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PI - Final

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
Ana Flávia Teodoro Coelho 
Mônica Vieira Ramos Veloso 
Tatiane Alice da Silva 
Silvia Sotorilli Barbosa 
Vanessa Alves Luciano 
 
 
 
 
 
 
Interação e Aprendizado 
 Construindo histórias com os alunos 
 
 
 
 
Apresentação do Projeto Integrador - vídeo: 
 
 
 
 
Cunha - SP 
 2019 
 
1 
 
 
 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
Interação e Aprendizado 
 Construindo histórias com os alunos 
 
 
 
 
 
 
Relatório Técnico - Cientifico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador para o curso de 
Licenciatura em Pedagogia da Fundação 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo 
(UNIVESP). 
 
 
Tutor: Adriana Aparecida Miranda 
 
 
 
 
 
 
 
Cunha - SP 
2019 
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COELHO, Ana Flávia Teodoro; VELOSO, Mônica Vieira Ramos; SILVA, Tatiane Alice 
da; BARBOSA, Silvia Sotorilli; LUCIANO, Vanessa Alves. Interação e Aprendizado: 
Construindo histórias com os alunos. 00f. Relatório Técnico-Científico 
(Licenciatura Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: 
Adriana Aparecida Miranda. Polo Cunha - SP , 2019. 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como objetivo analisar e desenvolver um jogo voltado ao 
ensino de matemática, que esteja relacionado às disciplinas de arte e música na 
educação infantil, ensino de matemática na educação infantil, alfabetização e 
letramento I e II, onde o objeto de pesquisa passou a ser a análise do ambiente 
escolar e realidade dos alunos, em busca de soluções para as necessidades de 
aprendizagem. Através de pesquisas sobre a educação infantil e o desenvolvimento 
cognitivo e seus estágios, o lúdico teve um papel fundamental em nosso trabalho, ao 
passar da educação infantil para o ensino fundamental, existe espaço em aberto, o 
qual o aluno ainda não está habituado, precisando de novas orientações e estímulos, 
para que desenvolvam suas habilidades e competências a partir de experiências 
significativas. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização; lúdico; Jogos; desenvolvimento; experiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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COELHO, Ana Flávia Teodoro; VELOSO, Mônica Vieira Ramos; SILVA, Tatiane Alice 
da; BARBOSA, Silvia Sotorilli; LUCIANO, Vanessa Alves. Interaction and learning: 
building stories with students. 00f. Technical-Scientific Report (Licenciatura 
Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Adviser Tutor: Adriana 
Aparecida Miranda. Polo Cunha - SP, 2019. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This paper aims to analyze and develop a game focused on mathematics teaching, 
which is related to the disciplines of art and music in early childhood education, 
mathematics teaching in early childhood education, literacy and literacy I and II, where 
the research object to be the analysis of the school environment and students' reality, 
seeking solutions for learning needs. Through research on early childhood education 
and cognitive development and its stages, the ludic had a fundamental role in our 
work, when moving from early childhood education to elementary school, there is open 
space, which the student is not yet used, needing new guidelines and stimuli to 
develop their skills and competences from meaningful experiences. 
 
 
 
