da oração 
subordinada (termo regido). Em outras palavras, a oração principal "Você aspira” 
subordina a oração "a que seja aprovado no concurso.” , pois esta exerce a função
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sintática de objeto indireto do verbo aspirar (Você aspira a quê? "A que seja 
aprovado no concurso”.). Logo, a expressão "a que seja aprovado no concurso.” é 
classificada como oração subordinada substantiva objetiva indireta.
As orações subordinadas subdividem-se em substantivas, adverbiais e 
adjetivas.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
A nomenclatura "oração subordinada substantiva” deve-se ao fato de um 
termo, de base substantiva, apresentar-se sob a forma de oração, desempenhando 
uma função sintática (sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, 
complemento nominal, agente da passiva ou aposto).
As orações subordinadas substantivas são introduzidas por uma conjunção 
integrante. Para a felicidade de vocês (rs...), são apenas duas: que e se.
Existem as seguintes orações subordinadas substantivas:
> Subjetivas - funcionam como sujeito da oração principal.
É essencial que estudemos bastante.
oração principal oração subordinada substantiva
subjetiva
No exemplo acima, a oração "que estudemos bastante.” exerce a função de 
sujeito da oração principal. Sendo assim, deve ser classificada como oração 
subordinada substantiva subjetiva.
Para facilitar a análise da função sintática desempenhada pela oração 
subordinada, substituam a conjunção integrante pelo pronome demonstrativo ISSO:
ISSO é essencial.
sujeito
Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.)
oração princ. oração subordinada substantiva 
subjetiva
No início da aula, estudamos o sujeito oracional, que sempre leva o verbo à 
terceira pessoa do singular. A oração subordinada substantiva subjetiva 
desempenha a função de sujeito oracional, pois apresenta verbo em sua estrutura.
É essencial que estudemos bastante. (= ISSO é essencial.)
oração principal oração subordinada substantiva
subjetiva
SUJEITO ORACIONAL
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Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.)
oração princ. oração subordinada substantiva 
subjetiva
SUJEITO ORACIONAL
> Predicativas - funcionam como predicativo do sujeito da oração principal.
O essencial é que todos sejamos aprovados. (= O essencial é ISSO.)
oração principal oração subordinada substantiva
predicativa
> Objetivas diretas - funcionam como objeto direto da oração principal.
O professor espera que vocês gabaritem a prova. (O professor espera ISSO.)
oração principal oração subordinada substantiva
objetiva direta
> Objetivas indiretas - funcionam como objeto indireto da oração principal.
O professor gostaria de que vocês fossem aprovados. (O professor gostaria dISSO.)
oração principal oração subordinada substantiva
objetiva indireta
> Completivas nominais - funcionam como complemento nominal da oração 
principal.
O professor tem vontade de que vocês sejam classificados. (vontade dISSO.)
oração principal oração subordinada substantiva
completiva nominal
> Agentes da passiva - funcionam como agente da passiva da oração 
principal.
Ayrton Senna foi ovacionado por quem estava presente.
oração principal oração subordinada substantiva
agente da passiva
Para facilitar a análise da oração subordinada substantiva agente da passiva, 
substituam pelo pronome indefinido ALGUÉM.
Ayrton Senna foi ovacionado por alguém.
> Apositivas - funcionam como aposto da oração principal.
O nervosismo dos candidatos era este: que fossem aprovados no concurso.
oração principal oração subordinada substantiva
apositiva
O nervosismo dos candidatos era este: ISSO.
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^Estratégia
mrnrnM C O N C U R S O S ^
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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
As orações subordinadas adverbiais desempenham a função sintática de 
adjunto adverbial da oração principal. São introduzidas por conjunções adverbiais.
As orações subordinadas adverbiais subdividem-se em:
Orações subordinadas adverbiais ... Exemplos
> causais - exprimem causa, razão, 
motivo, em relação à oração principal. Os 
principais articuladores são porque, visto que, 
que (=porque), uma vez que ...
O aluno obteve boa pontuação 
porque estudou.
Ficou feliz uma vez que foi 
aprovado.
> comparativas - expressam ideia de 
comparação ou confrontam ideias em relação à 
oração principal. Os principais articuladores são 
como, tal qual, tão quanto (=como), 
feito (= como), que (nas correlações mais (do) 
que, menos (do) que, maior (do) que, 
menor (do) que, melhor (do) que, pior (do) 
que ...
Esta moça é mais bonita do que 
aquela.
Ele estudou tão quanto a irmã.
> condicionais - exprimem ideia de 
condição, possibilidade, hipótese. Os principais 
articuladores são caso, se (= caso), 
contanto que, desde que (= caso), sem que, 
salvo se, a não ser que, dado que ...
Contanto que você compre os 
ingressos, iremos ao cinema.
Dado que (=caso) erre a questão, 
estude mais.
> concessivas - expressam ideias 
opostas, concessivas às da oração principal. 
Os principais articuladores são embora, 
ainda que, mesmo que, posto que, 
por mais que, se bem que, conquanto, 
dado que (= ainda que), que (= ainda que) ...
Com conjunções concessivas, o verbo 
fica no modo subjuntivo.
Embora estivessem cansados, 
foram estudar.
Obteve a aprovação sem que 
(=embora não) se dedicasse. 
Persevere, nem que (=ainda que) 
os estudos sejam cansativos.
> conformativas - apresentam ideia de 
conformidade em relação ao fato da oração 
principal. Os principais articuladores são 
segundo, como, conforme, consoante, que 
(= conforme) ...
Segundo o gabarito oficial, acertei 
todas as questões da prova. 
Conforme vocês sabem, o 
Fluminense é o atual campeão 
brasileiro de futebol.
> consecutivas - expressam ideia de 
consequência, resultado em relação à oração 
principal. Os principais articuladores são que 
(nas correlações tão...que, tanto que, 
tamanho que, tal que, de sorte que, 
de maneira que) ...
Estudou tanto que gabaritou a 
prova.
Tamanha foi a explosão, que 
todos acordaram.
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Orações subordinadas adverbiais ... Exemplos
> finais - expressamfinalidade, objetivo. 
Os principais articuladores são para que, 
a fim de que, que (= para que), porque
Fez-lhe sinal porque (= para que) 
se calasse.
Estudou muito a fim de que
passasse no concurso.(= para que) ...
> proporcionais - apresentam ideia de 
proporção, concomitância, simultaneidade entre 
fatos da oração subordinada e da oração 
principal. Principais articuladores: à medida 
que, à proporção que, quanto mais...mais,
À medida que vive, mais aprende 
com as pessoas.
Quanto maior o estudo, maior o 
conhecimento.
quanto menos...menos ...
> temporais - apresentam ideia de tempo 
em relação ao fato da oração principal. 
Principais articuladores: logo que, assim que, 
antes que, depois que, quando, enquanto ...
Logo que soube o resultado, 
chamou todos os amigos.
Ficou emocionado desde que viu 
o resultado do concurso.
Como disse a voces, decorar a lista de conectivos para classificar as orações 
nem sempre é o método mais eficiente. O diferencial para resolver questões que 
exigem esse tipo de conteúdo é analisar a relação sintático-semântica entre as 
orações. Vejam:
MAS
Adversativo - Estudou bastante, mas foi reprovado. 
Aditivo - Não só pratica judô, mas também faz natação.
r
E \
Aditivo - Arrumou-se e foi trabalhar.
Adversativo - Não estudou, e passou no concurso. 
Consecutivo - Faltou luz, e não conseguimos estudar à noite.
r
POIS {
Explicativo - Não beba, pois é prejudicial à saúde. 
Conclusivo - É inteligente; será, pois (= portanto), aprovado. 
Causal - Estava irrequieto, pois ganhou uma casa.
V
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PORQUE1
Explicativo - Estude, porque (=pois) será aprovado.
Final - Mudei-me de cidade porque (=para que) fosse feliz. 
Causal - Chorei porque passei no concurso.
V
” Conclusivo - Estudou muito, loqo (=portanto) será classificado.
LOGO
Temporal - Loqo que (=assim que) chegou, foi tomar banho.
UMAVEZ QUE
Causal - Sorriu uma vez que acertou todas as questões.
Condicional - Uma vez que estude, será aprovado.
(= Se estudar, será aprovado.)
