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EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS Disciplina: Direito Administrativo. 1. Introdução Um ato administrativo extingue-se por: → Cumprimento de seus efeitos (extinção natural), por exemplo, o gozo de férias pelo servidor, a execução da ordem d e demolição de uma casa, a chegada do termo final do ato etc. → Desaparecimento do sujeito (extinção subjetiva) ou do objeto (extinção objetiva), por exemplo, a concessão de licença para tratar de interesse particular a servidor que, posteriormente, vem a falecer (extinção subjetiva); a permissão para uso de bem público que vem a ser destruído por catástrofe natural (extinção objetiva). → Retirada, que abrange: • Revogação, em que a retirada se dá por razões de conveniência e oportunidade; •Anulação ou invalidação, por razões de legalidade; • Cassação, em que a retirada ocorre pelo descumprimento de condição fundamental para que o ato pudesse ser mantido, por exemplo, ultrapassar o número máximo de infrações de trânsito permitido em um ano, fazendo com que o infrator tenha sua habilitação cassada. • Caducidade, em que a retirada se dá porque uma norma jurídica posterior tornou inviável a permanência da situação antes permitida pelo ato. O exemplo dado é a caducidade de permissão para explorar parque de diversões em local que, em face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível com aquele tipo de uso. • Contraposição, que se dá pela edição posterior de ato cujos efeitos se contrapõem ao anteriormente emitido. É o caso da exoneração de servidor, que tem efeitos contrapostos à nomeação. • Renúncia, pela qual se extinguem os efeitos do ato porque o próprio beneficiário abriu mão de uma vantagem de que desfrutava. É o caso, por exemplo, do servidor inativo que abre mão da aposentadoria para reassumir cargo na Administração. Importa observar que a anulação, a revogação e a cassação são classificadas como formas do chamado desfazimento volitivo do ato administrativo, pois são resultantes da manifestação expressa do administrador ou do Poder Judiciário. Todas as demais formas de extinção vistas neste tópico independem de qualquer manifestação ou declaração. Questão: Por quais motivos um ato administrativo pode vir a extinguir-se? Questão: No que consiste a extinção do ato administrativo por revogação? Questão: No que consiste a extinção do ato administrativo por anulação? Questão: No que consiste a extinção do ato administrativo por cassação? Questão: No que consiste a extinção do ato administrativo por caducidade? Questão: No que consiste a extinção do ato administrativo por contraposição? Questão: No que consiste a extinção do ato administrativo por renúncia? Questão: Quais são as formas de desfazimento volitivo do ato administrativo? 2. Anulação Anulação, também chamada de invalidação, é o desfazimento do ato administrativo por questões de legalidade ou de legitimidade (ofensa à lei e aos princípios). Um vício de legalidade ou legitimidade pode ser sanável ou não. A anulação do ato que contenha vício insanável é obrigatória; já o ato que contenha vício sanável e não acarrete lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros pode ser anulado ou, se não o for, deve ser convalidado (veja que, no caso de vício sanável, a Administração não pode ficar sem fazer nada: ela deve anular ou convalidar o ato). A Administração deve anular os seus atos que contenham vícios insanáveis, mas pode anular ou convalidar os atos com vícios sanáveis que não acarretem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros. Segundo a jurisprudência dos nossos tribunais superiores, a anulação (e também a revogação ou a cassação) de qualquer ato capaz de repercutir desfavoravelmente sobre a esfera de interesses do administrado deve ser precedida de procedimento administrativo em que se assegure, ao interessado, o efetivo exercício do direito ao contraditório e à ampla defesa, mesmo que seja nítida a ilegalidade. Detalhe importante é que o direito de defesa deve ser prévio à anulação do ato, não bastando a possibilidade de se interpor recurso administrativo ou de acessar o Poder Judiciário posteriormente à decisão que tenha anulado o ato que beneficiava o interessado. A anulação produz efeitos retroativos à data da prática do ato ( ex tunc ) , vale dizer, a anulação desconstitui todos os efeitos já produzidos pelo ato anulado, além de impedir que o ato continue a originar efeitos no futuro. Isso equivale a dizer que o ato inválido não gera