KEYWORDS: Literacy; ludic; games; desenvelopment; experience. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1.Introdução 5 
1.1 Problema e Objetivo 7 
1.2 Justificativa 8 
2. Fundamentação Teórica 10 
3. Material e Métodos Empregados 13 
4. Protótipo 16 
4.1 Protótipo Inicial 18 
4.2 Protótipo Final 21 
4.3 Feedback Sobre o Protótipo Final 24 
5. Considerações Finais 25 
6. Referências Bibliográficas 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
Para que a educação aconteça de forma equitativa os conteúdos ministrados em 
sala de aula devem ser contextualizados, considerando a experiência de vida do 
aluno e o conhecimento de mundo, portanto o professor deve conhecer seus alunos, 
respeitando as diferenças e o limite de cada um, baseando-se na afetividade e 
generosidade, para que a prática educativa se realize. 
O professor mediador traz consigo a responsabilidade de orientar o aluno em 
busca do conhecimento oferecendo a ele suporte para isso, enfatizando que a escola 
não detém o saber, mas intervém no processo pedagógico, lembrando à família que é 
de sua responsabilidade trabalhar em parceria com a escola, visando à formação da 
identidade do aluno, formando um cidadão no convívio social. 
Deste modo é necessário possibilitar à criança situações em que ela possa agir e 
expressar e que sua elaboração passe a ser princípio básico da atuação do professor, 
para que através de suas palavras a problemática seja feita, buscando uma 
aprendizagem ativa e crítica. 
Os anos iniciais do Ensino Fundamental estão relacionados ao processo de 
transição da educação infantil, onde o aluno se desenvolve através da ludicidade e de 
novas experiências, os alunos passam a ter uma nova rotina, deixando um pouco das 
brincadeiras e passando para o lápis e caderno, esse choque de realidade por muita 
das vezes acaba influenciando no processo de aprendizado que está começando. 
Para que o aluno obtenha um bom desempenho é de grande importância que o 
professor respeite o ritmo dos alunos e trabalhe o processo de transição com 
adaptação do conteúdo de forma gradativa. 
Segundo a BNCC, o aluno para se desenvolver de forma plena deve receber 
estímulos que proporcione a ele novas experiências, o aluno como protagonista de 
seu aprendizado precisa entender o meio que lhe cerca e a importância do meio 
escolar em seu processo de crescimento, ainda em formação o aluno passa a 
elaborar hipóteses sobre as questões que o rodeiam e o conhecimento que lhe é 
ofertado. 
A Escola Municipal de Educação Infantil “Maria da Conceição Querido”, trabalha 
em busca de efetivar as propostas existentes na BNCC, seus alunos em grande parte 
são de classe média e média baixa, com salas homogêneas onde existem vários 
níveis de aprendizagem em desenvolvimento, existem ainda questões 
6 
 
 
comportamentais, socioemocionais entre outras relacionadas ao núcleo familiar e ao 
ambiente escolar. 
A investigação pedagógica para a elaboração do Projeto Integrador se deu a 
partir da sondagem buscando elencar a problemática da sala de aula, relacionando as 
disciplinas de Arte e Música, Alfabetização e Letramento I e II e Educação 
Matemática, em busca de propor intervenção através de um jogo elaborado com base 
nas necessidades dos alunos do 1º ano, alunos que têm em média seis anos de 
idade. 
Os jogos surgiram no período da idade média, e já se encontram na educação a 
um bom tempo, sendo que na era medieval a educação ideal era o que incluía a 
formação musical e guerreira com experiência nas artes liberais: cavalgar, atirar com 
arco e flecha, lutar, caçar, nadar, jogar xadrez e verificar; para a classe de baixa 
renda e trabalhadora, a educação ideal era oral, de pai para filho, e a cultura da luta 
pela sobrevivência, hoje em um novo contexto utilizar os jogos na educação 
proporciona momentos de ensino e aprendizagem com ênfase nas experiências ao 
realizar tais atividades, seguindo regras, superando limites, e adquirindo 
conhecimento. 
Com a sondagem foi possível reconhecer problemas de indisciplina relacionados 
aos excessos de fala e discussões, não divisão do material didático, entre outras 
questões. Com isso tomamos como norte de nossos trabalhos o tema: Interação e 
Aprendizado: Construindo histórias com os alunos, onde além do jogo voltado para o 
ensino de matemática, envolver as crianças com histórias e músicas desenvolve 
outras habilidades de um modo lúdico e livre não ficando limitado na sala de aula 
tradicional, mas explorando todoo ambiente escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1 Problema e objetivos 
 