Comparativo - Meu irmão é tão estudioso quanto meu pai.
QUANTO ,
Aditivo - Ela tanto estuda quanto trabalha. 
_ (= Ela estuda e trabalha.)
DESDE QUE
Condicional - Desde que compre o ingresso, irei ao cinema. 
Temporal - Desde que cheguei, quero ir ao cinema.
Condicional - Sem que (= Caso não) estudem, não passarão. 
SEM QUE Concessivo - Sem que estudasse muito, passou na prova.
' Comparativo - Ela fala como (= igual a) uma vitrola. 
Conformativo - Estudou como (= conforme) combinamos.
COMO
Aditivo - Não só trabalha como também pratica esportes. 
Causal - Como (=Já que) estava cansado, resolveu dormir.
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Explicativo - Ele deve ter corrido, porquanto está suado. 
Causal - Estavam felizes porquanto foram aprovados.
PORQUANTO-
SE
Condicional - Se você estudar, logrará êxito no concurso. 
Conjunção integrante - Não sei se você virá. (= Não sei isso.)
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
A nomenclatura "oração subordinada adjetiva” deve-se ao fato de a oração 
desempenhar uma função de adjetivo (acompanhar o substantivo, restringindo ou 
generalizando seu sentido). Sempre são introduzidas por pronomes relativos (que, 
a qual, quem, cujo, cuja, onde, como ...).
As orações subordinadas adjetivas dividem-se em:
> Explicativas - sempre isoladas por vírgulas, explicam o sentido de um 
elemento presente na oração principal. Podem ser retiradas do texto sem que 
prejudiquem o sentido da oração principal.
Os alunos, que são humanos, serão aprovados.
oração subordinad
f
a adjetiva explicativa
Em "Os alunos, que são humanos, serão aprovados.”, temos a interpretação 
de que todos os alunos são humanos. Logo, a oração em destaque pode ser 
suprimida sem alteração de sentido do enunciado original.
> Restritivas - nunca isoladas por sinais de pontuação, restringem ou limitam 
o sentido de um elemento presente na oração principal. Não podem ser retiradas do 
texto, sob o risco de prejuízo ou modificação do sentido original da oração principal.
Os alunos que são determinados serão aprovados.
oração subordinada adjetiva restritiva
Em "Os alunos que são determinados serão aprovados.” , temos a 
interpretação de que somente os alunos determinados serão aprovados. Sendo 
assim, não é possível retirar/suprimir do período a oração em destaque sem alterar 
o sentido original do enunciado.
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FUNÇÕES SINTÁTICAS DOS PRONOMES RELATIVOS
Conforme vimos nas lições sobre pronomes, os relativos substituem um 
nome antecedente (substantivo ou pronome), evitando sua repetição desnecessária 
no texto. Devido a essa substituição, podem exercer diferentes funções sintáticas 
nas orações.
Exemplos:
(1) O livro que comprei é de Português.
> Em (1), temos a união de duas orações:
Comprei o livro.
O livro é de Português.
Percebemos, assim, que o pronome relativo "que” substitui o nome "livro”: 
Comprei o livro. Logo, o "que” exerce a função de objeto direto do verbo "comprar”.
(2) Comprei o livro de que gosto.
> Em (2), temos a união de duas orações:
Comprei o livro. 
Gosto do livro.
Em (2), o "que” substitui o nome "livro”: Gosto do livro. Sendo assim, o "que” 
exerce a função de objeto indireto do verbo "gostar”.
(3) A igreja que é antiga está em ruínas.
> Em (3), temos a união de duas orações:
A igreja está em ruínas.
A igreja é antiga.
Em (3), o "que” substitui o nome "igreja”: A igreja é antiga. Portanto, o 
pronome relativo "que” exerce a função de sujeito da oração subordinada "que é 
antiga”.
(4) Veremos o filme cuja protagonista é linda.
refere-se concorda com 
ao termo o termo
anterior posterior
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> Em (4), temos a união de duas orações:
Veremos o filme.
A protagonista do filme é linda.
Em (4), o pronome relativo “cuja” estabelece uma relação de posse entre os 
termos “filme” e “A protagonista”. Fiquem “ligados”, pois o pronome relativo “cujo” 
(e flexões) sempre exercerá a função sintática de adjunto adnominal: (“veremos o 
filme” ^ a protagonista do filme ^ relação de posse ^ adjunto adnominal).
Lembrem-se de que o pronome “cujo” (e flexões) refere-se ao termo anterior, 
mas concorda em gênero e número com o posterior.
ORAÇÕES SUBORDINADAS REDUZIDAS
A nomenclatura “oração subordinada reduzida” deve-se ao fato de a oração não 
ser introduzida por preposição e de conter verbo em uma das três formas nominais 
(infinitivo, gerúndio ou particípio).
As orações subordinadas reduzidas podem ser:
> de infinitivo - apresentam verbo na forma infinitiva (pessoal ou impessoal). 
Exemplos:
Será necessário estudares muito antes da prova. (= ISSO será necessário.) 
oração principal oração subordinada substantiva
subjetiva reduzida de infinitivo
No exemplo acima, a oração reduzida de infinitivo exerce a função de sujeito 
da oração principal “Será necessário”. Por isso, recebe a classificação de subjetiva. 
Vejam que é possível transformá-la em oração subordinada substantiva subjetiva:
Será necessário que estudes muito antes da prova. (= ISSO será necessário.) 
oração principal oração subordinada substantiva
subjetiva
O aluno esperou o gabarito ser divulgado. (= O aluno esperou ISSO.)oração principal oração subordinada substantiva
objetiva direta reduzida de particípio
No exemplo acima, percebemos que a oração reduzida de particípio exerce a 
função de objeto direto do verbo “esperar”, localizado na oração principal. Por isso, 
recebe essa classificação. Vejam que é possível transformá-la em oração 
subordinada substantiva objetiva:
O aluno esperou que o gabarito fosse divulgado. (= O aluno esperou ISSO.) 
oração principal oração subordinada substantiva
objetiva direta
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Por estar exausto, foi dormir.
oração subordinada oração principal 
adverbial causal 
reduzida de infinitivo
No exemplo acima, há uma relação de causa e consequência entre as 
orações. Sendo assim, a oração "Por estar cansado” recebe a classificação de 
oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo. Vejam que é possível 
transformá-la em oração subordinada adverbial causal:
Já que estava exausto, foi dormir.
oração subordinada oração principal 
adverbial causal
Ao chegar à praia, deitou-se na areia. 
oração subordinada oração principal 
adverbial temporal 
reduzida de infinitivo
No exemplo acima, há uma relação de tempo entre as orações. Sendo 
assim, a oração "Ao chegar à praia” recebe a classificação de oração subordinada 
adverbial temporal reduzida de infinitivo. Vejam que é possível transformá-la em 
oração subordinada adverbial temporal:
Assim que chegou à praia, deitou-se na areia. 
oração subordinada oração principal
adverbial temporal
Era um homem de sorrir facilmente.
oração principal oração subordinada 
adjetiva restritiva 
reduzida de infinitivo
No exemplo acima, a oração "de sorrir facilmente” restringe o sentido do 
elemento "homem”, presente na oração principal (homem sorridente). Por essa 
razão, é classificada como oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de 
infinitivo. Notem que é possível tranpformá-la em oração subordinada adjetiva 
restritiva:
Era um homem que sorria facilmente.
oração principal oração subordinada 
adjetiva restritiva
> de gerúndio - apresentam verbo na forma de gerúndio. 
Exemplos:
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Chegando à praia, deitou-se na areia. 
oração subordinada oração principal 
adverbial temporal 
reduzida de gerúndio
No exemplo acima, há uma relação de tempo entre as orações. Sendo 
assim, a oração "Chegando à praia” recebe a classificação de oração subordinada 
adverbial temporal reduzida de gerúndio. Vejam que é possível transformá-la em 
oração subordinada adverbial temporal:
Assim que chegou à praia, deitou-se na areia. 
oração subordinada oração principal
adverbial temporal
Estudando, serás aprovado. 
oração subordinada oração principal 
adverbial condicional 
reduzida de gerúndio
No exemplo acima, há uma relação de condição entre as orações. Sendo 
assim, a oração "Estudando” recebe a classificação de oração subordinada 
adverbial condicional reduzida de gerúndio. Vejam que é possível transformá-la em 
oração subordinada adverbial condicional:
Se estudares, serás aprovado. 
oração subordinada oração principal 
adverbial condicional
FIQUE
atento!
