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Descrição de Procedimentos Assistenciais de 
ENFERMAGEM NO 
ÂMBITO HOSPITALAR
Guia para
Descrição de Procedimentos Assistenciais de 
ENFERMAGEM NO 
ÂMBITO HOSPITALAR
Guia para
Adriana da Silva Pereira
Juliana Rigotto Grejo
Juliana Santos Amaral da Rocha
Tatiane Fernandes Alves
José Carlos Viana
Gilcelli Vascom Girotto Rodrigues
São Paulo
COREN-SP
2017
GUIA PARA DESCRIÇÃO DE PROCEDIMENTOS 
ASSISTENCIAIS DE ENFERMAGEM NO ÂMBITO HOSPITALAR
Revisão ortográfica, projeto gráfico, capa e editoração
Gerência de Comunicação
Não autorizada a reprodução ou venda do conteúdo deste material
Todos os direitos reservados. Reprodução e difusão desse conteúdo de 
qualquer forma, impressa ou eletrônica, é livre, desde que citada a fonte.
Distribuição gratuita
Novembro 2017
Pereira, Adriana da Silva
 Guia para descrição de procedimentos assistenciais de enfermagem 
no âmbito hospitalar / Adriana da Silva Pereira ... [et al.] ; revisão, 
Marcília Rosana Criveli Bonacordi Gonçalves, Wilza Carla Spiri. – São 
Paulo: Coren-SP, 2018.
 ISBN: 978-85-68720-09-7
 1. Serviço hospitalar de enfermagem 2. Processos de enfermagem 
3. Equipe de enfermagem 4. Enfermagem baseada em evidências 5. 
Avaliação de enfermagem I. Gonçalves, Marcília II. Spiri, Wilza III. 
Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo.
Gestão Coren-SP 2015-2017
Presidente
Fabíola de Campos Braga Mattozinho
Vice-Presidente
Mauro Antônio Pires Dias da Silva
Primeiro–secretário
Marcus Vinicius de Lima Oliveira
Segunda–secretária
Rosângela de Mello
Primeiro–tesoureiro
Vagner Urias
Segundo–tesoureiro
Jefferson Erecy Santos
Conselheiros titulares
Andrea Bernadinelli Stornioli, Claudio Luiz da Silveira, Demerson Gabriel Bussoni, 
Edinildo Magalhães dos Santos, Iraci Campos, Luciano André Rodrigues, Marcel 
Willian Lobato, Marcelo da Silva Felipe, Marcília Rosana Criveli Bonacordi Gonçalves, 
Maria Cristina Komatsu Braga Massarollo, Paulo Cobellis Gomes, Paulo Roberto 
Natividade de Paula, Renata Andrea Pietro Pereira Viana, Silvio Menezes da Silva e 
Vilani Souza Micheletti.
Conselheiros suplentes
Alessandro Correia da Rocha, Alessandro Lopes Andrighetto, Ana Márcia Moreira 
Donaabella, Antonio Carlos Siqueira Junior, Consuelo Garcia Corrêa, Denilson 
Cardoso, Denis Fiorezi, Edir Kleber Bôas Gonsaga, Evandro Rafael Pinto Lir, Ildefonso 
Márcio Oliveira da Silva, João Batista de Freitas, João Carlos Rosa, Lourdes Maria 
Werner Pereira Koeppl, Luiz Gonzaga Zuquim, Marcia Regina Costa de Brito, Matheus 
de Souza Arci, Oswaldo de Lima Junior, Rorinei dos Santos Lel, Rosemeire Aparecida 
de Oliveira de Carvalho, Vanessa Maria Nunes Roque e Vera Lúcia Francisco.
Autoria 
Adriana da Silva Pereira 
Enfermeira. Especialista em Enfermagem Cardiovascular e Pediatria. 
Mestranda na Faculdade Israelita de Ciência da Saúde Albert Einstein. 
Consultora de Qualidade, Segurança e Prática Assistencial da Sociedade 
Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein.
Juliana Rigotto Grejo
Enfermeira. Especialista em Terapia Intensiva e Enfermagem Cardiovascular. 
Gerente de Enfermagem do Hospital de Base de Bauru.
Juliana Santos Amaral da Rocha
Enfermeira. Especialista em Oncologia e Gerenciamento de Enfermagem. 
Mestranda da Escola de Enfermagem USP/ São Paulo. Coordenadora de 
Práticas/Modelo Assistencial no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Tatiane Fernandes Alves
Enfermeira. Mestre em Ensino das Ciências da Saúde – UNIFESP. Professora 
Assistente de Pós Graduação em APH e UTI-UNILUS. Supervisora da Unidade 
de Terapia Intensiva – Hospital Vitória, Santos.
José Carlos Viana
Enfermeiro. Gerente de Enfermagem UTI/UCO do HCOR.
Gilcelli Vascom Girotto Rodrigues
Enfermeira. Especialista em Neonatologia e Gestão em Saúde. Gerente de 
Práticas Assistenciais do Hospital Nove de Julho.
Colaboradores 
Marcílio Abraços Jorge 
Enfermeiro. Especialista em Enfermagem em Centro Cirúrgico, Central de 
Material e Esterilização e Recuperação Anestésica. Docente da FEI/São Paulo.
Cristina Satoko Mizoi
Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Gerente de Enfermagem no Hospital 
Beneficiência Portuguesa/São Paulo.
Revisores técnicos
Marcília Rosana Criveli Bonacordi Gonçalves
Enfermeira pela Universidade do Sagrado Coração em Bauru. Mestre e Doutora 
pela Universidade Estadual Paulista Júlia Mesquita Filho/UNESP. Enfermeira 
do Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP. 
Professora Tutora na Disciplina Inserção Instituição – Universidade – Serviço 
– Comunidade I (IUSC I). Preceptora do Programa de Educação pelo Trabalho 
para a Saúde/GraduaSUS, do Ministério da Saúde. Conselheira Efetiva do 
Coren-SP. Coordenadora Geral das Câmaras Técnicas do Coren-SP.
Wilza Carla Spiri 
Enfermeira pela Universidade do Sagrado Coração em Bauru. Mestre em 
Enfermagem pela Universidade de São Paulo. Doutora em Enfermagem pela 
Universidade de São Paulo (2001). Pós-Doutorado pela School of Nursing 
The University of British Columbia, Canadá. Realizou livre Docência na 
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Professora Adjunta da 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Apresentação
O Coren-SP, gestão 2015-2017, apresenta aos profissionais o Guia para 
Descrição de Procedimentos Assistenciais de Enfermagem no Âmbito 
Hospitalar. 
A presente publicação é fruto das atividades do Grupo de Trabalho de 
Práticas Assistenciais no Âmbito Hospitalar (GT PAAH) e visa oferecer 
suporte à enfermagem na promoção de uma comunicação mais efetiva entre 
os profissionais e na padronização de condutas, tornando a assistência ao 
paciente, assim como a prática profissional, mais segura e livre de erros. 
Este guia também é um incentivo ao empoderamento da categoria, por mostrar 
os caminhos para a utilização de ferramentas gerenciais importantes, como é 
o caso dos Protocolos Assistenciais e dos Procedimentos Operacionais Padrão 
(POP). É fundamental que os profissionais se apropriem e desenvolvam esses 
recursos no planejamento e organização dos serviços. 
A utilização desses processos pelos profissionais de enfermagem é um 
importante caminho para a conquista da autonomia e da garantia de uma 
atuação sintonizada com os preceitos éticos e legais da profissão, garantindo 
respaldo técnico e, também, a valorização das práticas assistenciais. 
Esperamos que este guia seja um incentivo para que as equipes de enfermagem 
se aprofundem acerca das ferramentas gerenciais, contribuindo com a 
otimização dos recursos humanos e habilidades e com a oferta de uma 
assistência de excelência nas instituições. 
