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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Ana Flávia Teodoro Coelho Mônica Vieira Ramos Veloso Tatiane Alice da Silva Silvia Sotorilli Barbosa Vanessa Alves Luciano Interação e Aprendizado Construindo histórias com os alunos Apresentação do Projeto Integrador - vídeo: Cunha - SP 2019 1 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Interação e Aprendizado Construindo histórias com os alunos Relatório Técnico - Cientifico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Licenciatura em Pedagogia da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Tutor: Adriana Aparecida Miranda Cunha - SP 2019 2 COELHO, Ana Flávia Teodoro; VELOSO, Mônica Vieira Ramos; SILVA, Tatiane Alice da; BARBOSA, Silvia Sotorilli; LUCIANO, Vanessa Alves. Interação e Aprendizado: Construindo histórias com os alunos. 00f. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Adriana Aparecida Miranda. Polo Cunha - SP , 2019. RESUMO O presente trabalho tem como objetivo analisar e desenvolver um jogo voltado ao ensino de matemática, que esteja relacionado às disciplinas de arte e música na educação infantil, ensino de matemática na educação infantil, alfabetização e letramento I e II, onde o objeto de pesquisa passou a ser a análise do ambiente escolar e realidade dos alunos, em busca de soluções para as necessidades de aprendizagem. Através de pesquisas sobre a educação infantil e o desenvolvimento cognitivo e seus estágios, o lúdico teve um papel fundamental em nosso trabalho, ao passar da educação infantil para o ensino fundamental, existe espaço em aberto, o qual o aluno ainda não está habituado, precisando de novas orientações e estímulos, para que desenvolvam suas habilidades e competências a partir de experiências significativas. PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização; lúdico; Jogos; desenvolvimento; experiência. 3 COELHO, Ana Flávia Teodoro; VELOSO, Mônica Vieira Ramos; SILVA, Tatiane Alice da; BARBOSA, Silvia Sotorilli; LUCIANO, Vanessa Alves. Interaction and learning: building stories with students. 00f. Technical-Scientific Report (Licenciatura Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Adviser Tutor: Adriana Aparecida Miranda. Polo Cunha - SP, 2019. ABSTRACT This paper aims to analyze and develop a game focused on mathematics teaching, which is related to the disciplines of art and music in early childhood education, mathematics teaching in early childhood education, literacy and literacy I and II, where the research object to be the analysis of the school environment and students' reality, seeking solutions for learning needs. Through research on early childhood education and cognitive development and its stages, the ludic had a fundamental role in our work, when moving from early childhood education to elementary school, there is open space, which the student is not yet used, needing new guidelines and stimuli to develop their skills and competences from meaningful experiences. KEYWORDS: Literacy; ludic; games; desenvelopment; experience. 4 SUMÁRIO 1.Introdução 5 1.1 Problema e Objetivo 7 1.2 Justificativa 8 2. Fundamentação Teórica 10 3. Material e Métodos Empregados 13 4. Protótipo 16 4.1 Protótipo Inicial 18 4.2 Protótipo Final 21 4.3 Feedback Sobre o Protótipo Final 24 5. Considerações Finais 25 6. Referências Bibliográficas 27 5 1. INTRODUÇÃO Para que a educação aconteça de forma equitativa os conteúdos ministrados em sala de aula devem ser contextualizados, considerando a experiência de vida do aluno e o conhecimento de mundo, portanto o professor deve conhecer seus alunos, respeitando as diferenças e o limite de cada um, baseando-se na afetividade e generosidade, para que a prática educativa se realize. O professor mediador traz consigo a responsabilidade de orientar o aluno em busca do conhecimento oferecendo a ele suporte para isso, enfatizando que a escola não detém o saber, mas intervém no processo pedagógico, lembrando à família que é de sua responsabilidade trabalhar em parceria com a escola, visando à formação da identidade do aluno, formando um cidadão no convívio social. Deste modo é necessário possibilitar à criança situações em que ela possa agir e expressar e que sua elaboração passe a ser princípio básico da atuação do professor, para que através de suas palavras a problemática seja feita, buscando uma