Percebam que o período "Estudando, serás aprovado.” também pode 
encerrar a ideia de tempo:
Assim que estudares, serás aprovado. 
oração subordinada oração principal 
adverbial temporal
Se for feita essa leitura, portanto, a oração reduzida deverá ser classificada 
como subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio.
Estudando, serás aprovado. 
oração subordinada oração principal 
adverbial temporal 
reduzida de gerúndio
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> de particípio - apresentam verbo na forma de particípio. 
Exemplos:
Mesmo convidado, não foi à cerimônia de premiação. 
oração subordinada oração principal
adverbial concessiva 
reduzida de particípio
No exemplo acima, há uma relação de concessão entre as orações. Sendo 
assim, a oração "Mesmo convidado” recebe a classificação de oração subordinada 
adverbial concessiva reduzida de particípio. Vejam que é possível transformá-la em 
oração subordinada adverbial concessiva:
Embora tivesse sido convidado, não foi à cerimônia de premiação. 
oração subordinada oração principal
adverbial concessiva
H O R A DE
praticar!
10. (ESAF-2006/ANEEL-Adaptada) A respeito do texto, analise as afirmações 
seguintes.
A classe média está mudando. Essa classe média é herdeira da porção Bélgica da Belíndia 
(mistura de Bélgica e Índia, expressão usada na década de 70 para explicar a desigualdade 
no Brasil). Ela antes tinha acesso ao sistema financeiro habitacional, a universidades 
públicas, à expansão de empresas estatais cheias de ofertas de trabalho e à indexação, 
que reajustava o dinheiro nos bancos. Na década de 90, essas facilidades acabaram e a 
classe média passou a ter mais gastos. É como se ela tivesse viajado sempre de executiva 
e agora tivesse de andar de econômica. Em compensação, existe uma população que era 
de baixa renda e ascendeu.
(Adaptado de Ricardo Neves, Correio Braziliense, 22 de fevereiro de 2006)
I. A conjunção “e” (l.7) coordena duas w rações que, semanticamente, expressam um 
contraste; por isso equivale a mas.
11. O conectivo “ Em compensação” (l.7) está empregado com valor adversativo, pois 
introduz um período sintático que, semanticamente, contradiz o que afirma a primeira 
oração do texto.
III. As estruturas linguísticas mostram que “acesso” (l.3) é complementado, sintática 
e semanticamente, pelas quatro expressões centradas, respectivamente, em 
“sistema” (l.3), “ universidades” (l.3), “expansão” (l.4) e “ indexação” (l.4).
Comentário: Vamos analisar cada afirmação.
I. Certa. No excerto "É como se ela tivesse viajado sempre de executiva e agora tivesse de 
andar de econômica.”, o conectivo "e” não apresenta valor de adição, e sim de adversidade,
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contraste. Equivale à conjunção adversativa "mas”. Vejam como é possível substituir sem 
acarretar alteração de sentido no trecho:
“E como se ela tivesse viajado sempre de executiva e agora tivesse de andar de 
econômica.”
“E como se ela tivesse viajado sempre de executiva mas agora tivesse de andar de 
econômica.”
Portanto, o item está correto.
II. Errada. Notem que o período iniciado pela expressão "Em compensação” não contradiz a 
oração inicial "A classe média está mudando".
Esse trecho - "Em compensação (...)" - apresenta mais uma informação, ou seja, 
adiciona uma informação ao texto. De acordo com as ideias da superfície textual, não é 
apenas a classe média que está mudando; existe (também) uma classe baixa que 
ascendeu socialmente.
III. Certa. No contexto, o substantivo abstrato “acesso” rege o emprego da preposição “a”, a 
qual iniciará a estrutura do complemento. Analisando o trecho “acesso ao sistema financeiro 
habitacional, a universidades públicas, à expansão de empresas estatais cheias de ofertas 
de trabalho e à indexação”, percebemos que há quatro elementos coordenados 
complementando o sentido do nome “acesso”:
...acesso ao sistema financeiro habitacional 
...acesso (...) a universidades 
...acesso (...) à expansão 
...acesso (...) à indexação
“...acesso ao sistema, (acesso) a universidades, (acesso) à expansão, (acesso) à 
indexação...”
Gabarito: Certa / Errada / Certa.
11. (ESAF-2002/Ministériodas Relações Exteriores) Assinale a opção em que ao 
menos um dos conectivos propostos para preencher a lacuna provoca incoerência 
textual ou erro gramatical.
O Brasil é um país grande, diversificado _____(a) visto como uma promessa que parece
nunca se realizar. O potencial existe, _______(b) há algo bloqueando o Brasil. Acho que é
uma combinação de fatores como o sistema político e o modo de trabalhar do cidadão,
pouco engajado nos problemas da sociedade, ______(c) é muito freqüente o brasileiro
eleger políticos por seu nível de popularidade, sem avaliar seus programas e ações. É um
país muito importante para a economia mundial,_____(d) sermos sempre decepcionados.
É, _______(e), um desafio delicado entender por que as coisas não acontecem
rapidamente no Brasil.
(Michel Porter, Veja, 5/12/2001, com adaptações)
a) e / mas
b) entretanto / mas
c) já que / pois
d) embora / apesar de
e) contudo / portanto
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Comentário: No contexto da primeira lacuna, há uma ideia de oposição, contraste, entre os 
adjetivos "grande” e "diversificado”. Portanto, é correto o preenchimento com os conectivos 
"e” e "mas”, pois ambos mantêm o caráter adversativo da sentença. Na segunda lacuna,
temos, novamente, um contexto de adversidade, sendo correto, portanto, o preenchimento 
pelas conjunções "entretanto” e "mas”. Já na terceira lacuna, o contexto apresenta uma 
justificativa ou explicação, o que permite o empregado adequado dos conectivos "já que” e 
"pois”. Por sua vez, a quinta lacuna pode ser preenchida pelas conjunções "contudo” (ideia 
de adversidade) e "portanto” (ideia de conclusão).
E a quarta lacuna? É nela que reside o erro. Ambos os conectivos - "embora” e 
"apesar de” - mantêm o sentido de oposição. Entretanto, ao empregar o primeiro (embora), 
o verbo "ser” deveria ter sido flexionado no subjuntivo: "...embora sejamos...”. Por sua vez, o 
conectivo "apesar de” leva o verbo ao infinitivo: "...apesar de sermos”. Portanto, o emprego 
do conectivo "embora” acarreta erro gramatical na flexão do verbo "ser”.
Gabarito: D.
12. (ESAF-2009/Ministério da Fazenda) Acerca das estruturas linguísticas do texto, 
julgue a proposição a seguir.
Feliz aniversário, Darwin!
Charles Darwin completaria hoje 200 anos, não fosse pela seleção natural. Ela, afinal, é a 
maior responsável pelo barroco processo de desenvolvimento que leva os organismos 
complexos inexoravelmente à morte - conceito que não se aplica muito a bactérias e 
Arqueobactérias, seres que se reproduzem gerando clones de si próprios, partilham 
identidades com a transferência horizontal de genes e podem ficar milênios em vida 
suspensa (no gelo, por exemplo). A contribuição de Darwin para a ciência e para a história, 
porém, continua viva, e muito viva, exatamente com a ideia de seleção natural. Só por isso 
ele já merece os parabéns. Feliz aniversário, Darwin.
(Marcelo Leite, em: http://cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br/arch2009-02-08)
I. O conetivo adversativo “porém” (l.7) se opõe, no contexto, à ideia de que a 
contribuição de Darwin para a história e para a ciência foi pequena.
Comentário: De fato, a conjunção "porém” foi empregada no contexto para denotar uma 
ideia de oposição entre a morte de Darwin - "Charles Darwin completaria hoje 200 anos” - 
e a manutenção de sua contribuição para a ciência e para a história - "A contribuição de 
Darwin para a ciência e para a história, porém, continua viva”. Portanto, ao afirmar que a 
contribuição de Darwin foi pequena, o examinador tentou induzi-los ao erro.