Fabíola Campos
Presidente do Coren-SP 
 SUMÁRIO 
1. Introdução. .................................................................................................10
2. Diretriz e legislações para descrição de Procedimentos Assistenciais. ...14
3. Elementos para elaboração e apresentação de Procedimentos 
 Assistenciais. ..............................................................................................17
4. Principais componentes para formatar uma máscara, template ou 
 layout. .........................................................................................................20
5. Descrição do procedimento: ação, justificativa/risco identificado e 
 segurança....................................................................................................23
 
6. Processo para implementação. ..................................................................29
7. Organização da Prática Assistencial no Âmbito Hospitalar. ...................30
8. Considerações finais. .................................................................................33
9. Referências consultadas. ...........................................................................34
Lista de figuras
Figura 1: Comparação entre os riscos da área da saúde e outras 
atividades.........................................................................................................12Figura 2: Procedimentos assistenciais. Estabelecer e disseminar os requisítos 
para a segurança do paciente, colaborador e do ambiente. ...........................13
Figura 3: Coleta de urina por sonda vesical de demora. ................................19
Figura 4: Descrição dos passos para coleta de gasometria arterial, adotando o 
Teste de Allen. .................................................................................................29
Lista de quadros
Quadro 1: Análise de indicadores geram adequações, mudanças ou melhorias 
nos processos. .................................................................................................17
Quadro 2: Elementos para elaboração e apresentação de Procedimentos 
Assistenciais. ...................................................................................................18
Quadro 3: Etapas para descrição do procedimento. ......................................22
Quadro 4: Exemplo de Procedimento Assistencial – Punção da Artéria Radial 
para Coleta de Gasometria Arterial. ...............................................................23
Quadro 5: Principais bases de dados bibliográficas de interesse para a área 
de saúde. ..........................................................................................................38
10
1 Introdução
Os Procedimentos Assistenciais também conhecidos como Procedimento 
Operacional Padrão (POP), são meios de comunicação com os profissionais 
que executam diariamente técnicas e procedimentos no cuidado direto aos 
pacientes e favorecem a padronização de condutas. Portanto, são documentos 
imprescindíveis para a realização da assistência em qualquer instituição 
de saúde que preza pela qualidade e segurança do cuidado, visto que tem 
como propósito organizar, padronizar, orientar e comunicar a estrutura 
e o funcionamento da instituição ou serviço, além de obter uniformidade e 
redução de custos. Deve obedecer a critérios técnicos, considerando normas e 
legislação de cada profissão envolvida (MATSUDA, 2010).
Ao descrever este Guia para Descrição de Procedimentos Assistenciais de 
Enfermagem no Âmbito Hospitalar consideramos que de acordo com Jericó, 
Peres e Kurcgant, 2008, tais normas, desenhos, manuais de técnicas e 
procedimentos são ferramentas utilizadas pelas organizações de saúde que são 
moldadas pelas crenças de quem as constituíram (fundadores ou dirigentes) e 
que adotam recursos e geram uma produção assistencial, em busca de atingir 
os objetivos organizacionais.
Os padrões assistenciais podem estar descritos em formato de protocolo e ou 
procedimento assistencial, contendo os requisitos mínimos para determinado 
cuidado a ser prestado, baseado em evidências científicas e ou na melhor 
informação disponível. 
Destaca-se que, Protocolos Assistenciais são orientações sistematizadas 
baseadas nas diretrizes e evidências da literatura e elaborados por especialistas 
de uma instituição. Priorizam-se os pontos críticos e fundamentais no processo 
de decisão. Um protocolo tem associação com vários procedimentos assistenciais. 
E os Procedimentos Assistenciais descrevem minuciosamente como devem 
ser executadas determinadas atividades, sistematizando a realização dessas 
ações. Descreve o que e como deve ser feito, além de documentos, materiais e 
equipamentos que devem ser utilizados e, como a atividade deve ser controlada 
e registrada. Define os profissionais que devem executar o procedimento 
de acordo com a legislação vigente. É baseado em evidência cientifica e 
ou melhor informação disponível, tendo como resultado as melhores 
práticas assistenciais.
11
Essencialmente a descrição dos Procedimentos Assistenciais tem como objetivos:
 • Promover a uniformidade e padronização das condutas e a tomada 
 de decisão pela equipe assistencial garantindo: 
 • Prevenir e controlar sistematicamente a ocorrência de eventos 
 adversos promovendo a cultura de segurança organizacional;
 • Estabelecer e disseminar os requisitos para a segurança do paciente, 
 do colaborador e do meio ambiente; 
 • Fortalecer a comunicação entre os profissionais;
 • Evitar o desperdício de recursos humanos, materiais e tempo, 
 com foco na otimização; dos processos assistenciais e na 
 sustentabilidade organizacional e ambiental;
 • Direcionar as ações e conteúdos para as capacitações profissionais;
 • Facilitar a conformidade, definindo o padrão ou especificações para 
 medição de qualidade e controle; 
 • Incentivar cuidados equitativos removendo o viés de conhecimento 
 durante a capacitação, execução e educação, promovendo comunicação 
 assertiva entre pacientes, familiares e profissionais de saúde;
 • Melhorar o comportamento, habilidades e conhecimento pessoal e 
 promover mudança de atitude;
 • Na perspectiva de modelo de melhoria, um procedimento assistencial 
 documentado fornece a fundamentação para que práticas atuais e 
 anteriores possam ser comparadas, as alterações de melhoria podem 
 ser feitas e os benefícios avaliados e mensurados.
A padronização das rotinas racionaliza a prática e consequentemente aumenta 
a segurança do cuidado, sendo que neste processo é fundamental que o 
enfermeiro monitore as ações assistenciais de sua equipe tendo como base a 
visão de integralidade do paciente (ALMEIDA et al., 2011).
Outro conceito que deve ser considerado ao descrever um Procedimento 
Assistencial, é que ele deve informar ao colaborador como deve agir caso 
ocorra qualquer falha no processo e assim, estimular a notificação de eventos 
adversos e a disseminação de uma cultura de segurança institucional. 
Cita-se ainda que, uma organização de alta confiabilidade como a aviação, é 
capaz de evitar catástrofes em um ambiente onde os acidentes são esperados, 
devidos aos fatores de riscos existentes e complexidade do sistema. Este 
sistema pode ser definido como um sistema de gerenciamento que faz uso 
12
de todos os recursos disponíveis: equipamentos, procedimentos e pessoas, 
para promover a segurança e aumentar a eficiência das operações de voo. O 
comportamento humano geralmente pode ser dividido em três categorias 
distintas: comportamento baseado em habilidades, baseado em regras e 
baseado no conhecimento. O comportamento baseado em regras geralmente 
é bastante robusto e, por isso, o uso de procedimentos e regras é enfatizado 
na manutenção da aeronave. Os erros no nível de desempenho baseado no 
conhecimento estão relacionados ao conhecimento incompleto ou incorreto 
ou a interpretação incorreta da situação. O monitoramento cuidadoso dos 
sistemas da aeronave, juntamente com um bom conhecimento técnico, 
ajudará o piloto a manter a consciência situacional e a se manter a frente da 
aeronave. (Disponível em: https://www.globalairtraining.com/crew-resource-
management.php).
Figura 1. Comparação entre os riscos da área da saúde e outras atividades
Perigoso
(>1/1000)
Ultra Seguro
(<1/100.000)
• Aviação Civil
• Ferrovias Europeias
• Energia Nuclear
10 100 1.000 10.000 100.000 1.000.000
1.000.000
100.00
10.000
1.000
100
10
EVENTOS POR FATALIDADE
VI
D
A
S 
PE
R
D
ID
A
S/
A
N
O
Regular
• Automóveis
• Indústrias 
 Quimicas
• Área da Saúde
• Escalada de 
Montanhas
• Bungee 
 Jumping
Fonte: How hazardous is health care? Adaptado de Lucian L. Leape, M.D., apresentação na The Public’s 
Health: A Matter of Trust Symposium, 2002. Harvard University School of Public Health. Gráficos obtidos 
em R. Amalberti, “The Paradox of Almost Totally Safe Transportation Systems,” Safety Science 36, no. 1 
(2000); 1-18. 
13
Finalmente, acreditamos que este Guia apoiará os diversos profissionais 
responsáveis pela prática assistencial a instituírem documentos baseados 
em melhores práticas, considerando as novas abordagens para a descrição, 
elaboração e implementação dos Procedimentos Assistenciais visando a 
segurança para o paciente, colaborador e ambiente.
 
Figura 2. ProcedimentosAssistenciais. Estabelecer e disseminar os requisítos 
para a segurança do paciente, colaborador e do ambiente
Colaborador
Paciente
Ambiente
14
2 D i r e t r i z e s e l e g i s l a ç õ e s p a r a a d e s c r i ç ã o d e 
Procedimentos Assistenciais
O reconhecimento dos r iscos são fundamentais para as mudanças 
comportamentais necessárias ao exercício das diversas atividades profissionais 
no ambiente hospitalar. Durante a descrição do procedimento e em cada ação 
a ser executada, deve haver a justificativa do risco baseada nas evidências 
reconhecidas sobre segurança do paciente, colaborador e ambiente, que aliada 
à compreensão e disseminação do conhecimento para o profissional que 
executará a procedimento promoverá uma prática mais segura. 