A aprendizagem da criança no campo da matemática não se dá por 
memorização, repetição ou exercitando apenas. A sugestão de inserir o lúdico vem da 
possibilidade de promover o pensamento matemático nas crianças, aguçando sua 
curiosidade pelas questões que envolvam sua realidade e o mundo dos símbolos 
numéricos. Os jogos matemáticos devem ser introduzidos à aula de forma a instigar e 
provocar o aluno em busca de novos aprendizados. 
Temos como objetivo geral atingir com a investigação resultados significativos a 
respeito da situação problema de indisciplina e dificuldade de aprendizagem 
relacionada à falta de interesse dos alunos e comprometimento dos pais, engajando 
os alunos no mundo da leitura e dos jogos matemáticos, proporcionando momentos 
prazerosos e felizes de aprendizagem e que possa ser levada ao longo da vida, uma 
experiência enriquecedora. 
Como objetivos específicos através do jogo de “Perguntas e Respostas: 
Agrupamento Produtivo”, trabalhando com material concreto, de maneira divertida e 
interagindo com os demais colegas buscamos atingir os seguintes pontos: 
Desenvolver a criatividade, a sociabilidade e as inteligências múltiplas; 
Desenvolver o processo de interação entre aluno e professor; 
Adquirir novas habilidades; 
Aceitar regras; 
Respeitar as regras propostas do jogo; 
Aprender a ouvir; 
Identificar problemas; 
Levantar hipóteses; 
Descobrir soluções; 
Traçar planos de resoluções; 
Determinar funções; 
Explicar questões resolvidas; 
Proporcionar a autoconfiança e a concentração; 
Aprender a lidar com os resultados independentes de quais sejam. 
 
 
 
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1.2. Justificativa 
 
Os jogos podem ser importantes aliados na aprendizagem da matemática porque 
encorajam a criança a raciocinarem, interagir e discutir sobre a forma de jogar e 
resultados obtidos. 
Durante um jogo existem inúmeras perguntas, questionamentos, dificuldades, e é 
neste momento que o professor aproveita para avaliar o aluno, por isso é primordial 
acompanhar a atividade, observar diferentes focos e estratégias. Após a atividade é 
essencial uma reflexão com as crianças em relação à proposta. 
O PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa) destaca: “O Projeto 
Pedagógico para alfabetização” de matemática deve buscar oferecer atividades 
lúdicas por meio de jogos concebidos a partir de estruturas matemáticas, aprendidas 
na forma de regra do jogo, mesmo que a criança não tenha consciência de tal fato, 
considerando que esta é construída pelo aluno, elemento essencial do jogo. 
Inicialmente, deve-se fazer com que o aluno aprenda a jogar. Para tanto, ele tem que 
compreender e respeitar as regras (Brasil, 2014, p. 64). 
A noção numérica das crianças quando chegam à escola é bastante diversificada, 
já que as vivências de cada criança estão ligadas as informações de seu ambiente 
familiar como números telefônicos, tempo, calendário. Neste momento cabe à escola 
intermediar as experiências anteriores das crianças e os conhecimentos matemáticos 
que deverão ser construídos no ambiente formal de aprendizagem. 
Para D’Ambósio (1994), a verdadeira educação é uma ação enriquecedora para 
todos os que com ela se envolvem, e sugere que em vez de despejarmos conteúdos 
desvinculados da realidade nas cabeças dos alunos e aprender com eles reconhecer 
seus saberes e juntos buscamos novos conhecimentos. E mais, entender a 
etnomatemática dos alunos, aliando-as ás nossas, temperadas com as acadêmicas. 
Assim, podemos gerar momentos felizes e criativos em sala de aula. 
 “Para o ensino de matemática que se apresenta como uma das 
áreas mais caóticas em termos da compreensão dos conceitos nela 
envolvidos pelos alunos, o elemento jogo se apresenta com formas 
específicas e características próprias, propícias a dar compreensão 
para muitas das estruturas matemáticas existentes e de difícil 
assimilação”. 
Grando, 1995 
 