Gabarito: Errado.
13. (ESAF-2006/MTE-Adaptada) A respeito do texto, analise o item a seguir.
Uma única inovação ocorrida no século XV teve enorme influência para o progresso, a 
inclusão social e a redução da pobreza. Foi a invenção do conceito de capital social pelo frei 
Luca Paccioli, o criador da contabilidade. Antes de Luca Paccioli, um comerciante ou 
produtor que não pagasse suas dívidas poderia ter todos os bens pessoais, como casa, 
móveis e poupança, arrestados por um juiz ou credor.
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Muitos cientistas políticos e sociólogos usam o termo capital social de forma equivocada, 
numa tentativa deliberada de confundir o leitor.
(Adaptado de Stephen Kanitz, O capital social. Veja, 12 de abril, 2006)
I. Por constituir um valor oposto às informações do primeiro parágrafo, o período 
final do texto admite ser iniciado pelo conectivo No entanto, seguido de vírgula, 
fazendo-se os ajustes nas iniciais maiúsculas.
Comentário: O último período do texto é "Muitos cientistas políticos e sociólogos usam o 
termo capital social de forma equivocada, numa tentativa deliberada de confundir o leitor”. A 
ideia desse trecho em relação àquela apresentada no primeiro parágrafo do texto é de 
oposição, contraste. Relendo o texto, percebemos que a definição de Paccioli vai de 
encontro à noção final. Logo, é correto iniciar o período final do texto pelo conectivo "No 
entanto”, pois este manterá o valor de adversidade, contrariedade.
Gabarito: Certo.
14. (ESAF-2006/TCU-Adaptada) Acerca da estruturação linguística e gramatical do 
texto abaixo, analise os itens a seguir.
Nem o "sim” nem o "não” venceram o referendo, e quem confiar no resultado aritmético das 
urnas logo perceberá a força do seu engano. O vencedor do referendo foi o Grande Medo. 
Esse Medo latente, insidioso, que a todos nos faz tão temerosos da arma que o alheio 
possa ter, quanto temerosos de não ter defesa alguma na aflição. Se um lado ou outro 
aparenta vantagem na contagem das urnas, não faz diferença. O que importa é extinguir o 
Grande Medo. E nem um lado nem outro poderia fazê-lo. Todos sabemos muito bem 
porquê.
(Jânio de Freitas, Folha de S. Paulo, 24/10/2005 - com adaptações.)
I. Para o texto não apresentar nenhuma incorreção de ordem sintática, a 
concordância do sujeito composto ligado por “ nem... nem” (l. 6) deve ser feita com o 
verbo no plural, tal como se fez na ocorrência do mesmo sujeito composto, na 
primeira linha do texto.
II. A última palavra do texto merece reparo. Há duas expressões que a substituiriam 
com a devida correção gramatical: 1) o porquê e 2) por quê.
Comentário: Vamos analisar cada item.
I. Errado. Na primeira ocorrência no texto, o conectivo "nem” apresenta matiz semântico de 
adição. Por essa razão, o verbo "vencer” foi flexionado no plural. Caso diverso aparece na 
segunda ocorrência, a expressão "nem...nem” contém caráter alternativo: "um lado ou outro 
(lado) poderia fazê-lo”. Portanto, o verbo deve permanecer no singular. Isso será estudado 
detalhadamente na aula sobre sintaxe de concordância.
II. Certo. A forma "porquê”, empregada no texto, provoca incorreção gramatical. Ficaram em 
dúvida? Vamos relembrar o emprego dessas formas.
A forma "porquê” (junta e com acento) receberá acento circunflexo quando for 
tônica, isto é, quando for empregado como substantivo.
Ex.: Desejo saber os porquês de tanto estudo. (= Desejo saber as razões de tanto estudo.)
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Por sua vez, a forma "por quê” (separada e com acento) pode ser usada no final da 
oração, antes de pausa (não necessariamente em final do período), quando for equivalente 
a motivo, razão pela qual.
Exemplo: Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. (o "quê” é tônico) 
Portanto, o item II está certo.
Gabarito: Errado / Certo.
15. (ESAF-2009/ANA-Adaptada) Em relação ao texto abaixo, analise itens a seguir.
O tratamento deesgotos é fundamental para qualquer programa de despoluição das águas. 
Em grande parte das situações, a viabilidade econômica das estações de tratamento de 
esgotos (ETE) é reconhecidamente reduzida, em razão dos altos investimentos iniciais 
necessários à sua construção e, em alguns casos, dos altos custos operacionais. Por esses 
motivos que mesmo os países desenvolvidos têm incentivado financeiramente os 
investimentos de Prestadores de Serviços em ETE, como os Estados Unidos e países da 
Comunidade Europeia. No Brasil, o problema de viabilidade econômica do investimento 
público torna-se ainda mais agudo, devido à elevada parcela de população de baixa renda. 
No entanto, vale ressaltar que a água de qualidade também é um fator de exclusão social, 
uma vez que a população de baixa renda dificilmente tem condições de comprar água de 
qualidade para beber ou até mesmo de pagar assistência médica para remediar as doenças 
de veiculação hídrica, decorrentes da ausência de saneamento básico.
(http://www.ana.gov.br/prodes/prodes.asp)
I. Mantém-se a correção gramatical do período se a conjunção “ No entanto” (l.9) for 
substituída por qualquer uma das seguintes: Porém, Todavia, Entretanto, Contudo.
II. Estaria gramaticalmente correta a substituição de “ uma vez que” (l. 10) por 
porquanto.
Comentário: Vamos analisar cada item.
I. Certo. No trecho “No entanto, vale ressaltar que a água de qualidade também é um fator 
de exclusão social”, o conectivo destacado apresenta uma noção de oposição em relação à 
ideia apresentada anteriormente no texto. Trata-se de uma conjunção coordenativa 
adversativa. Pode ser substituída, sem prejuízo para a estrutura sintática e semântica, pelos 
conectores “porém”, “todavia”, “entretanto”, “contudo”.
II. A conjunção “porquanto” equivale a “porque”, podendo apresentar, de acordo com o 
contexto em que estiver inserida, valor de explicação ou de causa. Pode, portanto, substituir 
a locução conjuntiva “uma vez que”, pois esta pertence ao rol dos conectivos causais 
(iniciam orações subordinadas adverbiais causais):
“... vale ressaltar que a água de qualidade também é um fator de exclusão social, uma vez 
que a população de baixa renda dificilmente tem condições de comprar água de qualidade 
para beber ...”
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"... vale ressaltar que a água de qualidade também é um fator de exclusão social, porquanto 
a população de baixa renda dificilmente tem condições de comprar água de qualidade para 
beber ...”
Gabarito: Certos.
16. (ESAF-2006/ENAP) Assinale a opção que não preenche corretamente a lacuna do 
texto.
Outra medida que promove a pequena e média empresa brasileira é a instalação pela 
Agência de Promoção de Exportações do Brasil - APEX de um centro de distribuição de 
produtos nacionais, em Miami, Estados Unidos. O centro tem espaço para armazenagem de 
produtos, um showroom e um escritório comercial e administrativo. As empresas podem 
ficar instaladas por um período de 12 a 18 meses para a consolidação de seus produtos no
mercado,____________a ideia é reduzir a distância entre as empresas e seus clientes
estrangeiros. O próximo centro será instalado na Alemanha no segundo semestre deste 
ano.
(Adaptado de Em Questão n. 288 - Brasília, 04 de março de 2005)
a) uma vez que
b) porquanto
c) pois
d) conquanto
e) já que
Comentário: No contexto da lacuna, percebemos uma relação de causa (reduzir a distância 
entre as empresas e seus clientes estrangeiros) e consequência (as empresas podem ficar 
instaladas por um período de 12 a 18 meses para a consolidação de seus produtos no 
mercado). Sendo assim, é possível preenchê-la com os conectivos "uma vez que”, 
"porquanto”, que também pode apresentar valor de causa, "pois” e "já que”. Restou, apenas, 
a conjunção "conquanto”. Quando empregado, esse conector transmite ideia de concessão. 
Portanto, essa é a resposta da questão.
Gabarito: D.
17. (ESAF-2010/MTE) Em relação às estruturas do texto, julgue o item a seguir.