Consideramos as competências legais, técnicas e éticas, visto que nem tudo 
que está regulamentado, o profissional está apto a fazer, porque esta aptidão 
relaciona-se à competência técnica e não à competência legal, e a atividade 
somente deve ser executada se houver competência técnica para executar. 
O profissional de enfermagem responde por toda ação por ele praticada, ficando 
sujeito às penalidades legais e éticas previstas na Lei do Exercício Profissional 
n° 7.498/1986, no seu decreto regulamentador (Decreto n° 94.406/1987) e 
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, Resoluções do Conselho 
Federal de Enfermagem (COFEN) e demais legislações de Enfermagem.
Sobre o aspecto de Segurança do Paciente a Lei n° 7498, de 25 de junho de 
1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem, 
determina ao enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, à participação 
na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que 
possam ser causados aos pacientes durante a assistência de enfermagem. 
E para a equipe de enfermagem, a prevenção e controle sistemático de danos 
físicos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência em 
saúde. A padronização dos Procedimentos Assistenciais garante o aumento 
da segurança e satisfação dos profissionais. A informação e capacitação do 
profissional permite alcançar melhores resultados, redução dos riscos, visto 
que os processos nos serviços de saúde são complexos e tem cada vez mais 
incorporado tecnologias e técnicas elaboradas, acompanhados de riscos 
adicionais na prestação de assistência aos indivíduos. Esse processo de melhoria 
precisa ser realizado de modo sistemático e participativo, ou seja, elaborado 
e compreendido pelos colaboradores das organizações. A elaboração de um 
15
Procedimento Assistencial garante que as ações sejam realizadas da mesma 
forma, independente do profissional executante ou de qualquer outro fator 
envolvido no processo, diminuindo assim as variações causadas por imperícia 
e adaptações aleatórias(SCARTEZINI, 2009).
Nesse contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mobilizou-se frente 
às questões de segurança do paciente e da qualidade do cuidado em saúde, 
a partir de 2002, na Assembleia Mundial da Saúde. Em 2004, foi criada a 
primeira edição da Aliança Mundial para Segurança do Paciente, que voltou- se 
para a criação e o desenvolvimento de políticas e práticas em prol da segurança 
do paciente para todos os países membros da OMS. Dessa forma, ações 
realizadas para a sensibilização e a avaliação das situações de segurança e o 
desenvolvimento de práticas assistenciais seguras.
A Resolução COFEN n° 358/2009, estabelece no artigo 1° “O processo de 
enfermagem deve ser realizado de modo deliberado e sistemático, em todos 
os ambientes públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional 
de enfermagem”. Esta resolução amplia o conceito de Sistematização da 
Assistência de Enfermagem (SAE) considerados como forma de organização 
do trabalho profissional. A SAE pressupõe a organização de procedimentos 
assistenciais, protocolos, normas e rotinas cuja elaboração e descrição 
devem pautar-se no uso das melhores evidências em saúde com a garantia da 
segurança do paciente, do profissional e do ambiente.
Sobre a segurança do profissional, o COREN-SP publicou a Norma 
Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego NR 32, que estabelece 
medidas para proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores de saúde, que 
abrange as situações de exposição aos diversos agentes de riscos presentes 
no ambiente de trabalho, como os agentes de risco biológico, químico e físico 
com destaque para as radiações ionizantes e os agentes de risco ergonômico. 
O objetivo é prevenir os acidentes e o adoecimento causado pelo trabalho 
dos profissionais da saúde, eliminando e controlando as condições de risco 
presentes nos serviços de saúde. Esta norma regulamentadora recomenda 
para cada situação de risco à adoção de medidas preventivas e a capacitação 
dos profissionais para o trabalho seguro. Desta maneira, é importante inserir 
na descrição de um procedimento assistencial, o risco sobre determinado item 
do procedimento para que o profissional identifique o potencial dano a que 
está exposto ao executar a tarefa, e possa garantir sua proteção.
16
Sobre a Segurança do Ambiente citamos a Política Ambiental do COFEN 
04/2013 baseado na ISO 14.001, documento da ABNT NBR que especifica os 
requisitos de um sistema de gestão ambiental e em legislações vigentes Resolução 
RDC Nº 306, de 7 de Dezembro de 2004, dispõe sobre o Regulamento Técnico 
para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. A lei 12.305/2010 que 
institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, buscando otimizar o uso de 
recursos e impacto ambiental e promover mudança de atitude, com foco na 
sustentabilidade. É importante identificar o descarte apropriado de resíduos 
sólidos de saúde como substâncias, objetos e líquidos, cujas particularidades 
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos. A Resolução 
COFEN 303/2005 proporciona ao enfermeiro ser responsável sobre o 
plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS). Neste 
contexto, é de suma importância descrever, alertar e indicar no procedimento 
assistencial o descarte correto de resíduos com potencial presença de agentes 
biológicos, substâncias químicas, radionuclídeos e materiais perfuro-cortantes 
minimizando os resíduos gerados após exercício da função e diminuindo riscos 
de infecção cruzada e ambiental.
Estas diretrizes supracitadas podem ser usadas para nortear a elaboração dos 
processos e Procedimentos Assistenciais nos seguintes aspectos:
 • Fornecer boas práticas para elaboração de Procedimentos Assistenciais 
 nas instituições hospitalares, considerando o impacto dos riscos e danos 
 ao paciente, profissional e ambiente na qualidade e segurança 
 do cuidado.
 • Conscientizar os enfermeiros sobre a importância do monitoramento 
 dos documentos que padronizam os procedimentos assistenciais.
 • Apresentar informações que possibilitam aos enfermeiros analisarem 
 criticamente os modelos utilizados atualmente pelas instituições 
 de saúde.
17
 Quadro 1: Análise de indicadores geram adequações, mudanças ou melhorias 
nos processos.
Base para criação de Procedimentos Assistenciais e Resultados de Melhoria
Gera Gera Gera Gera
A B C D E F
Referências para 
boas práticas:
Legislações, 
Publicações, 
Conselhos das 
categorias
Trabalhos 
científicos,
Benchmarking,
Melhorias de 
Processos, etc.
Documentos 
que definem 
as regras de 
como deverá ser 
realizado:
Procedimentos,
Politicas, 
Normas, 
Regimentos, 
Protocolos, 
Formulários.
Capacitação 
dos 
profissionais 
para 
conhecimento 
das regras 
através de 
diferentes 
metodologias:
Treinamentos, 
Reuniões, Etc.
Execução das 
atividades 
conforme 
as regras 
descritas nos 
Documentos:
Dever de 
todos os 
profissionais.
Evidencias de 
conhecimento 
e cumprimento 
das regras:
Registro nos 
prontuários e 
formulários 
 Relatório de 
Auditoria.
Dados e 
informações:
extraídos 
das fontes/
registros que 
comprovam 
a execução 
e geram 
Indicadores 
de melhoria 
e qualidadeassistencial
Geram 
publicações.
 Análise de Indicadores geram adequações, mudanças ou melhorias no processos
Fonte Diagrama SIPOC - Simon, Kerri. “SIPOC Diagram”. Ridgefield, Connecticut: Sixsigma. Retrieved 2012-07-03.
3 Elementos para elaboração e apresentação de 
Procedimentos Assistenciais
Os profissionais que executam os procedimentos podem ter uma visão 
burocrática sobre os documentos, sendo comum a argumentação sobre 
falta de tempo e difícil acesso para consulta, o que pode desencadear falta 
de credibilidade ao documento. Portanto, recomenda-se alguns elementos 
essenciais que devem ser analisados antes de iniciar a elaboração de 
procedimentos assistenciais. A seguir apresentamos algumas recomendações: 
18
 Quadro 2: Elementos para elaboração e apresentação de Procedimentos 
Assistenciais
Considerar a participação sistemática e colaborativa dos profissionais que 
executam o procedimento, solicitando análise crítica durante a elaboração 
do documento com o objetivo de mitigar a violação das etapas descritas. 
(ANVISA, 2017).
O conteúdo deve ser claro, objetivo e confiável.
A organização tem o dever de informar sobre um procedimento novo ou 
revisado, e garantir a implementação, além de medir os resultados.
Investir em ações de capacitação e de disseminação das informações, para 
garantir que o profissional esteja habilitado e qualificado na execução do 
procedimento (SCARTEZINI, 2009).
A atualização deve ser periódica e com visão qualitativa e não somente 
temporal, considerando nova demanda e/ou atualização da prática 
assistencial baseada em evidência, padrões de acreditação e certificação 
de qualidade, além de ocorrência de eventos adversos com impacto nos 
indicadores de qualidade assistencial. 
