1º Aula de Cirurgia e Periodontia

R e aval ia ção per iodo ntal e tr atame nto per iodo ntal de suporte : A ca usa pri nci pal d a doe nça pe ri odontal é o c ompo ne nte b ac teri ano, ca usando uma doe nça i nf e cc i osa, é c ausado pe las bac té ri a s d a pl ac a . A se que n c i a cor reta do tra tamen to é e l i mi nar a i nf e cç ã o o portuni sta qu e e x i ste , c om re mo ç ã o de p l ac a , tár tar o, cá l c ulo, pre ci sa mos f aze r com que o p ac i en te contr ole o ac umulo de pla c a, real i zamos o tra tamen to l oca l da doe nça e o e nsino e c obra nça da qual i dade , j e i to, mane ir a d a e scovaç ão do pac i e nte . Essa pri me i ra parte do tra tamen to é c hamado d e tra tame nto n ão ci r úrgi c o da d oe nça pe ri odontal , que c ons i ste e m c ontrol ar a i nf e cç ão oportunista, po r meio da or i e ntaç ão d e hi gi e ne , ra spage m, ali sa me nto corono - radi c ul ar , remo ç ão da pla ca , tár tar o de f orma prof i ssional . Ap ós os tra tame ntos b ási c os, não - ci r úrgi c o da doe n ç a pe ri odontal de mos um i nterval o de 2 1 di as, 4 se manas, q ue é o temp o ne ce ssári o para re c upe raç ão do pe ri odonto e o pac i e nte v o l t a para te rmos uma re aval i aç ã o p e ri odontal , para v e rmos se as cond iç õe s d o pe ri odonto e stão saudáve is, s e ai nda e x i ste sangra me nto á son dagem, se a ge ngiva e stá ave rmelhada , se pos s u i e de masia me nto d a ge ngi va. U ti li zamos r adi o gr afia s pe ri api cai s, panorâmi ca s e as ve z e s inte r prox i mai s . Na re aval iaç ão ob se rvamos s e as c a rac te rí sti ca s gerai s da b oc a me lhor ar am ou não, se c ontinua com sangra me nto, com i nf la maçã o vamos mud ar o nosso tra tame nto. As e tapas que aval ia mos no trata me nto pe ri odon tal e que o tr atamen to pe ri odon ta l inc l ui: \uf03e Na a namne se obs e r vamo s as condi ções sistê mica s do nosso paci e nte , pe lo me nos 4 0% das e ndocar d i te s o f oc o é na ca vidade oral , a di abe te s p ode s e r mais agr e s si va po r c onta do e s tado da ca vidade o ra l. \uf03e O tr atame nto inc lui de sd e o i nic io da anamne se e o e x ame cl i nic o, obse rvando a saúd e e as condi ções s i stê mic as d o noss o paci e nte . \uf03e A f ase te rapê uti ca rela ci onada á causa, ou a f ase i nic ia l r e lac ionada a c ausa, ou proc e dimen tos básic o s re l aci onados á causa, estamos traba l hando para r e tir ar a ca u s a da doe nça pe ri od ontal , á pri nci p i o é um tra tame nto não c ir ú r gi co. \uf03e Com o f im da ra sp ag e m n ão houv e me lhora , e n tr amos com proced i me n tos ci rúrg i c o s , c hamada de fase c orr e ti va, abri mos a ge ngi va, de s c ontami n amos e f e c hamos a ge ngi va no vame nte n o luga r \uf03e Se mpre de v e mos c ome çar pe la f orma me n os invasi va p ar a ma i s i nv asi va, me smo sabe ndo que a me nos i nv asi v a n ão v ai r e s ol ve r o pr oble ma, assi m di minuí mo s o gr au de inf l amaç ão o te ci d o ge ngi val fic a mai s fir me , é me l h or