Para que a cobertura mínima oferecida pelos planos de saúde aos seus segurados inclua 
as tecnologias, os tratamentos e os equipamentos que entraram em uso recentemente, a 
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acrescentou 73 novos procedimentos à 
lista de exames, consultas, cirurgias e outros serviços que as operadoras são obrigadas a 
oferecer. Criada em 2000 para "promover a defesa do interesse público na assistência 
suplementar à saúde e regular as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações 
com prestadores (de serviços) e consumidores”, a ANS opera numa corda bamba. Entre 
suas atribuições está a de "elaborar a lista dos procedimentos de cobertura público na 
assistência suplementar à saúde e regular as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas 
relações com prestadores (de serviços) e consumidores”, a ANS opera numa corda bamba. 
Entre suas atribuições está a de elaborar a lista dos procedimentos de cobertura obrigatória 
nos planos de saúde. Ela tem de assegurar aos que buscam a proteção dos planos de 
saúde a cobertura mais completa possível, o que inclui as novas tecnologias na área de 
medicina. Mas, muitas vezes, os novos procedimentos têm um custo tão alto que limita seu 
uso. Se a ANS impuser às operadoras a obrigatoriedade do oferecimento desses
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procedimentos poderá levá-las à ruína financeira, o que, no limite, destruiria o sistema de 
assistência suplementar à saúde.
(O Estado de S. Paulo, Editorial, 17/01/2010.)
I. O termo “Para que” (l.1) confere ao período em que ocorre a ideia de finalidade.
Comentário: A locução conjuntiva "para que” integra o rol dos conectivos que apresentam 
valor de finalidade. É equivalente à locução final "a fim de que”:
“Para que a cobertura mínima oferecida pelos planos de saúde aos seus segurados inclua 
as tecnologias, os tratamentos e os equipamentos que entraram em uso recentemente, a 
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acrescentou 73 novos procedimentos à 
lista de exames, consultas, cirurgias e outros serviços que as operadoras são obrigadas a 
oferecer.”
“A fim de que a cobertura mínima oferecida pelos planos de saúde aos seus segurados 
inclua as tecnologias, os tratamentos e os equipamentos que entraram em uso 
recentemente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acrescentou 73 novos 
procedimentos à lista de exames, consultas, cirurgias e outros serviços que as operadoras 
são obrigadas a oferecer.”
Gabarito: Certo.
18. (ESAF-2006/MTE) Em relação às estruturas do texto, julgue o item a seguir.
No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrático, não basta 
abolir a necessidade de bens básicos. É necessário que o processo produtivo seja capaz de 
continuar, com eficiência, a produção e a oferta de bens considerados supérfluos. Em se 
tratando de um compromisso democrático, uma hierarquia de prioridades deve colocar o 
básico sobre o supérfluo. O que deve servir como incentivo para a proposta de casar 
democracia, fim da apartação e eficiência econômica em geral é o fato de que o potencial 
econômico do país permite otimismo quanto à possibilidade de atender todas essas 
necessidades, dentro de uma estratégia em que o tempo não será muito longo.
(Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade técnica à modernidade ética, p.29)
I. Substituir o conectivo de valor concjicional “se” (l.1) por “caso”, resultando em 
“caso se” não provocaria erro ao período.
Comentário: No trecho “No atual estágio da sociedade brasileira”, se se deseja ...”, o 
elemento em destaque é um conector que indica condição, ao passo queo segundo é um 
pronome. Inicialmente, é importante frisar que não há qualquer impedimento para substituir 
a conjunção condicional “se” pelo conectivo “caso”. Até aqui, ok? Vamos lá.
Entretanto, ao fazer a substituição recomendada pelo examinador da banca, é 
necessário alterar a flexão do verbo “desejar” para o presente do subjuntivo: “caso se 
deseje...”. Já que a banca foi omissa com relação a esse aspecto, esse é o erro da questão.
Gabarito: Errado.
19. (ESAF-2003/Receita Federal) Leia o texto abaixo para responder à próxima 
questão.
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O panorama da sociedade contemporânea sugere-nos incontáveis abordagens da ética. 
À medida que a modernidade — ou a pós-modernidade — avança, novas facetas surgem 
com a metamorfose do espírito humano e sua variedade quase infinita de ações. Mas, falar 
sobre ética é como tratar da epopeia humana. Na verdade, está mais para odisseia, gênero 
que descreve navegações acidentadas, lutas e contratempos incessantes, embates de vida 
e morte, ilusões de falsos valores como cantos de sereias, assédios a pessoas e a proprie­
dades, interesses contraditórios de classes dominantes figuradas pelos deuses, ora hostis 
ora favoráveis. As aventuras de Ulisses sintetizam e representam o confronto de ideais 
nobres e de paixões mesquinhas. Não obstante narram-se também feitos de abnegação, 
laços de fidelidade entre as pessoas e suas terras, lances de racionalidade e emoção, a 
perseverança na reconquista de valores essenciais. Os mitos clássicos são representações 
de vicissitudes humanas e situações éticas reais.
Em relação ao texto, analise os itens a seguir.
I. Em "sugere-nos” (l.1) o pronome enclítico exerce a mesma função sintática do "se” em 
"narram-se” (l.9).
II. Ao se substituir "À medida que” (l.2) por À medida em que, preservam-se as relações 
semânticas originais do período.
Comentário: Vamos analisar cada item.
I. Errado. No excerto "sugere-nos” (linha 1), o verbo "sugerir” é transitivo direto e indireto 
(sugere alguma coisa a alguém), exigindo, portanto, um objeto direto (incontáveis 
abordagens da ética) e um objeto indireto (nos). Para facilitar a visualização, podemos 
transcrever o trecho na ordem direta: "O panorama da sociedade contemporânea sugere 
incontáveis abordagens da ética (OD) a nós (OI)”. Dessa forma, constatamos que o 
pronome oblíquo desempenha a função de objeto indireto. Por sua vez, a partícula "se”, em 
"narram-se”, é pronome apassivador, devendo o verbo transitivo direto "narrar” concordar 
com o sujeito paciente "feitos de abnegação”. Logo, a afirmação do examinador está errada.
II. Errado. Segundo os estudiosos da língua culta escrita, a locução "À medida em que” não 
existe. Por meio do contexto, percebemos que se trata de ações simultâneas, proporcionais 
- o avanço da modernidade e o surgimento de novas facetas. Portanto, é correto manter a 
locução conjuntiva proporcional "À medida que”. Vale frisar que também existe a locução 
causal "Na medida em que”.
Gabarito: Errados.
20. (ESAF-2010/CVM) Em relação ao texto, analise as proposições a seguir.
Onde as sociedades são mais justas, equilibradas, honestas e onde as necessidades 
sociais são mais satisfeitas, há menor risco para a atividade jornalística. Com esse cenário, 
os governos são mais honestos e o Estado é mais transparente; as empresas privadas 
menos corruptas e corruptoras e os cidadãos mais íntegros. Com isso, a atividade 
jornalística é mais segura e não necessita ir a fundo e substituir as tarefas delegadas ao 
Judiciário, à política e à polícia. Nem cobrar do Estado, por meio de estratégias 
investigativas que, para chegar à denúncia, envolvem o risco físico dos repórteres e 
jornalistas em geral.
Assim, onde há mais corrupção em vários níveis do Estado e onde os negócios públicos 
são mais obscuros, envolvendo setores privados, todo bom jornalista corre mais risco, 
porque ele é o último recurso da voz pública, do cidadão, da esperança.
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(Francisco José Castilhos Karam disponível em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/, acesso 
em 1/11/2010)
I. O termo “Assim” (€.10) confere ao período a noção de conclusão.
II. O termo “porque” (€.12) confere ao período a noção de condição.
Comentário: Vamos analisar os itens.
I. Certo. O termo "Assim” encerra uma ideia de conclusão ao período. Esse conectivo pode 
ser substituído por "Logo”, "Dessa forma”, "Portanto”, "Por conseguinte”, sem que isso altere 
a relação sintático-semântica existente no texto.
II. Errado. No contexto, há uma relação de causa e consequência no trecho "todo bom 
jornalista corre mais risco (consequência), porque ele é o último recurso da voz pública 
(causa). Sendo assim, o conectivo "porque” inicia uma oração subordinada adverbial causal.