A descrição do Procedimento Assistencial requer reuniões de validação, 
revalidação, consenso e parecer de especialista. Deve ter data de criação e 
prazos estabelecidos para atualização e revisão, assim como os responsáveis 
por essas ações.
Recomenda-se uma base de dados informatizada com guarda do histórico de 
todas as revisões e aprovações e controle automático das versões.
Os procedimentos não podem por si mesmos, garantir a segurança. A 
segurança é promovida por pessoas habilitadas a julgar quando e como (e 
quando não) adaptar os procedimentos as circunstancias locais.
Assegurar que a responsabilidade pela execução de cada passo de ação seja 
explicitamente declarada, e não implícita.
Usar voz ativa e não passiva ao escrever etapas específicas da ação do 
procedimento:
“Voz passiva” o recipiente do espécime deve ser rotulado;
“Voz ativa” coloque uma etiqueta no recipiente de amostra;
(Disponível no https://www.psqh.com/analysis/policies-and-procedures-for- 
healthcare-organizations-a-risk-management-perspective).
Utilizar termos técnicos padronizados pela instituição.
19
Estar de acordo com os padrões de qualidade e segurança para o paciente, 
colaborador e meio ambiente, a prática local e os recursos disponíveis na 
Instituição.
Deve conter as instruções sequenciais das operações e a frequência de 
execução, especificando o responsável pela execução, lista dos materiais e 
equipamentos utilizados na execução do procedimento, descrição da etapa 
crítica e os riscos.
Considerar os resultados dos indicadores assistenciais e a análise 
do gerenciamento de risco e eventos adversos monitorados pela 
instituição, realizando constantes análises críticas sobre a aplicabilidade 
do procedimento.
Implementar mecanismo de feedback para que a equipe possa reportar 
situações que resultam em um evento ou que exigiu alguma solução 
alternativa, indicando processos ou práticas possivelmente não confiáveis. 
Este reporte da equipe pode reduzir o potencial de dano ao paciente.
Acrescentar a referência consultada, Resoluções do COFEN, pareceres do 
COREN-SP, Código de Ética e Lei de Exercício Profissional.
Utilizar fluxogramas, diagramas, imagens ou outros métodos gráficos que 
facilitem a visualização, análise e compreensão da mensagem. Fazer fotos do 
dispositivo, material, indicando, por exemplo, onde se deve acoplar, encaixar, 
desprezar, sinalizando o correto, conforme figura abaixo:
 
Figura 3. Coleta de urina por sonda vesical de demora
Como coletar urina por sonda vesical de demora
Antes da coleta da urina, a pinça corta fluxo 
deve ser fechada por 15 minutos. Após a 
coleta, não esquecer de abrir a pinça.
20
4 Principais componentes para formatar uma máscara, 
template ou layout 
Os seguintes itens e definições são recomendados para a construção de um 
formato de Procedimento Assistencial:
1. Conceito ou definição: conceituar o procedimento pautado em referências 
de práticas baseadas em evidência e ou base de dados, alertando sobre os 
principais riscos e os processos de segurança. 
2. Objetivos: descrever o que se pretende alcançar com a realização 
padronizada do procedimento.
Fonte: Arquivo de foto - documentação institucional HCor - São Paulo 2017
Limpar antes e depois, o local de introdução 
da seringa de coleta de urina com swab de 
álcool. Usar óculos de proteção e luvas de 
procedimento.
Este é o local próprio para coleta da urina, 
e não exige uso de agulha. O bico da 
seringa de coleta de urina encaixa-se neste 
local.
ATENÇÃO: esta via somente deve ser 
usada para encher ou esvaziar o balão 
da Sonda.
Forçar o bico da seringa de coleta de urina 
na área indicada e aspirar à urina. 
A seringa identificada deverá ser enviada 
imediatamente ao laboratório. Após a 
coleta abrir a pinça.
21
3. Áreas envolvidas/abrangência: definir e descrever em quais áreas ou 
setores o procedimento pode ser realizado, garantindo a segurança na execução 
pela equipe treinada e capacitada, o ambiente deverá fornecer a estrutura e 
material adequado, e o paciente deverá ser adequadamente assistido.
4. Responsáveis: descrever as categorias profissionais dos responsáveis pela 
execução das etapas do procedimento baseado na Lei de Exercício Profissional, 
Resoluções dos Órgãos de Classe, Código de Ética Profissional, diretrizes e 
protocolos da instituição. 
5. Indicação e contra indicação: descrever os principais critérios que 
indicam e contra indicam a realização do procedimento. 
6. Material e outros recursos: descrever a lista de materiais e 
equipamentos que serão utilizados, evitando retrabalhos e ou desperdícios 
garantindo uma prática segura. Considerar alergia declarada e material a 
ser substituído. Considerar as especificidades do paciente como faixa etária, 
condição clinica, entre outros, e recomendar a necessidade de outro profissional 
da equipe para auxiliar durante o procedimento, para garantir a esterilidade 
do material, técnica asséptica e segurança do paciente. Seguir normativas 
do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, do Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), Comissão de 
Padronização de Materiais e Engenharia Clínica.
7. Orientação pré e pós-procedimento: descrever as informações 
relevantes que o paciente e familiar devem receber sobre o procedimento, 
assim como os alertas e riscos, sinais e sintomas. Informar a entrega de 
material educativo. Considerar o consentimento verbal e/ou escrito, conforme 
as normativas da instituição (Termo de Consentimento). Promover uma 
melhor comunicação entre pacientes, familiares e profissionais de saúde. 
8. Indicador de qualidade: descrever a ficha técnica do indicador que 
monitorará a qualidade da execução do procedimento, quando aplicável. 
9. Periodicidade de treinamento: descrever a periodicidade de 
treinamento do procedimento considerando a criticidade, o risco, recorrência 
de eventos adversos, e exigência de busca de capacitação contínua necessária 
à sua realização.
22
Exemplo: periodicidade admissional, anual ou bienal, ou devido à introdução 
de novo material, equipamento ou informação. Citar o requerimento 
de certificação por determinada sociedade, curso, entre outros, com data 
de renovação.
10. Documentos relacionados:listar os outros documentos institucionais 
que estão diretamente relacionados ao procedimento descrito para consulta e 
complementam o processo. Como exemplo, uma política, norma, diretriz ou 
protocolo relacionadas a este procedimento.
11. Referências consultadas: descrever as fontes consultadas.
12. Elaboradores/revisores e respectiva área: listar os profissionais 
que participaram diretamente da elaboração do procedimento e revisão com 
respectivos cargos e/ou áreas de atuação.
13. Descrição do procedimento.
Quadro 3: Etapas para descrição do procedimento
Ação 
(O quê e como fazer)
Justificativa e Riscos 
Identificados 
(Por quê) 
Segurança do paciente, 
colaborador, ambiente
(para quem)
Descrever o passo a passo da 
técnica de forma sequencial e 
numerada.
Preencher essa coluna para os 
itens descritos na ação, a fim de 
mitigar o dano ou potencial de 
dano e garantir a segurança no 
processo.
Esta coluna determina aquele 
ou aqueles que requerem 
atenção em termos de segurança 
do paciente, colaborador e 
ambiente.
23
5 Descrição do procedimento: ação, justificativa/riscos 
identificados e segurança
Quadro 4: Exemplo de Procedimento Assistencial - Punção da Artéria Radial 
para Coleta de Gasometria Arterial
Procedimento Assistencial - Punção da artéria 
radial para coleta de gasometria arterial
Ação Justificativa e riscos identificados
Segurança do paciente, 
colaborador e ambiente
1. Higienizar as mãos antes 
de entrar em contato com o 
paciente.
Evitar a transmissão de micro 
organismos presentes nas mãos 
do profissional e que podem 
causar infecções ao paciente. 
OMS-Recomendação dos 5 
momentos de higienização 
da mãos.
Paciente
2. Explicar e discutir o 
procedimento com o paciente. 
Assegurar que o paciente 
entenda o procedimento, dê seu 
consentimento e colaboração 
durante a punção. Ajudar a 
minimizar ansiedade que possa 
distorcer a análise ou exacerbar 
sintomas, quando aplicável. O 
consentimento talvez não seja 
possível em certos cenários 
clínicos, para o paciente em 
estado crítico ou inconsciente.
Paciente
3. Checar o atual resultado dos 
níveis de coagulação, contagem 
de plaquetas, histórico clinico 
e uso de medicamentos 
anticoagulantes.
