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RESUMO ALFA 1 AP1

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Aula 1 – Questões centrais da alfabetização na escola e na sociedade brasileira – 1ª parte
A alfabetização é um tema importante no debate educacional, político e social brasileiro contemporâneo. Questões centrais desse debate são as políticas públicas de enfrentamento da problemática do fracasso escolar das crianças, jovens e adultos, principalmente das classes populares. O Ideb, como índice dos resultados dos estudantes brasileiros funda uma lógica que tem a avaliação como medida para o diagnóstico da situação nacional e a implementação de políticas públicas, mas instaura uma lógica classificatória e meritocrática, na medida em que ranqueia as escolas e distribui recursos como forma de incentivo à consecução de metas. A crítica a essas políticas encontra-se na perspectiva que considera o desenvolvimento humano como importante parte do desenvolvimento da cultura nacional, não se reduzindo a seus aspectos econômicos. Nesse sentido, Paulo Freire é uma referência importante nos estudos da alfabetização, porque ressalta a perspectiva humanizadora como central nos processos educativos. Os processos e trajetórias da alfabetização serão vivenciados através do acompanhamento e da inserção nos diálogos travados entre professores de uma escola fictícia, criada para representar o contexto escolar brasileiro, em que as professoras, para além da perspectiva que as reduz a meras executantes de políticas e técnicas, reafirmam seu lugar como autoras das teorias e práticas que são desenvolvidas no Brasil, em toda e qualquer escola na qual nesse momento se enfrenta, no cotidiano escolar, o desafio da alfabetização.
Aula 2 – Questões centrais da alfabetização na escola e na sociedade brasileira – 2ª parte
Na aula de hoje, compreendemos o sistema de ciclos, buscando suas bases legais e as implicações para o processo de ensino-aprendizagem, bem como refletimos sobre a cultura da escola e as culturas de que são portadores as crianças e jovens das classes populares. Sobre o sistema de ciclos, possibilidade de organização da Educação Nacional, vimos que o mesmo centra-se no sistema de avaliação que propõe o foco na avaliação continuada, na promoção, no desenvolvimento e nas experiências dos alunos. Sobre as questões da relação entre as culturas e as culturas populares, pudemos conhecer como as discussões teóricas sobre a póscoloniedade fazem avançar os estudos sobre as relações democráticas na escola, na medida em que nos fazem refletir sobre os processos de inclusão de todos e sobre a necessidade do diálogo entre os saberes científicos e escolares com os saberes e modos de viver das culturas populares. Vimos como nosso olhar para essas crianças está encharcado de estereótipos que nos impedem, no mais das vezes, de nos relacionarmos com seus saberes e fazeres, com seus modos de ser e pensar de modo a promover a sua alfabetização como desenvolvimento humano, no dizer de Paulo Freire.
Aula 3 – Alfabetização: um conceito e sua variação histórica e social – 1ª parte
Nos diálogos de hoje, pudemos começar nosso percurso histórico para compreender as diferentes formas que a alfabetização tomou desde a Antiguidade até os dias atuais, analisando os movimentos históricos e sociais que conferiram aos atos de ler e escrever diferentes valores e usos nas sociedades europeias. Pudemos, em um primeiro momento, analisar a importância das perspectivas religiosas, tanto a Católica quanto as Protestantes, para a consolidação de práticas em torno à leitura e escrita que até os dias atuais encontram eco. Pudemos ver como a leitura e a escrita sempre estiveram ligadas a estruturas de poder, e como a luta pelo direito à alfabetização, há muito tempo, vem sendo uma questão central para o desenvolvimento dos povos. Nesta aula, registramos através dos diálogos das professoras os diferentes movimentos da alfabetização: registro e memória, atividade silenciosa e intelectual, atividade criativa de pensar o mundo e, por isso mesmo, atividade a ser regulada pelo poder vigente, forma de disseminar o conhecimento pela população, índice de desenvolvimento dos povos a partir da emergência do capitalismo. Ainda estamos nos século XVII! Na próxima aula, vamos seguir com a sugestão da Janice, e pensar como o século XVIII conferiu novos significados à alfabetização.
O período histórico que vai da Antiguidade até o século XVII, busca compreender como o conceito de alfabetização sofreu mudanças a partir dos diferentes modelos sociais e políticos vigentes na Europa, focalizando especificamente a influência dos grupos religiosos na Idade Média e início da Idade Moderna, sendo a Igreja Católica e as igrejas da Reforma Protestante os principais grupos a serem analisados. Os movimentos que o conceito de alfabetização sofreu, a partir dessas lutas, pelos índices de valor dos grupos religiosos, constitui-se como atividade intelectual a partir do crescimento e desenvolvimento da leitura individual, graças ao surgimento da imprensa e às ações de popularização da leitura, pela via da reforma protestante. Mais importante, são os impasses e desafios que ainda vivemos na alfabetização das classes populares e que adveem dessas tradições, presentes ainda nas práticas de leitura e escrita escolares.