Gabarito: Certo / Errado.
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QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA
1. (ESAF-2006/ANEEL-Adaptada) Em relação ao texto, analise o item a seguir.
Apesar das dificuldades, o Programa de Metas foi executado e seus resultados manifestam- 
se na transformação da estrutura produtiva nacional. O governo JK, que soube mobilizar 
com maestria a herança de Vargas e elevar a auto-estima do povo brasileiro, realizou-se em 
condições democráticas, com liberdade de imprensa e tolerância política. A taxa de inflação, 
que em 1956 foi de 12,5%, no final do governo JK, elevou-se para o patamar de 30,5%. A
Nação, por sua vez, obteve um crescimento econômico médio de 8,1% ao ano. Apesar das 
pressões do Fundo Monetário Internacional (FMI), que já advogava o “equilíbrio fiscal” e o 
Estado mínimo para o Brasil, e de setores conservadores da vida brasileira, JK conseguiu 
elevar o PIB nacional em cerca de 143%. E tudo isto ocorreu em um contexto marcado por 
um déficit de transações correntes que atingiu 20% das exportações em 1957 e 37% em 
1960, o que ampliava a fragilidade externa e fazia declinar a condição de solvência da 
economia brasileira. No entanto, foi graças ao controle do câmbio e ao regime de incentivos 
criados que as importações de bens de consumo duráveis foram contidas.
(Rodrigo L. Medeiros, com adaptações)
I. Em “manifestam-se” (linhas 1 e 2) o “se” é índice de indeterminação do sujeito.
2. (ESAF-2009/Ministério da Fazenda-Adaptada) Em relação ao texto abaixo, analise o 
item a seguir.
Os mercados financeiros entraram em março assombrados pelo maior prejuízo trimestral da 
história corporativa dos Estados Unidos - a perda de US$ 61,7 bilhões contabilizada pela 
seguradora American International Group (AIG) no quarto trimestre de 2008. No ano, o 
prejuízo chegou a US$ 99,3 bilhões. O Tesouro americano anunciou a disposição de injetar 
mais US$ 30 bilhões na seguradora, já socorrida em setembro com dinheiro do contribuinte. 
Na Europa, a notícia ruim para as bolsas foi a redução de 70% do lucro anual do Banco 
HSBC, de US$ 19,1 bilhões para US$ 5,7 bilhões. Enquanto suas ações caíam 15%, o 
banco informava o fechamento das operações de financiamento ao consumidor nos 
Estados Unidos, com dispensa de 6.100 funcionários. Com demissões de milhares e perdas 
de bilhões dominando o noticiário de negócios no dia a dia, os sinais de reativação da 
economia mundial continuam fora do radar. E isso não é o pior. No fim do ano passado, 
havia a esperança de se iniciar 2009 com a crise financeira contida. Se isso tivesse 
acontecido, os governos poderiam concentrar-se no combate à retração econômica e ao 
desemprego. Aquela esperançafoi logo desfeita.
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009)
I. Em “concentrar-se” (linha 13), o “ -se” indica sujeito indeterminado.
3. (ESAF-2010/SUSEP-Adaptada) Em relação às estruturas linguísticas do texto, 
analise os itens a seguir.
Dados do Sine — uma rede pública de agências de emprego, associada ao Ministério do 
Trabalho — mostram que apenas 39% das vagas ali oferecidas em 2009 foram 
preenchidas. Em 2008, na mesma rede, 42% haviam sido ocupadas; no ano anterior, 48%. 
Ou seja, mesmo com um índice de desemprego ainda relativamente alto, de 8,9% no ano 
passado, o país vive o paradoxo de criar vagas e não encontrar profissionais que as
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preencham. A explicação, dizem as empresas, está, sobretudo, na escolaridade precária 
dos trabalhadores.
O fenômeno já se fazia sentir com força, no final de 2009, na procura por engenheiros. 
Agora se vê que a carência de profissionais se espraia para vários níveis de formação - 
sobram vagas para farmacêuticos, mas também para eletricistas e torneiros.
Trata-se de um problema grave, para o qual não há solução simples nem imediata. A rede 
educacional do país, com suas falhas e distorções distribuídas do ensino fundamental à 
universidade, mostra-se incapaz de oferecer ao mercado de trabalho mão de obra 
competente.
(Folha de S. Paulo, Editorial, 17/02/2010, com adaptações)
I. Em “se espraia” (€.9) o termo “se” funciona como indicador de sujeito 
indeterminado.
II. A forma verbal “mostra-se” (€.13) tem como sujeito “distorções distribuídas do 
ensino fundamental à universidade” (€.12 e 13).
4. (ESAF-2009/Receita Federal-Adaptada) Em relação ao texto, analise a opção a 
seguir.
Há alguma esperança de que a diminuição do desmatamento no Brasil possa se manter e 
não seja apenas, e mais uma vez, o reflexo da redução das atividades econômicas causada 
pela crise global. Mas as notícias ruins agora vêm de outras frentes. As emissões de gases 
que provocam o efeito estufa pela indústria cresceram 77% entre 1994 e 2007, segundo
estimativas do Ministério do Meio Ambiente a partir de dados do IBGE e da Empresa de 
Pesquisa Energética. Para piorar, as fontes de energia se tornaram mais "sujas”, com o 
aumento de 122% do CO2 lançado na atmosfera, percentual muito acima dos 71% da 
ampliação da geração no período. Assim, enquanto as emissões por desmatamento tendem 
a se reduzir para algo entre 55% e 60% do total, as da indústria e do uso de combustíveis 
fósseis ganham mais força.
(Editorial, Valor Econômico, 1/9/2009)
I. Em “possa se manter” o pronome “se” indica sujeito indeterminado.
5. (ESAF-2004/Instituto Rio Branco) Assinale a frase do texto que constitui uma 
oração sem sujeito.
O direito nada pode sem a ética, e não pode haver paz sem justiça. Toda regra de Justiça 
envolve amor, que resume, em seu mais amplo sentido, a verdadeira ideia da convivência 
entre os homens.
(José de Aguiar Dias, A ética e o direito, com adaptações)
a) O direito nada pode sem a ética.
b) [...] não pode haver paz sem justiça.
c) Toda regra de Justiça envolve amor.
d) que resume [...] a verdadeira ideia da convivência entre os homens.
e) [...] em seu mais amplo sentido [...]
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6. (ESAF-2006/ANEEL-Adaptada) A respeito das estruturas sintáticas do texto, analise o 
item a seguir.
A classe média está mudando. Essa classe média é herdeira da porção Bélgica da Belíndia 
(mistura de Bélgica e Índia, expressão usada na década de 70 para explicar a desigualdade 
no Brasil). Ela antes tinha acesso ao sistema financeiro habitacional, a universidades 
públicas, à expansão de empresas estatais cheias de ofertas de trabalho e à indexação, 
que reajustava o dinheiro nos bancos. Na década de 90, essas facilidades acabaram e a 
classe média passou a ter mais gastos. É como se ela tivesse viajado sempre de executiva 
e agora tivesse de andar de econômica. Em compensação, existe uma população que era 
de baixa renda e ascendeu.
(Adaptado de Ricardo Neves, Correio Braziliense, 22 de fevereiro de 2006)
I. As estruturas linguísticas mostram que “acesso” (l.3) é complementado, sintática e 
semanticamente, pelas quatro expressões centradas, respectivamente, em “sistema” 
(l.3), “universidades” (l.3), “expansão” (l.4) e “indexação” (l.4).
7. (ESAF-2000/Receita Federal)
Em dezembro do ano passado, milhares de pessoas tomaram as ruas de Seattle nos 
Estados Unidos, para protestar contra uma reunião da Organização Mundial de Comércio, 
que tentava aprovar mais uma rodada de liberalização comercial (a chamada Rodada do 
Milênio). Conseguiram barrar a negociação, que ficou para um futuro para lá de incerto, e, 
de quebra, ridicularizaram ninguém menos que o presidente americano Bill Clinton, o 
anfitrião do encontro. Há poucas semanas, o novo alvo da fúria antiglobalizante foi o Fundo 
Monetário Internacional, que realizava sua reunião anual em Praga, a bela capital da 
República Tcheca. Mais uma vez, milhares de pessoas ganharam as ruas e forçaram os 
organizadores do encontro a antecipar o fim da reunião. A voz rouca das ruas parece gritar 
em uníssono um sonoro não à globalização e ao liberalismo.