Identificar possíveis riscos 
de sangramento e prevenir 
formação de hematoma 
pós-procedimento. Quando 
apropriado ou indicado, 
aguardar a correção da 
coagulação antes da punção.
Paciente
4. Para a obtenção da 
gasometria arterial o paciente 
deve estar com os parâmetros 
respiratórios estáveis 15 a 20 
minutos antes. 
Se estiver em ventilação 
mecânica os parâmetros não 
devem ser sido ajustados 
naquele momento, e o paciente 
não deve ter a via área aspirada 
naquele momento, para 
interpretação dos valores 
corretos.
Paciente
24
5. Checar pulseira de 
identificação. Verificar dois 
identificadores (nome e 
prontuário).
Checar com o paciente se as 
informações da etiqueta do 
tubo de coleta estão corretas. 
Verificar dois identificadores 
(nome e prontuário).
Para o paciente impossibilitado 
de checar as informação, deve-se 
 checar com o acompanhante 
ou outro profissional.
Para assegurar que o 
procedimento ocorrerá com o 
paciente correto.
Garantir amostra do paciente 
correta, e garantir ao laboratório 
informação exata.
Paciente
6. Checar a concentração 
de oxigênio inalado e a 
temperatura corporal neste 
momento. Registrar na etiqueta 
de identificação do tubo de 
coleta.
A concentração de oxigênio 
inspirado e a temperatura 
são parâmetros necessários e 
primordiais para interpretar 
os valores dos gases no sangue 
arterial durante a análise da 
amostra.
Paciente
7. Dispor o materiais próximo 
ao lado do local da punção. 
A caixa de perfuro-cortante 
deve estar localizada próximo 
ao local para descarte da agulha.
Assegurar que o todo o material 
necessário para punção esteja 
adequado e preparado, evita 
manobra insegura prevenindo 
contaminação, infecção e 
acidente.
(Referência NR 32)
Colaborador
8. Assumir uma posição 
confortável. Se possível sentar-se 
próximo ao paciente.
Para maximizar a chance de 
uma coleta com êxito em uma 
primeira tentativa, minimizando 
o desconforto do paciente.
 Minimizar o desconforto 
do profissional, garantir 
posicionamento adequado e 
evitar ferimento com a agulha.
Paciente
Colaborador
9. Inspecionar e avaliar a 
estrutura anatômica e pele ao 
redor do local da punção.
Para identificar qualquer área 
de escoriação, cirurgia, trauma, 
infecção e perfusão ruim. Não 
puncionar o local na presença 
destas condições.
Paciente
10. Localizar e palpar a artéria 
radial com os dedos médio 
e indicador da mão não 
dominante.
Para avaliar a máxima pulsação 
e assegurar que o local esteja em 
ótima condição para punção.
A punção arterial pode resultar 
em espasmo arterial, trombo 
intraluminal, sangramento, 
hematoma, pseudoaneurima e 
necrose. Estes fatores podem 
impedir o fluxo arterial no 
tecido distal.
Paciente
25
11. Realizar o Teste de Allen
 (Consultar Figura 4).
Para confirmar a patência da 
circulação da artéria ulnar e 
avaliar a circulação colateral 
para a mão, no caso de dano 
da artéria radial, como por 
exemplo presença de trombose 
(WHITE, 2003.).
No caso de dúvida sobre a 
circulação, não hesite em 
compartilhar com o médico, 
pois pode haver a necessidade 
de Doppler para avaliação do 
fluxo colateral nestes pacientes 
de alto risco, antes da canulação.
Paciente
12. Preparar o paciente na 
posição supina: com a palma 
da mão virada para cima 
em relação ao antebraço, e 
gentilmente estender o pulso 
em um ângulo de 40º sobre 
uma toalha enrolada. Evitar 
hiperextensão. 
Solicitar assistência de outro 
profissional, se necessário.
A extensão do pulso eleva a 
artéria para um plano mais 
superficial (DANCKERS, 
FRIED, 2013).
 Flexionar levemente a mão 
para facilitar a inserção. A 
hiper extensão do pulso não é 
recomendada pela interposição 
dos tendões o que dificulta 
sentir o pulso.
Para reduzir o risco do 
paciente se movimentar 
inesperadamente durante a 
punção.
Paciente
Colaborador
13. Adaptar o tubo de coleta 
com o êmbolo tracionado 
antes da punção.
Reduzir hemólise da amostra. A 
pressão do sangue arterial causa 
refluxo de sangue para dentro 
do tubo. Salvo em pacientes 
que estejam extremamente 
hipotenso.
(WEINSTEIN, PLUMER 2007, E)
Paciente
14. Higienizar as mãos 
Colocar óculos de proteção.
Higienizar as mãos 
Colocar óculos de proteção.
Colaborador 
15. Higienizar as mãos 
imediatamente antes do 
procedimento asséptico
Calçar luvas de procedimento.
Manter técnica asséptica ao 
longo do procedimento.
Evitar a transmissão de micro 
organismos presentes na mão do 
profissional e que podem causar 
infecções (OMS-Recomendação 
5 momentos de higienização da 
mãos).
Paciente
16. Segurar o escalpe com os 
dois dedos da mão dominante.
Para guiar a posição da artéria 
radial e obter êxito na punção.
Paciente
26
17. O angulo da agulha deve 
ser entre 30° a 45º, e o bísel 
da agulha deve estar voltado 
para cima. Palpar próximo 
ao local da punção para 
guiar a introdução da agulha, 
mirando a direção da artéria.
Minimizar trauma na artéria. A 
inserção rápida da agulha pode 
resultar na introdução errada da 
agulha. 
Cuidado para não tocar no local 
de punção depois da antissepsia, 
prevenindo risco de infecção.
 O fluxo pulsátil indica o acesso 
correto à artéria radial. 
A pressão arterial pode causar 
entrada espontânea para dentro 
da seringa.
Paciente
18. O profissional não deve 
realizar mais do que duas 
tentativas no mesmo local. 
Deve solicitar ajuda.
Múltiplas tentativas de 
punções aumenta o risco de 
complicações por trauma 
direto e vaso espasmo. Se o 
paciente necessitar de várias 
amostragens, pode estar 
indicado a canulação da artéria 
para reduzir a dor, estresse e 
trauma.
A punção arterial está associada 
à dor decorrente dos nervos 
adjacentes e punção profunda. 
A punção pode ser difícil em 
pacientes não colaborativos 
e naqueles onde o pulsonão 
é facilmente identificado. 
Pacientes com deficiência 
cognitiva, doença avançada 
degenerativa das articulações, 
obesidade, aterosclerose em 
idoso, e doença renal avançada 
que pode causar rigidez da 
parede do vaso (MILZMAN, 
JANCHAR, 2013)
Paciente
19. Puxar o êmbolo 
gentilmente e completar o 
tubo com sangue (checar a 
quantia de sangue do tubo 
de coleta recomendada pelo 
fabricante).
Minimizar vasoespasmo.
Assegurar que a quantia ideal 
de sangue é obtida em ordem 
para assegurar uma apropriada 
mistura de sangue com heparina.
Paciente
27
20. Retirar a agulha 
imediatamente, seguindo 
de aplicação de pressão com 
gaze estéril por no mínimo 5 
minutos ou até não perceber 
sinais de sangramento.
Se necessário solicitar ajuda de 
outro profissional para manter 
a compressão local.
Após interromper o 
sangramento local, aplicar 
curativo oclusivo compressivo 
(cuidado com compressão ou 
garroteamento excessivo).
Prevenir formação de hematoma 
e sangramento excessivo.
A assistência de outro 
profissional na continuidade da 
aplicação de pressão permite 
rapidez no encaminhamento da 
amostra para o laboratório. 
Assegurar que o local seja 
avaliado sequencialmente, 
identificando sangramento e 
complicações, prejudicando a 
perfusão distal e para remoção 
do curativo oclusivo.
Paciente
21. Descartar o escalpe na 
caixa para perfuro cortante 
após acionar o dispositivo 
de segurança Não deixar o 
escalpe/agulha na bandeja e 
não reencapar a agulha.
Retornar o punho do paciente 
para posição neutra.
Assegurar o descarte correto 
e prevenir acidente com 
perfurantes. (NR 32).
O acidente com perfuro cortante 
pode acontecer no momento 
de retirar e desprezar o escalpe/
agulha da bandeja.
A hiperextensão prolongada 
pode provocar alterações no 
nervo mediano.
Colaborador
Paciente
22. Atenção com a amostra 
coletada: remover a bolha de 
ar de dentro do tubo. 
Utilizar adaptador específico.