9 
 
 
A construção do pensamento lógico faz com que a criança desenvolva 
ação/reflexão, capacitando o conhecimento de vários estágios de inclusão no mundo 
da matemática, respeitando as diferenças individuais levando o aluno ao aprendizado. 
A matemática é uma ferramenta primordial do nosso cotidiano, e se for introduzida de 
uma forma lúdica para as crianças nos primeiros anos de seu ingresso na vida 
escolar deixará melhor preparada para os estudos futuros. 
As brincadeiras e jogos matemáticos devem ter um propósito e serem auxiliados 
pelo educador, esses jogos devem desenvolver a memória, a imaginação e a noção 
de espaço, percepção e atenção. 
Os jogos lúdicos de matemática da educação infantil devem ser criativos e 
empreendedor, fazendo com que o aluno se sinta curioso e com vontade de aprender, 
participando assim de maneira efetiva no desenvolvimento das atividades. 
“Brincar é essencial para a criança, pois é deste modo que ela 
descobre o mundo a sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico 
está sempre presente o que quer que a criança esteja fazendo”. 
Zatz Halaban, 2006 
 
Os jogos matemáticos na educação vêm sendo discutido ao longo dos anos, por 
não saber ao certo se as crianças são suficientemente capazes de aprender 
brincando. O professor ao desenvolver tais atividades deve saber a real importância 
do significado e das habilidades que empregará nas brincadeiras, para que o objetivo 
do jogo não seja entendido como uma simples brincadeira, mas que agregue 
aprendizado. 
Sendo essencial que desde a educação infantil se desenvolva atividades que 
permitam á criança explorar o espaço, conhecer as formas, as quantidades e 
medidas. Nada melhor que trabalhar com elas de modo lúdico, para que aprendam 
com prazer. Nem é importante identificar com os alunos que a atividade é de 
matemática. O mais importante é o conhecimento matemático que está sendo 
construído por elas e as habilidades que estão sendo desenvolvidas. 
Levando ainda em consideração que as práticas de leitura devem estar 
vinculadas a todas as disciplinas, pois um aluno que lê bem entende bem e consegue 
interpretar, levantar hipóteses, elaborar soluções e pô-las em práticas através de 
outras habilidades adquiridas ao longo do processo de ensino e aprendizagem. 
 
10 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
O termo lúdico, proveniente do latim ludus, está impregnado da noção de jogo, de 
diversão, de iludir, de enganar, de passar o tempo. É preciso identificar nesse 
encontro entre o lúdico e a educação qual papel se reproduz: 
a) O professor é parte do grupo de espectadores que participam do jogo de um 
único ponto de vista, sem se aproximar da arena, exercitando o lugar de quem 
vê de fora? 
b) Ou talvez esteja no lugar do esportista, daquele que arrisca a vida na jogada? 
c) Por último, ainda, talvez a experiência permaneça apenas no lugar do disfarce 
para realizar outra coisa que não aquela que o jogo enaltece como o assunto 
em questão? 
Tradicionalmente, a alfabetização inicial é considerada em 
função da relação entre método utilizado e o estado de “maturidade” ou 
de prontidão da criança. Os dois polos de processo de aprendizagem 
(quem ensina e quem aprende) tem sido caracterizados sem que se 
leve em conta o terceiro elemento da relação: a natureza do objeto de 
conhecimento envolvendo esta aprendizagem (FERREIRO, 2001. P.9). 
 