Quanto às estruturas sintáticas do texto, assinale a opção incorreta.
a) O sujeito de “conseguiram” e de “ridicularizaram” é "milhares de pessoas”.
b) “a antecipar o fim da reunião” funciona como objeto indireto.
c) A expressão “a bela capital da República Tcheca” tem a função de aposto de “Praga”.
d) “os organizadores do encontro” tem a função de objeto direto.
e) “o anfitrião do encontro” tem a função de objeto direto.
8. (ESAF-2002/Receita Federal) Considere o seguinte período do texto para analisar os 
esquemas propostos abaixo: “Descumprir a lei gera o risco da punição prevista pelo Código 
Penal ou de sofrer sanções civis.”
A = Descumprir a lei 
B = gera o risco
C = da punição prevista pelo Código Penal 
D = de sofrer sanções civis
Considerando que as setas representam relações sintáticas entre as expressões 
linguísticas, assinale a opção que corresponde à estrutura do período.
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Estratégia
C O N C U R S O S ^
9. (ESAF-2010-SEFAZ/RJ-Adaptada) Em relação às ideias do texto, analise a opção a 
seguir.
A Eurostat, o organismo da União Europeia encarregado da elaboração de estatísticas 
econômicas, mostrou que, em abril, nada menos que 101 entre cada 1.000 cidadãos em 
atividade na área do euro (16 países) não conseguiram encontrar ocupação remunerada. É 
a pior situação em 12 anos.
Reduzir tudo a efeito natural da atual crise é simplismo. Flagelos assim são como os 
desastres de avião: sempre têm múltiplas causas. O crescente desemprego no mundo rico 
foi acentuado pela crise, mas é bem mais do que isso. É o resultado de algumas 
degradações acumuladas nas últimas décadas: perda de competitividade da indústria, 
rápido envelhecimento da população, custo elevado da mão de obra, falta de reformas 
políticas e econômicas.
Paradoxalmente, a crise do desemprego tende a se acentuar pelos fatores que pretendiam 
atenuar seu impacto. Assim como a antecipação da aposentadoria pretendia abrir vagas 
aos mais jovens, mas tudo o que produziu foi a deterioração das finanças dos sistemas 
previdenciários, os mecanismos de seguro social vêm ajudando a criar enormes rombos, 
que, por sua vez, atiram as finanças públicas ao endividamento e à insolvência (e não 
apenas à falta de liquidez), como parece ser o caso da Grécia e talvez o de Portugal e 
Espanha. Eaí chegamos a uma situação em que os instrumentos de defesa do emprego 
criam mais desemprego.
(Celso Ming, O Estado de S. Paulo, 2/6/2010)
I. O emprego de vírgulas após “ Eurostat” (€.1) e após “econômicas” (€.2) justifica-se 
por isolar expressão que tem função de vocativo.
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10. (ESAF-2006/ANEEL-Adaptada) A respeito do texto, analise as afirmações 
seguintes.
A classe média está mudando. Essa classe média é herdeira da porção Bélgica da Belíndia 
(mistura de Bélgica e Índia, expressão usada na década de 70 para explicar a desigualdade 
no Brasil). Ela antes tinha acesso ao sistema financeiro habitacional, a universidades 
públicas, à expansão de empresas estatais cheias de ofertas de trabalho e à indexação, 
que reajustava o dinheiro nos bancos. Na década de 90, essas facilidades acabaram e a 
classe média passou a ter mais gastos. É como se ela tivesse viajado sempre de executiva 
e agora tivesse de andar de econômica. Em compensação, existe uma população que era 
de baixa renda e ascendeu.
(Adaptado de Ricardo Neves, Correio Braziliense, 22 de fevereiro de 2006)
I. A conjunção “e” (l.7) coordena duas orações que, semanticamente, expressam um 
contraste; por isso equivale a mas.
11. O conectivo “ Em compensação” (l.7) está empregado com valor adversativo, pois 
introduz um período sintático que, semanticamente, contradiz o que afirma a primeira 
oração do texto.
III. As estruturas linguísticas mostram que “acesso” (l.3) é complementado, sintática 
e semanticamente, pelas quatro expressões centradas, respectivamente, em 
“sistema” (l.3), “ universidades” (l.3), “expansão” (l.4) e “ indexação” (l.4).
I I . (ESAF-2002/Ministério das Relações Exteriores) Assinale a opção em que ao 
menos um dos conectivos propostos para preencher a lacuna provoca incoerência 
textual ou erro gramatical.
O Brasil é um país grande, diversificado _____(a) visto como uma promessa que parece
nunca se realizar. O potencial existe,_______(b) há algo bloqueando o Brasil. Acho que é
uma combinação de fatores como o sistema político e o modo de trabalhar do cidadão,
pouco engajado nos problemas da sociedade, ______(c) é muito freqüente o brasileiro
eleger políticos por seu nível de popularidade, sem avaliar seus programas e ações. É um
país muito importante para a economia mundial,_____(d) sermos sempre decepcionados.
É, _______(e), um desafio delicado entender por que as coisas não acontecem
rapidamente no Brasil.
(Michel Porter, Veja, 5/12/2001, com adaptações)
a) e / mas
b) entretanto / mas
c) já que / pois
d) embora / apesar de
e) contudo / portanto
12. (ESAF-2009/Ministério da Fazenda) Acerca das estruturas linguísticas do texto, 
julgue a proposição a seguir.
Feliz aniversário, Darwin!
Charles Darwin completaria hoje 200 anos, não fosse pela seleção natural. Ela, afinal, é a 
maior responsável pelo barroco processo de desenvolvimento que leva os organismos 
complexos inexoravelmente à morte - conceito que não se aplica muito a bactérias e 
Arqueobactérias, seres que se reproduzem gerando clones de si próprios, partilham 
identidades com a transferência horizontal de genes e podem ficar milênios em vida
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suspensa (no gelo, por exemplo). A contribuição de Darwin para a ciência e para a história, 
porém, continua viva, e muito viva, exatamente com a ideia de seleção natural. Só por isso 
ele já merece os parabéns. Feliz aniversário, Darwin.
(Marcelo Leite, em: http://cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br/arch2009-02-08)
I. O conetivo adversativo “ porém” (l.7) se opõe, no contexto, à ideia de que a 
contribuição de Darwin para a história e para a ciência foi pequena.
13. (ESAF-2006/MTE-Adaptada) A respeito do texto, analise o item a seguir.
Uma única inovação ocorrida no século XV teve enorme influência para o progresso, a 
inclusão social e a redução da pobreza. Foi a invenção do conceito de capital social pelo frei 
Luca Paccioli, o criador da contabilidade. Antes de Luca Paccioli, um comerciante ou 
produtor que não pagasse suas dívidas poderia ter todos os bens pessoais, como casa, 
móveis e poupança, arrestados por um juiz ou credor.
Muitos cientistas políticos e sociólogos usam o termo capital social de forma equivocada, 
numa tentativa deliberada de confundir o leitor.
(Adaptado de Stephen Kanitz, O capital social. Veja, 12 de abril, 2006)
I. Por constituir um valor oposto às informações do primeiro parágrafo, o período 
final do texto admite ser iniciado pelo conectivo No entanto, seguido de vírgula, 
fazendo-se os ajustes nas iniciais maiúsculas.
14. (ESAF-2006/TCU-Adaptada) Acerca da estruturação linguística e gramatical do 
texto abaixo, analise os itens a seguir.
Nem o "sim” nem o "não” venceram o referendo, e quem confiar no resultado aritmético das 
urnas logo perceberá a força do seu engano. O vencedor do referendo foi o Grande Medo. 
Esse Medo latente, insidioso, que a todos nos faz tão temerosos da arma que o alheio 
possa ter, quanto temerosos de não ter defesa alguma na aflição. Se um lado ou outro 
aparenta vantagem na contagem das urnas, não faz diferença. O que importa é extinguir o 
Grande Medo. E nem um lado nem outro poderia fazê-lo. Todos sabemos muito bem 
porquê.
(Jânio de Freitas, Folha de S. Paulo, 24/10/2005 - com adaptações.)