Envolver a amostra em 
recipiente com gelo. Enviar a 
amostra imediatamente para 
análise.
Deixar a amostra sem ar para 
garantir precisão dos valores no 
resultado.
Cuidados ao empurrar o êmbolo 
para remover o ar. Prevenir 
respingo de sangue na mucosa 
do profissional.
As amostras de sangue 
arterial devem ser mantidas 
em condições anaeróbicas, 
e deve ser colocado gelo e 
manter a temperatura de 0º 
até o momento da análise 
(KNOWLES et al., 2006).
Paciente
Colaborador
28
23. Descartar os materiais de 
forma segura. 
Retirar a luva de 
procedimento. 
Higienizar as mãos 
imediatamente após a 
remoção das luvas.
Prevenir contaminação e 
acidente com perfuro-cortante.
As luvas de procedimento 
contaminada com material 
biológico devem ser descartadas 
em lixo com saco plástico 
branco (lixo contaminado).
Evitar a transmissão de 
micro organismos a outros 
profissionais ou pacientes. 
(OMS-Recomendação - 5 
momentos de higienização 
da mãos).
Colaborador
Ambiente
Colaborador
Paciente
24. Registrar no prontuário.
Comunicar as observações 
importantes ou complicações 
sobre a punção.
Para reconhecer a 
responsabilidade pelas ações 
no procedimento e assegurar 
a continuidade no cuidado, 
vigilância e comunicação efetiva.
Assegurar tratamento rápido 
e apropriado no manejo das 
complicações.
Colaborador
Paciente
25. Higienizar as mãos ao sair 
do quarto.
Evitar a transmissão de 
micro organismos a outros 
profissionais ou pacientes após 
contato com áreas próximas 
ao paciente (mobília, outras 
superfícies e objetos) (OMS- 
Recomendação 5 momentos de 
higienização da mãos).
Colaborador e outros Pacientes
Fonte: Adaptado do Manual: The Royal Marsden Manual of Clinical Nursing Procedimentos, 9º Ed (2015)
Teste de Allen é um teste usado para avaliar o suprimento sanguíneo da
mão. Recebe o nome em homenagem a Edgar Van Nuys Allen. O teste avalia a
circulação colateral da mão através da avaliação das artérias ulnar e radial.
Para pacientes inconscientes ou anestesiados que não conseguem fechar a mão 
em punho, foi descrito o Teste de Allen Modificado ( MILZMA, 2004; BARBER, 
1973. Neste caso, uma bandagem pode ser usada para “exsanguinar” a mão; o 
restante do teste é realizado como já descrito( ALEX, 2017)
 
Os resultados do teste de Allen podem ser divididos nas três seguintes 
categorias ( STROUD, 2003)
29
Retorno da perfusão para a mão em menos de 7 segundos – Normal
Retorno da perfusão em 8-14 segundos – alterado
Retorno da perfusão em mais de 14 segundos – Anormal
A seguir, descrição dos passos para coleta de gasometria arterial, 
adotando o Teste de Allen.
6 Processo para implementação 
Os Procedimentos Assistenciais, após a descritos e publicados no sistema 
informatizado ( sempre que possível ), deverão ser divulgados para os 
profissionais. A depender do Procedimento Assistencial descrito as estratégias 
poderão ser utilizadas, devendo estar ajustadas para fins educacionais à 
aprendizagem requerida e às características dos profissionais. 
 • Reuniões com as equipes envolvidas;
 • Aula presencial teórica e/ou prática em sala de aula;
 • Aula presencial in loco: treinamentos com duração máxima de 30 
 minutos, realizado na própria unidade de trabalho com a presença de 
 um instrutor e registro de participação da equipe local;
 • Cenário para simulação realística;
Teste de Allen
Para realizar este teste, 
o examinador eleva a mão 
do paciente e solicita que 
a feche por 30 segundos. 
Em seguida, a pressão sobre a artéria ulnar é liberada 
e o tempo que leva para que a cor volte à mão seja medido 
(em segundos). 
Com a mão do paciente 
em punho, o examinador 
aplica pressão simultânea 
às artérias ulnar e radial 
para ocluí-las. 
Solicita-se ao paciente que abra a mão, o 
que deve parecer pálido como consequência 
da oclusão das artérias radiais e ulnares. 
As artérias radiais e ulnares permanecem 
ocluídas após a abertura da mão.
Fonte: Arquivo de foto - documentação institucional Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo 2017
30
 • Projeto lembrete: realizado na própria unidade de trabalho por meio da 
 leitura de material impresso e/ou digital. Utilizado para atualizar 
 informações pontuais com baixo nível de complexidade;
 • Ensino a Distância
 o E-learning - (e = eletrônico; learning = aprendizagem) é uma 
 ferramenta de ensino a distância que possibilita a autoaprendizagem, 
 com a mediação de recursos tecnológicos e de multimídia, veiculado 
 através da internet, permite controle de acesso.
 o E-meeting ou videoconferência - recurso de transmissão de aulas/ 
 palestras via internet ou equipamentos de videoconferência, permite 
 interação entre os profissionais.
 o Aula multimídia - acervo de aulas, acesso conforme necessidade de 
 cada usuário e sem controle de acesso. 
Após a definição da metodologia de treinamento e divulgação inicia-se a 
organização que define os meios pelos quais a ação será entregue, que inclui 
o local, recursos audiovisuais, materiais de escritório, lista de presença, 
instrumentos de avaliação e certificados.
O instrumento de avaliação pode exigir níveis de complexidade que podem 
variar desde situações mais simples até as mais formais que incluam 
necessidade de certificação. Os instrumentos de avaliação podem ser de 
avaliação de conhecimento teórico, de avaliação de habilidades técnicas e de 
avaliação de reação.
O planejamento e a organização do treinamento devem prever ainda as 
estratégias de mensuração que apontam a eficácia do treinamento. 
7 Organização da Prática Assistencial no âmbito 
hospitalar
As instituições de saúde reúnem tecnologia e recursos humanos, e tem se 
tornado cada vez mais um sistema complexo, cheios de barreiras e desafios, 
exigindo uma equipe especializada que tenha como um dos objetivos de atuação 
enxergar oportunidades de melhorias e garantir a implantação de práticas 
31
seguras e baseadas em evidência, respeitando os princípios éticos e legais de 
cada profissão. Diante deste desafio, uma equipe de práticas assistenciais,seja com dedicação exclusiva ou não, surge como uma decisão estratégica da 
instituição que deseja alcançar tais resultados. 
Ao se optar pela criação de setor de Práticas Assistenciais, é preciso eleger 
profissionais com experiência significativa na assistência e que possuam 
conhecimento, habilidade e atitude que facilite a implantação e manutenção 
das boas práticas. Deve-se atuar em uma função matricial na instituição, 
com autonomia em sua atuação, e aplicar a multidisciplinaridade, 
interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
 
Os profissionais que atuam no setor de Práticas Assistenciais possuem 
atribuições específicas, tais como:
 • Garantir que os profissionais atuem cumprindo os preceitos éticos e 
 legais da profissão; 
 • Participar em parceria com a Educação Coorporativa dos treinamentos 
 assistenciais;
 • Elaborar e manter banco de dados de documentos referentes à Prática 
 Assistencial na instituição;
 • Desenvolver e implantar indicadores que permitam a avaliação e revisão 
 contínua dos serviços e dos resultados alcançados, analisando 
 criticamente os dados e propondo ações corretivas ou melhorias visando 
 o cumprimento das metas estabelecidas;
 • Promover reuniões e alinhamento com os especialistas para discutir 
 os procedimentos e protocolos, e também reuniões de estudos de 
 casos multidisciplinares;
 • Identificar recursos adequados para a prática assistencial;
 • Apoiar a equipe assistencial na aquisição ou produção de novos 
 conhecimentos ou tecnologias;
 
32
 • Facilitar a comunicação entre os profissionais da equipe multidisciplinar; 
 • Realizar consultas jurídicas para apoiar os processos assistenciais;
 • Participar da avaliação dos eventos adversos ocorridos na instituição e 
 nas ações de melhoria;
 • Participar dos times de trabalho referente ao processo de certificação de 
 qualidade da instituição;
 • Implantar as melhores práticas assistenciais baseadas em evidência;
 • Garantir a sustentabilidade do Modelo Assistencial;
 • Garantir a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) com 
 a implementação do Processo de Enfermagem para realização de cuidado 
 de forma segura e eficaz;
 • Participar e contribuir com a equipe da Tecnologia da Informação nas 
 implantações dos processos informatizados;
 • Promover consultoria técnica para áreas assistenciais;
Assim, o setor de Práticas Assistenciais apoiará a liderança executiva da 
instituição a alcançar bons resultados assistenciais, além da manutenção de 
boas práticas que possibilitem proporcionar ao paciente e familiares uma 
melhor experiência com qualidade e segurança.