direito adquirido. Entretanto, a jurisprudência tem considerado que se deve proteger os efeitos já produzidos em relação aos terceiros de boa-fé. Assim, por exemplo, caso o servidor tenha recebido, de boa-fé, verbas remuneratórias indevidas, não há obrigação de restituir os valores. Da mesma forma, é protegida a confiança do terceiro de boa-fé no caso de atos produzidos por servidores nomeados ilegalmente. Ressalte-se que, no caso de terceiros de boa-fé, são mantidos os efeitos do ato anulado, e não o ato em si. A anulação pode ser feita pela própria Administração (autotutela), de ofício ou mediante provocação, ou pelo Poder Judiciário, apenas mediante provocação. Em ambos os casos, o fundamento é o mesmo – o dever de observância do princípio da legalidade e da legitimidade. A Lei 9.784/1999 estabelece em 5 anos o prazo para anulação de atos administrativos ilegais, quando os efeitos do ato forem favoráveis ao administrado, salvo comprovada má fé. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé (art. 54, caput, da Lei 9.784/1999). No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento (art. 54, §1º, da Lei 9.784/1999). Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato (art. 54, §2º, da Lei 9.784/1999). O prazo acima citado, porém, não se aplica aos casos em que se constate afronta flagrante a determinação expressa da Constituição Federal; nessas hipóteses, a anulação pode ocorrer a qualquer tempo, não estando sujeita ao prazo decadencial. Questão: O que é a anulação de atos administrativos? Questão: A Administração pode convalidar os seus atos que contenham vícios insanáveis. Certo ou errado? Questão: A anulação (e também a revogação ou a cassação) de qualquer ato capaz de repercutir desfavoravelmente sobre a esfera de interesses do administrado deve ser precedida de procedimento administrativo em que se assegure, ao interessado, o efetivo exercício do direito ao contraditório e à ampla defesa, salvo quando for nítida a ilegalidade. Certo ou errado? Questão: O direito de defesa do administrado pode ser posterior à anulação do ato, de modo que basta a possibilidade de se interpor recurso administrativo ou de acessar o Poder Judiciário posteriormente à decisão que tenha anulado o ato que beneficiava o interessado. Certo ou errado? Questão: A anulação produz efeitos ex nunc, vale dizer, a anulação não desconstitui todos os efeitos já produzidos pelo ato anulado, não impedindo que o ato continue a originar efeitos no futuro. Certo ou errado? Questão: O ato administrativo inválido pode gerar direito adquirido para proteger os efeitos já produzidos em relação aos terceiros de boa-fé. Certo ou errado? Questão: A anulação pode ser feita pela própria Administração (autotutela) ou pelo Poder Judiciário, de ofício ou mediante provocação. Certo ou errado? Questão: O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 3 anos, contados da data em que foram descobertos, salvo comprovada má- fé. Certo ou errado? Questão: No caso de efeitos patrimoniais contínuos, oprazo de decadência para a anulação de atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários contar-se-á da citação em processo de improbidade administrativa. Questão: Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. Certo ou errado? 3. Revogação Revogação é a retirada de um ato administrativo válido do mundo jurídico por razões de conveniência e oportunidade. A revogação pressupõe, portanto, um ato legal e em vigor, mas que se tornou inconveniente ou inoportuno ao interesse público. A revogação somente se aplica aos atos discricionários (controle de mérito), sendo ela própria um ato discricionário, uma vez que decorre exclusivamente de critério de oportunidade e conveniência. A revogação somente produz efeitos prospectivos, para frente ( ex nunc ) , afinal, o ato revogado era válido, sem vício algum. Ademais, deve respeitar os direitos adquiridos. A revogação é ato privativo da Administração que praticou o ato a ser revogado. Vale dizer que o Poder Judiciário, no exercício da função jurisdicional, não tem legitimidade para revogar atos administrativos de outros Poderes (só pode anulá-los, em caso de ilegalidade). Em se tratando de revogação, o Judiciário só tem poder sobre seus próprios atos, quando atua atipicamente como Administração, exercendo funções administrativas; nesse caso, somente o Judiciário poderá revogar seus atos administrativos, mas não no exercício da função jurisdicional, e sim da função administrativa. O poder de revogação da Administração Pública não