aprendizagem ativa e crítica. Os anos iniciais do Ensino Fundamental estão relacionados ao processo de transição da educação infantil, onde o aluno se desenvolve através da ludicidade e de novas experiências, os alunos passam a ter uma nova rotina, deixando um pouco das brincadeiras e passando para o lápis e caderno, esse choque de realidade por muita das vezes acaba influenciando no processo de aprendizado que está começando. Para que o aluno obtenha um bom desempenho é de grande importância que o professor respeite o ritmo dos alunos e trabalhe o processo de transição com adaptação do conteúdo de forma gradativa. Segundo a BNCC, o aluno para se desenvolver de forma plena deve receber estímulos que proporcione a ele novas experiências, o aluno como protagonista de seu aprendizado precisa entender o meio que lhe cerca e a importância do meio escolar em seu processo de crescimento, ainda em formação o aluno passa a elaborar hipóteses sobre as questões que o rodeiam e o conhecimento que lhe é ofertado. A Escola Municipal de Educação Infantil “Maria da Conceição Querido”, trabalha em busca de efetivar as propostas existentes na BNCC, seus alunos em grande parte são de classe média e média baixa, com salas homogêneas onde existem vários níveis de aprendizagem em desenvolvimento, existem ainda questões 6 comportamentais, socioemocionais entre outras relacionadas ao núcleo familiar e ao ambiente escolar. A investigação pedagógica para a elaboração do Projeto Integrador se deu a partir da sondagem buscando elencar a problemática da sala de aula, relacionando as disciplinas de Arte e Música, Alfabetização e Letramento I e II e Educação Matemática, em busca de propor intervenção através de um jogo elaborado com base nas necessidades dos alunos do 1º ano, alunos que têm em média seis anos de idade. Os jogos surgiram no período da idade média, e já se encontram na educação a um bom tempo, sendo que na era medieval a educação ideal era o que incluía a formação musical e guerreira com experiência nas artes liberais: cavalgar, atirar com arco e flecha, lutar, caçar, nadar, jogar xadrez e verificar; para a classe de baixa renda e trabalhadora, a educação ideal era oral, de pai para filho, e a cultura da luta pela sobrevivência, hoje em um novo contexto utilizar os jogos na educação proporciona momentos de ensino e aprendizagem com ênfase nas experiências ao realizar tais atividades, seguindo regras, superando limites, e adquirindo conhecimento. Com a sondagem foi possível reconhecer problemas de indisciplina relacionados aos excessos de fala e discussões, não divisão do material didático, entre outras questões. Com isso tomamos como norte de nossos trabalhos o tema: Interação e Aprendizado: Construindo histórias com os alunos, onde além do jogo voltado para o ensino de matemática, envolver as crianças com histórias e músicas desenvolve outras habilidades de um modo lúdico e livre não ficando limitado na sala de aula tradicional, mas explorando todoo ambiente escolar. 7 1.1 Problema e objetivos A aprendizagem da criança no campo da matemática não se dá por memorização, repetição ou exercitando apenas. A sugestão de inserir o lúdico vem da possibilidade de promover o pensamento matemático nas crianças, aguçando sua curiosidade pelas questões que envolvam sua realidade e o mundo dos símbolos numéricos. Os jogos matemáticos devem ser introduzidos à aula de forma a instigar e provocar o aluno em busca de novos aprendizados. Temos como objetivo geral atingir com a investigação resultados significativos a respeito da situação problema de indisciplina e dificuldade de aprendizagem relacionada à falta de interesse dos alunos e comprometimento dos pais, engajando os alunos no mundo da leitura e dos jogos matemáticos, proporcionando momentos prazerosos e felizes de aprendizagem e que possa ser levada ao longo da vida, uma experiência enriquecedora. Como objetivos específicos através do jogo de “Perguntas e Respostas: Agrupamento Produtivo”, trabalhando com material concreto, de maneira divertida e interagindo com os demais colegas buscamos atingir os seguintes pontos: Desenvolver a criatividade, a sociabilidade e as inteligências múltiplas; Desenvolver o processo de interação entre aluno e professor; Adquirir novas habilidades; Aceitar regras; Respeitar as regras propostas do jogo; Aprender a ouvir; Identificar problemas; Levantar hipóteses; Descobrir soluções; Traçar planos de resoluções; Determinar funções; Explicar questões resolvidas; Proporcionar a autoconfiança e a concentração; Aprender a lidar com os resultados independentes de quais sejam. 