Considerando-se a relevância da gestão dos processos assitênciais de 
enfermagem, Pimenta, 2015, afirma que a organização de Procedimentos 
Assistenciais deve ser incorporado nas instituições de saúde de forma 
mais sistêmica, possibilitando garantia da segurança dos pacientes e o 
desenvolvimento das melhores práticas em saúde, viabilizando um contexto 
de desenvolvimento processual assistencial que precisa ser mais utilizado no 
âmbito hospitalar. 
Um dos pressupostos para o desenvolvimento de guias de Procedimentos 
Assistenciais é o trabalho em equipe e, para tanto, se faz necessário que 
profissionais de saúde incorporem e aprimorem a ideia da responsabilidade 
coletiva e compartilhada.
Ainda, no que dizem respeito à equipe, as instituições de saúde precisam rever
33
suas estratégias de capacitação e desenvolvimento dos seus colaboradores, que
possam envolver os profissionais de forma mais significativa. O estabelecimento
da cultura e criação de procedimentos assistenciais traz consigo a necessidade
de transpor o modelo biomédico de valorização do biológico em detrimento 
ao humano.
Essas práticas e atitudes podem contribuir para a identificação precoce do 
erro e a tomada de decisão, prevenindo a ocultação e a negação das equipes, 
bem como estabelecendo estratégias de prevenção e recorrências das falhas 
identificadas e documentadas (PIMENTA, 2015).
Vale ressaltar ainda, que a implantação de uma cultura de padronização de 
guias de práticas assistenciais seguras, perpassa várias instâncias de uma 
instituição, precisa do envolvimento e compromisso desde a administração 
central até os serviços de apoio (POTTER, 2013).
Esta temática traz uma reflexão referente a magnitude dessa problemática, 
e reforça a importância de se desenvolver atitudes proativas em prol da 
segurança assistencial e do paciente. As transformações começam a ter 
sentido e resultado a partir de mudanças na prática, que necessitam acontecer 
em constantemente.
8 Considerações finais
No Brasil, a Enfermagem vem assumindo o papel de precursora nas discussões 
sobre a segurança do paciente, destacando-se em estudos envolvendo os erros 
de medicação. Essas pesquisas, mesmo sendo do núcleo da enfermagem, 
abordam várias etapas desse sistema e é preciso mudar a atual concepção das 
falhas envolvidas no processo de cuidado e inserir esse fundamento nos temas 
de debate do cotidiano dos serviços e também na formação dos profissionais. 
A cultura da segurança e organização do trabalho, por meio de elaboração 
de Procedimentos Assistências, devem ser incorporadas e estimuladas nas 
organizações como um fundamento essencial para o cuidado seguro e o 
desenvolvimento de melhores práticas na atenção à saúde. Os pacientes e a sua 
família necessitam estar seguros quando buscam auxílio no serviço de saúde, e 
os profissionais podem ser facilitadores dessa segurança por meio da adoção de 
melhores práticas com a padronização e descrição dos processos assistenciais de 
enfermagem, no âmbito hospitalar como determinante da qualidade do trabalho.
34
O modelo atual de descrição de Procedimentos Assistenciais dificulta o 
raciocínio clínico, pois é pautado em tarefas e não em análise de riscos para 
tomada de decisão.
Nesse contexto, este Guia para Descrição de Procedimentos Assistenciais de 
Enfermagem no Âmbito Hospitalar, norteará as lideranças de enfermagem 
e enfermeiros na tomada de decisão, por meio da construção das melhores 
práticas com foco na segurança do paciente, colaborador e ambiente, 
considerando as características e recursos disponíveis em sua instituição. 
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25 de junho de 1986 que dispõe sobre o exercício da enfermagem dá outras 
providências.
25. BRASIL. Ministério da Saúde. NR-32 Segurança e saúde no trabalho 
em serviços de saúde.Brasília,2005.Disponível:<http://wwwmte.gov.br/
legislacao/normas_regulamentadoras/nr_32.pdf>. Acesso em: 28 Jun 2016 
Institute for healthcare improvement.
26. BRASIL. Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978 Aprova as normas 
regulamentadoras que consolidam as leis do trabalho, relativas à segurança 
e medicina do trabalho. NR - 9. Riscos Ambientais. In: SEGURANÇA E 
MEDICINA DO TRABALHO. 29. Ed. São Paulo: Atlas, 1995. 489 p. (Manuais 
de legislação, 16).
27. Norma regulamentadora n° 32 ( NR32), aprovada pela Portaria TEM n° 
485, de 11 de novembro de 2005Ministério do trabalho e emprego. Portaria 
n.° 939, de 18 de novembro de 2008( DOU de 19?11/08 – seção 1 – pág.238
28. Lei do exercício profissional n° 7.498/1986, no seu decreto regulamentador 
(decreto n° 94.406/1987) BRASIL. Leis, decretos. etc. decreto nº 94406 de 
8 de junho de 1987. Diário Oficial. Brasília 9 de junho de 1987 p. 8853-5. 
regulamenta a Lei, nº 7498 de 25 de junho de 1986 que dispõe sobre o exercício 
da enfermagem dá outras providências.
29. Código de ética dos Profissionais de Enfermagem, resolução COFEN 
370/2011 BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen 370, 
03 de novembro de 2010. Altera o código de processo ético das autarquias 
profissionais da enfermagem para aperfeiçoar as regras e procedimentos 
sobre o processo ético-profissional 03/nov/2010. Disponível em: http://novo.
portalcofen.gov.br/resoluo-cofen-n-370210 _6016.html 
37
30. Lei n° 7498, de 25 de junho de 1986 BRASIL. Conselho Federal 
de Enfermagem. Lei n° 7.498 de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a 
regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. 
Disponível em: http://www.site. Portalcofen.gov.br/leis.
31. Resolução COFEN n° 358/2009 BRASIL. Conselho Federal de 
Enfermagem (BR). Resolução Nº 358 do Conselho Federal de Enfermagem, 
de 15 de outubro de 2009. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/ resoluo-
cofen-3582009_4384. html
32. Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego NR 
32 BRASIL. Ministério da Saúde. NR-32 Segurança e saúde no trabalho em 
serviços de saúde. Brasília, 2005. (Disponível em: http://www mte.gov.br/
legislação/normas regulamentadoras/nr_32.pdf)
33. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Assistência Segura: Uma 
Reflexão Teórica Aplicada à Prática Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
Brasília: ANVISA, 2017.
34. Política Ambiental do COFEN 04/2013 BRASIL. Conselho Federal de 
Enfermagem (BR). Politica ambiental do Conselho Federal de Enfermagem, 
de abril de 2013. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/wp-content/
uploads/2016/03/politicaAmbiental.pdf
35. ISO 14.001-BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
ISO 14.001:2004, de 02 de março de 2012. Sistema de gestão ambiental: 
requisitos com orientações para uso. Disponível em http://www.abntcatalogo.
com.br/norma.aspx?ID=1547
36. Resolução RDC Nº 306, de 7 de Dezembro de 2004BRASIL. Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 
2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos 
de serviço de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 
DF, dez. 2004.
38
37. Lei 12305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos-
BRASIL. Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305. Diário Oficial da 
República Federativa do Brasil, Brasília, DF de 02 agosto de 2010. Disponível 
em http://blog.planalto.gov.br/politica-nacional-de-residuos-solidosune-
protecao-ambiental-e-inclusao-social/
38. COFEN N° 303/2005-BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. 
Resolução COFEN n° 303/2005. Aprova o código de ética dos profissionais de 
enfermagem. Disponível em: http:www.portalcofen.gov.br/2010
39. COFEN N° 390/2011-BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. 
RESOLUÇÃO COFEN Nº 390, DE 18 DE OUTUBRO DE 2011. Diário 
Oficial da União – seção 1, Disponível em http://www.cofen.gov.br/resoluo-
cofen-n-3902011_8037.htm.
Quadro 5 - Principais bases de dados bibliográficas de interesse para a área 
de saúde
Nome da base Instituição responsável/abrangência Indexa
COREN-SP Parecer COREN-SP 004/2013 Artigos, livros, conferências, 
publicações COREN-SP
Lisa Dougherty and Sara 
Lister
The Royal Marsden Manual of 
Clinical Nursing procedures, 
Ninth edition. Edited by Lisa 
Dougherty and Sara Lister
Livro
Pub Med Brzezinski, Luisetti, T. 