Aula 4 – Alfabetização: um conceito e sua variação histórica e social – 2ª parte
Nos diálogos de hoje, avançamos em seu percurso histórico para compreender a relação alfabetização e cidadania e as transformações das concepções de alfabetização, que passam de uma abordagem metodológica – que preconiza a alfabetização como uma questão de método, para uma abordagem mais ampla de alfabetização como processo de humanização. Acompanhando os diálogos das professoras, fomos capazes de perceber as diferentes dimensões da alfabetização: metodológica, sociológica, cultural, histórica, epistemológica e política. Pudemos ver como a aprendizagem da leitura e da escrita é um ato político e como tal, está intimamente vinculado a emancipação social e individual. Nesta aula, nos debruçamos através dos diálogos das professoras sobre as relações educação e democracia, a leitura e a escrita como um direito humano, as políticas educativas e de alfabetização voltadas para a promoção da cidadania e a responsabilidade social e política da professora alfabetizadora. Na próxima aula, vamos seguir acompanhando o grupo de professoras em sua busca por compreender os significados da alfabetização na contemporaneidade.
O período histórico que vai da Revolução Francesa até o início da segunda metade do século XX, busca compreender como o conceito de alfabetização sofreu mudanças a partir das transformações dos modelos sociais e políticos vigentes, focalizando especificamente a relação alfabetização e cidadania e a educação a serviço da democracia. Os movimentos que o conceito de alfabetização sofreu, nos diferentes contextos histórico-sociais, constituiu-se como atividade intelectual e como ato político. Mais importante, muitos dos impasses e desafios que ainda vivemos na alfabetização das classes populares advêm dessas (con)tradições, ainda presentes nas práticas de leitura e escrita escolares.
Aula 5 – Alfabetização: um conceito e sua variação histórica e social – 3ª parte
Na aula de hoje, discutimos a relação ética-estética e seus desdobramentos na alfabetização como ato político. Transitamos pela complexidade do conceito de alfabetização na contemporaneidade e observamos que seu caráter multidimensional e a própria complexidade do conceito não podem ser reduzidas a uma dimensão estreitamente pedagógica. A alfabetização nos diferentes contextos históricos apresenta diferentes perspectivas e abordagens: sociológicas, psicológicas, pedagógicas e políticas.
Aula 6 – Concepções epistemológicas da alfabetização: a perspectiva mecanicista – 1ª parte
A perspectiva mecanicista, que impregna as concepções de aprendizagem escolar e os métodos clássicos de alfabetização tem, no behaviorismo, a teoria psicológica da aprendizagem que lhes dá sustentação. Ao mesmo tempo, essas perspectivas estão relacionadas fortemente aideários político-ideológicos liberais e neoliberais, que apostam no controle do humano desde fora e desde cima. A aula de hoje foi um panorama dessas teorias que embasam os métodos de alfabetização expressos nas cartilhas e práticas pedagógicas escolares.
Os métodos são a expressão das práticas pedagógicas escolares de alfabetização nos séculos XX e XXI. Analisando suas bases teóricas, podemos encontrar duas principais referências. A primeira é o Behaviorismo como teoria da aprendizagem, que trabalhando com o pressuposto do ser humano como tábula rasa, investe na sua estimulação externa através do condicionamento operante, que é aquele que busca a modificação do comportamento através de sanções positivas – recompensas – e negativas – punições. Essa compreensão do humano como manipulável segundo uma perspectiva externa é também a base da segunda teoria, o Liberalismo e sua expressão contemporânea, o Neoliberalismo. Ambas as teorias formam o alicerce da prática de alfabetizar segundo métodos que fragmentam a linguagem escrita para ensinar às crianças, na escola, tema das próximas aulas.
Aula 7 – Concepções epistemológicas da alfabetização: a perspectiva mecanicista – 2ª parte – Os métodos de alfabetização.
As crianças só aprendem a ler e a escrever lendo e escrevendo. A linguagem escrita deve ser apresentada à criança em suas diferentes funções e de forma dinâmica e útil. A criança precisa estabelecer um sentido e um significado para o que está lendo e escrevendo. A escrita não se restringe à cópia nem a exercícios com respostas precisas. A significação é fundamental à aprendizagem da leitura e da escrita e é consequência de sua experiência de leitura. Os métodos de alfabetização ao se restringirem à mecânica da codificação e decodificação “convencem” a criança de que ler é uma atividade sem sentido, sofrida e inútil. É fundamental que a professora compreenda que a aprendizagem da leitura e da escrita é um processo prazeroso, que estimula a curiosidade e a busca por descobrir e conhecer.
A leitura é uma atividade que envolve muitas habilidades cognitivas. Ler é mais do que decodificar palavras e sílabas. Não lemos letra por letra, sílaba por sílaba, palavra por palavra. A leitura envolve antecipação e é, antes de tudo, um processo de produção de sentido e significação. Diferentemente do que postulam os métodos de alfabetização, a aprendizagem da leitura se opera a partir da própria leitura, ou seja, as crianças aprendem a ler e a escrever lendo e escrevendo e não copiando letras, “famílias silábicas” ou palavras isoladas.

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