é ilimitado. Com efeito, existem atos que são irrevogáveis e também situações em que a revogação não é cabível. Nesse sentido, não são passíveis de revogação os atos: → exauridos ou consumados: afinal, o efeito da revogação é não retroativo, para o futuro; como o ato já não tem mais efeitos a produzir, a sua revogação não faz sentido; → vinculados: haja vista que a revogação tem por fundamento razões de conveniência e de oportunidade, inexistentes nos atos vinculados; → que geraram direitos adquiridos: é uma garantia constitucional (CF, art. 5º, XXXVI); se nem a lei pode prejudicar um direito adquirido, muito menos o poderia um juízo de conveniência e oportunidade; → integrantes de um procedimento administrativo: porque a prática do ato sucessivo acarreta a preclusão do ato anterior, ou seja, ocorre a preclusão administrativa em relação à etapa anterior, tornando incabível uma nova apreciação do ato anterior quanto ao seu mérito (ex: no procedimento licitatório, a celebração de contrato administrativo impede a revogação do ato de adjudicação). → meros atos administrativos: como são os atestados, os pareceres e as certidões, porque os efeitos deles decorrentes são estabelecidos pela lei; → complexos: uma vez que tais atos são formados pela conjugação de vontades autônomas de órgãos diversos, e, com isso, a vontade de um dos órgãos não pode desfazer o ato; e → quando se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato (ex: o ato foi objeto de recurso administrativo cuja apreciação compete a instância superior; nesse caso, a autoridade que praticou o ato recorrido não mais poderá revogá-lo, pois sua competência no processo já se exauriu). Por fim, cumpre registrar que, diferentemente da anulação, não há prazo estabelecido em norma para a revogação de um ato que proporciona direitos ao destinatário. Como regra, a revogação não gera para a Administração o dever de indenizar prejuízos sofridos pelos beneficiários do ato, exceto se esse ato tenha afetado direito de alguém. Exemplo clássico: se determinado indivíduo obtém autorização de uso de área pública por prazo determinado e, antes de expirado o prazo fixado, a Administração decide revogar a autorização. Se na legislação aplicável ou se no próprio ato não tiver sido expressamente afastado o dever da Administração de indenizar, ela deverá ressarcir os prejuízos sofridos pelo beneficiário do ato. Questão: A revogação do ato administrativo produz efeitos ex tunc. Certo ou errado? Questão: O prazo decadencial de 5 anos para anulação de atos administrativos ilegais, quando os efeitos do ato forem favoráveis ao administrado, se aplica também aos casos em que se constate afronta flagrante a determinação expressa da Constituição Federal. Certo ou errado? Questão: Se determinado indivíduo obtém autorização de uso de área pública por prazo determinado e, antes de expirado o prazo fixado, a Administração decide revogar a autorização, ela deverá ressarcir os prejuízos sofridos pelo beneficiário do ato. Certo ou errado? Questão: A revogação do ato administrativo se aplica tanto aos atos discricionários como aos atos vinculados. Certo ou errado? Questão: O Poder Judiciário, no exercício da função jurisdicional, tem legitimidade para revogar atos administrativos de outros Poderes. Certo ou errado? Questão: Em se tratando de revogação, o Judiciário só tem poder sobre seus próprios atos. Nesse caso, somente o Judiciário poderá revogar seus próprios atos administrativos, no exercício da função jurisdicional. Certo ou errado? Questão: Quais são os atos administrativos que não são passíveis de revogação? Explique-os. Questão: Assim como para a anulação, há prazo estabelecido em norma para a revogação de um ato que proporciona direitos ao destinatário. Certo ou errado? Questão: Em regra, a revogação de atos administrativos gera para a Administração o dever de indenizar prejuízos sofridos pelos beneficiários do ato. Certo ou errado? 