& London, M.J. ( 2009) 
Radial artery cannulation: a 
comprehensive review of recent 
anatomic and physiologic 
investigations . Anesthesia and 
analgesia, 109(6) 1763-1781
Artigos de periódicos
Pub Med
Chowet, A.L., Lopez, J.R.., 
Brock-Utne, J.G. & Jaffe, R.A. 
(2004) Wrist hyperextension 
leads to median nerve 
conduction block: implication 
for intraarterial catheter 
placement. Anesthesiology, 100 
(2), 287-291
Artigos de periódicos
39
MedScape Danckers, M. & Fried, 
E.D.(2013) Arterial blood gas 
sampling. Available at: http://
emedicine.medscape.com/
article/1902703-overview
Artigos de periódicos
Milzman, D & Janchar Milzman, D & Janchar, 
T.(2013) Arterial puncture and 
cannulation. In: Roberts, J.R.& 
Hedges, J.R.(ends) Clinical 
procedures in emergency 
medicine, 6th edn, Philadelphia: 
Elsevier Saunders.
Livro
Pub Med Inclui, além da base Medline, 
outros registros incluídos no 
Index Medicus (“Old Medline”).
 Artigos de periódicos
Revista Brasileira Terapia 
Intensiva
Mitchell JD, Welsby IJ. Técnicas 
de acesso arterial.Cirurgia  2004. 
22 (1): 3-4
Artigos de periódicos
RM, Lucas 2014 Roberts J, Hedges 
J. Punção Arterial e 
Canulação. 4. Procedimentos 
Clínicos em Medicina de 
Emergência Filadélfia: WB 
Saunders; 2004. 384-399.
Tese dissertação
Biblioteca digitalde teses e 
dissertações da USP
http://www.teses.usp.br Multidisciplinar
CINAHL – cumulative index 
to nursing and allied health 
literature
http://web.ebscohost.com/ehost/
search/
Literatura internacional-
principal foco enfermagem
Medline- Medical Literature 
Analysis and Retrieval System 
Online/PubMed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/
pubmed
Literatura internacional da área 
medica e biomédica
Lilacs-Literatura latino 
americana e do Caribe em 
ciências da saúde
http://lilacs.bvsalud.org/ Ciências da saúde das Américas 
latina e Caribe
Scielo - Scientific Eletronic 
Library
http://www.scielo.org/php/
index.php
Periódicos científicos – 
Multidisciplinares
Embase-Excerpta medical http://www.elsevier.com/online-
tolls/embase
Literatura biomédica e 
farmacológica
Web of Science http://apps.webofknowledge.
com
Multidisciplinar
40
Coren-SP Endereços
www.coren-sp.gov.br/contatos-sede-subsecoes
São Paulo – Sede
Alameda Ribeirão Preto, 82 – Bela Vista – CEP 01331-000 
Telefone: (11) 3225.6300 – Fax: (11) 3225.6380
• Alto Tietê – NAPE (Núcleo de Atendimento ao Profissional de Enfermagem):
 atendimento ao profissional, exceto fiscalização, responsabilidade técnica e registro
 de empresa.
 Rua Cabo Diogo Oliver, 248 – térreo – Prédio do NETES – Núcleo de Ensino
 Técnico em Saúde – Centro – Mogi das Cruzes – CEP 08710-500
 Telefone: (11) 4790.9028
• Araçatuba – Rua José Bonifácio, 245 – Centro – CEP 16010-380
 Telefones: (18) 3624.8783/3622.1636 – Fax: (18) 3441.1011
• Botucatu – Praça Dona Isabel Arruda, 157 – Sala 81 – Centro – CEP 18602-111
 Telefones: (14) 3814.1049/3813.6755
• Campinas – Rua Saldanha Marinho, 1046 – Botafogo – CEP 13013-081 
 Telefones: (19) 3237.0208/3234.1861 – Fax: (19) 3236.1609
• Guarulhos – Rua Morvam Figueiredo, 65 – Conjuntos 62 e 64 – Edifício Saint 
 Peter, Centro – CEP 07090-010 
 Telefones: (11) 2408.7683/2087.1622
• Itapetininga – Rua Cesário Mota, 418 – Centro – CEP 18200-080
 Telefones: (15) 3271.9966/3275.3397
• Marília – Av. Rio Branco, 262 – Centro – CEP 17500-090 
 Telefones: (14) 3433.5902/3413.1073 – Fax: (14) 3433.1242
• Osasco – Rua Cipriano Tavares, 130 – sala 1 – térreo – Centro – CEP 06010-100
 Telefones: (11) 3681.6814/3681.2933
• Presidente Prudente – Av. Washington Luiz, 300 – Centro – CEP 19010-090
 Telefones: (18) 3221.6927/3222.7756 – Fax: (18) 3222.3108
• Registro - NAPE (Núcleo de Atendimento ao Profissional de Enfermagem):
 apenas registro e atualização de dados de profissionais.
 Av. Prefeito Jonas Banks Leite, 456 – salas 202 e 203 – Centro – CEP 11900-000
 Telefone: (13) 3821.2490
• Ribeirão Preto – Av. Presidente Vargas, 2001 – Conjunto 194 – Jardim América
 CEP 14020-260 
 Telefones: (16) 3911.2818/3911.2808
41
• Santo Amaro - NAPE (Núcleo de Atendimento ao Profissional de Enfermagem): 
 apenas registro e atualização de dados de profissionais.
 Rua Amador Bueno, 328 – sala 1 – térreo – Santo Amaro – São Paulo - SP
 CEP 04752-005
 Telefone: (11) 5523.2631
• Santo André – Rua Dona Elisa Fláquer, 70 – conjuntos 31, 36 e 38 – 3º andar 
 Centro – CEP 09020-160
 Telefones: (11) 4437.4324 (atendimento)/4437.4325 (fiscalização)
• Santos – Av. Dr. Epitácio Pessoa, 214 – Embaré – CEP 11045-300 
 Telefones/Fax: (13) 3289.3700/3289.4351 ou 3288.1946
• São José do Rio Preto – Av. Dr. Alberto Andaló, 3764 – Vila Redentora
 CEP 15015-000 
 Telefones: (17) 3222.3171/3222.5232 – Fax: (17) 3212.9447
• São José dos Campos – Av. Dr. Nelson D’avila, 389 – Sala 141A – Centro
 CEP 12245-030
 Telefones: (12) 3922.8419/3921.8871 – Fax: (12) 3923.8417
• São Paulo - Coren-SP Educação (apenas atividades de aperfeiçoamento)
 Rua Dona Veridiana, 298 – Vila Buarque (Metrô Santa Cecília)
 CEP 01238-010
 Telefone: (11) 3223.7261 – Fax: (11) 3223.7261 – ramal: 203
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42
Guia para Descrição de Procedimentos 
Assistenciais de Enfermagem no Âmbito Hospitalar 
No Brasil, a enfermagem vem assumindo o papel de precursora nas discussões 
sobre a segurança do paciente, destacando-se em estudos envolvendo os erros 
de medicação. Essas pesquisas, mesmo sendo do núcleo da enfermagem, 
abordam várias etapas desse sistema e é preciso mudar a atual concepção das 
falhas envolvidas no processo de cuidado e inserir esse fundamento nos temas 
de debate do cotidiano dos serviços e também na formação dos profissionais. 
A cultura da segurança e organização do trabalho, por meio de elaboração 
de Procedimentos Assistências, deve ser incorporada e estimulada nas 
organizações como um fundamento essencial para o cuidado seguro e o 
desenvolvimento de melhores práticas na atenção à saúde. 
Os pacientes e a sua família necessitam estar seguros quando buscam 
auxílio no serviço de saúde e os profissionais podem ser facilitadores dessa 
segurança por meio da adoção de melhores práticas com a padronização e 
descrição dos processos assistenciais de enfermagem no âmbito hospitalar 
como determinante da qualidade do trabalho. O modelo atual de descrição de 
Procedimentos Assistenciais dificulta o raciocínio clínico, pois é pautado em 
tarefas e não em análise de riscos para tomada de decisão.
Nesse contexto, este Guia para Descrição de Procedimentos Assistenciais de 
Enfermagem no Âmbito Hospitalar norteará as lideranças de enfermagem 
e enfermeiros na tomada de decisão por meio da construção das melhores 
práticas com foco na segurança do paciente, colaborador e ambiente, 
considerando as características e recursos disponíveis em sua instituição.
Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo
www.coren-sp.gov.br