par a trabal harmos durant e a c i rurgi a, te m me nor grau de sangr ame nto dura nte a c ir u rg i a po r que te mos me nor qua nti dade d e te ci do de granul aç ão, a rep ar açã o e a ci ca tri zaçã o d o pós o pe ra tóri o é me l hor, se f ormos suturar u m te ci do i nf l amado e l e é mui to mais frági l, f i ca rui m de tra bal h ar no tr ans - ope ra tóri o , e e stamos di mi nuindo a quanti d ade de bac té ri as pe ri od onto p atogênic a, promove ndo uma b ac te re mi a me nor. \uf03e U ma gr ande par te do s problemas ge ngi v ai s são me lhora d os e dimi nuídos com a ra spage m e o control e de pla c a. \uf03e Os med i camen tos q ue admini stramos qu ando e le f e z u ma e x odontia s e rá o s m e s m o s para uma ci rurgi a pe ri odon tal . \uf03e Fase de manute nção ou tra tame nto pe ri od ontal de suporte , c h e gamos até aqui o pac i e nte e s tá saudáve l , não po ssui mai s a doe nça p e ri odon tal , e l e pode parti r para a e tapa de re tornos pe ri ódic os e f re que nte s n o consultór i o . Se o pac i e nte te m uma dia be te s co ntrol ada e l e é consi d e ra do um p ac iente normal , más pre c i sa te r u m cui dado a dic ional , e ntra mos c o m anti b i ótic o profil áti co ante s do proc e dimen to e de po i s conti n ua també m, e m ca sos d e proced i me n tos invasi vos como ra spage m, ci rur gi a , 2 g 1 h ora ante s e de p oi s conti nua com a dose no r mal antes do proc e d i me n to. Se n ão e s ti v e r c ontrol ado f aze mos anamne se , e x am e s cl í nic os e p r oced i me ntos não i n v a s i v o s c omo res taur aç õ e s, provisór i os, e se f or paci e nte pe ri od ontal e nviamos uma ca rti nha a o mé dic o pe dindo avali aç ão e co ntrol e da doe n ç a, p ar a dep oi s f aze rmos n osso procedime nto . O pl ano de tra tame nto pe ri odo ntal consiste e m: \u2713 An amne se + e x ame f í sic o = e x ame c l í nic o; \u2713 Exame s compleme n tar e s ; \u2713 Mod e l os de e stud o; \u2713 Di agnóstic o; \u2713 Prognóstic o do c aso, f avoráve l , de sf avo ráve l , bo m, ruim; Inic iamos o trata me nto pe ri odon tal com: \u2713 Terapi a ini ci al re l ac ionado a causa, o ri e ntaç ão de hig i e ne , control e de p l aca e ra spage m e al isamento cor ono - ra d i cul ar , de scontami n ar , e li minaç ão d a i n fe c çã o oportunista; \u2713 Re aval i aç ão pe ri o do ntal , e spe ramos 4 s e manas e r e aval ia mos o p e ri odo nto, a reavali aç ão consiste e m v e r se hou ve re sulta do o tra tame nto re l aci onado á ca usa, se pode dar al ta, se pi orou, conti n uou i gual , se melhorou. Na r e av al i aç ão vamos ob se rvar tud o qu e f i ze mos até agor a: \uf03e A saúde ge n gi v al , v e r se te m al te ra çã o de contorno, sangra me nto, i nf l amaç ão, v ol u me , res i li ê nci a, s aúde pe ri odon tal e ge ngi val como e stá; \uf03e Prof undidade de bolsa, son damos no vame nte ; \uf03e Níve l d e inse rç ão; \uf03e G ra u de mobi li dade dos d e nte s; \uf03e Índ i ce de pl ac a pa ra ve r se e stá escovando me l hor ou não; \uf03e