4. Convalidação Antes de tratar da convalidação propriamente dita, vamos aprofundar um pouco mais nos conceitos de atos nulos e atos anuláveis. Para a doutrina mais tradicional, o ato administrativo que apresente qualquer vício deve necessariamente ser anulado, sem exceção, ou seja, não se admite a possibilidade de correção do vício. É a chamada teoria monista ou unitária, que recebe esse nome justamente pelo fato de entender que todo e qualquer vício em um ato administrativo classifica-se como vício insanável , resultando, sempre, em um ato nulo. Entretanto, a doutrina mais moderna, hoje majoritária, é adepta da teoria dualista que, como o próprio nome indica, defende a existência de dois tipos de vícios: os insanáveis e os sanáveis , resultando em atos nulos e anuláveis, respectivamente. O fundamento da teoria dualista é que, em alguns casos, é possível que o interesse público seja mais adequadamente satisfeito com a manutenção do ato portador de um vício de menor gravidade, mediante a correção retroativa desse defeito, do que com a anulação do ato e a consequente desconstituição dos efeitos que ele já produziu. Quando o vício for sanável, caracteriza-se a hipótese de nulidade relativa; caso contrário, isto é, se o vício for insanável, a nulidade é absoluta. Aí é que entra a convalidação. Com efeito, convalidar consiste na faculdade que a Administração tem de corrigir e regularizar os vícios sanáveis dos atos administrativos. Para a doutrina, vícios sanáveis são aqueles presentes nos elementos competência (exceto competência exclusiva e competência quanto à matéria) e forma (exceto forma essencial à validade do ato). Por exemplo, uma sanção disciplinar aplicada sem motivação é um ato nulo por vício de forma, não convalidável, pois a motivação é obrigatória em qualquer ato punitivo. Já os vícios de motivo e objeto são insanáveis, ou seja, não admitem convalidação . A convalidação é feita, em regra, pela Administração, mas eventualmente poderá ser feita pelo administrado, quando a edição do ato dependia da manifestação de sua vontade e a exigência não foi observada; se o particular se manifestar posteriormente, estará convalidando o ato. Há quem aponte, ainda, uma hipótese de convalidação “tácita”,isto é, uma convalidação não intencional. Trata-se dos atos ilegais favoráveis ao administrado que não foram anulados dentro do prazo decadencial de 5 anos. Como a decadência impossibilita o desfazimento do ato, ainda que se trate de vício insanável, haveria, nesse caso, uma espécie de convalidação tácita (pelo decurso do tempo). Alguns autores chamam essa situação de estabilização ou consolidação do ato administrativo, e reservam o termo convalidação para os casos em que um ato expresso da Administração corrige o defeito do ato. A convalidação produz efeitos retroativos ( ex tunc ) , de tal modo que os efeitos produzidos pelo ato enquanto ainda apresentava o vício passam a ser considerados válidos, não passíveis de desconstituição. Essa possibilidade de aproveitamento dos atos com vícios sanáveis é que representa a grande vantagem da convalidação em relação à anulação, pois gera economia de procedimentos e segurança jurídica. Ressalte-se que a convalidação não é controle de mérito, e sim de legalidade, incidente sobre os vícios sanáveis nos elementos competência e forma. Assim, tanto atos vinculados como discricionários podem ser convalidados. Na esfera federal, a possibilidade de convalidação está prevista expressamente na Lei 9.784/1999, em seu art. 55, que dispõe que, em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. Da leitura do dispositivo percebe-se que, na esfera federal, a convalidação deve observar alguns requisitos indispensáveis, quais sejam: → não pode prejudicar terceiros; → deve visar a realização do interesse público; → deve recair sobre vícios sanáveis. Ademais, a lei informa que a decisão de convalidar ou não um ato é discricionária da Administração (...”poderão” ser convalidados); contudo, se decidir não convalidar, o ato deve ser anulado, afinal, ele apresenta um vício. Entretanto, cumpre assinalar que parte da doutrina considera a convalidação um ato vinculado, a despeito do que prevê a Lei 9.784/1999. Para os autores que perfilham esta tese, a Administração não tem poderes para escolher livremente entre convalidar ou anular um ato: em caso de vício sanáveis, a Administração deveria, obrigatoriamente, efetuar a convalidação (e não a anulação), a fim de preservar e dar validade aos efeitos já produzidos, em homenagem aos princípios da boa-fé e da segurança jurídica. A discricionariedade na decisão de convalidar ou anular estaria presente em apenas uma hipótese: vício de competência em ato discricionário, caso em que a autoridade competente não estaria obrigada a aceitar a mesma avaliação subjetiva feita pela autoridade incompetente. Não obstante, por força da previsão expressa na Lei 9.784/1999, a convalidação é ato discricionário , ao contrário do que pensa parte de nossa doutrina . Alguns termos são apresentados como sinônimos ou assemelhados à convalidação, tais como ratificação, confirmação, reforma