O lúdico tem uma grande importância para o desenvolvimento das crianças na 
Educação Infantil, principalmente em relação dos jogos e brincadeiras no processo 
ensino-aprendizagem e na formação da personalidade humana, sendo assim o 
grande facilitador no processo de socialização, comunicação, expressão e construção 
do pensamento. 
A brincadeira e o jogo são as melhores maneiras de a criança comunicar-se 
sendo um instrumento que ela possui para relacionar-se com outras crianças. É 
através de atividades lúdicas que a criança pode convivercom os diferentes 
sentimentos que fazem parte da sua realidade interior. Ela irá aos poucos se 
conhecendo melhor e aceitando a existência dos outros, estabelecendo suas relações 
sociais (Lima, 2003, p.5) 
Brincar é uma atividade essencialmente infantil e as crianças se expressam 
através das brincadeiras, pois quando ela (a criança) possui um brinquedo e com ele 
interage se faz presente as relações sociais e o uso dos números está presente. Por 
isso, é necessário que os professores explorem cada vez mais a ludicidade dentro do 
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contexto escolar, fazendo o ato de brincar um hábito diário e produtivo para a prática 
docente. 
O brincar no ambiente escolar é uma atividade natural, mas que precisa estar 
condizente com a organização do trabalho pedagógico. Estando atrelada ao currículo 
dando andamento aos objetivos da escola visando o aprendizado do aluno, Emília 
Ferreiro, quando fala sobre a aprendizagem da escrita, deixa claro sobre a aquisição 
social da língua, escrita e de noções matemáticas, pois as crianças iniciam o 
aprendizado antes da escola, iniciam o aprendizado do uso social dos números e das 
atividades sociais relacionadas aos atos de comprar e vender. 
As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil, 
segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais devem ter como eixo garantir 
experiências que sejam capazes de: 
 Promovem o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de 
experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitam 
movimentação ampla, expressão de individualidade e respeito pelos ritmos 
e desejos das crianças. 
 Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o 
progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: 
gestual, verbal, plástica, dramática e musical. 
 Possibilitam as crianças experiências de narrativas, de apreciação e 
interação com a linguagem oral e escrita e convívio com diferentes 
suportes e gêneros textuais orais e escritos. 
 Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações 
e tradições culturais brasileiras [...] (Brasil, 2010, p.25-26). 
Em tempos atuais a atividade lúdica vem perdendo o estereótipo de “somente 
diversão”, apesar de ainda existir falhas no planejamento e execução das mesmas 
por muitos docentes ela se faz necessária para a construção de novos 
conhecimentos, facilitando a comunicação, socialização das crianças com o mundo e 
com os seus pares, ela está presente nas escolas e a sua valorização depende dos 
professores que devem estar seguros e bem amparados desta concepção de ensino. 
 
 
 
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2.1. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador 
 
Através da sondagem e do protótipo do jogo, observamos o ato de desenhar 
das crianças, estando relacionada à disciplina de arte e música na educação infantil, 
sendo que este ato não se trata de um gesto mecânico ao acaso, cada movimento 
tem um significado simbólico, dessa forma o desenho passa a ser alvo de estudos de 
diversas áreas do conhecimento, sendo um modo muito significativo e prazeroso de 
expressão e de representação e que transita entre o real e o seu imaginário. 
A criança ao rabiscar ela se expressa, se descobre e com o passar do tempo, 
esses rabiscos e desenhos passam a ser feitos intencionalmente e a criança começa 
a usar o desenho para comunicar seus pensamentos, desejos, emoções, exteriorizar 
seus sentimentos, o desenho passa a ganhar simbologia e significação. No caso das 
crianças observadas os desenhos realizados após a “Árvore Literária” são os pré-
esquemáticos e esquemáticos, pois existem níveis diferentes de desenvolvimento 
entre os alunos. 
Ao trabalharmos com música nos atentamos que ela é uma forma de 
aprendizagem no meio educacional que tende formar indivíduo questionador e 
explorador de seus valores e costumes e para que isso ocorra é necessário o 
professor trabalhar com música desde cedo, no caso a música reproduzida para os 
alunos estava relacionada à história contada sobre o meio ambiente. 
Relacionando a disciplina de Matemática na educação infantil, a nossa 
proposta para o jogo levou em consideração que a matemática deve ser utilizada 
como um instrumento capaz de promover a interpretação dos acontecimentos que 
estão ao nosso redor e pelo mundo, contribuindo na formação de pessoas com níveis 
de conscientização quanto aos princípios de cidadania. Esse modelo de elaboração 
do pensamento lógico-matemático desperta nas crianças uma ação x reflexão, capaz 
de instruir o conhecimento sobre os diferentes estágios de inserção, onde as 
particularidades individuais sejam respeitadas e que todos caminhem no mesmo 
sentido rumo ao aprendizado, situação em que o jogo une todos e ensina de forma 
lúdica a respeitar regras, interagir, colaborar, elaborar hipóteses para a resolução dos 
problemas propostos, trabalhar com os números e materiais concretos. 
 