An al i samos a e sté tic a e a capa ci dade f unci onal; \uf03e Radi ografamos n ovame nte ; An al i samos tudo de n ovo com o me s mo cr i té ri o do i n i ci o, para c o mpar ar mos, v e r se o tra tamen to f oi e f e ti vo , s e de u res ul tado, se pre c i samos mudar a e s tr a té gia , e m como a b o r d a r a doe n ç a, e e ntramos na e tapa d o corr e tivo, e ntrar c om tr atamen tos ci rúrgi cos p ar a c omple me ntar e s sa f ase i nic ia l que f oi re al i zada e não surti u ef e ito. Ne s sa re aval ia ç ão ob se rvamos e com base no res ul tado qu e aval ia mos vamos se leci o nar as nov as me dida s te ra pê utic as, v amos cl assifi ca r os p ac iente s e m grupos: G rupo I: T rat ament o Pe riodo ntal d e Suport e: \uf0a8 Ap rese nta hig i e ne oral ade qu ada; \uf0a8 Se m inf l amaç ão ge n gi v al ; \uf0a8 Au sê nci a do s angr ame nto á so ndage m; \uf0a8 Ne n huma área com bolsa pe ri odon tal ; \uf0a8 G anho de i nse rçã o; Com e s se paci e nte e le te rá um trata me n to pe ri odon tal de su porte, trata me nto de manute nçã o, e le te rá uma se ri e de re tornos pe ri ódic o s para manute nção. G rupo II: Tr atame nto Compl em ent ar Ci rúr g ico de Ace ss o: \uf0a8 Paci e nte apres e nta hi gi e ne o ra l ade quada; \uf0a8 Índ i ce de pl ac a di minui u b asta nte ; \uf0a8 Pre se nça de sangramen to á son dagem; \uf0a8 Se m re dução da prof undidade de bolsa; \uf0a8 Se m ganho de i ns e rç ão; O i de al do í ndic e de plac a na pe ri o dontia é de 1 0% do i nic ia l . Tr atame nto compl e me ntar c i rúr gi co de ac e sso que é o tr ata me nto c orr e ti vo p ar a melhora r a de scontami n aç ão. G rupo III: Re corr ênc i a da D oença Per i odo ntal De strutiva : \uf0a8 Paci e nte apres e nte bai x o padrã o d e higi e ne oral ; \uf0a8 Re pe ti d as i nstruçõe s de control e da p l aca ; \uf0a8 Fal ta de moti v aç ão ou c apaci dade motor a; \uf0a8 Não de ve se r subme tido á ci rurgi a; A ci rurg i a não v ai re solve r o probl e ma de le porque e le não v ai conse guir mante r saudáve l o pe ri od onto, e l e p ossui recorr ê n c i a d a doe n ç a p e ri odon tal des truti va, e le s e mpre v ai r e tornar e m pe rí odos cur tos ao c ons ul tóri o e v amos se mpre fic ar f aze ndo o tra tame nto não c ir ú r gi co, vai conti n uar com o c ontrol e de pla ca, raspag e m e al isamen to. A pri n c i pal dife re nç a e ntre os grupos é se o pac i e nte conse gu e o u não ma n te r o c o ntrol e de pl ac a. Me dic açã o de f orma tópic a na pe ri odo nti a p ode de ix ar as bactéri as mai s res i s te nte s, e ntão não dá certo. Da mos amoxaci li na p or 1 0 dia s p ar a me lhora r os s i n ai s e sintomas, mai s a bo l s a, o cal cul o, a bac té ri a v ai c o nti n uar , e ntão o pac i e nte não e stá cura d o, as condi ç õe s l oca i s n ão pe rmi te m que fique se m al te raçã o de p rofun di d ade , contami n aç ão, pode ri a se r util i zado o anti b i ó ti co j unto com o tr ata me nto da r aspage m, más s e rá i n e fic az s e e le n ão ob te r uma boa hig