e conversão. A ratificação e a confirmação podem ser consideradas espécies de convalidação . Se a autoridade que convalida o ato é a mesma que o praticou, teremos a ratificação . Se, ao contrário, a convalidação for feita por autoridade superior , ocorrerá a confirmação . A reforma incide sobre ato válido que é aperfeiçoado, por razões de conveniência e oportunidade, para que melhor atenda aos interesses públicos. Maria Sylvia Di Pietro dá exemplo de um decreto que expropria parte de um imóvel e é reformado para abranger o imóvel inteiro. A reforma se distingue da convalidação, afinal esta recai sobre atos ilegais, e aquela, sobre atos legais. Por sua vez, a conversão atinge ato inválido, mudando-o para outra categoria, para que se aproveitem os efeitos já produzidos. Exemplo: permissão de prestação de serviços públicos sem licitação, convertida em autorização, para a qual não se exige licitação. A conversão se aproxima da convalidação, porém, na conversão, há a substituição do ato; na convalidação, aproveita-se o ato primário, saneando-o. No Direito Civil, os vícios podem gerar nulidade absoluta ou nulidade relativa, ou seja, os atos podem ser nulos e anuláveis (Código Civil, art. 166 e 171). No Direito Administrativo, a doutrina tradicional defende a teoria monista, pela qual os vícios dos atos administrativos só podem gerar nulidade absoluta, isto é, os atos com vício, de qualquer espécie, são necessariamente nulos. Contudo, atualmente prevalece a teoria dualista, pela qual, à semelhança do direito privado, os atos administrativos que contenham vício podem ser nulos ou anuláveis, e não sumariamente considerados inválidos. Atos nulos são aqueles com vícios insanáveis nos elementos motivo e objeto; atos anuláveis apresentam vícios sanáveis nos elementos competência e forma. O vício de incompetência em razão da matéria é um vício insanável, ou seja, não é passível de convalidação. Da mesma forma, o vício também é insanável no caso de competência exclusiva. Nos demais casos, o vício de incompetência é sanável e, por isso, admite convalidação. Questão: No que consiste a teoria monista ou unitária dos vícios dos atos administrativos? Questão: No que consiste a teoria dualista dos vícios dos atos administrativos? Questão: No que consiste a convalidação de atos administrativos? Questão: Vícios sanáveis dos atos administrativos são aqueles presentes nos elementos motivo e objeto. Certo ou errado? Questão: Vícios sanáveis dos atos administrativos são aqueles presentes nos elementos competência (inclusive competência exclusiva e competência quanto à matéria) e forma (inclusive forma essencial à validade do ato). Questão: Uma sanção disciplinar aplicada sem motivação é um ato nulo por vício de motivo, não convalidável, pois a motivação é obrigatória em qualquer ato punitivo. Certo ou errado? Questão: Os vícios de motivo e objeto são sanáveis. Certo ou errado? Questão: A convalidação é feita pela Administração, não podendo ser feita pelo administrado. Certo ou errado? Questão: No que consiste a convalidação tácita dos atos administrativos? Questão: A convalidação produz efeitos ex nunc. Certo ou errado? Questão: A convalidação é uma modalidade de controle de mérito dos atos administrativos. Certo ou errado? Questão: Apenas atos discricionários podem ser convalidados. Certo ou errado? Questão: Na esfera federal, a convalidação dos atos administrativos deve observar quais requisitos? Questão: Majoritariamente, entende-se que a decisão de convalidar ou não um ato administrativo não é discricionária da Administração. Certo ou errado? Questão: Se a Administração decidir não convalidar um ato administrativo, o ato deverá ser anulado, pois ele apresenta um vício. Certo ou errado? Questão: No que consistem a ratificação e a confirmação de atos administrativos? Questão: No que consiste a reforma de atos administrativos? No que ela se distingue da convalidação? Questão: No que consiste a conversão de atos administrativos? No que ela se distingue da convalidação? Questão: Atos nulos são aqueles com vícios insanáveis nos elementos competência e forma. Certo ou errado? Questão: Atos anuláveis apresentam vícios sanáveis nos elementos motivo e objeto. Certo ou errado? Questão: O vício de incompetência em razão da matéria é um vício sanável, ou seja, é passível de convalidação. Certo ou errado? Questão: O vício é insanável no caso de incompetência exclusiva e, por isso, admite convalidação. Certo ou errado?
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