8 1.2. Justificativa Os jogos podem ser importantes aliados na aprendizagem da matemática porque encorajam a criança a raciocinarem, interagir e discutir sobre a forma de jogar e resultados obtidos. Durante um jogo existem inúmeras perguntas, questionamentos, dificuldades, e é neste momento que o professor aproveita para avaliar o aluno, por isso é primordial acompanhar a atividade, observar diferentes focos e estratégias. Após a atividade é essencial uma reflexão com as crianças em relação à proposta. O PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa) destaca: “O Projeto Pedagógico para alfabetização” de matemática deve buscar oferecer atividades lúdicas por meio de jogos concebidos a partir de estruturas matemáticas, aprendidas na forma de regra do jogo, mesmo que a criança não tenha consciência de tal fato, considerando que esta é construída pelo aluno, elemento essencial do jogo. Inicialmente, deve-se fazer com que o aluno aprenda a jogar. Para tanto, ele tem que compreender e respeitar as regras (Brasil, 2014, p. 64). A noção numérica das crianças quando chegam à escola é bastante diversificada, já que as vivências de cada criança estão ligadas as informações de seu ambiente familiar como números telefônicos, tempo, calendário. Neste momento cabe à escola intermediar as experiências anteriores das crianças e os conhecimentos matemáticos que deverão ser construídos no ambiente formal de aprendizagem. Para D’Ambósio (1994), a verdadeira educação é uma ação enriquecedora para todos os que com ela se envolvem, e sugere que em vez de despejarmos conteúdos desvinculados da realidade nas cabeças dos alunos e aprender com eles reconhecer seus saberes e juntos buscamos novos conhecimentos. E mais, entender a etnomatemática dos alunos, aliando-as ás nossas, temperadas com as acadêmicas. Assim, podemos gerar momentos felizes e criativos em sala de aula. “Para o ensino de matemática que se apresenta como uma das áreas mais caóticas em termos da compreensão dos conceitos nela envolvidos pelos alunos, o elemento jogo se apresenta com formas específicas e características próprias, propícias a dar compreensão para muitas das estruturas matemáticas existentes e de difícil assimilação”. Grando, 1995 9 A construção do pensamento lógico faz com que a criança desenvolva ação/reflexão, capacitando o conhecimento de vários estágios de inclusão no mundo da matemática, respeitando as diferenças individuais levando o aluno ao aprendizado. A matemática é uma ferramenta primordial do nosso cotidiano, e se for introduzida de uma forma lúdica para as crianças nos primeiros anos de seu ingresso na vida escolar deixará melhor preparada para os estudos futuros. As brincadeiras e jogos matemáticos devem ter um propósito e serem auxiliados pelo educador, esses jogos devem desenvolver a memória, a imaginação e a noção de espaço, percepção e atenção. Os jogos lúdicos de matemática da educação infantil devem ser criativos e empreendedor, fazendo com que o aluno se sinta curioso e com vontade de aprender, participando assim de maneira efetiva no desenvolvimento das atividades. “Brincar é essencial para a criança, pois é deste modo que ela descobre o mundo a sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente o que quer que a criança esteja fazendo”. Zatz Halaban, 2006 Os jogos matemáticos na educação vêm sendo discutido ao longo dos anos, por não saber ao certo se as crianças são suficientemente capazes de aprender brincando. O professor ao desenvolver tais atividades deve saber a real importância do significado e das habilidades que empregará nas brincadeiras, para que o objetivo do jogo não seja entendido como uma simples brincadeira, mas que agregue aprendizado. Sendo essencial que desde a educação infantil se desenvolva atividades que permitam á criança explorar o espaço, conhecer as formas, as quantidades e medidas. Nada melhor que trabalhar com elas de modo lúdico, para que aprendam com prazer. Nem é importante identificar com os alunos que a atividade é de matemática. O mais importante é o conhecimento matemático que está sendo construído por elas e as habilidades que estão sendo desenvolvidas. Levando ainda em consideração que as práticas de leitura devem estar vinculadas a todas as disciplinas, pois um aluno que lê bem entende bem e consegue interpretar, levantar hipóteses, elaborar soluções e pô-las em práticas através de outras habilidades adquiridas ao longo do processo de ensino e aprendizagem. 