I. Para o texto não apresentar nenhuma incorreção de ordem sintática, a 
concordância do sujeito composto ligado por “ nem... nem” (l. 6) deve ser feita com o 
verbo no plural, tal como se fez na ocorrência do mesmo sujeito composto, na 
primeira linha do texto.
II. A última palavra do texto merece reparo. Há duas expressões que a substituiriam 
com a devida correção gramatical: 1) o porquê e 2) por quê.
15. (ESAF-2009/ANA-Adaptada) Em relação ao texto abaixo, analise itens a seguir.
O tratamento de esgotos é fundamental para qualquer programa de despoluição das águas. 
Em grande parte das situações, a viabilidade econômica das estações de tratamento de 
esgotos (ETE) é reconhecidamente reduzida, em razão dos altos investimentos iniciais 
necessários à sua construção e, em alguns casos, dos altos custos operacionais. Por esses
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motivos que mesmo os países desenvolvidos têm incentivado financeiramente os 
investimentos de Prestadores de Serviços em ETE, como os Estados Unidos e países da 
Comunidade Europeia. No Brasil, o problema de viabilidade econômica do investimento 
público torna-se ainda mais agudo, devido à elevada parcela de população de baixa renda. 
No entanto, vale ressaltar que a água de qualidade também é um fator de exclusão social, 
uma vez que a população de baixa renda dificilmente tem condições de comprar água de 
qualidade para beber ou até mesmo de pagar assistência médica para remediar as doenças 
de veiculação hídrica, decorrentes da ausência de saneamento básico.
(http://www.ana.gov.br/prodes/prodes.asp)
I. Mantém-se a correção gramatical do período se a conjunção “No entanto” (l.9) for 
substituída por qualquer uma das seguintes: Porém, Todavia, Entretanto, Contudo.
II. Estaria gramaticalmente correta a substituição de “uma vez que” (l. 10) por 
porquanto.
16. (ESAF-2006/ENAP) Assinale a opção que não preenche corretamente a lacuna do 
texto.
Outra medida que promove a pequena e média empresa brasileira é a instalação pela 
Agência de Promoção de Exportações do Brasil - APEX de um centro de distribuição de 
produtos nacionais, em Miami, Estados Unidos. O centrotem espaço para armazenagem de 
produtos, um showroom e um escritório comercial e administrativo. As empresas podem 
ficar instaladas por um período de 12 a 18 meses para a consolidação de seus produtos no
mercado,____________a ideia é reduzir a distância entre as empresas e seus clientes
estrangeiros. O próximo centro será instalado na Alemanha no segundo semestre deste 
ano.
(Adaptado de Em Questão n. 288 - Brasília, 04 de março de 2005)
a) uma vez que
b) porquanto
c) pois
d) conquanto
e) já que
17. (ESAF-2010/MTE) Em relação às estruturas do texto, julgue o item a seguir.
Para que a cobertura mínima oferecida pelos planos de saúde aos seus segurados inclua 
as tecnologias, os tratamentos e os equipamentos que entraram em uso recentemente, a 
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acrescentou 73 novos procedimentos à 
lista de exames, consultas, cirurgias e outros serviços que as operadoras são obrigadas a 
oferecer. Criada em 2000 para "promover a defesa do interesse público na assistência 
suplementar à saúde e regular as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações 
com prestadores (de serviços) e consumidores”, a ANS opera numa corda bamba. Entre 
suas atribuições está a de "elaborar a lista dos procedimentos de cobertura público na 
assistência suplementar à saúde e regular as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas 
relações com prestadores (de serviços) e consumidores”, a ANS opera numa corda bamba. 
Entre suas atribuições está a de elaborar a lista dos procedimentos de cobertura obrigatória 
nos planos de saúde. Ela tem de assegurar aos que buscam a proteção dos planos de 
saúde a cobertura mais completa possível, o que inclui as novas tecnologias na área de 
medicina. Mas, muitas vezes, os novos procedimentos têm um custo tão alto que limita seu 
uso. Se a ANS impuser às operadoras a obrigatoriedade do oferecimento desses 
procedimentos poderá levá-las à ruína financeira, o que, no limite, destruiria o sistema de 
assistência suplementar à saúde.
(O Estado de S. Paulo, Editorial, 17/01/2010.)
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I. O termo “Para que” (l.1) confere ao período em que ocorre a ideia de finalidade.
18. (ESAF-2006/MTE) Em relação às estruturas do texto, julgue o item a seguir.
No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrático, não basta 
abolir a necessidade de bens básicos. É necessário que o processo produtivo seja capaz de 
continuar, com eficiência, a produção e a oferta de bens considerados supérfluos. Em se 
tratando de um compromisso democrático, uma hierarquia de prioridades deve colocar o 
básico sobre o supérfluo. O que deve servir como incentivo para a proposta de casar 
democracia, fim da apartação e eficiência econômica em geral é o fato de que o potencial 
econômico do país permite otimismo quanto à possibilidade de atender todas essas 
necessidades, dentro de uma estratégia em que o tempo não será muito longo.
(Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade técnica à modernidade ética, p.29)
I. Substituir o conectivo de valor condicional “se” (l.1) por “caso”, resultando em 
“caso se” não provocaria erro ao período.
19. (ESAF-2003/Receita Federal) Leia o texto abaixo para responder à próxima 
questão.
O panorama da sociedade contemporânea sugere-nos incontáveis abordagens da ética. 
À medida que a modernidade — ou a pós-modernidade — avança, novas facetas surgem 
com a metamorfose do espírito humano e sua variedade quase infinita de ações. Mas, falar 
sobre ética é como tratar da epopeia humana. Na verdade, está mais para odisseia, gênero 
que descreve navegações acidentadas, lutas e contratempos incessantes, embates de vida 
e morte, ilusões de falsos valores como cantos de sereias, assédios a pessoas e a 
propriedades, interesses contraditórios de classes dominantes figuradas pelos deuses, ora 
hostis ora favoráveis. As aventuras de Ulisses sintetizam e representam o confronto de 
ideais nobres e de paixões mesquinhas. Não obstante narram-se também feitos de 
abnegação, laços de fidelidade entre as pessoas e suas terras, lances de racionalidade e 
emoção, a perseverança na reconquista de valores essenciais. Os mitos clássicos são 
representações de vicissitudes humanas e situações éticas reais.
Em relação ao texto, analise os itens a seguir.
I. Em "sugere-nos” (l.1) o pronome enclítiKo exerce a mesma função sintática do "se” em 
"narram-se” (l.9).
II. Ao se substituir "À medida que” (l.2) por À medida em que, preservam-se as relações 
semânticas originais do período.
20. (ESAF-2010/CVM) Em relação ao texto, analise as proposições a seguir.
Onde as sociedades são mais justas, equilibradas, honestas e onde as necessidades 
sociais são mais satisfeitas, há menor risco para a atividade jornalística. Com esse cenário, 
os governos são mais honestos e o Estado é mais transparente; as empresas privadas 
menos corruptas e corruptoras e os cidadãos mais íntegros. Com isso, a atividade 
jornalística é mais segura e não necessita ir a fundo e substituir as tarefas delegadas ao 
Judiciário, à política e à polícia. Nem cobrar do Estado, por meio de estratégias 
investigativas que, para chegar à denúncia, envolvem o risco físico dos repórteres e 
jornalistas em geral.
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Assim, onde há mais corrupção em vários níveis do Estado e onde os negócios públicos 
são mais obscuros, envolvendo setores privados, todo bom jornalista corre mais risco, 
porque ele é o último recurso da voz pública, do cidadão, da esperança.
(Francisco José Castilhos Karam disponível em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/, acesso 
em 1/11/2010)
I. O termo “Assim” (€.10) confere ao período a noção de conclusão.
II. O termo “porque” (€.12) confere ao período a noção de condição.
Gabarito
01. Errado 11. D
02. Errado 12. Errado
03. Errados 13. Certo
04. Errado 14. Errado / Certo
05. B 15. Certos
06. Certo 16. D
07. E 17. Certo
08. A 18. Errado
09. Errado 19. Errados
10. Certa / Errada / Certa 20. Certo / Errado
Sucesso e até o próximo encontro! 
Grande abraço.
Fabiano Sales.
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