 
 
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3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS 
 
Utilizamos livros infantis, fitas de cetim coloridas, tnt, palitos, brinquedos 
pequenos, lápis, giz, quadro verde da escola. 
Os materiais utilizados foram todos conseguidos com recursos próprios, 
utilizando o ambiente escolar para a montagem e organização das atividades. 
Para a sondagem utilizamos a árvore literária onde através da observação 
conseguimos coletar dados, a respeito do nível de leitura, interesse, sociabilidade, 
respeito, entre outros. 
Na contação de histórias envolvendo um ambiente lúdico e depois com a 
música, utilizamos o livro “De Olho na Água” 
Ficha de Leitura 
Obra: Mundo Legal de Juju 
Título: De Olho na Água 
Autor: Neide Pereira Pinto 
Número de páginas: 40 
Gênero literário: Conto de Aventura 
Tema: Desperdício de Água 
 
Informações sobre o autor: A autora vê nos livros e na educação um caminho 
para instigar pessoas a pensarem e atuarem como cidadãos, promotores da 
defesa do meio ambiente, da cidadania e da cultura. 
 
Personagens: Neide, narrador personagem; Juju, a personagem principal; Mel, 
a cachorrinha; Vanessa, a professora; Thomas, o amigo admirado; Iara, a 
sereia dos rios. 
Tempo: 3 dias. 
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Ambiente da história: Casa; Escola; Ruas; Passeio até a nascente do Rio 
Paraibuna. 
 
Resumo: Juju e sua turma vão passear no palácio da serei a Iara e descobrem 
que ela está muito triste e preocupada com a poluição dos rios. Parou de cantar 
e de cuidar de sua beleza, a história é uma alerta para a problemática da 
poluição e desperdício da água potável, que está cada vez mais escassa em 
nosso Planeta. 
 
Comentários sobre a obra: A Série Mundo Legal de Juju é voltada para a 
difusão dos conceitos de cidadania e meio ambiente. 
 
Estratégia: Leitura, Meio Ambiente conscientização sobre o cuidado com a 
água; Folclore, trabalhando com a personagem Iara; Um novo final para a 
história, trabalhando a oralidade; Interpretação, trabalhando a interpretação por 
meio de interação; Desenho dirigido, fazendo a releitura de algum trecho da 
história; “Como funciona o ciclo da água?” Apresentação de um terrário e 
explicação. 
 
Após a leitura as crianças escutaram a música “Planeta Água de Guilherme 
Arantes”. 
Para os jogos em sala de aula, foi feito o agrupamento de carteiras, 
distribuição do material concreto (brinquedos pequenos), palitos com os números 
para apresentarem as resoluções. 
Perguntas e respostas: agrupamento produtivo. 
 As regras envolviam operações simples de adição e subtração; 
 Organização da classe, formamos três grupos de quatro alunos e um 
grupo de três alunos; 
Capacidades a serem trabalhadas: 
 Agilidade; 
 Raciocínio rápido; 
 Relacionar quantidade do número exposto; 
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 Trabalho em equipe; 
Desenvolvimento: 
A professora faz uma pergunta matemática, as crianças em grupos devem 
utilizar dos brinquedos para chegarem ao resultado, assim que encontrarem os 
resultados levantar a ficha como número indicado, vence o grupo que primeiro 
chegar ao resultado. 
Ainda foi ofertado aos alunos no final de todo o projeto um lápis feito pelo 
grupo do PI em forma de agradecimento e participação de todos nas atividades 
realizadas. 
 
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4. PROTÓTIPO 
 
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4.1 Protótipo Inicial 
 
Tabela 1 – Protótipo inicial do projeto. 
 