i e ne . T er api a Pe rio dontal de Supo r te : Some nte os pac i e nte s do grupo I que v ão para e ss a fase de te ra pia pe ri odon tal de sup orte. \uf03e Av al ia mos o pa drão d e higi e ne ; \uf03e Re al i zamos raspage m e a l i same nto corono - radi cul ar; \uf03e Ap l ic açã o de f l úo r ; \uf03e Control e das r e stauraç õe s e p r óte se s ; O cui dado que te re mos ne ss a s e ssão, ne ss e tra tame nto de sup orte é qu e vai d e te rmi nar a pre se nça de sse de nte na c avi dade or al e m mai s te mpo, de p e nde nd o de c omo f azemo s as reavali aç õ e s a doe nça pe ri odon tal s e avança até o pac iente pe rde r os de nte s. Inte rval o ent re as c o nsul tas pela cl assi fi cação de Me rin : Dur ante o pri me ir o ano de po i s que ac abou o trata me nto: \uf03e Condiç õ e s f avoráve i s \u2192 3 a 4 me s e s. \uf03e Condiç õ e s de sf avoráve is \u2192 1 a 2 me se s ( toma uma sé ri e de me dic ame ntos , probl e m a s sistêmic o s q ue ne ce ssita m de um ac ompanhame nto , te m tra bal h os n a boca que di f i cul tam te r uma hi giene ade quada ). Re sul tados após o p ri me i ro ano de trata me nto: o que d e te rmi na a v ol ta de se mpre . \uf0a8 Cl asse A \u2192 6 me s e s a 1 ano ; \uf0a8 Cl asse B \u2192 3 a 4 me se s; \uf0a8 Cl asse C \u2192 1 a 3 me s e s; Cl asse A: 6 mese s a 1 an o : \uf0a8 Boa higi e ne oral ; \uf0a8 Míni ma quantida de de c ál cul os; \uf0a8 Se m p robl e mas ocl us ai s; \uf0a8 Ne n huma próte se compl ic ada de se higi e niza r; \uf0a8 Ne n huma bo l sa re mane sce nte ; \uf0a8 Ne n hum de nte com me nos de 5 0% de re mane sce nte de os so al ve ol ar ; Cl asse B : 3 a 4 mese s : \uf0a8 H i gi e ne oral de f ic ien te e inc ons ta nte ; \uf0a8 Formaç ão a bund ante de c ál cul o; \uf0a8 Doe nç a sistê mi ca que p redispõe m a de strui çã o p e ri odon tal ; \uf0a8 Algumas bolsas re mane scen te s; \uf0a8 Problemas ocl usais; \uf0a8 Próte se s compl ic adas; \uf0a8 Terapi a or to dôntic a e m andame nto; \uf0a8 Cár i e s de ntár i as re c orr e nte s ; \uf0a8 Alguns d e nte s c om me nos de 5 0 % de sup orte de o sso al v e ol ar ; \uf0a8 Fumo; Some n te um de ss e s iten s j á o c la ssific a c omo c l asse B . Cl asse C: 1 a 3 me ses : \uf0a8 Fatores ne gati v os da c l asse B, c om mai s pr oblemas; \uf0a8 V ár i as bolsas re mane scen te s; \uf0a8 Ci rur gi a pe ri odon tal indi ca d a mas n ão reali zada por razõe s mé di c as, psic o l ógic as o u f i n anc e ir as; \uf0a8 Muitos de nte s com me nos de 5 0% de sup orte de o sso al v e ol ar ; \uf0a8 Condiç ão pe ri odon tal mu i to avança d a para se r me l horada por ci rurgi a pe ri odon tal ; \uf0a8 Mai s de 2 0 % das bol s as com sangramen to á sond agem; É um quadro agra vado da c l asse B . Em um pra z o cur to o paci e nte volta e a ge nte f ic a re al i zando a raspag e m. Portanto, a pres e rvaç ão e m l ongo prazo dos de nte s , d e pe nde da f req uê nci a e quali dade do tra tamen to pe ri odon tal d e sup orte.

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