10 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O termo lúdico, proveniente do latim ludus, está impregnado da noção de jogo, de diversão, de iludir, de enganar, de passar o tempo. É preciso identificar nesse encontro entre o lúdico e a educação qual papel se reproduz: a) O professor é parte do grupo de espectadores que participam do jogo de um único ponto de vista, sem se aproximar da arena, exercitando o lugar de quem vê de fora? b) Ou talvez esteja no lugar do esportista, daquele que arrisca a vida na jogada? c) Por último, ainda, talvez a experiência permaneça apenas no lugar do disfarce para realizar outra coisa que não aquela que o jogo enaltece como o assunto em questão? Tradicionalmente, a alfabetização inicial é considerada em função da relação entre método utilizado e o estado de “maturidade” ou de prontidão da criança. Os dois polos de processo de aprendizagem (quem ensina e quem aprende) tem sido caracterizados sem que se leve em conta o terceiro elemento da relação: a natureza do objeto de conhecimento envolvendo esta aprendizagem (FERREIRO, 2001. P.9). O lúdico tem uma grande importância para o desenvolvimento das crianças na Educação Infantil, principalmente em relação dos jogos e brincadeiras no processo ensino-aprendizagem e na formação da personalidade humana, sendo assim o grande facilitador no processo de socialização, comunicação, expressão e construção do pensamento. A brincadeira e o jogo são as melhores maneiras de a criança comunicar-se sendo um instrumento que ela possui para relacionar-se com outras crianças. É através de atividades lúdicas que a criança pode convivercom os diferentes sentimentos que fazem parte da sua realidade interior. Ela irá aos poucos se conhecendo melhor e aceitando a existência dos outros, estabelecendo suas relações sociais (Lima, 2003, p.5) Brincar é uma atividade essencialmente infantil e as crianças se expressam através das brincadeiras, pois quando ela (a criança) possui um brinquedo e com ele interage se faz presente as relações sociais e o uso dos números está presente. Por isso, é necessário que os professores explorem cada vez mais a ludicidade dentro do 11 contexto escolar, fazendo o ato de brincar um hábito diário e produtivo para a prática docente. O brincar no ambiente escolar é uma atividade natural, mas que precisa estar condizente com a organização do trabalho pedagógico. Estando atrelada ao currículo dando andamento aos objetivos da escola visando o aprendizado do aluno, Emília Ferreiro, quando fala sobre a aprendizagem da escrita, deixa claro sobre a aquisição social da língua, escrita e de noções matemáticas, pois as crianças iniciam o aprendizado antes da escola, iniciam o aprendizado do uso social dos números e das atividades sociais relacionadas aos atos de comprar e vender. As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais devem ter como eixo garantir experiências que sejam capazes de: Promovem o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitam movimentação ampla, expressão de individualidade e respeito pelos ritmos e desejos das crianças. Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical. Possibilitam as crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos. Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras [...] (Brasil, 2010, p.25-26). Em tempos atuais a atividade lúdica vem perdendo o estereótipo de “somente diversão”, apesar de ainda existir falhas no planejamento e execução das mesmas por muitos docentes ela se faz necessária para a construção de novos conhecimentos, facilitando a comunicação, socialização das crianças com o mundo e com os seus pares, ela está presente nas escolas e a sua valorização depende dos professores que devem estar seguros e bem amparados desta concepção de ensino. 12 2.1. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador Através da sondagem e do protótipo do jogo, observamos o ato de desenhar das crianças, estando relacionada à disciplina de arte e música na educação infantil, sendo que este ato não se trata de um gesto mecânico ao acaso, cada movimento tem um significado simbólico, dessa forma o desenho passa a ser alvo de estudos de diversas áreas do conhecimento, sendo um modo muito significativo e prazeroso de expressão e de representação e que transita entre o real e o seu imaginário. A criança ao rabiscar ela se expressa, se descobre e com o passar do tempo, esses rabiscos e desenhos passam a ser feitos intencionalmente e a criança começa a usar o desenho para comunicar seus pensamentos, desejos, emoções, exteriorizar seus sentimentos, o desenho passa a ganhar simbologia e significação. No caso das crianças observadas os desenhos realizados após a “Árvore Literária” são os pré- esquemáticos e esquemáticos, pois existem níveis diferentes de desenvolvimento entre os alunos. Ao trabalharmos com música nos atentamos que ela é uma forma de aprendizagem no meio educacional que tende formar indivíduo questionador e explorador de seus valores e costumes e para que isso ocorra é necessário o professor trabalhar com música desde cedo, no caso a música reproduzida para os alunos estava relacionada à história contada sobre o meio ambiente. Relacionando a disciplina de Matemática na educação infantil, a nossa proposta para o jogo levou em consideração que a matemática deve ser utilizada como um instrumento capaz de promover a interpretação dos acontecimentos que estão ao nosso redor e pelo mundo, contribuindo na formação de pessoas com níveis de conscientização quanto aos princípios de cidadania. Esse modelo de elaboração do pensamento lógico-matemático desperta nas crianças uma ação x reflexão, capaz de instruir o conhecimento sobre os diferentes estágios de inserção, onde as particularidades individuais sejam respeitadas e que todos caminhem no mesmo sentido rumo ao aprendizado, situação em que o jogo une todos e ensina de forma lúdica a respeitar regras, interagir, colaborar, elaborar hipóteses para a resolução dos problemas propostos, trabalhar com os números e materiais concretos. 13 3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS Utilizamos livros infantis, fitas de cetim coloridas, tnt, palitos, brinquedos pequenos, lápis, giz, quadro verde da escola. Os materiais utilizados foram todos conseguidos com recursos próprios, utilizando o ambiente escolar para a montagem e organização das atividades. Para a sondagem utilizamos a árvore literária onde através da observação conseguimos coletar dados, a respeito do nível de leitura, interesse, sociabilidade, respeito, entre outros. Na contação de histórias envolvendo um ambiente lúdico e depois com a música, utilizamos o livro “De Olho na Água” Ficha de Leitura Obra: Mundo Legal de Juju Título: De Olho na Água Autor: Neide Pereira Pinto Número de páginas: 40 Gênero literário: Conto de Aventura Tema: Desperdício de Água Informações sobre o autor: A autora vê nos livros e na educação um caminho para instigar pessoas a pensarem e atuarem como cidadãos, promotores da defesa do meio ambiente, da cidadania e da cultura. Personagens: Neide, narrador personagem; Juju, a personagem principal; Mel, a cachorrinha; Vanessa, a professora; Thomas, o amigo admirado; Iara, a sereia dos rios. Tempo: 3 dias. 14 Ambiente da história: Casa; Escola; Ruas; Passeio até a nascente do Rio Paraibuna. Resumo: Juju e sua turma vão passear no palácio da serei a Iara e descobrem que ela está muito triste e preocupada com a poluição dos rios. Parou de cantar e de cuidar de sua beleza, a história é uma alerta para a problemática da poluição e desperdício da água potável, que está cada vez mais escassa em nosso Planeta. Comentários sobre a obra: A Série Mundo Legal de Juju é voltada para a difusão dos conceitos de cidadania e meio ambiente. Estratégia: Leitura, Meio Ambiente conscientização sobre o cuidado com a água; Folclore, trabalhando com a personagem Iara; Um novo final para a história, trabalhando a oralidade; Interpretação, trabalhando a interpretação por meio de interação; Desenho dirigido, fazendo a releitura de algum trecho da história; “Como funciona o ciclo da água?” Apresentação de um terrário e explicação. Após a leitura as crianças escutaram a música “Planeta Água de Guilherme Arantes”. Para os jogos em sala de aula, foi feito o agrupamento de carteiras, distribuição do material concreto (brinquedos pequenos), palitos com os números para apresentarem as resoluções. Perguntas e respostas: agrupamento produtivo. As regras envolviam