Árvore Literária: Para a realização da sondagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cenário para contar a história: Atividade de leitura interativa com os alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Agrupamento dos alunos para realizar o jogo matemático: Organizar os 
alunos em grupos, entregar materiais e formular questões para desenvolver o jogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.2 Protótipo Final 
Árvore literária feita pelos alunos do PI: A foto em si não aparece à árvore, mas os 
livros que estão no chão estavam todos pendurados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cenário para contar a história “De Olho na água” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Agrupamento dos alunos em sala de aula para o jogo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.4 Feedback sobre o protótipo final 
Os três protótipos iniciais, foram colocados em prática e o resultado do protótipo 
final foi de excelente aproveitamento, todas as atividades realizadas foram concluídas 
com êxito, os alunos se mantiveram engajados e interessados nos três, pedindo que 
as aulas continuassem no modelo que tínhamos oferecido a eles nos dias da 
realização do Projeto Integrador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
“Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-los. Se é 
triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados 
enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a 
formação do homem”. 
Carlos Drummond 
 
O Projeto Integrador teve como ponto de partida a árvore literária, decidido pelo 
grupo depois de muitos dilemas, estudos, debates e obtivemos uma evolução 
bastante significativa, tanto para a clientela (alunos), quanto para o grupo, nós futuros 
profissionais da educação. 
A ideia da árvore literária veio de acordo com as necessidades dos alunos, já 
que estes vinham de um universo de brincadeiras e fantasias. Nesse momento de 
transição da educação infantil para o ensino fundamental I, a criança vem totalmente 
sem preparo, “cai” em um mundo cheio de regras: “não pode isso”, “não faz aquilo”. 
A partir dessa realidade começamos o nosso foco. De maneira mais acolhedora 
e humana buscando dar todo respaldo necessário para que ela chegue a uma nova 
realidade de maneira mais sutil. E que mesmo com muitos obstáculos pelo caminho, 
sempre deixará a luz de sua criança interior acesa. 
O Projeto Integrador representa um processo de desenvolvimento de pesquisa, 
é possível ver a teoria e prática se unirem, uma vez que são indissociáveis, pois 
nesse momento surgem as oportunidades de exercitar a prática profissional, além de 
enriquecer e atualizar a formação acadêmica desenvolvida, através do estudo dos 
documentos que regulamentam a vida escolar, o cotidiano e principalmente os 
desafios encontrados pelos professores em sala de aula. 
Pois a interação entre o professor/aluno, aluno/aluno, e aluno/conteúdo 
depende, fundamentalmente, da capacidade de o professor refletir e criar estratégias 
que sejam interessantes e proporcionem conhecimentos aos alunos, proporcionando 
momentos de autonomia para a construção e sentidos do conhecimento. 
Através do ambiente descontraído utilizando recursos visuais, fantasias, fugindo 
da sala de aula, no jardim da escola, previamente decorado de acordo com a história 
tema, os alunos vivenciaram uma experiência nova. 
O trabalho desenvolvido angariou muitos conhecimentos a todos os envolvidos, 
foi possível ver as disciplinas que já cursamos e as que estamos cursando sendo 
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postas em prática, uma experiência rica, trabalhar com os alunos e ver que os 
protótipos e a sua realização foi de sucesso, nos motiva a trabalharmos em busca de 
cada vez mais conhecimento e novas experiências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 
1996. 
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 
1998. 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e 
documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 
ANDRADE, Jaqueline de. Os desafios do ensino da leitura e escrita: 
Alfabetização em Foco. Disponível em: 
<https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/os-desafios-ensino-leitura-
escrita-alfabetizacao-foco.htm>. Acesso em: 14 Out. 2019. 
BOYER, C. B.; UTA, C. M.. História da Matemática [Trad. Helena Castro]. 3 ed. São 
Paulo: Blucher, 2012. 
D’AMBRÓSIO, U.. Educação Matemática: da teoria à prática. 23. ed. Campinas: 
Papirus, 2012. 
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