operações simples de adição e subtração; Organização da classe, formamos três grupos de quatro alunos e um grupo de três alunos; Capacidades a serem trabalhadas: Agilidade; Raciocínio rápido; Relacionar quantidade do número exposto; 15 Trabalho em equipe; Desenvolvimento: A professora faz uma pergunta matemática, as crianças em grupos devem utilizar dos brinquedos para chegarem ao resultado, assim que encontrarem os resultados levantar a ficha como número indicado, vence o grupo que primeiro chegar ao resultado. Ainda foi ofertado aos alunos no final de todo o projeto um lápis feito pelo grupo do PI em forma de agradecimento e participação de todos nas atividades realizadas. 16 4. PROTÓTIPO 17 18 4.1 Protótipo Inicial Tabela 1 – Protótipo inicial do projeto. Árvore Literária: Para a realização da sondagem. 19 Cenário para contar a história: Atividade de leitura interativa com os alunos. 20 Agrupamento dos alunos para realizar o jogo matemático: Organizar os alunos em grupos, entregar materiais e formular questões para desenvolver o jogo. 21 4.2 Protótipo Final Árvore literária feita pelos alunos do PI: A foto em si não aparece à árvore, mas os livros que estão no chão estavam todos pendurados. 22 Cenário para contar a história “De Olho na água” 23 Agrupamento dos alunos em sala de aula para o jogo: 24 4.4 Feedback sobre o protótipo final Os três protótipos iniciais, foram colocados em prática e o resultado do protótipo final foi de excelente aproveitamento, todas as atividades realizadas foram concluídas com êxito, os alunos se mantiveram engajados e interessados nos três, pedindo que as aulas continuassem no modelo que tínhamos oferecido a eles nos dias da realização do Projeto Integrador. 25 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS “Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-los. Se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem”. Carlos Drummond O Projeto Integrador teve como ponto de partida a árvore literária, decidido pelo grupo depois de muitos dilemas, estudos, debates e obtivemos uma evolução bastante significativa, tanto para a clientela (alunos), quanto para o grupo, nós futuros profissionais da educação. A ideia da árvore literária veio de acordo com as necessidades dos alunos, já que estes vinham de um universo de brincadeiras e fantasias. Nesse momento de transição da educação infantil para o ensino fundamental I, a criança vem totalmente sem preparo, “cai” em um mundo cheio de regras: “não pode isso”, “não faz aquilo”. A partir dessa realidade começamos o nosso foco. De maneira mais acolhedora e humana buscando dar todo respaldo necessário para que ela chegue a uma nova realidade de maneira mais sutil. E que mesmo com muitos obstáculos pelo caminho, sempre deixará a luz de sua criança interior acesa. O Projeto Integrador representa um processo de desenvolvimento de pesquisa, é possível ver a teoria e prática se unirem, uma vez que são indissociáveis, pois nesse momento surgem as oportunidades de exercitar a prática profissional, além de enriquecer e atualizar a formação acadêmica desenvolvida, através do estudo dos documentos que regulamentam a vida escolar, o cotidiano e principalmente os desafios encontrados pelos professores em sala de aula. Pois a interação entre o professor/aluno, aluno/aluno, e aluno/conteúdo depende, fundamentalmente, da capacidade de o professor refletir e criar estratégias que sejam interessantes e proporcionem conhecimentos aos alunos, proporcionando momentos de autonomia para a construção e sentidos do conhecimento. Através do ambiente descontraído utilizando recursos visuais, fantasias, fugindo da sala de aula, no jardim da escola, previamente decorado de acordo com a história tema, os alunos vivenciaram uma experiência nova. O trabalho desenvolvido angariou muitos conhecimentos a todos os envolvidos, foi possível ver as disciplinas que já cursamos e as que estamos cursando sendo 26 postas em prática, uma experiência rica, trabalhar com os alunos e ver que os protótipos e a sua realização foi de sucesso, nos motiva a trabalharmos em busca de cada vez mais conhecimento e novas experiências. 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 1996. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1998. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. ANDRADE, Jaqueline de. 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